quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Política estadual ao desassoramento avança na Assembleia Legislativa do RS

 Projeto busca promover a limpeza de rios e arroios diminuição do risco de alagamentos


Uma importante vitória para a prevenção de desastres naturais no Rio Grande do Sul foi conquistada nesta terça-feira. O projeto de lei de autoria do deputado Guilherme Pasin, que cria a Política Estadual de Apoio e Fomento ao Desassoreamento, recebeu aprovação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.

Com 9 votos a favor e um contra, a proposta de Pasin dá um passo significativo rumo à implementação de ações efetivas para reduzir os impactos de enchentes, inundações e deslizamentos no Estado. A iniciativa do parlamentar busca promover a limpeza e a recuperação de rios, arroios e outros corpos d'água, diminuindo o risco de alagamentos e garantindo a qualidade ambiental.

O deputado Guilherme Pasin comemorou a aprovação do projeto na CCJ, mas reforçou a necessidade do projeto avançar na Casa para tornar-se realidade. “Essa política é fundamental para prevenir tragédias e proteger a vida das pessoas. Estamos dando um passo importante para construir um Estado mais resiliente e preparado para enfrentar os desafios climáticos, mas precisamos avançar”, afirmou Pasin.

A proposta de Pasin prevê a criação de um programa estadual de desassoreamento, com a definição de critérios para a sua execução. Além disso, o projeto incentiva a participação de municípios e outras instituições na implementação da política.

Com a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto de lei segue agora para uma comissão de mérito.


Correio do Povo

Governo espanhol anuncia ajudas bilionárias uma semana após enchentes

 Catástrofe deixou ao menos 219 mortos e 89 desaparecidos



O Governo espanhol anunciou, nesta terça-feira (5), um plano de ajuda de 10,6 bilhões de euros (66,8 bilhões de reais) para pessoas e empresas afetadas pelas inundações que atingiram o país há uma semana e deixaram pelo menos 219 mortos e 89 desaparecidos.

O número provisório de mortos na catástrofe é de 219, sendo 214 só na região de Valência, a mais afetada, onde também há 89 desaparecidos, informaram as autoridades na noite desta terça, no primeiro balanço de pessoas ainda não encontradas até o momento.

'Os escritórios (...) mistos de forenses e forças de segurança contabilizam 89 casos de desaparecidos', informou na rede X o Tribunal Superior de Justiça da região de Valência, detalhando que este número corresponde a denúncias nas quais os familiares deram amostras biológicas para facilitar 'a identificação'.

Diante da magnitude da catástrofe, 'o Governo da Espanha procede com a ativação de ajudas diretas aos cidadãos e às empresas afetadas, assim como fizemos durante a pandemia, com o mínimo de burocracia possível e com a maior rapidez e agilidade possíveis', afirmou o chefe do Executivo, o socialista Pedro Sánchez, em coletiva de imprensa após um conselho de ministros.

'O que os cidadãos querem é ver as suas instituições não brigando, mas trabalhando lado a lado', continuou, em um momento em que o governo central e o da região de Valência são alvo de fortes críticas pela sua gestão do desastre.

Sánchez revelou uma série de medidas que incluem ajudas diretas a quase '65 mil autônomos' e '30 mil empresas', assim como a cobertura de '100%' das despesas efetuadas pelas prefeituras para limpar as ruas, ainda cheias de escombros. 'O investimento total de todas estas primeiras medidas adotadas ultrapassará os 10,6 bilhões de euros', declarou o líder socialista.

Segundo o Executivo, a eletricidade foi restabelecida em '98% das residências' e '68%' das linhas telefônicas danificadas foram reparadas. Além disso, 40 quilômetros de estradas e 74 quilômetros de ferrovias também foram restabelecidos. 'A mudança climática mata e estamos vendo isso, infelizmente, e temos que nos adaptar a esta realidade', sublinhou Sánchez, que criticou 'os negacionistas' do aquecimento global.

“Não estamos bem"

Na região de Valência, porém, a situação continua muito complicada uma semana depois da catástrofe provocada na última terça-feira pelas fortes chuvas. Em alguns lugares, choveu em algumas horas o equivalente a um ano.

Em Paiporta, localidade próxima da cidade de Valência, que dá nome à região, considerada o epicentro da catástrofe com mais de 70 mortos, os moradores já têm água potável, mas as ruas continuam bloqueadas por veículos empilhados pela força das águas.

'Estamos melhores, mas não estamos bem', resumiu Maribel Albalat, prefeita de Paiporta. 'Precisamos de máquinas, precisamos de profissionais que venham limpar as ruas, para que as pessoas possam descer e começar a construir as suas casas, os seus negócios', acrescentou a prefeita.

O desespero da população foi visto em toda a sua extensão no domingo, quando uma delegação composta pelos reis da Espanha, pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e pelo presidente regional de Valência, Carlos Mazón, foi recebida em Paiporta aos gritos de 'assassinos ' e com o lançamento de lama, paus e outros objetos.

Os tribunais já autorizaram a entrega de 'cerca de 50 corpos' dos falecidos aos seus familiares, indicou o Tribunal Superior de Justiça de Valência na rede social X.

“Vergonha nacional"

De macacão azul e galochas cobertas de lama, José Antonio López-Guitián, comediante valenciano de 61 anos, mais conhecido como Tonino, disse à AFP que no município de Massanassa os habitantes ainda estão 'sozinhos'. É 'uma vergonha nacional' e 'um abandono de funções por parte de todas as instituições' que ainda existam locais onde as autoridades não tenham chegado sete dias após as inundações, disse López-Guitián na cidade de Valência.

A prioridade continua sendo a localização dos desaparecidos, cujo número exato não foi informado. Nos últimos dias, as operações de busca por vítimas estão concentradas em estacionamentos e construções subterrâneas, que foram totalmente inundados e ainda não foram fiscalizados por completo.

Por fim, as autoridades não encontraram nenhum corpo no estacionamento subterrâneo de um grande shopping em Aldaia, o que gerou muitos temores.'Foi espalhada uma mentira afirmando que havia muitos cadáveres lá dentro: isso não era verdade', afirmou em coletiva de imprensa na noite de terça-feira o diretor-geral da Polícia Nacional, Francisco Pardo.Na segunda-feira, a agência estatal de meteorologia Aemet declarou que a 'crise meteorológica' sobre Valência estava concluída.

AFP e Correio do Povo

Mega-Sena/Concurso 2793 (05/11/24)

 



Fonte: https://www.google.com/search?q=mega+sena&oq=mega&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqDggBEEUYJxg7GIAEGIoFMgYIABBFGDwyDggBEEUYJxg7GIAEGIoFMhMIAhAuGIMBGMcBGLEDGNEDGIAEMgwIAxAjGCcYgAQYigUyDQgEEAAYgwEYsQMYgAQyDQgFEAAYgwEYsQMYgAQyBggGEEUYPDIQCAcQABiDARixAxiABBiKBTINCAgQLhiDARixAxiABDIQCAkQABiDARixAxiABBiKBTIQCAoQABiDARixAxiABBiKBTIKCAsQABixAxiABDIKCAwQLhixAxiABDINCA0QABiDARixAxiABDIKCA4QABixAxiABNIBCDM1MjRqMGo0qAIOsAIB&client=ms-android-americamovil-br-revc&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8

Incêndio atinge igreja no bairro Azenha, em Porto Alegre

 Fogo teria iniciado durante reforma no telhado da edificação

Fogo teria começado no forro do teto da igreja 

Um incêndio atingiu a igreja Assembleia de Deus na avenida Bento Gonçalves, no bairro Azenha, em Porto Alegre. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS) atenderam ao chamado às 16h30 desta terça-feira. Chamas foram totalmente controladas por volta das 17h.

A igreja passava por uma manutenção no telhado, com uso de solda. Segundo a capitão Betina Martins, do Corpo de Bombeiros, durante os serviços, uma faísca teria pego em alguns materiais provocando as chamas no teto da edificação. As chamas teriam se alastrado por todo o prédio também em função dos estofados e demais móveis presentes na igreja.

"Agora na fase de rescaldo que vamos avaliar qual era a situação, quais eram os materiais e as circuntâncias do incêndio", relatou. No local, estavam os trabalhadores que realizavam a manutenção e um zelador do prédio. Eles tentaram controlar o princípio de incêndio com os extintores, mas saíram do imóvel assim que as chamas aumentaram.

A Defesa Civil também está no local para avaliar a estrutura e averiguar se havia segurança contra incêndio no local. Para o atendimento da ocorrência, a Brigada Militar e a EPTC auxiliaram no cercamento da área e no bloqueio do sentido Centro/bairro da avenida Bento Gonçalves, em frente ao Terminal Princesa Isabel, devido incêndio. Veículos foram desviados pelo corredor de ônibus.

Bombeiros controlaram as chamas | Foto: Ricardo Giusti


*Com informações de Rodrigo Thiel

Correio do Povo

Suprema Corte do México debate mudança na eleição popular de juízes

 Choque entre os poderes ameaça desencadear uma crise institucional



A Suprema Corte do México pretende invalidar parcialmente a eleição popular de juízes, aprovada pelo Congresso e defendida pelo governo para combater a corrupção, mas que, segundo seus críticos, afetará a independência dos magistrados e os deixará à mercê do crime organizado.

Este inédito choque entre os poderes ameaça desencadear uma crise institucional, já que a presidente mexicana, a esquerdista Claudia Sheinbaum, advertiu que as votações previstas para 2025 e 2027 não têm volta.

Oito dos 11 integrantes da Corte são contrários à reforma que transformou o México no primeiro país a eleger todos os seus juízes nas urnas. Uma revogação por parte da Suprema Corte não terá efeito, pois o Congresso retirou a autoridade do mais alto tribunal mexicano para revisar emendas constitucionais.

O governo Sheinbaum, que tomou posse em 1º de outubro, acusa o Poder Judiciário de servir à elite conservadora, enquanto a oposição afirm separação de poderes.O embate ultrapassa fronteiras. Estados Unidos e Canadá, parceiros do México no acordo comercial T-MEC, alertam que a eleição popular minará a independência dos juízes e os deixará à mercê do crime organizado.

"Oito ministros (da Corte) não podem estar acima do povo", afirmou Sheinbaum antes do debate desta terça-feira (5) no tribunal, em referência a oito dos 11 magistrados que são contrários à reforma constitucional.A presidente declarou que tribunal superior não tem o poder de anular as mudanças da Constituição aprovadas pelo Congresso, que tem ampla maioria governista.

"Quem está violando a Constituição é a Corte", afirmou Sheinbaum nesta terça-feira em sua habitual coletiva de imprensa."Estamos preparados para qualquer uma das decisões", insistiu.

Os oito juízes contrários à reforma renunciaram na semana passada, como estabeleceu a emenda para aqueles que se recusam a participar das eleições. As saídas, porém, serão efetivas apenas em agosto de 2025.

A controvérsia ocorre ainda em um momento de incerteza em relação às eleições presidenciais nos Estados Unidos, o principal parceiro econômico do México.

Nada a negociar

Os membros da Suprema Corte votam um projeto do ministro Juan Luis González que modifica, parcialmente, a reforma.

O texto propõe a manutenção da eleição popular dos membros do Supremo, mas não a dos juízes dos tribunais inferiores, porque, afirma, a carreira no Judiciário garante a independência dos tribunais.

"Não existe um regime democrático sem que haja uma divisão de poderes efetiva", alerta a proposta, que preserva a eleição do principal tribunal como um ato de "autocontenção" para resolver a disputa.

Contudo, Sheinbaum insistiu na segunda-feira que "não se pode negociar o que o povo decidiu (...) e o que já é parte da Constituição".

O rascunho da sentença, que responde às impugnações apresentadas pelos partidos de oposição, também alerta sobre as dificuldades para que os cidadãos possam exercer um voto informado.

A reforma foi promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, após a Suprema Corte ter derrubado reformas como uma que autorizava a participação militar na segurança cidadã e outra que reforçava o papel do Estado no setor elétrico.

López Obrador e Sheinbaum consideram que o Poder Judiciário está afundado na corrupção e em uma impunidade quase total.

Mas os críticos da reforma alegam que a situação não será solucionada apenas com a mudança dos juízes, e sim melhorando as capacidades de investigação do Ministérios Públicos

.Antecipando uma decisão desfavorável, o Congresso modificou na semana passada um artigo constitucional para impedir que a Suprema Corte possa revisar as mudanças na Carta Magna.

Um choque institucional "não seria uma boa notícia para a economia, mas o impacto da reforma já foi precificado pelos mercados financeiros mexicanos", disse à AFP Kimberley Sperrfechter, economista da empresa britânica Capital Economics.

AFP e Correio do Povo

Premiê israelense destitui ministro da Defesa, anuncia seu gabinete

 Netanyahu afirmou que confiança em Yoav Gallant foi perdida



O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu demitiu seu ministro da defesa, Yoav Gallant, em um momento em que o país continua a travar guerras em Gaza e no Líbano, além de troca de ataques com o Irã.

A medida foi tomada nesta terça-feira, 5, após meses de discordância pública entre os dois sobre o curso da guerra. Netanyahu disse que estava demitindo Gallant devido a uma quebra de confiança e a diferenças de posições entre eles.

Gallant desafiou publicamente o fracasso de Netanyahu em decidir sobre um plano para o governo de longo prazo de Gaza e por não priorizar um acordo para libertar israelenses e outros reféns. A demissão pode ter impactos abrangentes na guerra de várias frentes de Israel e nos esforços dos EUA para acabar com o conflito.

O ministro da defesa vinha atuando como uma âncora do relacionamento com os americanos e o maior defensor dos esforços do governo Biden para chegar a um cessar-fogo em Gaza.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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Falta de chuva faz vazão das cataratas do Iguaçu cair 95%

 Volume caiu de 24,2 milhões de litros para 1,2 milhão de litros



A escassez de chuvas no Paraná tem reduzido a vazão de água nas Cataratas do Iguaçu, principal ponto turístico do Estado. Nos últimos dias, vídeos comparando a quantidade de água que passou pelas cataratas em novembro de 2023 com a quantidade registrada na mesma data, neste ano, viralizaram nas redes sociais. No ano passado, em 31 de outubro, por exemplo, a vazão foi de 24,2 milhões de litros de água por segundo, a terceira maior marca registrada pelo monitoramento.

Neste ano, a quantidade registrada na mesma data foi de 1,2 milhão de litros - uma redução de 95%. A medição é feita hora a hora pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). Apesar da significativa diferença, a quantidade atual não é considerada anormal ou arriscada pelos biólogos. A vazão média é de 1,5 milhão de litros por segundo, e oscilações são esperadas. A vazão registrada em 31 de outubro de 2023 é que foi anormal: em 27 anos, só perdeu para as quantidades contabilizadas em 9 de junho de 2014 (46,3 milhões de litros por segundo) e em 1983 (35 milhões de litros por segundo).

Em mensagem veiculada em redes sociais, o consórcio Urbia Cataratas, concessionária administradora do Parque Nacional do Iguaçu, onde ficam as cataratas, afirmou que 'a variação dentro desse volume, de 1 milhão (de litros de água por segundo), não representa seca; isso ocorre apenas quando os números ficam muito abaixo desse patamar'. A média de vazão nos 20 dias encerrados em 2 de novembro foi de 1,3 milhão de litros. A maior quantidade de água neste ano foi de 8,83 milhões de litros por segundo, registrada em 14 de julho, segundo a Urbia Cataratas.

As cataratas ficam no município de Foz do Iguaçu, na divisa com o Paraguai e a Argentina e no extremo oeste do Estado do Paraná. O principal fator determinante da vazão nas cataratas é a quantidade de chuva na bacia do Rio Iguaçu - chuvas fortes a 700 quilômetros das cataratas podem determinar o aumento da vazão nelas.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Ibovespa descola de NY e cai sob efeito da vitória de Trump

 Dólar já reage com valorização e chegou a R$ 5,8619



O Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira, 6, a despeito da valorização firme dos índices futuros de ações norte-americanos. A baixa reflete a vitória do republicano Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, dado o seu perfil protecionista e expansionista, que poderá resultado em mais inflação.

O dólar já reage com valorização e chegou a tocar os R$ 5,8619, enquanto os juros futuros sobem, em sintonia com o avanço dos rendimentos dos Treasuries.

Após cair 1,39%, na mínima aos 130.613,17 pontos, há pouco o Ibovespa arrefeceu o ritmo de baixa, mas ainda seguida aquém dos 130 mil pontos.

Para Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, ainda é cedo para que os mercados tenham uma direção, embora um dólar mais alto acaba tirando liquidez mundial.

'E o Ibovespa em dólar fica ainda mais barato', pontua, completando que uma continuidade da depreciação cambial tende a ser benéfico para ações de empresas exportadoras, que compõem boa parte da carteira do Índice Bovespa, que tende a sofrer menos, mas não descarta um quadro de volatilidade no curtíssimo prazo. 'Embora um cenário de juros mais altos por conta da inflação elevada é ruim', completa Lourenço.

Desta forma, a agenda de indicadores fica em segundo plano, mas não o Comitê de Política Monetária (Copom). Para a decisão em si, está dada a projeção de alta de 10,75% para 11,25% no início da noite de hoje. No entanto, devem crescer as expectativas para o comunicado do colegiado do BC.

'O mercado está em euforia em várias partes do mundo, Trump vence as eleições e remonta o xadrez da economia global', pontua Felipe Sant Anna, especialista em mercado da mesa proprietária Star Desk. 'O Brasil, sendo emergente, não parece ter condições de surfar esse bom humor dos mercados americanos, pelo menos em primeiro momento.'

Todo esse cenário é ruim não apenas para o Brasil, mas para todos os países emergentes, juros mais altos nos EUA significam menos fluxo de dólares para outras economias, como o Brasil, avalia Marcos Moreira, sócio da WMS Capital.

Com a volta de Trump à Casa Branca, países emergentes como o Brasil tendem a sofrer com o novo governo, diante da expectativa de adoção de políticas protecionistas e de um mandato com viés inflacionário, pontua José Cassiolato, sócio da RGW Investimentos.

Conforme Cassiolato, a elevação na taxa de juros americana tira liquidez por meio da desvalorização do real frente ao dólar - que já avança nesta manhã - e tem consequências para um possível encarecimento de produtos atrelados à moeda americana, com impactos na inflação.

'Por outro lado, pressiona a curva de juros exigindo a manutenção do prêmio conhecido por Spread Over Treasury, prêmio de risco exigido pelo investidor ao deixar investimentos que rendem em moeda forte para obter ganhos em moedas locais como a brasileira', diz o sócio da RGW Investimentos.

Além de os investidores monitorarem os desdobramentos da vitória de Trump, também ficam atentos ao noticiário em Brasília, dada a falta de novidades sobre o iminente pacote de corte de gastos pelo governo.

Ontem, a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) terminou sem anúncio à imprensa. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que não há 'nenhum corte previsto' na pasta. O Santander Brasil estima que o pacote deve girar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, englobando 2025 e 2026.

Há pouco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que a rodada de reuniões com os ministérios setoriais sobre a agenda de corte de gastos foi bem sucedida e que todos os ministros estão conscientes da necessidade de reforçar o arcabouço fiscal.

Ele explicou que as pastas da Fazenda, Planejamento e Casa Civil devem reunir as impressões colhidas nesses encontros para repassar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá definir a forma como o tema será encaminhado ao Congresso e também conduzir conversas prévias com a cúpula das duas Casas - uma sinalização de interesse que ele já fez.

Aliás, por conta da ausência de anúncio de medidas fiscais, o Ibovespa fraquejou no final da sessão e fechou em alta de apenas 0,11%, aos 130.660,75 pontos. Às 11h16, o Ibovespa caía 0,96%, aos 129.449,07 pontos. Na máxima, cedeu 0,04% aos 130.613,17 pontos.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Dólar avança a R$ 5,86 com vitória de Trump nos EUA e corte de gasto no Brasil no radar

 Investidores locais ainda esperam medidas de corte de gasto do governo brasileiro



O dólar escalou a R$ 5,8619 (+1,97%) na manhã desta quarta-feira, 6, após a vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O mercado de câmbio acompanha o fortalecimento externo da divisa norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries em meio a perspectivas de que, com Trump, os impostos sejam reduzidos nos EUA, as taxas de juros do Fed fiquem mais altas e ocorra maior protecionismo e o risco geopolítico seja elevado. Petróleo e minério de ferro recuam.

Os investidores locais ainda esperam medidas de corte de gasto do governo brasileiro, sem data ainda para apresentação, o que deve apoiar também a cautela fiscal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que a rodada de reuniões com os ministérios setoriais sobre a agenda de corte de gastos foi bem sucedida e que todos os ministros estão conscientes da necessidade de reforçar o arcabouço fiscal. Ele explicou que as pastas da Fazenda, Planejamento e Casa Civil devem reunir as impressões colhidas nesses encontros para repassar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá definir a forma como o tema será encaminhado ao Congresso e também conduzir conversas prévias com a cúpula das duas Casas - uma sinalização de interesse que ele já fez.

"Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente, de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade, da sustentabilidade das finanças no médio e longo prazo. Penso que há um consenso em torno do princípio", disse Haddad ao chegar ao ministério da Fazenda nesta quarta-feira. Hoje, Haddad não tem nenhuma reunião específica sobre corte de gastos já marcada em sua agenda. Ele se reúne à tarde com Lula e outros ministros para tratar sobre assuntos relacionados a meio ambiente e mudanças climáticas.

Não deve ajudar no humor a notícia de que o Ministério de Minas e Energia (MME) propôs um aumento de 58% no orçamento do programa Luz Para Todos em 2025. A Pasta estimou R$ 3,95 bilhões a rubrica para a iniciativa, que visa universalizar o acesso a energia elétrica, para o próximo ano. Segundo publicação no Diário Oficial da União, o tema será submetido a consulta pública até 22 de novembro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, parabenizou, via X - antigo Twitter -, o republicano Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos contra a democrata e atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

O chefe do Executivo brasileiro pontuou que a democracia sempre deve ser respeitada e que o mundo precisa de diálogo e trabalho conjuntos para manter a paz e prosperidade.

Às 9h31min, o dólar à vista subia 1,58%, a R$ 5,8379. O dólar para dezembro avançava 1,45%, a R$ 5,850.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo