sábado, 2 de novembro de 2024
Pix passa o cartão de crédito como meio de pagamento online preferido no Brasil, diz pesquisa
Roupas, calçados e material esportivo foram os itens com maior crescimento nas compras online
O Pix superou o cartão de crédito e se tornou a forma de pagamento mais empregada no comércio online, segundo uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), divulgada na última quinta-feira, 31.
O dado é um recorte de uma pesquisa maior, denominada TIC Domicílios, que traça um retrato da conectividade entre os brasileiros. Feita há 20 anos pelo Cetic.br, ela constatou nesta edição que 85% das residências em áreas urbanas do País têm acesso à rede de internet, uma grande evolução ante os 13% de 2005.
O estudo traz detalhes sobre o perfil de uso da internet no País, as habilidades digitais dos brasileiros para usar esses recursos e os serviços públicos online, além do comércio eletrônico.
Em relação especificamente ao Pix, dado que integra o capítulo sobre comércio online, 84% daqueles ouvidos pela pesquisa disseram usar esse meio de pagamento no ambiente digital. Enquanto isso, 67% dos entrevistados disseram usar o cartão de crédito - uma mesma pessoa pode usar mais de uma forma de pagamento para fazer as suas compras online.
Embora a pesquisa do TIC Domicílios seja anual, a sondagem sobre o comportamento dos brasileiros em relação ao comércio eletrônico é feita de dois em dois anos. Em relação a 2022, última vez que a pesquisa abordou o e-commerce, houve uma evolução de 18 pontos percentuais entre aqueles que usam o Pix.
'Neste ano, a pesquisa destaca o crescimento do Pix como forma de pagamento das compras realizadas pela internet, puxado pelas classes sociais D e E, com menor acesso ao cartão de crédito', enfatiza o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
Os maiores aumentos no pagamento por Pix ocorreram entre as classes B (de 63% para 82%), C (de 68% para 86%) e D/E (de 60% para 78%). Os pagamentos feitos por boletos bancários caíram quase pela metade, de 43% em 2022 para 24% em 2024, diferença de 19 pontos percentuais, segundo o Cetic.br.
💸O que as pessoas mais compram?
Segundo o estudo, o grupo de roupas, calçados e material esportivo foi o que teve maior crescimento nas compras online pelos consumidores. Enquanto em 2022 eles representavam 64% das compras, agora somam 71%.
Em segundo lugar aparecem os cosméticos e itens de higiene pessoal, que somam 41% (em 2022, respondiam por 34%). Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi o avanço do pagamento por serviços de músicas pela internet, passando de 13% em 2022 para 19% agora.
Aplicativos de lojas no telefone celular foram mencionados por 65% dos usuários que compraram online, enquanto 22% citaram ter comprado por meio de redes sociais.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Brasileiros já pagaram R$ 3 trilhões em impostos em 2024, mostra Impostômetro
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou na manhã dessa sexta-feira (1º) a marca de R$ 3 trilhões em impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o início deste ano. O registro foi feito às 8h50 e chegou 54 dias mais cedo do que em 2023. Em 1º de novembro passado, o painel marcava a arrecadação de R$ 2,5 trilhões, ou seja, indicando um crescimento de 20% em comparação ao último ano, quando a marca foi atingida em 25 de dezembro, conforme a ACSP.
Enquanto isso, uma década atrás, o Impostômetro atingia R$ 1,57 trilhão. Os trilhões registrados incluem o total de taxas pagos pelos contribuintes do Brasil aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, como multas, juros e correção monetária.
Roberto Mateus Ordine, presidente da associação paulista, expressou satisfação e preocupação com o avanço na arrecadação. “Para nós, já era esperado atingir os 3 trilhões antecipados, batendo mais um recorde. Isso nos traz, de um lado, alegria pelo volume representado, mas, por outro, tristeza, pois essa arrecadação deveria beneficiar a população, o que, infelizmente, não está acontecendo”, afirmou.
Ele destacou a necessidade de mais investimentos, considerando que grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) está comprometida com custeio, limitando a faixa destinada a obras e programas de atendimento.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, ressaltou que o sistema tributário brasileiro é predominantemente baseado no consumo. “À medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. O crescimento da atividade econômica também impacta positivamente”, explicou. Gamboa prevê que, se as condições atuais persistirem, é provável que a arrecadação antecipe ainda mais a marca de R$ 3 trilhões nos próximos anos.
João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), atribui o aumento da arrecadação às políticas fiscais implementadas pelo governo, que visam aumentar os impostos para lidar com a alta dos gastos públicos.
Conforme ele, medidas como a reintegração das alíquotas de PIS e Cofins dos combustíveis e a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos são algumas das ações que contribuíram para o aumento da arrecadação. Olenike alertou, no entanto, que “arrecada-se bem, porém gasta-se mal”, e expressou preocupação com a expectativa de que esse cenário se mantenha em 2025.
A ACSP também apresentou uma perspectiva sobre o que R$ 3 trilhões poderiam comprar. Com esse montante, seria possível adquirir 42,8 milhões de carros populares ou 3,1 bilhões de celulares simples, entre outros itens. A lista revela não apenas o valor expressivo da arrecadação, mas também o potencial impacto que esses recursos poderiam ter na melhoria da qualidade de vida da população, caso fossem investidos de forma mais eficaz.
Conforme os especialistas, o aumento contínuo da arrecadação, a sociedade brasileira enfrenta o desafio de assegurar que os recursos arrecadados se revertam em benefícios reais para a população, evidenciando a necessidade de uma gestão fiscal mais responsável e transparente. Eles estão em consonância quanto à urgência das discussões sobre a eficiência do gasto público e a melhoria dos serviços prestados à sociedade à medida que novas marcas de arrecadação são alcançadas. (AE)
O Sul
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“Torço para Kamala ganhar as eleições”, diz Lula a canal francês
Presidente afirmou que “ódio está se espalhando nos EUA, Europa e América Latina”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar "torcendo para Kamala Harris ganhar as eleições" nos Estados Unidos para "o fortalecimento da democracia", em uma entrevista nesta sexta-feira (1º) ao canal francês LCI, a quatro dias da eleição presidencial americana.
"Acredito que, para o fortalecimento da democracia nos Estados Unidos, seria mais adequado a eleição de Kamala Harris à Presidência", declarou Lula durante a entrevista, sem mencionar o nome do adversário republicano da candidata democrata, Donald Trump.
"Lembramos do ataque ao Capitólio", continuou Lula, acrescentando que "o ódio está se espalhando nos Estados Unidos, mas também na Europa e na América Latina". "A democracia é a coisa mais sagrada que o ser humano construiu. Eu obviamente estou torcendo para a Kamala ganhar as eleições", disse Lula, às vésperas da votação de terça-feira (5), que promete ser muito disputada e tensa.
Perguntado sobre o conflito na Ucrânia, Lula reiterou que "sempre há uma oportunidade de construir a paz" e disse acreditar no "diálogo". "Acho que é possível. O problema é que nem Zelensky, nem Putin querem se sentar para discutir isso", prosseguiu.
Lula confirmou que nem o presidente russo, Vladimir Putin, nem sem contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, estarão presentes na cúpula do G20 no Brasil, em novembro. "Não os convidamos porque não achamos que o fórum do G20 seja um espaço para isso", declarou.
Putin anunciou em meados de outubro que não pretende comparecer ao G20 no Brasil, previsto para os dias 18 e 19 de novembro, para não "perturbar" a cúpula, uma vez que é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI).
AFP e Correio do Povo
Navio encalhado no canal de Itapuã não tem previsão para ser retirado
Embarcação Mount Taranaki, de bandeira de Hong Kong, está parado na saída do rio Guaíba desde quinta-feira
Navio Inoi, com bandeira do Panamá, está atracado no porto de Porto Alegre aguardando a retirada do graneleiro Mount Taranaki, que encalhou no canal de Itapuã | Foto: Camila Cunha* Com contribuição da repórter Paula Maia
O navio graneleiro Mount Taranaki, com bandeira de Hong Kong, encalhado desde a manhã de quinta-feira no canal de Itapuã, em Viamão, entre a Lagoa dos Patos e o rio Guaíba, segue causando transtornos na navegação gaúcha. Navios rebocadores já estão na área para auxiliar a embarcação, que vinha da Argentina com carga de cevada cervejeira, a sair do local, e liberar a circulação de outros navios, mas podem não ser suficientes. A Portos RS confirma não haver previsão para sua retirada.
Ao menos um, o Inoi, com bandeira do Panamá, está atracado no porto de Porto Alegre aguardando a saída. Ele já descarregou a carga de fertilizantes. Outro, o Eva Shanghai, também panamenho, mas que trazia carga similar de fertilizantes, está fundeado, ou ancorado, no mesmo canal de Itapuã, aguardando a retirada do Mount Taranaki, que tem 175 metros de comprimento e 29 metros de largura. “A situação piorou. É uma prova do descaso com nossas hidrovias”, comentou o presidente da Associação Hidrovias RS, Wilen Manteli.
Ocorre que o local onde o navio está encalhado está com 60 centímetros de água no começo da tarde desta sexta, contra 50 centímetros nesta manhã, segundo o prático Geraldo Almeida, com décadas de experiência na navegação no rio Guaíba. “Precisa de um metro de água para sair, e a previsão é que isto somente ocorra de quarta para quinta-feira”, afirma ele. Ainda conforme Almeida, outros navios estão previstos para circular até o final de semana, inclusive com saída e chegada no Polo Petroquímico de Triunfo. O vento é de quadrante nordeste, considerado “normal” para esta época do ano, e que deverá permanecer até a próxima semana.
A manutenção das hidrovias é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo o superintendente do órgão no RS, Hiratan Pinheiro da Silva, já foram feitas reuniões de navegação de interior, praticagem e Portos RS. “Estamos trabalhando na formatação do contrato que irá atender as demandas emergenciais”, disse ele. Já a CatSul disse que o catamarã não é afetado pelo problema.
Correio do Povo
Grêmio joga pouco, mas busca empate com o Fluminense nos acréscimos
Reinaldo anotou 2 a 2 em pênalti conquistado por Arezzo no fim
Fluminense e Grêmio empataram por 2 a 2, no Maracanã | Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C. / CPO Grêmio mostrou pouco futebol depois da sair na frente, nesta sexta-feira, mas buscou o empate contra o Fluminense, em um pênalti fortuito já nos acréscimos. Arias e Kauã Elias marcaram para os cariocas. Braithwaite e Reinaldo fizeram o 2 a 2 para o Tricolor.
Com 39 pontos, os comandados de Renato Portaluppi seguem na 11ª colocação e evitam a aproximação do Flu, com 37. Na próxima sexta-feira, o adversário é o Palmeiras, no Allianz Parque, em São Paulo.
Vantagem dura pouco
Com mudanças na escalação, Renato optou por mais marcação no meio-campo e velocidade para contra-atacar. A estratégia gremista foi bem sucedida nos primeiros minutos no Maracanã, já que o Fluminense, com mais posse de bola, encontrava dificuldades para chegar ao gol de Marchesín. Em transições ofensivas, os gaúchos eram perigosos. Aos 13, João Pedro arrancou da direita para o meia e tentou o passe para Aravena. A bola sobrou para Reinaldo, que soltou a bomba e mandou para fora.
Aos 25, em mais um jogada de velocidade, Reinaldo lançou Aravena, que devolveu para o lateral-esquerdo chegar chutando cruzado. O goleiro Fábio espalmou e Braithwaite completou para o fundo das redes: 1 a 0.
Com o gol sofrido, os cariocas melhoraram na partida e passaram a pressionar mais. Já o Grêmio recuou e ficou inoperante. Aos 29, Diogo Barbosa cobrou falta da esquerda, Arias se antecipou a Marchesín e cabeceou por cima do gol.
Aos 38, Kauã Elias tocou de calcanhar para Lima, que invadiu a área e parou em grande defesa de Marchesín. A pressão do Fluminense surtiu efeito quatro minutos depois. Aos 42, Arias recebeu dentro da grande área e chutou de perna esquerda, fraco, mas no contrapé do goleiro gremista: 1 a 1. No último lance da etapa inicial, aos 46, Lima recebeu cruzamento da direita, mas furou ao tentar a finalização dentro da área.
Prejuízo evitado nos momentos finais
O Grêmio seguiu na mesma proposta para o segundo tempo. Aos 8, em jogada de velocidade, Aravena passou por Samuel Xavier e soltou a bomba de fora da área. A bola passou perto da trave direita de Fábio. O Fluminense respondeu na dobradinha Ganso e Arias. Aos 12, o meia lançou o atacante, que pegou de primeira. Marchesín fez a defesa, e a bola ainda tocou na trave direita.
Aos 19, após saída de bola errada dos gaúchos, Kauã Elias soltou a bomba e Marchesín fez ótima defesa. No minuto seguinte, Lima cobrou escanteio da direita, Kauã Elias ganhou no alto de Villasanti e desviou de cabeça no canto esquerdo: 2 a 1.
Com a virada sofrida, Renato lançou mão de Cristaldo e Diego Costa, colocando a equipe mais à frente. Aos 26, Soteldo fez boa jogada pela direita e cruzou. Fábio tirou parcialmente e Cristaldo cebeceou para o gol, mas Thiago Santos tirou em cima da linha.
O Tricolor gaúcho pressionou em busca do empate nos minutos finais e conseguiu. Aos 49, Fábio cometeu pênalti em cima de Arezo. Na cobrança, Reinaldo chutou no ângulo direito para estufar as redes: 2 a 2.
Correio do Povo
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Revista britânica “The Economist” declara apoio a Kamala Harris na eleição dos EUA
Texto defende que volta de Trump à Casa Branca poderia desestabilizar economia e relações internacionais
A revista britânica The Economist declarou apoio à candidata Kamala Harris na eleição presidencial dos Estados Unidos, marcada para o dia 5. Em um artigo publicado nesta quinta-feira, 31, a equipe editorial da revista argumenta que um segundo mandato de Donald Trump teria "riscos inaceitáveis" e chama Kamala como "representante da estabilidade".
"Se a The Economist tivesse direito a voto, votaríamos em Kamala Harris", diz o subtítulo do artigo. Intitulado "Um segundo mandato de Trump traz riscos inaceitáveis", o texto defende que a volta do republicano à Casa Branca teria políticas mais radicais do que as vistas no primeiro mandato e podem desestabilizar tanto a economia americana quanto às relações internacionais em um momento de maior instabilidade no mundo, por causa das guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e a disputa com a China no Leste Asiático.
A revista também vê riscos de uma divisão social cada vez maior nos EUA e uso da máquina para perseguir inimigos políticos. A The Economist tem a tradição de apoiar candidatos nas eleições americanas desde a década de 1980, ano em que apoiou o republicano Ronald Reagan. A revista não apoiou Trump nas duas eleições anteriores em que o republicano participou (2016 e 2020) por julgar que ele representaria riscos aos valores democráticos e liberais dos EUA.
Em um outro artigo, a revista defende que o apoio declarado, contrastando com a decisão de jornais como o The Washington Post e o Los Angeles Times, não rompe com a independência editorial, mas é "um exemplo dela". Dirigindo-se aos eleitores que acreditam que os alertas sobre um segundo governo Trump são exagerados por acreditarem que o primeiro governo do republicano não foi radical como alarmado à época, a revista defende que a diferença entre um mandato e outro seria as limitações menores que Trump teria.
"Hoje os riscos são maiores. Isso porque as políticas de Trump são piores, o mundo é mais perigoso e muitas das pessoas sóbrias e responsáveis que frearam seus piores instintos durante o primeiro mandato foram substituídas por verdadeiros crentes, bajuladores e oportunistas", afirma a revista. "Os riscos para a política interna e externa são amplificados pela grande diferença entre o primeiro mandato de Trump e um possível segundo: ele teria menos limitações", diz outro trecho.
"Os Estados Unidos podem muito bem passar por mais quatro anos de Trump, assim como aconteceu nas presidências de outros líderes que falharam, de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que se afirmam cabeças-duras ignoram o risco alto de uma presidência de Donald Trump", acrescenta.
A revista argumenta que durante o primeiro mandato ainda havia uma plataforma republicana moderada e que hoje o partido está mais radical. Como exemplo, eles citam as promessas do ex-presidente de tarifas de 20% sobre importações e de 200% ou até 500% sobre automóveis fabricados no México; o plano de deportar milhares de imigrantes, mesmo aqueles com empregos e filhos; e o corte de impostos, em um momento em que o déficit orçamentário americano é comparado ao existente em épocas de guerra ou recessão.
"Essas políticas seriam inflacionárias, potencialmente criando um conflito com o Federal Reserve (equivalente ao Banco Central dos EUA). Elas arriscariam desencadear uma guerra comercial que acabaria empobrecendo os Estados Unidos. A combinação de inflação, déficits descontrolados e decadência institucional anteciparia o dia em que os estrangeiros se preocupariam em emprestar dinheiro ilimitado ao Tesouro dos EUA", escreve a Economist. O outro motivo para os riscos serem maiores do que em 2016, afirma a revista, é o cenário geopolítico.
"O mundo mudou. Em 2017-21 (período do primeiro governo republicano), estava em grande parte em paz", diz o texto. "Mas, quando o próximo presidente assumir o cargo, duas guerras colocarão em risco a segurança dos EUA. Na Ucrânia, a Rússia tem a vantagem, o que coloca Vladimir Putin em posição de ameaçar novas agressões à Europa.
No Oriente Médio, uma guerra regional que se aproxima do Irã ainda pode envolver os EUA", acrescenta. O texto ainda defende que uma segunda presidência do republicano iria lidar com controles menores sobre o poder do presidente, devido à decisão da Suprema Corte que proibiu processos contra chefes de Estado por atos da presidência. "Se controles externos são mais frágeis, muito mais vai depender do caráter de Trump", afirma. "Dado seu desprezo obstinado pela Constituição após perder a eleição em 2020, é difícil ser otimista".
A defesa de Kamala Harris aparece no final do texto. A revista destaca as críticas negativas à democrata por opositores - como parecer insegura e indecisa e apoiar políticas mais à esquerda -, mas pondera que ela tem defendido ideias mais próximas do centro e elenca a estabilidade como a razão para escolhê-la na disputa. "É difícil imaginar a Kamala Harris sendo uma presidente estelar, embora as pessoas possam se surpreender. Mas você não pode imaginá-la causando uma catástrofe", afirma a Economist.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
Dólar sobe para R$ 5,87 e fecha no maior nível em quatro anos
Bolsa de valores cai 1,23% e fica abaixo de 130 mil pontos
Em mais um dia de turbulência no mercado doméstico e no externo, o dólar aproximou-se de R$ 5,90 e fechou no maior nível desde o início da pandemia de covid-19. A bolsa de valores caiu pela quarta vez consecutiva e ficou abaixo de 130 mil pontos.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (01) vendido a R$ 5,87, com alta de R$ 0,106 (+1,53%). A cotação iniciou o dia em baixa, caindo para R$ 5,76 pouco antes das 10h, mas disparou após a abertura do mercado norte-americano, até fechar próxima da máxima do dia.
A moeda norte-americana está no maior nível desde 13 de maio de 2020, quando tinha fechado em R$ 5,90. Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 6,13% desde o fim de setembro. Em 2024, a divisa sobe 20,95%.
O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 128.121 pontos, com recuo de 1,23%. O indicador está no menor patamar desde 7 de agosto.
Tanto fatores domésticos como internacionais contribuíram para o mal-estar do mercado nesta sexta-feira. No cenário doméstico, o dólar e a bolsa foram pressionados pela viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa na próxima semana, o que adiará o pacote de revisão de gastos obrigatórios. Os investidores consideram urgente o envio das medidas ao Congresso.
No mercado externo, o dia começou com alívio, após a divulgação de que a economia norte-americana criou apenas 12 mil empregos no mês passado, abaixo da previsão de 100 mil postos. Em tese, isso estimularia uma redução maior de juros nos Estados Unidos, mas a queda nas vagas deveu-se a greves nos portos e a dois furacões que atingiram o país em outubro, sem relação com o aquecimento econômico norte-americano.
O desempenho do mercado de trabalho norte-americano manteve as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) cortar os juros em apenas 0,25 ponto na próxima semana. Além disso, as tensões eleitorais nos Estados Unidos voltaram a pressionar o mercado financeiro em todo o planeta. Além do real, o dólar subiu perante os pesos chileno, mexicano e colombiano. No caso do México, a moeda norte-americana atingiu o maior valor desde 2022.
Agência Brasil e Correio do Povo