domingo, 18 de agosto de 2024

“Chega o dia que Silvio Santos e seu público se separam”, lamenta RECORD em nota de pesar

 Comunicado da emissora paulista destaca a ousadia e o pioneirismo do apresentador, que morreu neste sábado (17) aos 93 anos

A nota ressalta o estilo único e carismático do comunicador 

A RECORD emitiu uma nota oficial, neste sábado (17), para lamentar a morte do apresentador Sílvio Santos, que não resistiu a uma broncopneumonia, causada pelo vírus H1N1. O comunicado foi publicado pelo R7.

Leia a nota de pesar da RECORD na íntegra:

NOTA DE PESAR

SILVIO SANTOS

Com grande pesar que o Sr. Edir Macedo, sua família, o CEO da RECORD, Sr. Marcus Vinícius Vieira, os funcionários, diretores e colaboradores da RECORD recebem a notícia de que uma parte da história da televisão brasileira se encerrou neste sábado, 17 de agosto de 2024, com a morte de Senor Abravanel. Infelizmente, chega o dia que Silvio Santos e seu público se separam.

A TV nacional foi construída pela ação heroica e visionária de empresários audaciosos que ousaram simplesmente inventá-la. Silvio Santos, nesse enredo, foi um personagem único. Dentre estes pioneiros, somente ele trabalhou para além dos bastidores e das decisões empresariais, colocando seu rosto, sua voz e um carisma inigualável à frente das câmeras.

Em 93 anos de vida, mais de 60 se confundem com a televisão. Silvio Santos foi camelô, animador de circo, locutor e radialista em seus primeiros passos profissionais. E cada um deles parecia destinado a levá-lo para a carreira que o tornaria célebre para todos os brasileiros, a de homem de TV. Porque Silvio Santos não era tão somente apresentador ou proprietário de uma emissora, ele era a TV. Personificando-a como ninguém, Silvio Santos ajudou a moldá-la com seu estilo único e personalista, contribuindo para sua consolidação como a mídia mais importante para o brasileiro em todos os cantos do país.

Impossível não destacar que, como apresentador, deixa a programação de domingo como um de seus grandes legados. Ninguém dominou como ele o desafio de oferecer atrações populares e bem ao gosto do brasileiro. Um talento que fez dele referência incontestável.

No papel de empresário, não foi menos brilhante. Empreendedor nato, adquiriu o primeiro canal no Rio de Janeiro, em 1975, a TV Studios Silvio, a TVS. Depois, tonou-se sócio da RECORD, emissora que mais tarde decidiu vender para os atuais acionistas. A partir de então, focou sua atenção na antiga TVS, que cresceu até formar o Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT.

Sempre querido no meio da comunicação, Silvio Santos teve uma relação de respeito e amizade com o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo. Em 2015, ele fez questão de conhecer o Templo de Salomão, em São Paulo, onde resgatou parte de sua origem judaica.

Silvio Santos se foi, mas apenas um capítulo de sua história termina aqui. Seu legado como comunicador, empresário e cidadão certamente continuarão a servir como exemplo e inspiração a todos que sempre o admiraram.

À toda família Abravanel, aos colaboradores do SBT e brasileiros que por anos o acompanharam, expressamos nosso profundo sentimento de pesar.

Silvio, como você muitas vezes cantou: “Do mundo não se leva nada”. Mas que você leve a nossa gratidão e pelo menos um pouco da alegria que nos trouxe. Por aqui, vamos sempre “sorrir e cantar”...

São Paulo, 17 de agosto de 2024.

RECORD

Correio do Povo

Morre Silvio Santos: causa da morte foi broncopneumonia após infecção por gripe (H1N1)

 Comunicado é assinado por profissionais do hospital Albert Einstein

Apresentador morreu neste sábado, dia 17, aos 93 anos 

Em nota divulgada há pouco, o Hospital Israelita Albert Einstein informou que o apresentador Silvio Santos, de 93 anos, morreu às 4h50 deste sábado, em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).

O curto comunicado é assinado por quatro médicos: o geriatra Gabriel Truppel Constantino, o geriatra Victor José Donelas Melo, o cirurgião José Curado, o e o diretor médico do hospital, Miguel Cendrorogio Neto.

A H1N1 é um tipo de gripe, ou seja, uma infecção do sistema respiratório causada pelo vírus influenza, mas sua gravidade tende a ser maior em idosos e outros grupos vulneráveis tanto na manifestação dos sintomas quanto nos riscos de complicação.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Porco de 150 quilos gera transtorno na Freeway

 Captura do suíno ocorreu com auxílio de oito pessoas

Porco foi imobilizado após uma hora de tentativas na Freeway 

Um porco causou transtorno, no início da manhã deste sábado, em uma das alças de acesso da BR 290 para a avenida Zaida Jarros, na zona norte de Porto Alegre. O inusitado episódio foi registrado próximo às 7h30min, na altura do km 93. Só foi possível imobilizar o animal após uma hora de tentativas de captura.

Foi necessário o envolvimento de oito agentes da Polícia Rodoviária Federal e da CCR Via Sul na ocorrência. Isso porque o suíno pesava mais de 150 quilos e insistia em fugir dos profissionais.

O trânsito não chegou a ser interrompido, mas foi necessário que motoristas desviassem do animal, que insistia em caminhar na pista. A preocupação dos agentes era o risco de que a situação gerasse um acidente de trânsito, o que não aconteceu.

Na primeira tentativa de laçar o mamífero, ele chegou a ser agarrado mas ainda conseguiu se desvencilhar. O êxito ocorreu na segunda vez, quando os agentes conseguiram imobilizar e amarrar as patas do animal.

O dono do porco mora no entorno da região. Ele chegou ao local no final da ocorrência e disse que o suíno fugiu dá propriedade após ter se soltado de uma corda. O homem assinou um termo circunstanciado e voltou para casa com o suíno.

Correio do Povo

Bombeiros combatem incêndio em edifício histórico em Londres

 Centro de arte é localizado no coração da cidade

Espessa coluna de fumaça sai do telhado do museu 

Um incêndio foi registrado neste sábado (17) no telhado do edifício histórico Somerset House, um centro de arte localizado no coração de Londres, onde cerca de 100 bombeiros tentavam conter as chamas, informou o serviço de bombeiros da capital britânica.

O centro de artes londrino informou na rede social X que o prédio fechou as portas durante a ação dos bombeiros. "Todos os funcionários e o público estão seguros", acrescentou.

"Quinze caminhões e cerca de cem bombeiros foram enviados para combater o incêndio em Somerset House. As equipes estão tentando apagar o incêndio localizado em uma parte do telhado do edifício", escreveu a brigada de incêndio de Londres no X.

Imagens publicadas nas redes sociais mostram uma espessa coluna de fumaça saindo do telhado do museu, um edifício histórico de 1796 localizado às margens do rio Tâmisa. "Foram enviadas ao local duas escadas de 32 metros" para apoiar os esforços de extinção das chamas, afirmaram os bombeiros, acrescentando que "a causa do incêndio é desconhecida".

Os bombeiros chegaram "rapidamente e trabalhamos em estreita colaboração com eles para controlar a propagação do fogo", declarou o museu. Somerset House ficou famosa depois de aparecer em vários filmes, como "Simplesmente Amor" (2003), dois episódios da saga James Bond e o filme "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça" (1999), de Tim Burton. O prédio iria sediar o evento de breakdance "London Battle" neste sábado.

AFP e Correio do Povo

Venezuela: a mentira sempre perde no final

 


Família explica por que não haverá velório aberto de Silvio Santos ao público

 Cerimônia foi pedido do apresentador em vida

Apresentador morreu neste sábado, dia 17, aos 93 anos 

Silvio Santos morreu na madrugada deste sábado, dia 17, em decorrência de uma broncopneumonia, aos 93 anos de idade. No início da tarde, o SBT divulgou uma carta assinada pela “família Abravanel” falando sobre a morte do comunicador.

Suas filhas, Patricia, Rebeca, Silvia, Renata, Cinthia e Daniela, além de sua mulher, Iris Abravanel, têm uma ligação íntima com a emissora. Na carta, falam sobre um "desejo” do apresentador para quando morresse: “que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem”.

Com isso, não deve haver uma cerimônia de velório ou enterro aberta ao público, como acontece com algumas celebridades. Os familiares ainda destacam ao público que guarde boas lembranças do apresentador, como um homem que "amou o Brasil e os brasileiros”. Silvio Santos deve ser enterrado no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

Confira a íntegra da carta da família de Silvio Santos

CARTA FAMÍLIA ABRAVANEL

Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo.

Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem.

Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer. Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos.

Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros. Com muito carinho e respeito a todos vocês, Família Abravanel".

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

O luxuoso cassino na Porto Alegre da década de 30

 Uma grande casa de jogos e espetáculos artísticos foi construída no Parque da Redenção durante a Exposição do Centenário Farroupilha, em 1935

Além dos jogos, cassino recebeu luxuosos jantares e shows 

“O jazz começou a tocar um fox. Êle arrastou Anneliese para o meio da multidão. Chamou-a docemente para si, enlaçou-lhe a cintura e arrastou-a ao compasso da música, sentindo contra o peito o seio dela e contra o ombro aquela cabeça loura, que recendia a alfazema. Voltaram para a mesa e continuaram a beber. Anneliese pediu mais champanha. Foram depois para a sala de jôgo. Anneliese comprou algumas fichas. Jogaram todas no 14. A bola correu: 16!” (Um Lugar ao Sol, Érico Veríssimo)

O guia que nos conduz a flanar pelo ambiente que representava o suprassumo do luxo e da modernidade da Porto Alegre de 1935 é Vasco, personagem do livro “Um Lugar ao Sol”, de Érico Veríssimo, lançado em 1936. O ambiente era o vultuoso cassino instalado no Parque Farroupilha – conhecido como Parque Redenção –, que recebia grande atenção da elite e da imprensa na época.

“É a primeira vez que em Porto Alegre se installa um Casino na verdadeira acepção da palavra. Será elle, portanto, o centro de reunião elegante da sociedade porto-alegrense e de todos os forasteiros que aqui se encontram”, publicou o Correio do Povo às vésperas da abertura.

A enorme construção em Art Déco, que lembrava um navio, integrava a Exposição do Centenário Farroupilha, ocorrida em 1935. A estrutura ficava localizada junto ao lago, próximo à Fonte Luminosa - na atual configuração do parque, próximo ao “Refúgio do Lago”.

Com o evento, o Rio Grande do Sul queria mostrar ao mundo o que tinha de mais moderno. Em seus pavilhões, a mostra trazia ainda pavilhões de quase todos os estados brasileiros e de países vizinhos, destacando o desenvolvimento industrial. A área foi iluminada com mais lâmpadas do que dispunha a cidade inteira, à época, com cerca de 300 mil habitantes. Mais de um milhão de pessoas visitaram o evento, de acordo com relatório publicado pela prefeitura.

O momento político era marcado pela disputa entre Getúlio Vargas, então presidente da República, e Flores da Cunha, governador do Rio Grande do Sul, e opositor político de Getúlio.


De “Campo da Redenção” para “Parque Farroupinha”

Era a época das grandes feiras internacionais. Inspirada na feira de Chicago, de 1932, a exposição teve 56 mil entradas vendidas até o dia da inauguração - 20 de setembro de 1935. Os jornais noticiavam uma movimentação inédita de 15 mil “forasteiros”, vindos de diversos estados brasileiros, da Argentina e do Uruguai.

A preparação começou dois anos antes, em 1933, com o plano de embelezamento da área da antiga várzea. A exposição marcou também a mudança do nome oficial da área, que deixou de se chamar Campo da Redenção para tornar-se o Parque Farroupilha.

O cassino era o grande atrativo do evento. Em alguns registros de jornais da época e textos publicados posteriormente, o local é chamado de ‘Casino Farroupilha’, no entanto, na fachada, o letreiro referia apenas ‘casino’.

Além do espaço voltado aos jogos de azar, o estabelecimento contava com um amplo salão, que recebia jantares e espetáculos artísticos. Ali cantou Carmen Miranda, além de outras das grandes atrações dos teatros e das principais “broadcastings” do país de São Paulo e Rio de Janeiro.

Ambiente para a elite bem vestida

Historiador e professor da PUC, Charles Monteiro ressalta que se tratava de um ambiente luxuoso, voltado principalmente às elites, onde era imperativo estar bem vestido. Como um paralelo com as casas de jogos atuais, Monteiro cita os cassinos de Punta del Este, no Uruguai.

“O cassino era dirigido principalmente à elite. Elite política, comercial e industrial. Grandes proprietários de terra, de gado, comerciantes, industriais. E também às camadas média e média alta. Um espaço para as pessoas da elite estarem confortáveis entre os seus, muito bem trajados”, descreve.

O historiador destaca que, na época, Porto Alegre possuía diversos estabelecimentos voltados a jogos, espetáculos e, em muitos casos, prostituição. Os mais elitizados ocupavam a região do Centro e, espalhando-se para os lados da Voluntários, ficavam outros, mais populares. Mas o cassino da exposição se diferenciava dos demais.

“Não era como o Club dos Caçadores [na rua Andrade Neves], mais voltado à diversão masculina, com prostituição. Era socialmente mais bem visto. Havia uma conotação positiva em se frequentar esse ambiente”, explica Monteiro. O Cassino Farroupilha, por exemplo, era frequentado também por mulheres, casais e famílias.

A Exposição do Centenário Farroupilha durou cerca de quatro meses, sendo encerrada em 15 de janeiro de 1936.

Programação repleta de atrações nacionais

“Os cassinos eram também espaços de espetáculos. A Carmen Miranda fez uma apresentação, assim como ela cantava no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro”, exemplifica Monteiro.

Na edição de 20 de setembro de 1935, o Correio do Povo noticiava a inauguração oficial da Exposição, marcada para iniciar às 22h, detalhando as atrações da noite:

“Alzirinha Camargo, ‘o rouxinol da Paulicéia’, admirável intérprete de canções e marchas brasileiras; Fernando Vital - ‘Nho Totico’, excellente parodista, cantor e humorista de real valor; Alvarenga e Ranchinho, dupla caipira insuperável; M.G. Barreto, o príncipe da embaixada nortista e fino condottieri artístico, apresentador da pista; Pedro Gil, Barítono notável, intérprete de músicas clássicas e canções regionaes ;Ida Alencar, Afamada soprano ligeiro, consagrada creadora da canção brasileira; Ardamy, figura de grande brilho em São Paulo e nos cassinos do Rio de Janeiro, o mais completo cantor de tangos.”

A programação contava ainda com “numerosa orchestra sob a competente regência do maestro Ascendino Lisboa, brilhantemente secundada por outra orchestra typica de tangos, dirigida por Clovis Mamede.”

Monopólio da jogatina

Em 1935, as casas de jogos da cidade foram fechadas para que uma brilhasse sozinha. A abertura de um cassino levou o governo estadual a decidir pelo fechamento do restante da jogatina na cidade. A ideia era não passar ao forasteiro a ideia de que a população da cidade era mais dada aos prazeres que ao trabalho, como citou Raul Pilla em artigo publicado pelo Correio do Povo, no dia 12 de setembro.

“Deliberou o governo fechar todas as tavolagens, só permitindo o jogo no casino da Exposição”, dizia. Para Pilla, o evento poderia servir como um período de transição para a “extirpação radical” do jogo, que definia como “um cancro social”.

Bem como previstos nas atuais discussões sobre a possível volta dos cassinos à legalidade no Brasil, a diversão das roletas e dos panos verdes era atividade exclusiva, reservada a alguns poucos endinheirados.


Reação do comércio do Centro

O plano de interditar a jogatina da região central da cidade encontrou resistência por parte do comércio local. Em uma carta assinada “por mais de 200 firmas”, comerciantes pediam ao governador, o general Flores da Cunha que reconsiderasse a ideia.

Os signatários reconheciam que a medida anunciada por Flores da Cunha demonstrava o “alto carinho” do governador no preparo dos festejos, mas alertavam para o risco de a medida assumia “uma importância excessiva” do governante.

Na carta, eles argumentavam que o fechamento das casas de jogos afetaria o comércio em geral, gerando “prejuízos vultuosos” e causando demissões. Outro argumento apresentado era de que o “forasteiro” em visita à capital buscaria conhecer “a maior soma de diversões”.

Por fim, os signatários apelavam a Flores da Cunha por um gesto “de bondade humana, e de proveitosas consequencias economicas para o commercio e para a industria desta capital.”

As queixas do leitor

O jornal A Federação, concorrente do Correio do Povo e que tinha sua sede na mesma esquina, em prédio que hoje abriga o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, criticava os preços “escorchantes” cobrados pela empresa paulista que operava o equipamento, cuja ganância superava “todos os limites concebíveis”.

“Estão explorando o público vergonhosamente, cobrando no serviço de bar e restaurante preços que só podem ser pagos por milionários”, publicava o jornal no dia 23 de setembro.

As reclamações da população estampavam também as páginas do Correio do Povo. Entre os apontamentos estavam os altos preços do evento e ao abandono da área que ficava do lado de fora dos gradis.

Em longa carta enviada à redação, uma leitora criticava a Casa do Gaúcho e a “exhibição grotesca” do povo do Rio Grande do Sul feita no evento.

“Os verdadeiros gaúchos não podem ser representados por um ‘jéca’, nem por um ‘rancho’ que nada exprime”, citava a seção “As queixas do público”. A leitora concluía que “nem mesmo o clássico ‘Martin Hierro’ poderia concordar com aquella palhaçada.”

Um passeio pela exposição pelas palavras de Érico Veríssimo

O livro “Um Lugar ao Sol”, de Érico Veríssimoretoma personagens de obras anteriores do autor, como “Clarissa” e “Música ao Longe”.

Na trama, a jovem professora Clarissa se muda para Porto Alegre, junto da mãe e do primo Vasco, depois que seu pai é assassinado em Jacarecanga. Enquanto a família busca se adaptar à vida na cidade grande, Vasco se envolve com a boêmia local. Na obra, o autor descreve ainda outras cenas vividas por Vasco no cassino.

“O jazz não cessava de berrar. Andava no ar uma mistura excitante: éter, perfume de carne de mulher, poeira de confete, bafio de álcool. O furor dos pares crescia. Explodiam gritos. A onda colorida se agitava. Uma bruma pairava no ar, tingida de mil perfumes e mil desejos.”


Origem do Parque Farroupilha

O evento marcou também o plano de melhoramento e ajardinamento da área - antes uma várzea alagadiça. À época da exposição, a área ainda não era um parque.

Pelas imagens da exposição é possível ver que a imensa área hoje arborizada na época tinha poucas árvores. Apenas a face voltada à avenida João Pessoa era ajardinada, com árvores e bancos, uma espécie de passeio.

São raras as estruturas da exposição que permanecem de pé. Entre elas, a Fonte Luminosa, o Espelho D’água e o antigo embarcadouro do lago, que mais tarde ficou conhecido pelo “Café do Lago”.

A principal construção remanescente é o recém restaurado prédio do Instituto de Educação Flores da Cunha. O prédio, que abrigou o pavilhão cultural da exposição, tornou-se endereço da Escola Normal da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, como era chamado IE até 1939. A edificação foi concebida pelo escultor e arquiteto espanhol Fernando Corona, radicado em Porto Alegre e construída em cerca de um ano.

Correio do Povo

Morre o apresentador Silvio Santos

 Dono do SBT estava internado desde o início de agosto

Silvio Santos esteve no ar nos últimos 60 anos e foi no SBT que criou um jeito próprio de fazer a TV no Brasil 

O apresentador Silvio Santos, dono do SBT, morreu neste sábado em São Paulo, aos 93 anos. “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros”, diz post publicado pelo SBT no X (antigo Twitter).

O apresentador estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o início de agosto.

Em nota divulgada há pouco, o Hospital Israelita Albert Einstein informou que o apresentador Sílvio Santos, de 93 anos, morreu às 4h50 deste sábado, em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).

O curto comunicado é assinado por quatro médicos: o geriatra Gabriel Truppel Constantino, o geriatra Victor José Donelas Melo, o cirurgião José Curado, o e o diretor médico do hospital, Miguel Cendrorogio Neto. A H1N1 é um tipo de gripe, ou seja, uma infecção do sistema respiratório causada pelo vírus influenza, mas sua gravidade tende a ser maior em idosos e outros grupos vulneráveis tanto na manifestação dos sintomas quanto nos riscos de complicação.

Silvio Santos esteve no ar nos últimos 60 anos e foi no SBT que criou um jeito próprio de fazer a TV no Brasil. Inovador, despojado e carismático, ele conquistou o público e fez história. Ele estava afastado dos programas de televisão desde setembro de 2022, para cuidar da saúde. O apresentador deixa seis filhas, que continuarão comandando a emissora do pai.

A trajetória de Senor Abravanel

Apresentador e empresário, Silvio foi o fundador do SBT, emissora em que trabalhou ao longo das últimas quatro décadas, e também de diversas empresas do Grupo Silvio Santos, como o “Baú da Felicidade”. Ao longo das décadas, passou pelas principais emissoras de TV, como Tupi, Globo, Record e, o próprio SBT (anteriormente TVS).

Senor Abravanel, como é seu nome de bastismo, fez parte do cotidiano dos brasileiros em diversos programas de auditório, como nos infindáveis quadros do "Programa Silvio Santos”, as perguntas e respostas do “Show do Milhão”, a junção de casais no “Em Nome do Amor”, a vida dos famosos no reality “A Casa dos Artistas”, a realização de sonhos na “Porta da Esperança” ou a ajuda financeira no “Topa Tudo Por Dinheiro” e no “Roda a Roda”, entre tantos outros.

É raro encontrar quem jamais tenha ouvido algum de seus bordões, como "Má ôe!”“Quem quer dinheiro?”“É namoro ou amizade?”“Você está certo disso?”, ou a letra de músicas como “Ritmo de Festa” ou “Silvio Santos Vem Aí! (Olê, olê, olá!)”. No fim dos anos 1980, chegou a anunciar planos para se afastar da TV, elegendo Gugu Liberato como substituto. A ideia, porém, não foi à frente, e manteve-se em atividade por mais algumas décadas.

Silvio Santos foi casado com Maria Aparecida Vieira Abravanel, a Cidinha, que morreu de câncer quando ainda era jovem. Posteriormente, teve um segundo casamento com Íris Abravanel. Dos relacionamentos, vieram suas seis filhas: Cintia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata. À exceção de Daniela, que usa o sobrenome Beyruti, todas são conhecidas pelo sobrenome do pai, Abravanel.

Alguns dos principais problemas de saúde começaram a surgir quando já tinha mais de 60 anos de idade, como no joelho, coração e próstata. Na década de 1980, foi aos Estados Unidos para uma cirurgia e tratamento na garganta, e posteriormente precisou se curar de um tumor na região da pálpebra de seu olho. Ao longo da vida, também apresentou uma conhecida alergia a perfumes.

Ao longo das décadas, passou pelas principais emissoras de TV, como Tupi, Globo, Record e, o próprio SBT (anteriormente TVS). Fez parte do cotidiano dos brasileiros em diversos programas de auditório, como nos infindáveis quadros do Programa Silvio Santos, as perguntas e respostas do Show do Milhão, a junção de casais no Em Nome do Amor, a 'vida real' dos famosos do reality A Casa dos Artistas, a realização de sonhos na Porta da Esperança ou a ajuda financeira no Topa Tudo Por Dinheiro e no Roda a Roda, entre tantos outros.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Sol predomina no RS neste domingo

 Tarde deverá ser de calor no Norte e no Noreste do Estado



O sol aparece com nuvens na maior parte do Rio Grande do Sul neste domingo, contudo com momentos de nublado em diversas localidades.

Segue a chance de chuva isolada no Sul e no Leste do estado, mas a instabilidade deve se concentrar na Metade Sul e apenas em parte do dia. Na Metade Norte, o dia é quente.

A tarde torna a ser de calor em cidades do Norte e, especialmente, do Noroeste. Fumaça de queimadas da Amazônia e de países vizinhos segue chegando ao Rio Grande do Sul.

Porto Alegre deve ter mínima de 16ºC e máxima de 27ºC.

Correio do Povo