sexta-feira, 5 de julho de 2024

Quem é Keir Starmer, provável novo premiê do Reino Unido

 Político assumiu as rédeas da legenda há quatro anos e mudou os rumos do partido para aproximá-lo de posições mais centristas



Após as pesquisas de boca de urna indicarem a vitória do Partido Trabalhista que deve dar fim aos 14 anos de governos conservadores, Keir Starmer deve se tornar o novo primeiro-ministro do Reino Unido, com uma maioria histórica no Parlamento. O político assumiu as rédeas da legenda há quatro anos e mudou os rumos do partido para aproximá-lo de posições mais centristas.

Starmer ingressou tarde na vida política, aos 52 anos. Entrou pela primeira vez no Parlamento britânico, pelo Partido Trabalhista, depois de ter sido eleito pelos distrito londrino de Holborn e Saint Pancras em 2015.

O político, que hoje tem 61 anos, sucedeu Jeremy Corbyn, defensor de uma ideologia mais esquerdista, como líder do partido em abril de 2020, após um grave revés trabalhista nas eleições legislativas de 2019. Após esse fracasso, Starmer mudou o rumo do partido, afastando-a das teses mais radicais de Corbyn Desse modo, começou a subir nas pesquisas para futuras eleições

Próximo governo do Reino Unido terá série de desafios

A liderança de Starmer na oposição aos conservadores coincidiu com um período turbulento no Reino Unido, passando pela pandemia, a saída da União Europeia, o choque econômico da invasão da Ucrânia e, além disso, atravessando a turbulência econômica do mandato de 49 dias de Liz Truss como primeira-ministra em 2022.

Sua mensagem aos eleitores é que um governo trabalhista trará mudanças - do tipo tranquilizador, e não assustador. "Um voto no Partido Trabalhista é um voto pela estabilidade - econômica e política", disse Starmer depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak convocou a eleição em 22 de maio.

Starmer foi um forte oponente da decisão britânica de deixar a União Europeia, embora agora diga que um governo trabalhista não tentaria revertê-la.

Advogado que atuou como promotor-chefe da Inglaterra e do País de Gales entre 2008 e 2013, Starmer é descrito pelos oponentes como um "advogado esquerdista de Londres". Ele foi nomeado cavaleiro por seu papel na liderança do Crown Prosecution Service, e oponentes conservadores gostam de usar seu título, Sir Keir Starmer, para retratá-lo como um membro da elite e inacessível.

Mas o político, entretanto, prefere enfatizar suas credenciais de homem comum e raízes humildes - em contraste implícito com Sunak, que é um ex-banqueiro do Goldman Sachs casado com a filha de um bilionário.

Vegetariano, competitivo e amante de futebol

O advogado é filho de um ferramenteiro e de uma enfermeira que o batizaram em homenagem a Keir Hardie, o primeiro líder do Partido Trabalhista. Um de quatro filhos, ele foi criado em uma casa com pouco dinheiro em uma pequena cidade fora de Londres.

"Houve tempos difíceis", ele disse em um discurso de lançamento de sua campanha. "Eu sei como é a sensação de uma inflação fora de controle, como o aumento do custo de vida pode fazer você ficar com medo do carteiro que vem pelo caminho: "Ele vai trazer outra conta que não podemos pagar?", disse. "Costumávamos escolher a conta de telefone porque, quando ela era cortada, era sempre mais fácil viver sem ela."

Ele foi o primeiro membro de sua família a ir para a faculdade, estudando direito na Universidade de Leeds e Oxford, e exerceu a advocacia de direitos humanos antes de ser nomeado promotor-chefe.

Keir Starmer é o primeiro vegetariano a ocupar a função de primeiro-ministro britânico. Grande fã de futebol, praticou o esporte como amador, como meio-campista e é torcedor do Arsenal. Nascido no bairro londrino de Southwark, no sul da cidade, estudou Direito na Universidade de Leeds e continuou sua formação como advogado em Oxford.

Confiante em todas as áreas, Starmer afirmou certa vez que derrotaria Boris Johnson, ex-primeiro-ministro conservador, se os dois se encontrassem em uma partida de futebol. Em outra entrevista, ele foi questionado sobre qual é o seu principal medo. E respondeu: "a derrota".

"Detesto perder, principalmente no futebol e na política. Jogo futebol toda semana, no meio do campo, comandando. Muita gente fala que o importante é participar. Não sou dessa opinião. O que conta é vencer", afirmou.

Ele conheceu a esposa, Victoria, com quem tem dois filhos, por motivos de trabalho, já que ela também se dedica à advocacia. "Estávamos trabalhando juntos em um caso e tive a audácia de questionar parte do trabalho que estava fazendo. Então a primeira opinião dela sobre mim foi contar aos amigos "quem eu pensava que era"", explicou ele em entrevista.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Quais são os próximos passos depois do indiciamento de Bolsonaro no caso das joias?

 PGR deverá se manifestar em até 15 dias para definir se ex-presidente vira réu



Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 11 pessoas nesta quinta-feira, pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso que envolvendo a venda das joias sauditas. Agora o processo seguirá seu curso na Justiça.

Além de Bolsonaro, outros aliados dele de primeiro escalão foram indiciados, como o advogado pessoal do ex-mandatário, Fabio Wajngarten, e o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência (e delator) Mauro Cid. O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o caso está sendo entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deve encaminhar o documento para o Ministério Público Federal.

Cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar, em até 15 dias, sobre um eventual oferecimento de denúncia contra os investigados. O MPF é quem vai decidir se apresenta acusação formal à Justiça, que pode determinar a abertura de uma ação penal. O MPF pode também pedir mais apurações, ou ainda arquivar o caso.

Ou seja, o indiciamento não significa que o ex-presidente já tenha sido considerado culpado pela apropriação e tentativa de venda das joias. Se a Justiça acatar a denúncia, aí, sim, Bolsonaro vira réu no processo que vai apurar os crimes.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Além de Bolsonaro, veja quem foi indiciado pela PF no caso das joias sauditas

 Mauro Cid, Frederick Wassef e Fabio Wajngarten são alguns dos indiciados



A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas no caso da venda ilegal de joias sauditas. A corporação imputa ao ex-chefe do Executivo supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além de Bolsonaro foram indiciados:

  • Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia - indiciado por peculato e associação criminosa;
  • José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete de Bento Costa - indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal - indiciado por peculato, lavagem de dinheiro, crime funcional de advocacia administrativa perante a administração fazendária;
  • Marcelo da Silva Vieira, capitão de corveta da reserva ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência Rio - peculato e associação criminosa;
  • Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator - peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Frederick Wassef, advogado - lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Fabio Wajngarten, advogado - lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque - peculato e associação criminosa;
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro - lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Mauro César Lourena Cid, general pai de Mauro Cid - lavagem de dinheiro e associação criminosa;
  • Marcelo Costa Câmara, coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro - lavagem de dinheiro.

O indiciamento se dá na esteira da Operação Lucas 12:2, que apontou indícios de que Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens e outros dois assessores do ex-chefe do Executivo “atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior”.

Segundo a corporação, os dados analisados no bojo do inquérito indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência - responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao Presidente - “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado, presentes de alto valor, mediante determinação” de Bolsonaro.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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Juventude perde para o Bahia e volta à alça de mira do Z4 do Brasileirão

 Verdão da Serra foi dominado e acabou sofrendo 2 a 0 em Salvador



O Juventude sofreu sua segunda derrota seguida, nesta quinta-feira, e vai precisar recompor as forças logo, para evitar complicações no Brasileirão. Após sofrer o 2 a 0 para o Bahia, na Arena Fonte Nova, o Verdão da Serra arrisca entrar na alça de mira dos times da zona rebaixamento, após a 14ª rodada.

Com gols de Thaciano e Cauly - ambos na segunda etapa - o Bahia chegou a 27 pontos, em quarto lugar, empatado com o Palmeiras, também com 27, porém com saldo de gols superior (9 a 7). Já o Juventude segue sem vencer como visitante, com 16 pontos e um jogo a menos na tabela.

O Bahia entrou desligado em campo. Sem conseguir trocar passes, assistiu o Juventude tomar conta do jogo nos minutos iniciais. Jean Carlos teve a chance de abrir o placar, mas exagerou na força e mandou sob o gol. Aos poucos, o dono da casa encaixou a marcação e equilibrou as ações.

Mantendo a posse de bola, o Bahia pisava na área com frequência e empilhava chances, principalmente com Everaldo, que obrigou Gabriel a fazer duas grandes defesas. Na reta final, o Juventude encaixou um bom contra-ataque, Jean Lucas encobriu Marcos Felipe, mas Gabriel Xavier tirou em cima da linha, para manter o empate sem gols na primeira etapa.

Na volta do intervalo, o Bahia aproveitou o espaço e abriu o placar logo aos 13. Everton Ribeiro teve tempo para pensar e serviu Thaciano, que bateu cruzado para as redes. O Juventude sentiu o gol e seguiu cedendo espaço. Jean Lucas tocou para Cauly, livre da entrada da área, ampliar aos 22.

Com a vantagem, o Bahia entrou na sua zona de conforto. Mesmo sem a posse da bola, o time controlava a partida, se aproveitando dos contra-ataques, para deixar o Juventude receoso na hora de subir as linhas. Na reta final, o Bahia trocou passes entre os setores e administrou o resultado até o apito final.

O Bahia volta a campo no domingo, às 18h30, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, em São Paulo (SP). Mais cedo, às 16h, o Juventude recebe o Grêmio, no Alfredo Jaconi, em Caxias.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

PF indicia Jair Bolsonaro e seus auxiliares por vendas ilegais de joias

 Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes analisar o relatório final e enviar o processo para a PGR



A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares por vendas ilegais de joias recebidas como presentes de autoridades internacionais. O relatório da corporação foi concluído nesta quinta-feira, 4, e enviado na tarde de hoje ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro.

Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro.

No entanto, segundo as investigações, desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início do ano passado. As vendas eram operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

Ao todo, a PF também indiciou mais 11 investigados, entre eles Mauro Cid, o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, e o advogado do ex-presidente, Frederick Wasseff.

Com o indiciamento dos acusados, o caso deverá seguir para a Procuradoria-Geral da República, órgão que vai decidir se ex-presidente e demais investigados serão denunciados ao Supremo.

Durante as investigações, a PF apurou que parte das joias saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial. Em um dos casos descobertos, o general Cid recebeu na própria conta bancária US$ 68 mil pela venda de um relógio Patek Phillip e um Rolex. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.

Entre os itens que foram desviados estão esculturas de um barco e de uma palmeira folhados a ouro, recebidos por Bolsonaro durante viagem ao Bahrein, em 2021.

Relembre o caso

A Polícia Federal investiga desde 2023 a possibilidade de que Bolsonaro tenha vendido joias recebidas por ele como presentes dados por autoridades internacionais. Além do ex-presidente, alguns de seus aliados são também investigados, entre eles Mauro Cid.

Agência Brasil e Correio do Povo

Sexta-feira será de frio no Rio Grande do Sul

 Porto Alegre deve ter mínima de 10°C e máxima de 13°C



Frio deve seguir sobre o Rio Grande do Sul, em dia de nuvens, garoa e chuva em diferentes regiões. A tendência é esfriar ainda mais nos próximos dias. Contudo, não deve haver frio generalizado tão intenso quanto o do último fim de semana devido à instabilidade.

As regiões que mais devem ser afetadas por esta nova onda polar serão o Sul, Campanha e a fronteira com o Uruguai. Serão muitos dias seguidos de mínimas negativas no Sul gaúcho a partir deste sábado. Dados indicam a possibilidade de marcas abaixo de zero todos os dias no Sul do Estado até os dias 16 ou 17 deste mês.

Em Porto Alegre e região, as mínimas nos próximos dias não devem ser tão baixas, e o tempo terá nuvens e em alguns momentos até garoa e chuva, com intervalos de melhoria. As mínimas devem ficar ao redor e pouco abaixo dos 10ºC. As tardes, ao contrário, serão frias.

Na Serra e Aparados, ocorrerá o mesmo com tardes frias e mínimas não extremas. Deve gear em cidades do Oeste e do Sul gaúcho no fim de semana e na segunda, onde o tempo estará mais aberto. No restante do Estado, a nebulosidade e até chuva impedirão a geada.

E vai nevar na Serra no fim de semana como tem gente dizendo?

Não, não vai. Embora a chuva e o frio estejam previstos, a MetSul Meteorologia não enxerga condições para a ocorrência do fenômeno. Na terça-feira, com menor nebulosidade, as mínimas caem acentuadamente em todo o Estado. E, no final da semana que vem, entre os dias 12 e 13, pode ingressar uma potente massa de ar gelada, com mínimas e máximas baixíssimas e aí talvez com chance de neve.

Correio do Povo

Dólar cai para R$ 5,48 após anúncio de corte de R$ 25 bi no orçamento

 Bolsa sobe 0,4% e supera os 126 mil pontos



Em um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu para abaixo de R$ 5,50 nesta quinta-feira. A bolsa de valores subiu pela quarta vez seguida e superou os 126 mil pontos. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,487, com recuo de R$ 0,081 (-1,46%). A cotação operou em baixa durante toda a sessão, chegando a R$ 5,46 na mínima do dia, por volta das 10h15. Por cerca de 40 minutos, entre as 13h20 e as 14h, chegou a ficar em R$ 5,50, mas desacelerou durante a tarde.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana passou a acumular queda em julho, recuando 1,81% nos quatro primeiros dias do mês. Em 2024, a divisa sobe 13,06%. No mercado de ações, o dia foi novamente marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.164 pontos, com alta de 0,4%. O indicador está no maior nível desde 21 de maio.

Com o feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, o mercado financeiro foi dominado por fatores internos. Os investidores reagiram positivamente à intenção do governo de contingenciar (bloquear temporariamente) o Orçamento de 2024 e de cortar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias na elaboração do Orçamento de 2025.

Os cortes de gastos foram anunciados na noite desta quarta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O contingenciamento será detalhado no próximo dia 22, enquanto os cortes de R$ 25,9 bilhões só ocorrerão durante o envio do projeto de lei do Orçamento de 2025, em 30 de agosto.

O governo sinalizou as medidas de controle de despesas após a escalada das tensões na última semana, com o presidente Lula criticando a gestão do Banco Central por manter os juros básicos da economia em 10,5% ao ano. Na terça-feira (2), o dólar fechou a R$ 5,66, chegando a ultrapassar de R$ 5,70 durante a sessão.

Agência Brasil e Correio do Povo

quinta-feira, 4 de julho de 2024

A geração Paulo Freire de jornalistas

 



Fonte: https://youtube.com/shorts/Af7oF7Stv7Q?si=ZrjK5qbIrKmCngnE

O GOVERNO LULA, DE MAL A PIOR - 04.07.24

 Por Percival Puggina

  

Circunstâncias especialíssimas empurraram Lula à presidência. “Circunstâncias?”, se espantará o leitor. Pois é, circunstâncias, entre elas as facultadas pelo transtorno psicológico delirante com que alguns protegeram o próprio poder e pela saudade que outros sentiam do dinheiro e dos negócios que a Lava Jato lhes tomara. Tudo se passou num período de tempo – você haverá de lembrar – em que a liberdade de expressão e a democracia começaram a ficar engraçadinhas no Brasil.

 

Havia, também, circunstâncias relacionadas a seus dois primeiros mandatos. Ao longo deles, Lula foi escolhido pela esquerda mundial para ser “o cara”, tipo laranja de amostra de um bem sucedido projeto de poder da extrema-esquerda que se apelida de progressista. Durante os 12 anos anteriores a sua primeira eleição, com o petismo azucrinando a vida de quem sentasse na cadeira que ele ambicionava, o Brasil fizera o duro dever de casa. Entre os fundamentos necessários, dois eram sólidos: a moeda forte (Real), à qual Lula e os seus se haviam oposto, e o agronegócio, cujos bons resultados nada devem à extrema esquerda, como se sabe. Para “o cara”, ficou a colheita farta e a repentina abundância malbaratada em seus delírios de Midas sonhando se tornar liderança mundial. Entre os objetivos de então contavam-se: tornar o Brasil membro permanente no Conselho de Segurança da ONU, abrir caminho para virar, um dia, secretário-geral ou presidente do mesmo organismo e o Nobel da Paz.

 

Hoje, sua tarefa mais comum, quando ocasionalmente no Brasil, é visitar algum lugar no interiorzão, organizar ali um ato em ambiente fechado e anunciar um presentinho qualquer – normalmente um programa de governo de pequena monta e aplicação restrita.

 

Lula vive disso e dos discursos que faz nessas ocasiões. No exterior, sua imagem desidratou e virou farelo moído por conhecidos malfeitos internos, péssimas companhias externas e declarações que fazem dele um Biden rouco e tagarela. No Brasil, seu governo não consegue ocultar a irresponsabilidade fiscal que se exibe no déficit horroroso das contas públicas (leio hoje, 02/07, que liberará R$ 30 bi em emendas parlamentares antes da eleição de outubro). Esse dinheiro falso, que está derrubando o valor da nossa moeda, lhe permite lembrar-se de que tem algum poder e ainda pode arrancar aplausos dos auditórios quando, a portas fechadas, brinca de Papai Noel temporão entre os pobres depois de atender aos ricos.

 

Duvido que saiba o nome de seus ministros. Nem mesmo a mídia fiel, que vive a soldo consegue sublinhar, dentre os 40, um nome sequer que mereça destaque. Quando consegue arrebanhar uma parte desse grupo, Lula cobra resultados que, para ele, se traduzem em distribuir recursos públicos e não em gerar benefício concreto à nação.

 

Zero surpresa. Não quero aqui tripudiar sobre as escolhas de quem quer que seja. Mas o fato é que governo e economia afundam juntos e desse barco só os dólares têm o poder de sumir. Desculpem a franqueza, se os 40 ministros de Lula fossem escolhidos mediante sorteio nacional, com cupons grátis, ao sabor do acaso, sairia dessa coleta aleatória uma equipe melhor do que a selecionada por ele e pelos partidos que o apoiam. Ela parece buscada no mercado por um recrutador de recursos humanos brincalhão que, depois, abriu uma cervejinha e se acomodou no sofá para apreciar a confusão.


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