segunda-feira, 1 de abril de 2024

Israel tem maior protesto contra Netanyahu, desde início da guerra em Gaza

 Grupo quer eleições antecipadas e acordo para libertar reféns do Hamas

Manifestante prometem seguir mobilizados por vários dias em Israel 

Dezenas de milhares de israelenses se reuniram em frente ao Parlamento de Jerusalém neste domingo, na maior manifestação contra o governo desde que o país entrou em guerra contra o grupo terrorista Hamas. Os manifestantes pedem para que Benjamin Netanyahu entre em um acordo para libertar os reféns detidos em Gaza e que realize eleições antecipadas. A multidão se estendeu por quarteirões ao redor do Knesset, como é conhecido o prédio do parlamento, e os organizadores prometeram continuar a manifestação por vários dias.

Também no domingo, um ataque aéreo israelense atingiu um acampamento no pátio de um hospital lotado no centro de Gaza. Quatro palestinos morreram e outros 17 ficaram feridos, incluindo jornalistas que trabalhavam nas proximidades.

Os manifestantes clamavam ao governo para cancelar o próximo recesso parlamentar e realizar novas eleições, quase dois anos antes do previsto. Quase seis meses de guerra renovaram as divisões na sociedade israelense. O Hamas matou cerca de 1,2 mil pessoas durante o seu ataque em outubro e fez outras 250 reféns. Cerca de metade deles foram libertados durante um cessar-fogo em novembro, mas diversas outras tentativas de mediadores internacionais para haver outro acordo de cessar-fogo falharam.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu prometeu destruir o Hamas e trazer todos os reféns para casa. Mas esses objetivos têm sido ilusórios. Embora o Hamas tenha sofrido grandes perdas, o grupo permanece ativo e as famílias dos reféns acreditam que o tempo está se esgotando. "Depois de seis meses, parece que o governo entende que Bibi Netanyahu é um obstáculo”, disse o manifestante Einav Moses, cujo sogro, Gadi Moses, é mantido refém. "Como se ele realmente não quisesse trazê-los de volta, que eles falharam nesta missão.”

Netanyahu, em discurso transmitido pela televisão antes de ser submetido a uma cirurgia de hérnia neste domingo, disse compreender a dor das famílias dos reféns. Ele também disse que convocaria novas eleições - no que descreveu como um momento antes da vitória. Netanyahu também repetiu a sua promessa de uma ofensiva militar terrestre em Rafah, a cidade do sul de Gaza, onde mais de metade da população do enclave se abriga depois de fugir dos combates em outros locais. "Não há vitória sem entrar em Rafah”, disse ele. Os militares disseram que os batalhões do Hamas permanecem lá. Aliados e grupos humanitários alertaram para uma catástrofe com uma ofensiva terrestre em Rafah.

Netanyahu será submetido a uma cirurgia de hérnia, conforme anunciou seu gabinete. O ministro da Justiça, Yariv Levin, que tem o posto de vice-primeiro-ministro, assumirá as funções de Netanyahu durante a cirurgia, segundo o governo. Os médicos descobriram que Netanyahu tem uma hérnia durante um exame de rotina no sábado. Netanyahu, 74 anos, manteve uma agenda lotada durante a guerra de quase seis meses de Israel contra Hamas, e seus médicos disseram que ele está com boa saúde. No ano passado, porém, os médicos reconheceram que ele havia ocultado um problema cardíaco há muito conhecido depois de implantarem um marca-passo, em julho.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Consumo de energia no país aumentou 8,0% em fevereiro, para 46.314 gigawatts-hora

 De acordo com a EPE, esse foi o quinto maior crescimento do consumo em um mês na série histórica do órgão, desde 2004

Aumento foi puxado pela classe residencial 

O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentou 8,0% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2023, para 46.314 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em sua resenha mensal. Já o consumo acumulado nos últimos 12 meses até fevereiro foi de 538.384 GWh, alta de 5,4% na comparação com igual período anterior.

De acordo com a EPE, esse foi o quinto maior crescimento do consumo em um mês na série histórica do órgão, desde 2004. O aumento foi puxado pela classe residencial, que em meio às ondas de calor no início desde ano, registrou avanço de 11,1%, para 15.202 GWh. Além disso, o mês de fevereiro mais longo, com 29 dias, também influenciou parcialmente o resultado.

Também houve crescimento de 6,5% no consumo industrial, que alcançou 15.546 GWh. Nos setores eletrointensivos teve expansão de 10,5% na média, acima da expansão de 6,5% da indústria, enquanto nos eletrointensivos subiu 5,4%.

Todos os dez setores eletrointensivos consumiram mais, com destaque para: metalurgia que teve alta de 5,9%, puxada pela cadeia do alumínio primário, mas com contribuição da alta na produção siderúrgica; fabricação de produtos alimentícios teve crescimento de 6,3%, beneficiada pela alta no consumo das famílias e exportações; e extração de minerais metálicos crescimento de 10,2%, puxado pelas exportações de minério de ferro. Porém, expurgando o efeito do mês de fevereiro mais longo, as taxas de crescimento seriam em média 3,7 pontos porcentuais menores e o consumo industrial cresceria 2,8%, o Norte retrairia e as demais regiões cresceriam menos. Ou seja: resultados em linha com os de janeiro de 2024.

No mês passado a classe comercial observou crescimento de 8,8% a 8.895 GWh, influenciado principalmente pelas temperaturas acima da média, pelo bom desempenho do setor de comércio e serviços, e pela adição na base de consumidores comerciais. A demanda por energia em outros segmentos da economia aumentou 3,5% a 6.670 GWh.

Na análise por regiões geográficas, o consumo no Sudeste/Centro-Oeste foi de 26.084 GWh, aumento de 8,0%, em base de comparação anual. No Sul a demanda foi de 9.152 GWh, aumento de 6,1%. No Nordeste houve avanço de 7.018 GWh, elevação de 7,6%, e no Norte de 3.809 GWh, elevação de 13,2%.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

"Agora temos tempo”, afirma opositora Maria Machado, que insiste em candidatura na Venezuela

 Política pretende usar período de substituição de candidatos para inscrever seu nome ou de Corina Yoris

Maria Corina Machado teve candidatura bloqueada 

A líder opositora María Corina Machado, inelegível para as eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, insistiu, neste domingo, que sua candidatura ou a de sua substituta, Corina Yoris, poderão ser registradas após o início da fase de substituição dos candidatos. “As leis venezuelanas são muito claras: temos até dez dias antes de 28 de julho para substituir o candidato e a briga se faz brigando; agora é que tempos tempo”, afirmou.

Nem a líder opositora, nem sua substituta puderam se inscrever como candidatas durante o período de registro, entre 21 e 25 de março. Machado não conseguiu por estar inabilitada e Yoris, devido a um bloqueio no sistema, segundo denúncias da principal aliança opositora, a Plataforma Unitária Democrática (PUD). A aliança acabou inscrevendo um candidato provisório enquanto define seu aspirante.

Agora se inicia o período de substituição de candidatos, que estará vigente até 18 de julho, mas para que as modificações apareçam nas cédulas eleitorais, deverão ser feitas até 20 de abril. "Tenhamos confiança de que ninguém vai nos desviar da rota que vai nos levar a eleições limpas e livres, onde eu serei a candidata presidencial ou será Corina Yoris”, afirmou Machado.

No entanto, analistas temem que durante este período de modificações se repita a mesma situação de bloqueio que impediu a inscrição de Yoris. O líder chavista Diosdado Cabello advertiu que as substituições só poderão ser feitas pelos candidatos inscritos durante o período de registro. "Não é verdade que eles podem fazer o que bem entenderem e nos impor seus termos violando as regras”, insistiu Machado. “O que fizeram é tão grosseiro, tão obsceno, que fizeram com que até seus ex-aliados tenham tido que erguer a voz. Maduro não pode escolher o candidato que vai enfrentá-lo”, acrescentou a opositora, em alusão à condenação expressa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu contraparte colombiano, Gustavo Petro.

AFP e Correio do Povo

Perseguição aos cristãos

 



INADMISSÍVEL! lula continuará em cima do muro, em cumplicidade com essa repressão? "Congelamento de Relações"?? "Quem cala consente". Quando haverá uma postura contundente de lula contra o ditador Ortega minimamente aceitável?

A ditadura de Ortega na Nicarágua persegue os cristãos há anos com prisões, expulsões do país, restrições de atividades e confisco de propriedades, porque estes ajudaram manifestantes reprimidos pelo regime sandinista durante os protestos de 2018. Além disso, religiosos como o bispo Rolando Álvarez defenderam a volta da democracia ao país. Segundo a advogada Marta Patrícia Molina, que investiga a repressão contra os cristãos na Nicarágua, a ditadura de Daniel Ortega já proibiu 4,8 mil procissões da Quaresma e da Semana Santa deste ano. O ditador usa força policial para reprimir e intimidar os cristãos. Ela ainda denuncia que “em alguns templos, chegaram dois policiais e, em outros, até três vans cheias de policiais. Tiraram fotos e vídeos das pessoas entrando e saindo. Fazem isso para intimidar, mas também para garantir que não haja protestos”.

Saiba mais na @gazetadopovo: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/nicaragua-coloca-4-mil-policiais-para-impedir-procissoes-da-semana-santa/

Fonte: https://www.instagram.com/p/C5G1jtqLFSV/?igsh=OXdicGVoaXR6MHJo

RS incrementa importação de trigo argentino para abastecer moinhos

 Estado já comprou 542 mil toneladas do grão, por cerca de R$ 1,3 mil a tonelada



Para atender à demanda de moinhos por trigo de melhor qualidade, os gaúchos estão importando o grão argentino em volumes maiores do que o observado em anos anteriores. As aquisições do país vizinho poderão chegar a 1 milhão de toneladas, contra, no máximo, 400 mil toneladas em outros momentos. O cálculo é do analista Elcio Bento, da consultoria Safras & Mercado. De acordo com Bento, 542 mil toneladas do cereal argentino já cruzaram a fronteira até o momento, tornando o Rio Grande do Sul a segunda unidade da federação maior importadora, atrás de São Paulo, com 675 mil toneladas. A demanda dos moinhos gaúchos é de 1,9 milhão de toneladas. “Tivemos de apelar para nosso maior parceiro no Mercosul”, diz Hamilton Jardim, coordenador da Comissão de Trigo e Cereais de Inverno da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

No ano passado, o Rio Grande do Sul praticamente não importou trigo. Conforme Bento, o Estado exportou mais de 3 milhões de toneladas. A razão para o desabastecimento em 2024 é a quebra da safra de 2023, provocada pelo El Niño. “Foi um dos piores anos para nossa safra”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo (Sinditrigo/RS), Gerson Pretto, para quem a importação neste ano deve girar em torno das 750 mil toneladas.

Além de Argentina, Uruguai e Paraguai podem ser eventuais fornecedores. O Paraná, quinto maior produtor do Brasil, depois de Rio Grande do Sul, seria uma alternativa, mas também enfrentou os efeitos do El Niño. Hoje, o grão argentino chega à Região Metropolitana de Porto Alegre por R$ 1.312 a tonelada, valor que não deve provocar, pelo menos por enquanto, aumento do preço da farinha ao consumidor, conforme Elcio Bento e Hamilton Jardim. Pretto, no entanto, não descarta a possibilidade. “Setenta por cento do preço da farinha é o preço do trigo,” diz.

Correio do Povo

Sérgio Moro começa a ser julgado nesta segunda-feira

 Senador pode perder o mandato se for condenado no TRE-PR



O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) vai começar a julgar, nesta segunda-feira, o senador Sérgio Moro (União-PR), acusado de abuso de poder econômico. O processo, que pode render a cassação do mandato e ainda deixar o ex-juiz da Lava Jato inelegível por oito anos, é encabeçado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PCdoB, PV e PT - sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento terá o efeito de impactar todo o cenário político nacional, dadas as repercussões possíveis de um resultado ou outro, e por conta da relevância de Moro no contexto nacional nos últimos anos. O teor das ações que serão julgadas giram em torno de gastos pré-eleitorais de Sergio Moro entre 2021 e 2022, período em que ele se apresentava como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.

A candidatura ao Palácio do Planalto não prosperou e, em março de 2022, Moro migrou para o União Brasil e tentou concorrer a deputado federal por São Paulo. A troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para a capital paulista, foi barrada pela Justiça Eleitoral e ele acabou se lançando candidato a senador pelo Paraná, sendo eleito com mais de 1,9 milhão de votos.

As ações apontam que os gastos e a estrutura da pré-campanha à presidência foram 'desproporcionais' e acabaram rendendo ao ex-juiz uma vantagem decisiva sobre qualquer outro candidato ao Senado no Paraná. Além disso, a soma dos gastos das pré-campanhas com a despesa que teve com candidatura a senador ultrapassariam o teto estipulado.

Em dezembro do ano passado, o Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer defendendo que o senador perca o mandato e fique inelegível até 2030. O TRE-PR é composto por sete magistrados. Caso quatro votem pela condenação, a chapa de Moro será cassada pelo tribunal regional.

Se isso ocorrer, o senador não perderá o mandato de imediato. Independentemente da decisão tomada no Paraná, o caso deverá seguir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará a palavra final sobre a punição imposta ao ex-juiz. Se a decisão do TSE for desfavorável a Moro, serão convocadas eleições suplementares para eleger um novo senador para representar o Paraná até 2030.

O desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, que foi empossado na presidência do TRE-PR no início deste mês, disse que o julgamento de Moro não terá a Operação Lava Jato como pano de fundo. De acordo com Bengtsson, os votos dos magistrados serão transparentes e 'não há qualquer possibilidade de receio da sociedade' sobre uma eventual politização do processo.

“Está tendo muita... não sei se é má-fé ou desconhecimento, de abordagem da questão. O que quero deixar bem claro é que a sociedade pode esperar transparência. Vai ser um processo transparente e feito como exige a Constituição Federal. Não há qualquer possibilidade de receio da sociedade, vai ser feito um julgamento conforme a tradição aqui do TRE”, afirmou Bengtsson.

Na opinião do advogado eleitoral Guilherme Gonçalves, da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), é improvável que o julgamento no TRE-PR tenha uma votação unânime seja pela cassação ou pela absolvição do ex-juiz. Segundo o especialista, o voto decisivo deve ser proferido pelo relator da ação, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha. “Se for para a cassação, muito provavelmente o Moro perde”, observa.

Gonçalves, que atua na justiça eleitoral paranaense, observa que o julgamento deve escancarar uma divisão que existe entre os juízes do Estado sobre o legado da Lava Jato. De acordo com o advogado, a Corte é formada por membros que apoiavam a força-tarefa e integrantes que tendem a um revisionismo das ações. Apesar desse fator, o especialista aponta que os votos devem ser embasados em critérios técnicos.

“Há muitos desembargadores mais conservadores e que tinham um apoio muito contundente e efusivo à Lava Jato e que acham que uma eventual cassação ao Moro pode ser uma humilhação que pode atingir o Paraná e a tal ‘República de Curitiba’. Há outros que, pelo contrário, acham que o que deslegitimou o Judiciário foi o fato que Moro entrou na política depois de ter tido a credibilidade e a notoriedade que teve”, explica o especialista.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Porto Alegre: Sebastião Melo confirmará que é candidato à reeleição neste mês

 Apesar das negociações já estarem a todo vapor, próximo passo do prefeito será a escolha do vice e consolidação da composição

Taline Oppitz

Apesar de manter conversas, Melo tem evitado falar em eleições publicamente 

Nas conversas que vem mantendo com lideranças e dirigentes de partidos aliados, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), tem pedido paciência. Até agora, apesar de sua presença na disputa por mais um mandato no comando do Paço ser considerada certa, Melo tem evitado falar sobre eleições publicamente. O cenário irá mudar e as negociações irão avançar após Melo confirmar, oficialmente, o que todo mundo já sabe: que disputará à reeleição.

O anúncio será feito neste mês. A partir de então, uma das principais incógnitas do mapa eleitoral na Capital, gerado pela desistência de Ricardo Gomes, que deixou o PL, em repetir a dobradinha, acabará sendo respondida, com a definição do vice de Melo.

A decisão, porém, depende de uma série de fatores, já que aliados como o PP também passaram a visar a indicação para o parceiro do emedebista na chapa majoritária. O PL precisará ainda definir seu papel na eleição, optando ou não pelo protagonismo.

Também neste mês, mas precisamente na próxima sexta-feira, será encerrada a janela do troca-troca partidário, que permite a mudança de partido sem riscos de perda dos mandatos. Com o fim da janela, avançarão também as negociações visando as composições das nominatas proporcionais, com os pré-candidatos que disputarão cadeiras nas câmaras municipais.

Sucessões negociadas

As trocas que vêm ocorrendo nos cargos do primeiro e segundo escalões do governo Sebastião Melo, em função do afastamento de pré-candidatos, estão priorizando sucessores técnicos. As substituições estão sendo negociadas em conversas prévias entre o prefeito e dirigentes dos partidos que comandam as áreas.

A intenção é a de não romper pontes e de evitar ruídos. O prazo de desincompatibilização para ordenadores de despesa, ou seja, secretários e adjuntos, termina no dia 5 de abril.

Episódio do PL ‘movimenta muito as peças do jogo’

A deputada federal Any Ortiz (Cidadania) afirmou à coluna que o episódio envolvendo o PL Porto Alegre “movimenta muito as peças do jogo, não apenas para o partido, mas para os demais atores envolvidos”. PSDB e Cidadania precisam ainda formar a executiva da federação na Capital para definir seus rumos na eleição.

Correio do Povo

Fechamento do Cemitério Municipal é alvo de reclamações em Alvorada

 Espaço foi fechado neste domingo com a alegação de que as fortes chuvas causaram o desmoronamento de uma galeria, deixando túmulos e cadáveres expostos

Cemitério Municipal de Alvorada é interditado após queda de estrutura 

Com a justificativa de danos causados pelo temporal da última sexta-feira, o Cemitério Municipal São José Operário, em Alvorada, amanheceu fechado no domingo. Segundo informações, o motivo seria o fato de túmulos e gavetas terem sido danificados pelo desabamento de uma galeria, deixando cadáveres expostos.

Imagens que circulam pelas redes sociais, mostram a galeria - que não pode ser vista pela rua -, com a estrutura danificada, caixões quebrados e uma lona cobrindo os estragos. Além disso, relatos de representantes de funerárias e moradores das proximidades indicam que o problema é bem maior.

Entre as reclamações está a falta de manutenção do local que, na opinião de pessoas que acessam frequentemente o cemitério, seriam o real motivo do suposto desabamento dos túmulos. Além disso, diversas queixas relacionadas ao atendimento e funcionamento do espaço também foram registradas.

Desde 2020, os velórios nas capelas municipais só ocorrem durante o dia. A medida foi tomada durante a pandemia, porém, mesmo após o término dos surtos de Covid-19, os horários nunca foram normalizados.

Segundo um colaborador de uma funerária da cidade, que prefere não se identificar por medo de represálias, este tipo de situação afeta, principalmente, as famílias com menor potencial financeiro. Sem a permissão de velórios na capela pública, elas acabam tendo que arcar com os custos das capelas particulares.

Durante o fechamento inesperado do domingo para manutenção, nem mesmo durante o dia as capelas foram abertas para velórios. Além disso, dois sepultamentos foram prejudicados e somente duas pessoas de cada família puderam entrar para conferir e garantir que o corpo do ente querido seria devidamente enterrado.

Ainda conforme o relato, o próprio fechamento do Cemitério não foi bem explicado para as empresas. “Primeiro, disseram que o local estava infestado por mosquitos e o fechamento seria pela dengue. Depois, no início da tarde, publicaram uma nota informando o desmoronamento. Nem eles sabem o que é”, afirma.

Outros familiares de pessoas sepultadas no cemitério também foram prejudicados com a impossibilidade de acesso. “Uma senhora veio de Porto Alegre e saiu daqui chorando. Ela queria visitar o túmulo do filho, que faria 25 anos na quarta-feira, e o único dia que ela poderia vir era no domingo, mas não deixaram ela entrar”, relatou a moradora Ana Cristina Marques.

Vice-prefeito se diz inconformado

No final da tarde de domingo, o vice-prefeito de Alvorada, Valter Slayfer, foi informado da situação e esteve em frente ao cemitério para verificar o que havia acontecido. “Eu fiquei sabendo agora, quando cheguei aqui e me avisaram. Mas é lamentável esta situação. O que posso dizer é que vamos repassar ao prefeito e autoridades competentes”, disse.

O vice-prefeito demonstrou insatisfação com a equipe responsável pela manutenção do cemitério e informou não ter acesso para entrar no espaço público para conferir o que, de fato, ocorreu. Ele questionou o fechamento das capelas no domingo, uma vez que as obras seriam apenas no cemitério. Perguntado sobre o fato de elas estarem há quatro anos sem atendimento durante a madrugada, disse que também não estava ciente, mas não concorda com a medida.

Prefeitura emite nota

Através de publicação divulgada das redes sociais, a Administração Municipal se manifestou sobre a situação. De acordo com o comunicado, o cemitério ficará fechado até terça-feira e equipes já trabalham na manutenção.

Confira a nota:

“A Prefeitura Municipal de Alvora informa, através de nota oficial, que o Cemitério Municipal, localizado na rua Oscár Schnick, nº 1278, bairro Formoza, permanecerá fechado até a próxima terça-feira, devido ao desmoronamento da quadra E, relacionado as fortes chuvas da última sexta-feira.

Equipes já trabalham no local para restabelecer o atendimento o mais breve possível.

Lembramos ainda, que os sepultamentos seguem sendo realizados.”

Correio do Povo

OESTE SEM FILTRO - MOVIMENTO DE BOULOS OFENDE CRISTÃOS NA PÁSCOA - 29/03/2024

 


Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro e Adalberto Piotto estão reunidos em Oeste Sem Filtro, apresentado por Paula Leal. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 17h45 às 19h45.

Brasil assume o posto de pior mercado de ações do mundo, afirma JP Morgan

 

Maior banco do mundo põe o índice MSCI Brazil na lanterninha.


O JP Morgan, o maior banco do mundo, que é sediado nos Estados Unidos, emitiu um comunicado na quarta-feira (27) apontando o índice MSCI Brazil como o pior em escala global. Esse índice monitora o desempenho das 56 principais empresas de grande e médio porte listadas na bolsa de valores brasileira, das quais 30% são do setor financeiro.


Enquanto isso, os índices das empresas norte-americanas listadas na S&P 500 e na Nasdaq ocupam quatro das cinco primeiras posições, com o índice Topix do Japão em segundo lugar. Já as ações brasileiras mais valorizadas representam 85% do MSCI Brazil, incluindo empresas como Vale, Petrobras, Itaú, Bradesco, Ambev, B3, WEG, Suzano e Itaúsa.


A avaliação considera os retornos acumulados nos últimos doze meses, destacando o MSCI Brazil como o pior, de acordo com o JP Morgan. Embora o Brasil seja a 9ª maior economia do mundo, seu mercado financeiro é considerado incipiente, representando apenas 1% do mercado global de ações.


Um exemplo preocupante dessa situação foi observado recentemente na bolsa de Nova York, quando o valor de mercado da Truth Social, a rede social do ex-presidente Donald Trump, atingiu 10% do valor da estatal brasileira Petrobras em um único dia. Por sua vez, a Petrobras perdeu impressionantes R$ 50 bilhões em valor de mercado há três semanas, em uma única sessão.


Diante desses dados, o mercado financeiro brasileiro enfrenta desafios significativos, com impactos importantes na economia nacional e na confiança dos investidores, especialmente em meio a uma postura intervencionista por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a um cenário global complexo.

Conexão Política