quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Polícia dos EUA prende suspeito por invasão à Suprema Corte do Colorado

 Suspeito teria feito disparos e casado danos importantes

"Há danos importantes e que se estendem por todo o edifício. A investigação está em curso", diz polícia 

Um homem armado forçou a entrada do edifício da Suprema Corte do estado do Colorado, no oeste dos Estados Unidos, fez disparos e causou danos importantes, antes de ser detido, anunciou a polícia local nesta terça-feira, 2. Recentemente, esse tribunal declarou Donald Trump impedido de disputar as eleições presidenciais no estado, mas, segundo a polícia do Colorado, não foi possível estabelecer um vínculo entre essa decisão e a invasão do edifício.

O incidente ocorreu na noite de ontem, em Denver. Segundo as autoridades, o homem - cuja identidade não foi divulgada - esteve envolvido em um acidente de automóvel em uma área próxima e apontou uma arma para o outro motorista. Ato seguido, ele atirou contra uma janela do edifício da Suprema Corte, ameaçando um agente de segurança que não estava armado.

O suspeito seguiu até o sétimo andar do edifício, onde efetuou vários disparos, segundo a polícia, e se entregou cerca de duas horas mais tarde.

"Há danos importantes e que se estendem por todo o edifício. A investigação está em curso", indicou a polícia, que não informou sobre feridos. "Por ora, acredita-se que não tem relação com as ameaças feitas antes aos juízes da Suprema Corte do Colorado", acrescentou.

Em 19 de dezembro, a Suprema Corte do Colorado declarou o ex-presidente republicano Donald Trump inelegível à presidência, por sua atuação durante a invasão do Capitólio, em Washington, por apoiadores em 6 de janeiro de 2021. Essa decisão, que causou comoção, foi seguida por outra similar no estado do Maine, em 28 de dezembro.

Estima-se que a Suprema Corte dos Estados Unidos, instância mais alta do país, pronuncie-se nos próximos meses sobre esse tema.

AFP e Correio do Povo

O presidente mais humilde da história do Brasil

 



Fonte: https://www.threads.net/@otarcisiodefreitas/post/C1h_y0tu_u0/?igshid=NTc4MTIwNjQ2YQ%3D%3D

Porto Alegre registra metade da média histórica de chuva do mês em uma hora

 Temporal atingiu a Capital na tarde desta terça-feira


Porto Alegre registrou na tarde desta terça-feira metade da média de chuva prevista para o mês de janeiro. Conforme a MetSul, as taxas instantâneas de precipitação foram altíssimas e nem no ciclone de junho do ano passado, no maior evento de chuva do ano em curto período na região, choveu tão intensamente em tão curto intervalo na zona Norte da Capital.

Como a média histórica de chuva de Porto Alegre de janeiro inteiro, pela série 1991-2020 é de 120,7 mm, a precipitação em alguns bairros em apenas 30 a 45 minutos somou praticamente a metade da média mensal do mês todo em alguns pontos da cidade.

As marcas se aproximaram de 30 mm a 50 mm em tão-somente meia hora em alguns pontos da zona Norte (eixo da Farrapos ao Aeroporto) e das áreas entre a Carlos Gomes e o shopping Iguatemi, que concentraram os mais altos volumes.

Os volumes de chuva em Porto Alegre até 15h, em pouco mais de uma hora de temporal, somaram 62 mm no Higienópolis, 59 mm nas Três Figueiras, 54 mm no São João, 45 mm na Vila Ipiranga, 37 mm no Jardim Botânico, 34 mm no Partenon e 27 mm na Vila Conceição.




Correio do Povo

Prefeito de Porto Alegre critica CEEE Equatorial por falhas em serviços essenciais

 Sebastião Melo lamentou cenário de dificuldades na Capital se repetir mais uma vez

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, fez críticas ao trabalho da CEEE Equatorial após o temporal que atingiu a Capital na tarde desta terça-feira deixar diversas regiões sem luz. Conforme Melo, o Executivo está enfrentando "mais uma vez" dificuldades para retomar serviços essenciais pela falta de energia.



"Mais uma vez enfrentamos dificuldades de retomar serviços essenciais pela falta de energia. Há quase 3h, a Casa de Bombas 4, no Navegantes, está sem luz . Além dos alagamentos, o problema também suspende parcialmente as viagens de trens pela dificuldade de drenagem no sistema", publicou no X, antigo Twitter.

Melo afirmou que a gestão municipal prega diálogo, porém, é "urgente mais atenção e prioridade na resolução das demandas da cidade" por parte da empresa.

Problemas em Porto Alegre

Mais cedo, três estações da Trensurb precisaram ser paralisadas pela inundação dos trilhos além de diversos alagamentos pela cidade. De acordo com a MetSul, Porto Alegre registrou na tarde desta terça-feira metade da média de chuva prevista para o mês de janeiro.

Conforme a MetSul, as taxas instantâneas de precipitação foram altíssimas e nem no ciclone de junho do ano passado, no maior evento de chuva do ano em curto período na região, choveu tão intensamente em tão curto intervalo na zona Norte da Capital.

Correio do Povo

Reitora de Harvard renuncia após polêmicas de plágio e antissemitismo

 Claudine, a primeira presidente negra de Harvard, anunciou sua saída poucos meses após seu mandato, em uma carta à comunidade

Um caminhão chamando a presidente de Harvard de "vergonha nacional" circula pela Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts 

A reitora de Harvard, Claudine Gay, renunciou nesta terça-feira, 2, em meio a acusações de plágio e críticas sobre a forma como lidou com o antissemitismo no campus da prestigiada universidade americana após o conflito em Gaza. Claudine, a primeira presidente negra de Harvard, anunciou sua saída poucos meses após seu mandato, em uma carta à comunidade de Harvard.

A acadêmica se viu envolvida em polêmicas depois de se recusar a dizer inequivocamente se o apelo ao genocídio dos judeus violava o código de conduta de Harvard, durante uma audiência no Congresso ao lado dos reitores do MIT e da Universidade da Pensilvânia, no mês passado. Os três presidentes haviam sido convocados para responder às acusações de que as universidades não estavam protegendo os estudantes judeus em meio aos crescentes temores de antissemitismo. Claudine disse que dependia do contexto, acrescentando que quando "a fala se cruza com a conduta, isso viola as nossas políticas". A resposta enfrentou uma rápida reação por parte dos legisladores republicanos e de alguns legisladores democratas, bem como da Casa Branca.

Mais tarde, Claudine pediu desculpas, dizendo ao jornal estudantil The Crimson que ela se envolveu em uma discussão acalorada na audiência. "O que eu deveria ter tido a presença de espírito de fazer naquele momento era retornar à minha verdade orientadora, que é que os apelos à violência contra a nossa comunidade judaica - ameaças aos nossos estudantes judeus - não têm lugar em Harvard e nunca permanecerão incontestados.", disse.

Acusações de plágio

Após a audiência no Congresso, a carreira acadêmica de Claudine ficou sob intenso escrutínio por ativistas conservadores que desenterraram vários casos de suposto plágio em sua tese de doutorado de 1997. O conselho administrativo de Harvard inicialmente apoiou a então reitora, dizendo que uma revisão de seu trabalho acadêmico revelou "alguns casos de citação inadequada", mas nenhuma evidência de má conduta de pesquisa.

Dias depois, a Harvard Corporation revelou que encontrou dois exemplos adicionais de "linguagem duplicada sem atribuição apropriada". O conselho disse que ela atualizaria sua dissertação e solicitaria correções. Claudine Gay, que fez história como a primeira negra a dirigir a poderosa universidade de Cambridge, Massachusetts, disse em sua carta de demissão que foi vítima de ataques pessoais e racismo.

"Tem sido difícil ver o meu compromisso de enfrentar o ódio e defender o rigor acadêmico ser questionado... e aterrorizante ser alvo de ataques pessoais e ameaças alimentadas pelo racismo", escreveu. Mas ela, que voltará ao corpo docente da universidade, acrescentou "ficou claro que é do interesse de Harvard que eu me demita para que a nossa comunidade possa navegar neste momento de desafio extraordinário".

A Harvard Corporation disse que a demissão veio "com grande tristeza" e agradeceu a Claudine por seu "compromisso profundo e inabalável com Harvard e com a busca pela excelência acadêmica". Alan M. Garber, reitor e diretor acadêmico, atuará como reitor interino até que Harvard encontre um substituto, informou o conselho em comunicado. Garber, economista e médico, atuou como reitor por 12 anos.

Saída celebrada por republicanos

Mais de 70 legisladores, incluindo dois democratas, pediram a renúncia. Vários ex-alunos e doadores importantes de Harvard também pediram sua saída. Mesmo assim, mais de 700 professores de Harvard assinaram uma carta de apoio à chanceler.

A demissão de Claudine foi celebrada pelos conservadores que colocaram o seu alegado plágio no centro das atenções nacionais. Christopher Rufo, um ativista que ajudou a mobilizar o Partido Republicano contra a teoria racial crítica e outras questões culturais, disse estar "feliz por ela ter partido".

"Em vez de assumir a responsabilidade de minimizar o antissemitismo, cometer plágio em série, intimidar a imprensa livre e prejudicar a instituição, ela chama seus críticos de racistas", disse Rufo no X, antigo Twitter. Rufo acrescentou que "este é o veneno" da ideologia da diversidade, da equidade e da inclusão.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Homem morre em acidente com helicóptero em Minas Gerais

 Aeronave com quatro pessoas caiu em um lago, em Capitólio



O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de um dos passageiros do helicóptero que caiu na manhã desta terça-feira em um lago na cidade de Capitólio, em Minas Gerais. Trata-se de um homem que ainda não foi identificado. Ele afundou junto com a aeronave e ficou na água até ser encontrado.

Segundo os bombeiros, a aeronave transportava quatro pessoas, incluindo o piloto. Os feridos foram encaminhados a hospitais. O aparelho foi fretado para passeio e faria outras viagens ao longo do dia. Segundo os bombeiros, o acidente ocorreu logo depois da decolagem. A identidade do morto ainda é desconhecida.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foram acionados para apurar a ocorrência envolvendo a aeronave de prefixo PP-MMA. Investigadores do Cenipa, no Rio de Janeiro, farão a coleta de dados, a preservação de indícios e a verificação inicial de danos da aeronave.

Agência Brasil e Correio do Povo

Bolsonaro, o presidente mais humilde da história do Brasil

 



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Trinta e um migrantes são sequestrados em ônibus no norte do México

 ônibus partiu de Monterrey e tinha como destino final a cidade fronteiriça de Matamoros, Tamaulipas, de onde migrantes tentam entrar nos Estados Unidos

A fronteira entre os Estados Unidos e o México foi a "rota migratória terrestre mais perigosa do mundo" em 2022, com 686 mortos ou desaparecidos 

Um total de 31 migrantes foram sequestrados na tarde do último sábado no norte do México, quando viajavam em um ônibus rumo a uma cidade fronteiriça com os Estados Unidos, informou o porta-voz de Segurança regional nesta terça-feira, 2.

"Recebemos o relatório do motorista de um ônibus do Grupo Senda, no qual nos apontava que tinha sido interceptado por cinco veículos" com homens armados e seus ocupantes levaram "31 dos 36" passageiros que viajavam no coletivo, disse à Milenio TV Jorge Cuéllar, acrescentando que os sequestrados "são estrangeiros".

O ônibus partiu de Monterrey, no estado vizinho de Nuevo León, e tinha como destino final a cidade fronteiriça de Matamoros, Tamaulipas, de onde migrantes tentam entrar nos Estados Unidos. Foram interceptados quando estavam na altura do município de Reynosa, outra cidade fronteiriça.

Os cinco passageiros que não foram levados são de nacionalidade mexicana e foram escoltados até Matamoros junto com os motoristas, afirmou o funcionário.

Questionado sobre o assunto por jornalistas, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que a busca pelos migrantes começou no sábado. "Já está sendo feita a investigação", indicou.Segundo Cuéllar, "já há progressos". "Não podemos fornecer informações parciais porque isso poderia prejudicar a investigação", acrescentou.

A rota migratória mais perigosa

A fronteira entre os Estados Unidos e o México foi a "rota migratória terrestre mais perigosa do mundo" em 2022, com 686 mortos ou desaparecidos, de acordo com um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) publicado em setembro. A migração aos Estados Unidos atingiu um número recorde no ano passado. Segundo a patrulha de fronteiras americana, entre outubro de 2022 e setembro de 2023 foram registradas 2,4 milhões de entradas de migrantes pela fronteira sul dos Estados Unidos.Na quarta-feira passada, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez uma visita à Cidade do México para se reunir com o presidente mexicano sobre a questão migratória.

López Obrador escreveu na rede social X após a reunião que "importantes acordos foram alcançados", enfatizando que "agora mais do que nunca é indispensável a política de boa vizinhança", sem fornecer mais detalhes.Com mais de 3.000 km de fronteira com os Estados Unidos, o México é um país de trânsito e de retenção para migrantes estrangeiros irregulares que se chocam com as políticas migratórias restritivas americanas.Os migrantes estrangeiros que atravessam o México de sul a norte vêm principalmente dos três países da América Central assolados pela violência e a pobreza (Honduras, Guatemala, El Salvador), do Caribe (Haiti, Cuba) e da Venezuela.Milhares deles ficam bloqueados na fronteira com os Estados Unidos, em cidades como Tijuana, Ciudad Juárez e Matamoros.

Cerca de 40 migrantes, em sua maioria venezuelanos, morreram em um incêndio em um centro de detenção do Instituto Nacional de Migração (INM) em Ciudad Juárez em março do ano passado.Os migrantes que atravessam o México também são vítimas de acidentes rodoviários, o que ocorreu em dezembro de 2021 em Chiapas, quando 55 deles morreram depois que o veículo superlotado onde viajavam irregularmente capotou.

Além disso, eles sofrem com a violência dos "coyotes" (traficantes de pessoas) e das próprias autoridades.

Em agosto de 2010, 72 migrantes de diferentes países foram assassinados pelo extinto cartel Los Zeta em San Fernando, em Tamaulipas. Outros 17 centro-americanos foram baleados e incinerados em Camargo, no mesmo estado, em 21 de janeiro de 2021, um crime pelo qual 12 policiais foram declarados culpados.

AFP e Correio do Povo

Faltando menos de uma semana, comerciantes abaixo do Esqueletão dizem desconhecer demolição do edifício

 Trabalhos por parte de empresa terceirizada da Prefeitura começam na próxima segunda-feira em Porto Alegre

Trabalhos iniciam no dia 8 e devem durar 120 dias, conforme cronograma da Smoi 

Daqui a menos de uma semana, na próxima segunda-feira, começa enfim a demolição do Esqueletão, no Centro Histórico de Porto Alegre, após anos de espera por parte de quem mora e trabalha na região. Os trabalhos, que devem se estender por 120 dias e estão orçados em R$ 3,79 milhões, estão a cargo da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). A empresa responsável será a FBI, e o cronograma prevê a demolição manual dos nove andares mais altos, assim como uma área térrea junto à rua Otávio Rocha.

Depois, haverá a implosão dos andares restantes. A remoção do entulho ocorrerá à noite, ainda conforme a Smoi. Ainda que a secretaria tenha informado, em dezembro, que haverá isolamento do perímetro e os moradores serão removidos por três dias, na véspera, no dia e um dia após, proprietários de comércios abaixo do edifício afirmaram ontem que desconheciam os trabalhos da Prefeitura, o que impede inclusive a formulação de um plano para o período do fechamento.

“Tu está me informando agora”, relata o gerente de uma loja de roupas aberta há cerca de oito meses na Otávio Rocha, Jonas Ismael Pereira. “Vai acabar caindo alguma coisa ou outra, e aí vou ter que questionar a Prefeitura como vou fazer. Se isso acontecer, também acho que vai atrapalhar bastante. Temos metas a cumprir”, disse ele, que é morador de Canoas, na região metropolitana. O temor é que os trabalhos de demolição e posterior implosão impactem no comércio de roupas de verão, um dos carros-chefes da loja.

A proprietária de outra loja próxima, mas de roupas femininas, que não quis se identificar, afirmou que as paredes atrás de seu negócio fazem divisa com o Edifício Galeria XV de Novembro, nome oficial do Esqueletão. Conforme ela, que trabalha na área há mais de 40 anos, há muita sujeira e umidade vindos do prédio, e ainda o local é inseguro. “Soube que sairiam nas notícias, mas não vimos nada. Concordo que é preciso demolir, este prédio nos traz diversos problemas”, disse a proprietária.

Gerente de uma loja de artigos para smartphones aberta há quatro anos, Maritania dos Santos afirmou que, com certa frequência, ouve o barulho de detritos caindo no telhado de seu comércio, e que a demolição terá impactos nas vendas. “As obras do Quadrilátero Central aqui na Otávio Rocha já não ficaram como queríamos, e agora mais isto. Certamente também vai causar barulho e alguns prejuízos”, disse Maritania. Procurada para comentar a respeito, a Smoi disse que vai agendar uma entrevista coletiva para “especificar todas as questões” sobre o esquema de demolição do Esqueletão, e que representantes dos comerciantes também serão convocados.

Correio do Povo

Conib diz que Gleisi usa jargão clássico do antissemitismo e presidente do PT reage

 Deputada foi apontada como responsável por apoiar o urso de jargão clássico do antissemitismo

Gleisi saiu em defesa de jornalista e considera que a entidade persegue o profissional 

A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) e a Confederação Israelita do Brasil (Conib) trocaram farpas públicas nos últimos dias por conta de uma ação da entidade contra um jornalista. Após ser apontada como responsável pelo urso de "jargão clássico do antissemitismo", a parlamentar disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que a confederação "não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel", se referindo ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Gleisi afirmou nesta terça-feira, 2, que a entidade a acusa injustamente de preconceito e antissemitismo. "Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões. Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio."

A resposta de Gleisi foi à nota de repúdio publicada pela Conib contra ela, no último 31 de dezembro, em que a entidade diz que a parlamentar "insiste em defender" o jornalista Brenno Altmann, e acusa a confederação de ter "dupla lealdade", o que a entidade aponta como "jargão clássico do antissemitismo".

Isso porque, no dia anterior, Gleisi publicou em seu perfil no X uma nota em que diz considerar "muito grave a perseguição ao jornalista Brenno Altmann" realizada pela Conib. "Não podemos ser coniventes com essa perseguição. A intolerância não é de Altmann, mas de uma entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo histórico massacre do povo palestino."

Gleisi se refere a judicialização movida pela Conib, que entrou na Justiça de São Paulo contra o jornalista judeu Brenno Altmann, fundador do site Opera Mundi. O juiz Rafael Meira Hamatsu Ribeiro atendeu o pedido da confederação e ordenou a remoção de conteúdos das redes sociais do jornalista, no dia 24 de dezembro. A decisão não indica quais, quantos e quais foram os conteúdos dos posts retirados do ar.

Leia a nota da Conib na íntegra:

"A Conib repudia os comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman (sic). O jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts. A presidente do Partido dos Trabalhadores insiste em defendê-lo, questionando decisões judiciais. Além disso, a deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à Conib, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação."

Estadão Conteúdo e Correio do Povo