domingo, 31 de dezembro de 2023

Novas guaritas são instaladas em Capão da Canoa e Torres após danos por chuva e ressaca

 Em novembro, ao menos 24 estruturas foram destruídas ou avariadas em enxurradas, sendo 19 em Torres e cinco em Capão da Canoa

No Centro de Capão da Canoa, a guarita de número 74 foi uma das novas estruturas instaladas no Litoral Norte 

Mesmo tendo começado a Operação Verão 2024 com alguns pontos sem algumas estruturas, o Litoral Norte voltou a ter todas suas guaritas em pleno funcionamento nesta semana. Isto porque em novembro deste ano, algumas delas foram levadas pela ressaca do mar ou tiveram sua estrutura avariada pelo fenômeno.

Segundo o coronel José Carlos Sallet, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do RS e coordenador-geral da Operação Verão 2024, apenas alguns detalhes faltavam para que as guaritas pudessem entrar em funcionamento, como pintura e ajustes na estrutura. “Torres e Capão da Canoa foram as praias mais atingidas, mas o poder público já está providenciando e com certeza não haverá prejuízo nenhum para o nosso veranista”, citou.

De acordo com o secretário de Turismo de Capão da Canoa, Marcelo Ramos, cinco estruturas foram destruídas na cidade. Ele conta ainda que a Prefeitura entregou as cinco guaritas novas na metade de dezembro. “Atualmente, não temos nenhum local na cidade que não tenha guarita. Existem pontos distantes entre uma e outra, mas conforme nosso entendimento junto com o Corpo de Bombeiros, a gente está tranquilo com relação às guaritas”, destacou.

Já em Torres, o estrago foi maior. Conforme a Prefeitura, foram 19 estruturas danificadas ou destruídas e uma empresa foi contratada via licitação para realizar a troca ou a reforma das guariras. Entre o Natal e o Ano Novo, a última das guaritas que estava faltando, a de número 2, foi entregue pela Prefeitura.

Falta de segurança nas guaritas

O alerta para falta de algumas guaritas no Litoral Norte foi feito pelo presidente da Associação dos Salva-Vidas Militares (Asavime), Fábio Eduardo Spohn. Segundo ele, as principais praias de Torres estavam sem guaritas antes do início da Operação Verão 2024. Em nota da Asavime assinada por ele, a entidade ressalta ainda que, após um estudo realizado na região, “a grande maioria das guaritas está em péssimo estado de conservação e não obedecem aos requisitos mínimos de segurança e conforto aos servidores”.

Correio do Povo

Segurança, trânsito e outros serviços: saiba como será a festa de Réveillon na Orla de Porto Alegre

 Novidade é o totem de segurança instalado próximo à Usina do Gasômetro, que pode ser acionado pelos frequentadores

Entorno da Orla foi bloqueado neste domingo 

O entorno da Orla receberá reforço no efetivo das forças de segurança durante a festa de Réveillon. A Guarda Municipal atuará de forma integrada com Brigada Militar e Polícia Civil para garantir a tranquilidade dos frequentadores durante o evento e o retorno para casa.

“Utilizaremos todas as nossas ferramentas no monitoramento dos espaços públicos, em especial durante este Réveillon. Nosso objetivo é transparecer uma maior sensação de segurança, para que toda a sociedade se sinta confortável em participar da festa”, ressalta o comandante-geral da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento.

Uma novidade é o totem de segurança instalado próximo à Usina do Gasômetro, que pode ser acionado pelos frequentadores. O equipamento está operando em comunicação direta com o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic-POA).

Apertando o botão de emergência, pode ser solicitado auxílio médico para emergências ou patrulhamento policial, por exemplo. “Nestes casos, o atendimento é imediato. O equipamento, que tem seis câmeras, também será utilizado como ferramenta de monitoramento do evento”, afirma o secretário municipal de Segurança, Alexandre Aragon.

O totem de segurança do trecho 1 é parte de um projeto que vai reforçar a assistência à população, por meio da tecnologia. Serão dez no total, em áreas de grande fluxo de pessoas - os outros equipamentos estão em fase final de instalação e devem começar a funcionar na primeira quinzena de janeiro de 2024.

Denúncias

Além do totem, a população pode auxiliar no trabalho da Guarda Municipal por meio de denúncias ao telefone 153. A central funciona 24 horas, a partir do Ceic-POA, e aceita ligações anônimas.

Réveillon 2024 – Trecho 1 da Orla do Guaíba

31 de dezembro, às 19h, a 1º de janeiro, às 3h

Atrações locais – Grupo Alma Gaudéria, Estado Maior da Restinga, Viny, Carol Teodoro, Reação em Cadeia e Da Guedes;

Atrações nacionais – Fundo de Quintal e Di Propósito.

Acesso gratuito.

Serviços mobilizados

Segurança – O evento contará com um esquema de segurança composto pela Brigada Militar, Guarda Municipal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Diretoria de Fiscalização da Secretaria Municipal de Segurança. Também haverá segurança privada contratada pela GAM3.

Trânsito e transporte – A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) preparou um esquema especial para a noite da virada, com bloqueios e desvios em ruas e avenidas da região, como Mauá, Loureiro da Silva, Edvaldo Pereira Paiva, Bento Martins, Gen. Vasco Alves e a rótula das Cuias. Saiba mais aqui.

Transporte por aplicativos – Ponto para embarque/desembarque na avenida Loureiro da Silva, próximo ao prédio da Receita Federal.

Estacionamento - São 1,5 mil vagas disponíveis no Parque Harmonia, com acessos pela Casa do Gaúcho, Rótula das Cuias e avenida Augusto de Carvalho.

Limpeza – O público terá à disposição 14 contêineres na região da Orla, desde o Gasômetro até o trecho 2. Após a festa, equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) trabalharão nas avenidas e ruas próximas, enquanto a GAM3 ficará responsável pela limpeza da Orla 1.

Banheiros químicos – Mais de 200 deles estarão disponíveis ao público na avenida Edvaldo Pereira Paiva.

Saúde – A Secretaria Municipal de Saúde vai disponibilizar ao público um posto de atendimento e cinco ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Fiscalização - Os agentes da Diretoria-Geral de Fiscalização (DGF) permanecerão mobilizados, durante todo o evento, para coibir a presença de ambulantes irregulares na Orla do Guaíba. A venda de produtos no trecho 1 depende de autorização prévia da Sala do Empreendedor - localizada na avenida Júlio de Castilhos, 120.

Correio do Povo

Mais de 45 mil veículos devem passar na freeway

 Segundo empresa, 1 milhão de automóveis devem circular nas BRs no feriadão de Ano Novo

Estimativa é que 45,5 mil motoristas se desloquem para o litoral gaúcho neste sábado 

No início da tarde deste sábado, quase 40 mil veículos passaram pela Freeway rumo ao litoral gaúcho. A CCR ViaSul, concessionária que administra o trecho, projeta que o índice de carros se deslocando para as praias deve chegar a 45,5 mil motoristas.

Segundo a empresa, 1 milhão de automóveis devem circular na BR 290 (Freeway), BR 101, BR 386 e BR 448 no feriadão de Ano Novo. Conforme a empresa, mais de 423 mil veículos deverão se deslocar pela Freeway em ambos os sentidos, dos quais quase 190 mil seguirão rumo ao litoral e cerca de 235 mil condutores viajarão no sentido da capital gaúcha.

Na volta do Réveillon, a partir da segunda-feira, devem circular pela Freeway no sentido para Porto Alegre 72,2 mil motoristas. Porém, o tráfego mais intenso será concentrado na terça-feira, quando quase 87 mil veículos estarão retornando à capital.

A CCR ViaSul orienta aos motoristas que evitem trafegar na terça-feira devido ao excesso de veículos durante todo o dia. O ideal é que os condutores se programem para viajar na segunda-feira antes das 15h ou na quarta-feira, após às 9h.

Correio do Povo

Banhistas trocam litoral por praias em Porto Alegre

 Praia do Lami atrai veranistas na Capital

Praia do Lami é alternativa para banhistas no extremo Sul de Porto Alegre 

Apesar do fluxo intenso de passageiros rumo ao litoral gaúcho no feriado de Ano Novo, há aqueles que preferiram ficar em Porto Alegre. Aos que decidiram permanecer na Capital, as praias da região Sul são uma alternativa para aproveitar o verão. Além da proximidade, os locais acabam sendo também uma opção mais econômica e segura para os banhistas.

A autônoma Andressa Vicerinne, de 27 anos, planejava passar o Réveillon em Tramandaí, ao lado dos filhos de 5, 9 e 14 anos. A amiga Tainara Goulart, de 26, que trabalha como cuidadora no Hospital São Pedro, e a filha dela, de 6, também passariam a virada do ano no litoral Norte.

Após alugarem uma casa pela internet, no entanto, as mulheres descobriram foram vítimas de um golpe. Resignadas, elas e as crianças foram aproveitar as águas da Praia do Lami, no extremo Sul de Porto Alegre. “Ficar em Porto Alegre acabou sendo a opção mais barata. Além disso, as crianças adoram brincar aqui”, disse Andressa.

A Praia do Lami fica sob a responsabilidade de dois guarda-vidas, os soldados Thiago Pereira da Silva e João Paulo Mancuso, do 1° Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar. A dupla vigia os banhistas percorrendo as areias da praia, já que as chuvas elevaram o nível da água a ponto de submergir parte das guaridas, que correm risco de desabar.

Thiago garante que as águas são seguras no perímetro vigiado. Segundo ele, o maior risco aos visitantes são os entulhos acumulados na areia. “As cheias recentes geraram o acúmulo de entulhos na beira da praia. Isso gera risco para as crianças, que podem cortas os pés em cacos de vidro e pregos”, destacou o militar.

A lavadeira Lisiane Ricardo, de 53 anos, trouxe a família para acampar na Praia do Lami. O plano é celebrar o Ano Novo e passar mais 20 dias na localidade. Segundo ela, trata-se de uma tradição familiar. “Acampo aqui há mais de 40 anos. Quero que meus bisnetos aproveitem esse lugar, assim como minha bisavó. Muitas pessoas saem para se arriscar nas estradas, quando temos esse lugar maravilhoso em Porto Alegre.”

Já na Orla de Ipanema, na zona Sul, o gerente de TI Eduardo Franzen, de 35 anos, o militar da reserva João Geraldo, 51, o autônomo de logística Mauri Ferrari, 42, costumam aproveitar a água, que é imprópria para banho. Os três amigos, moradores do bairro Hípica, se exercitam em caiaques no local.

“Aproveitamos o ano inteiro. No verão andamos de caiaque e no inverno, pescamos. O mais fantástico é a natureza. Há pouco vi um mergulhão sair da água com um peixe no bico”, afirmou Ferrari.



Correio do Povo

Ano Novo 2024: veja as comemorações pelo mundo

 Nova Zelândia foi um dos primeiros lugares no mundo a comemorar a chegada de 2024

Austrália aguarda chegada de 2024 com fogos de artifícios 

Já é 2024 em algumas partes do mundo. Com fuso horário 16 horas à frente de Brasília, Nova Zelândia fou um dos primeiros lugares do mundo a celebrar a virada do ano. O país recebeu 2024 com as tradicionais queimas de fogosna capital Wellington e em Auckland.


Austrália

Com 14 horas à frente do fuso horário brasileiro, a Austrália comemorou com antecedência a chegada de 2024. Três horas antes da meia-noite, os fogos de artifícios já coloriam o céu de Sydney.

  | Foto: IZHAR KHAN / AFP

Mas o espetáculo mesmo veio com os fogos de artifício sobre a Sydney Harbour Bridge e a Sydney Opera House.

  | Foto: David Gray / AFP / CP

Japão

A população se concentrou no cruzamento de Shibuya algumas horas antes da meia-noite da véspera de Ano Novo no Centro de Tóquio. A movimentação ocorreu apesar das restrições do governo local para reduzir o consumo de álcool e do cancelamento de quaisquer eventos de contagem regressiva pelo quarto ano consecutivo.

  | Foto: Richard A. Brooks / AFP / CP

Coreia do Sul

Pessoas se reuniram para um evento de contagem regressiva para celebrar o Ano Novo no Centro de Seul antes da meia-noite.

  | Foto: Jung Yeon-Je / AFP / CP  Dançarinos no Ano Novo da Coreia do Sul | Foto: Jung Yeon-je / AFP / CP

Filipinas

Pessoas observam fogos de artifício iluminando o céu sobre o Parque Rizal, inaugurando o Ano Novo, em Manila.

  | Foto: JAMILLAH STA. ROSA / AFP / CP

China

Fogos de artifício explodiram no Victoria Harbour para celebrar o Ano Novo em Hong Kong.

  | Foto: Peter PARKS / AFP / CP

Correio do Povo

A Globo registrou no último domingo, 24 de dezembro, a menor audiência da história

 Enfraquecida pela véspera de Natal, que naturalmente diminui a atratividade da TV, a maior emissora do mercado teve de se contentar com uma média de 8 pontos na Grande São Paulo, o equivalente a 1,7 milhão de espectadores por minuto.

Para a Globo, a boa notícia foi o mau desempenho das concorrentes. O SBT não bateu recorde negativo, mas caiu para 2,7 pontos –costuma dar 4.
A Record anotou 2. Tirando a Band, com 0,9 ponto, todas as outras redes abertas e pagas oscilaram entre 0,1 e 0,4.
Fundamental citar: o streaming também recebeu um presente de grego no dia 24, oscilando dos habituais 8 pontos para 6,9. Via. O Antagonista




Fonte: https://www.facebook.com/100063940514729/posts/786519680156042/?mibextid=rS40aB7S9Ucbxw6v

Mais de 70% das medidas provisórias de Lula “caducam” no Congresso em 2023

 Levantamento mostra que, até o dia 20 de dezembro, Lula viu 20 medidas provisórias perderem a validade e apenas sete serem aprovadas pelos parlamentares federais

Lula encerra seu primeiro ano de mandato com mais medidas provisórias que perderam validade do que aprovadas no Congresso 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra seu primeiro ano de mandato com mais medidas provisórias que perderam validade do que aprovadas no Congresso. Desde 2003, quando o petista tomou posse para seu primeiro mandato, apenas em 2019 e 2020, com Jair Bolsonaro (PL), e em 2023, o presidente da República fechou o ano com menos MPs aprovadas do que caducadas. Neste último caso, porém, a proporção é bem maior.
Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast mostra que, até o dia 20 de dezembro, Lula viu 20 medidas provisórias perderem a validade e apenas sete serem aprovadas pelos parlamentares federais.
Em 2020, 54 MPs assinadas por Bolsonaro perderam validade antes que fossem analisadas pelo Congresso. Outras 53 foram aprovadas pelos parlamentares e sancionadas pelo então chefe do Executivo. Em 2019, a proporção foi semelhante: 23 medidas provisórias caducaram antes de serem votadas e 22 foram aprovadas.
Em todos os outros anos (de 2003 a 2018 e de 2021 a 2022), os presidentes da República conseguiram aprovar mais MPs no Congresso, mesmo com bases parlamentares frágeis em alguns momentos.
Normas editadas com força de lei pelo presidente da República, as medidas provisórias são previstas em situações de relevância e urgência. Não é incomum o Executivo ser alvo de críticas pelo excesso de uso do instrumento. No apagar do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, a publicação da MP que reonera a folha de pagamento para 17 setores que mais empregam no País provocou críticas e protestos do setor produtivo e da classe política. O Congresso havia prorrogado a desoneração até 2027.
A medida provisória foi anunciada na quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e publicada na sexta, último dia útil do ano, no Diário Oficial da União. Ela deve projetar embate entre Executivo e Legislativo no início de 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a medida provisória causou "estranheza" e que o seu teor legal será analisado.
RITO
O baixo número de medidas provisórias que tiveram o aval dos parlamentares neste primeiro ano do terceiro mandato de Lula se explica, em grande parte, pela disputa no Legislativo em torno do rito de tramitação das MPs.
Pela Constituição, as medidas provisórias precisam ser analisadas por comissões mistas, para somente então serem encaminhadas primeiro à Câmara dos Deputados e depois ao Senado. As relatorias nos colegiados mistos são alternadas - uma MP é relatada por um deputado e a seguinte, por um senador, visando dar equilíbrio de protagonismo às duas Casas. A escolha do relator na comissão mista é importante porque empodera o parlamentar definido para negociar com o governo e com seus pares.
LIRA
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa próximos a ele se recusaram a indicar integrantes de diversas comissões mistas. Lira também avisou ao governo que não pautaria algumas MPs para votação no plenário da Câmara, orientando que as propostas fossem reencaminhadas como projetos de lei.
Diversas proposições passaram por esse entrave no Congresso. A MP que tratava da tributação de offshores, por exemplo, teve de ser enviada novamente ao Congresso no formato de projeto de lei. O mesmo ocorreu com a proposta que retomava o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O efeito prático foi que o governo perdeu tempo de debate dos assuntos e teve de lidar com negociações pontuais com líderes da Câmara e do Senado em relação aos temas. Para evitar desgastes, principalmente com Lira, em quase todas as oportunidades o Palácio do Planalto preferiu atender aos pedidos e enviar os projetos de lei ao Legislativo.
Uma das únicas vezes em que o governo bateu o pé e insistiu na tramitação de uma medida provisória foi com a mudança nas subvenções do ICMS, aprovada no Senado em dezembro e enviada à sanção presidencial. O motivo: como a regra de tributação foi instituída por meio de medida provisória, não teria de passar por um período de "quarentena" antes de entrar em vigência. Se fosse aprovada por meio de um projeto de lei, só valeria a partir de abril - e o governo perderia a nova arrecadação nos primeiros meses de 2024.
REJEITADAS
Em seu primeiro mandato, Lula teve de enfrentar outro tipo de resistência do Congresso. De 2004 a 2006, 20 medidas provisórias assinadas pelo petista foram rejeitadas pelos presidentes do Congresso à época. Estiveram à frente do Legislativo, naquele período, os senadores José Sarney (MDB-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), que tinham uma postura de independência em relação ao PT.
Mesmo assim, na grande maioria das vezes, não havia resistências por parte dos parlamentares com o instrumento legislativo da medida provisória - Lula teve 160 MPs aprovadas nesse período.
Nos últimos anos, porém, tornou-se mais frequente o Congresso deixar de analisar medidas provisórias assinadas pelo presidente da República. Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff (PT) viu 14 MPs suas perderem validade antes de serem votadas. Em 2017, com Michel Temer (MDB), esse número aumentou ainda mais: foram 23.
Além do fortalecimento do Congresso nos últimos anos, com cada vez mais espaço no Orçamento da União por meio de emendas parlamentares, outro motivo para esses altos números de MPs que perdem validade antes de serem votadas está nas aberturas de créditos extraordinários. De 2017 até hoje, por exemplo, 62 das 175 medidas provisórias que perderam validade diziam respeito a esses créditos. Na prática, uma vez que os recursos são destinados, as medidas provisórias ficam sem função e não precisam virar lei.
Nas duas últimas décadas, foram constantes as queixas e os embates envolvendo o número de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Legislativo. O uso abusivo do instrumento já foi denunciado por autoridades dos outros Poderes ao longo dos últimos anos, em diferentes governos.
“ROLETA-RUSSA”
Em 2017, na gestão Temer, o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a anunciar que não votaria mais este instrumento no plenário da Casa. Já em 2008, durante o segundo mandato de Lula, o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o que chamou de excesso de medidas provisórias e trancamento de pautas no Congresso.
À época, o então presidente do STF defendeu a fixação de um número que limitasse a edição de MPs pelo Executivo. "É como se estivéssemos numa roleta-russa com todas as balas no revólver", comparou Gilmar na ocasião.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Mundo se despede de um tumultuado 2023

 Em Sidney, mais de um milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de oito toneladas de fogos de artifícios

Em Sidney, mais de um milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de oito toneladas de fogos de artifícios 

Multidões animadas neste domingo, 31, se despediram de 2023, um ano marcado por recordes de calor, o auge da inteligência artificial e as dolorosas guerras em Gaza e na Ucrânia.

A população mundial, que já supera oito bilhões espera em 2024 se livrar do peso do alto custo de vida e do tumulto global.

Em Sidney, a autoproclamada "capital mundial do Ano Novo", mais de um milhão de pessoas lotaram as margens do porto para admirar um espetáculo de oito toneladas de fogos de artifícios.

Antes de anoitecer, milhares de pessoas se reuniram em torno da icônica Harbour Bridge, em um clima inusualmente úmido.

Na cidade de Tel Aviv, em Israel, em guerra contra o grupo islamista Hamas em Gaza, muitos jovens lotaram restaurantes, bares e discotecas para comemorar a passagem do ano.

"As pessoas querem comemorar esta noite", explicou um jovem garçom, que admitiu não estar "tão feliz quanto gostaria", por causa dos atentados do Hamas, em 7 de outubro, e do conflito atual.

O ano de 2023 será lembrado, sobretudo, pela guerra no Oriente Médio, provocado pelo ataque do Hamas e as represálias israelenses.

Entre outros fatos notáveis do ano estão o primeiro transplante ocular completo do mundo e uma "Barbie mania" impulsionada pelo bem-sucedido filme dedicado à famosa boneca da Mattel.

Além disso, a Índia superou a China como o país mais populoso do mundo e se tornou o primeiro a pousar um foguete do lado escuro da Lua.

Também foi o ano mais quente desde o início dos registros em 1880, com uma série de desastres provocados pelo clima que afetaram da Austrália ao Chifre da África e a bacia do Amazonas.

O mundo se despediu da "Rainha do Rock 'n' Roll" Tina Turner, do ator de "Friends" Matthew Perry, do cantor e compositor anglo-irlandês Shane MacGowan e o mestre do romance distópico Cormac McCarthy.

Que a guerra termine

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que quase dois milhões de habitantes de Gaza tenham sido deslocados desde o início do conflito, aproximadamente 85% da população em tempos de paz.

Os outrora movimentados bairros da Cidade de Gaza foram reduzidos a escombros e há poucos locais para celebrar o Ano Novo e menos entes queridos para festejar.

"Foi um ano obscuro, cheio de tragédias", disse Abed Akkawi, que fugiu da cidade com a esposa e os três filhos para um abrigo da ONU em Rafah, no sul do território.

O homem de 37 anos conta que a guerra destruiu sua casa e matou seu irmão. Ainda assim, mantém esperanças para 2024.

"Deus queira que esta guerra termine, que o novo ano seja melhor e que possamos voltar para nossas casas e reconstruí-las, ou mesmo viver em uma barraca sobre os escombros", afirmou.

A Ucrânia, onde a invasão russa se aproxima do segundo aniversário, vive entre a esperança e o desafio após um novo ataque de Moscou.

"Vitória! Estamos lhe esperando e acreditamos que a Ucrânia vencerá", disse Tetiana Shostka enquanto sirenes antiaéreas soavam em Kiev.

Na Rússia do presidente Vladimir Putin, também há cansaço em relação ao conflito.

"No novo ano gostaria que a guerra terminasse, que houvesse um novo presidente e a vida voltasse ao normal", disse Zoya Karpova, cenógrafa de 55 anos e residente em Moscou.

Putin é o presidente há mais tempo no poder na Rússia desde Josef Stalin e voltará a disputar a reeleição em março.

No Vaticano, o papa Francisco rezou pelos povos que sofrem com as guerras, citando ucranianos, palestinos, israelenses, sudaneses e rohingyas.

"Ao final de um ano, tenhamos a coragem de nos perguntar: quantas vidas humanas foram perdidas em conflitos armados? Quantos mortos?", interrogou Francisco após o último Angelus de 2023.

América Latina: festa e incerteza

No Brasil, milhares de pessoas lotaram a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para se despedir de 2023 com um espetáculo de fogos de artifício de 12 minutos ao ritmo de uma orquestra sinfônica e estrelas do pop, funk e samba.

O Revéillon de Copacabana, com estimativa de dois milhões de pessoas, também apresentou um show de drones com imagens e mensagens de paz e esperança.

A chegada de 2024 coincide no México com o 30° aniversário do levante indígena do Exército Zapatista. Centenas de apoiadores locais e da Europa se concentraram na floresta perto de Ocosingo, a cinco horas de carro de epicentro da revolta de 1994.

Na Argentina, o Ano Novo começou com incerteza, depois que o presidente Javier Milei instou o Congresso em rede nacional a aprovar um mega pacote de reformas para evitar "uma catástrofe de dimensões bíblicas" no país em grave crise econômica.

As urnas

O ano de 2024 se anuncia como o ano das eleições, já que o destino político de mais de 4 bilhões de pessoas será decidido em votações em Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, União Europeia, Índia, Indonésia, México, África do Sul, Venezuela e outros países.

Porém, uma eleição promete ter consequências globais. Nos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, de 81 anos, e o republicano Donald Trump, de 77, parecem dispostos a repetir em novembro a disputa presidencial de 2020.

Atual ocupante da Casa Branca, Biden tem dado sinais da idade avançada em algumas ocasiões e até mesmo seus apoiadores se preocupam com as consequências de outros quatro anos no poder.

Mas se por um lado há esta preocupação, por outro há temores pelo retorno de Trump.

O ex-presidente enfrenta várias acusações e pelo menos três dos julgamentos contra ele devem começar em 2024, antes das eleições presidenciais, embora no futuro imediato nada o impeça de fazer campanha.

AFP e Correio do Povo

Mega da Virada enche lotéricas em Porto Alegre e região Metropolitana

 Prêmio de R$ 570 milhões é o maior da história

Sorteio gerou filas em lotéricas em Porto Alegre e na região Metropolitana 

Milhões de pessoas em todo o Brasil apostam na Mega da Virada deste ano, que pagará R$ 570 milhões, o maior prêmio da história. O resultado sai neste domingo a partir das 20h. Neste sábado, o sorteio gerou filas em lotéricas de Porto Alegre e na região Metropolitana.

As apostas podem ser feitas em qualquer casa lotérica do país, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa. A aposta mínima é feitas de R$ 5 por seis números,

Dessa vez, diferente de edições anteriores, o concurso não acumula. O dinheiro será dividido, caso ninguém acerte as seis dezenas, entre os apostadores que acertarem cinco números, e assim por diante. As apostas podem ser feitas até às 17h de domingo.

No bairro Sarandi, na zona Norte da Capital, o pintor de automóveis Manoel Jeremias, de 53 anos, pretende adquirir imóveis, caso ganhe o prêmio. “Se ganhar o prêmio vou repartir com a família. Também quero comprar casas e apartamentos. O que importa é ficar rico.”

O aposentado Nei José Luís Bastos, 76 anos, gostaria de usar o dinheiro para viajar com a esposa, além de ajudar a família. “Faço meu joguinho todos os anos. Primeiro, quero ajudar meus três filhos e os dois netos. Vou comprar casas para eles. Depois, vou passear com minha esposa, com quem sou casado há mais 53 anos. Vamos viajar por todo o Brasil e também para o exterior.”

Já o trabalhador autônomo Fernando Born, 52 anos, pretende investir em terras. “Gosto de campo e lavoura, vou ir para o mato. Quero comprar uma propriedade no interior, para aproveitar o sossego do campo.”

Em Gravataí, mais de 60 pessoas faziam apostas em uma lotérica no bairro Morada do Vale 1. A fila chegava a sair para a parte externa do estabelecimento.

A industriária Patrícia Botelho de Souza, 38 anos, apostou no sonho de ter uma rede de academias. “Não gosto de jogos, é a primeira vez que aposto. Fiz isso porque estou cansada de trabalhar igual a uma condenada. Com o dinheiro, montaria uma rede de academias e seria dona do meu próprio nariz.”

Já o aposentado Guillherme Borges, 65 anos, disse que utilizaria o dinheiro para comprar uma propriedade na área rural do município da região Metropolitana. “Vou comprar um sitio em Morungava e descansar.”

A dona de casa Milena Maria Cardoso, de 60 anos, afirmou que quer pagar as contas. “Estou fazendo uma ‘fezinha’. Preciso pagar as minhas contas, que já estão se acumulando. Se Deus quiser, vou conseguir pagar tudo.”

Correio do Povo

Passageiros lotam Aeroporto Internacional Salgado Filho às vésperas do Réveillon

 Terminal deve registrar circulação de aproximadamente 94 mil pessoas no feriadão de Ano Novo

Quase 94 mil passageiros devem passar pelo Aeroporto Salgado Filho entre os dias 29 de dezembro e 2 de janeiro 

O fluxo de pousos e decolagens em Porto Alegre é intenso neste sábado. A movimentação é fruto das milhares de pessoas que aproveitam para passar o final do ano ao lado de amigos e familiares, elevando a média de passageiros no Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Conforme as estimativas da Fraport Brasil, concessionária que administra do Salgado Filho, o terminal deve registrar a circulação de aproximadamente 94 mil pessoas no feriadão de Ano Novo. A soma leva em conta o período entre os dias 29 de dezembro e 2 de janeiro.

Não há previsão de voos extras, apesar do movimento acentuado. A companhia afirmou em nota que oferece infraestrutura adequada para as companhias aéreas em todas as operações e serviços, garantindo segurança às viagens.

A contadora Claudia Martins, de 50 anos, espera conseguir embarcar a tempo de passar o Reveillon na cidade de Clermont-Ferrand, a 423 km de Paris. Natural de Viamão, ela mora a 16 anos na França e passou as últimas duas semanas em visita ao Rio Grande do Sul. A filha e o marido a esperam para celebrar a passagem do ano no município francês. “Tenho parentes em Viamão e em Ijuí. Vim ao Brasil sozinha para visitá-los. Agora tenho que embarcar em um voo, de quase dois dias de duração, e não sei se consigo chegar a tempo do Ano Novo. Na pior das hipóteses vou ficar em Paris e depois encontrarei minha família em Clermont-Ferrand”, disse.

Nascido em Salvador, na Bahia, Isaias Matheus da Rocha Dantas, de 39 anos, se mudou há dois meses para Santana do Livramento. Ele trabalha como inspetor de qualidade em uma empresa na fronteira Oeste. O baiano vai passar o início de 2024 com a mãe e a irmã, que moram em São Luís, capital do Maranhão. “Elas sentem muito a minha falta. Abri mão de descansar no Natal para poder viajar. Quero passar sete dias lá, com a minha família. Espero chegar logo.”

Já a estudante porto-alegrense Isadora da Luz Vargas, de 19 anos, comprou passagem para São Paulo. A ideia é passar a virada junto ao namorado, que mora na cidade. É a quinta vez que ela viaja para a cidade desde o início do ano. “Namoramos à distância, então é mais uma oportunidade para ficarmos juntos. Além disso, São Paulo tem mais coisas para se fazer, por ser uma cidade maior do que Porto Alegre. O plano é passar 15 dias lá”, destacou a jovem.

Correio do Povo