sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Caixa pode voltar a vender loteria instantânea, a popular raspadinha

 Banco estatal poderá explorar a Lotex por dois anos

Banco estatal poderá explorar a Lotex por dois anos 

Quatro anos após o governo federal tentar conceder à iniciativa privada o direito de explorar comercialmente a Lotex, loteria instantânea popularmente conhecida como “raspadinha”, o Ministério da Fazenda voltou a autorizar a Caixa a retomar o serviço.

Uma portaria do Ministério da Fazenda publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, autoriza o banco estatal a explorar a Lotex por dois anos, “em caráter transitório”. O prazo passa a vigorar a partir da emissão dos primeiros bilhetes do produto e pode ser prorrogado.

Outorga

A Caixa comercializou a raspadinha entre os anos 1960 e 2015, quando o modelo de apostas foi suspenso por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), que contestou a legalidade da forma como vinha sendo feito no país.

Em 2018, mudanças legais permitiram que o serviço fosse outorgado à iniciativa privada e retomado. Após realizar dois leilões que não atraíram interessados e de flexibilizar suas exigências iniciais, o governo federal conseguiu repassar ao consórcio Estrela Instantânea o direito de explorar o serviço por 15 anos. Na ocasião, o governo federal estimava que, em 15 anos, a arrematante faturaria entre R$ 112 bilhões e R$ 115 bilhões com a venda dos bilhetes da raspadinha. Deste montante, 16,7% iriam para os cofres federais, com a promessa de serem investidos em cultura, esporte e segurança pública.

Formado pelas empresas International Game Technology (IGT) e Scientific Games (SG), o consórcio arrematou a Lotex ao comprometer-se a pagar aos cofres federais R$ 817,9 milhões, sendo uma parcela inicial de R$ 96,9 milhões e outras sete parcelas anuais e corrigíveis de R$ 103 milhões. Contudo, desistiu do negócio após considerar que o serviço só seria viável se assinasse um contrato de distribuição com a Caixa, o que nunca ocorreu.

Em outubro de 2020, ou seja, um ano após o leilão, o consórcio divulgou uma nota informando que a “gestão prudente do capital determina que nos retiremos do processo e reavaliemos a implementação de um modelo de operações lotéricas no Brasil”.

Em agosto deste ano, um decreto presidencial voltou a alterar a legislação a fim de permitir que o Ministério da Fazenda pudesse autorizar a Caixa a retomar o serviço “por prazo determinado ou até o início da execução indireta pelo operador vencedor de processo licitatório de concessão”.

O recente decreto mantém a forma de distribuição dos rendimentos anteriormente aprovada: 0,4% para a seguridade social; 13% para o Fundo Nacional de Segurança Pública; 0,9% para o Ministério do Esporte; 0,9% para o Fundo Nacional de Cultura; 1,5% para instituições de futebol pelo uso dos escudos e marcas; 18,3% para o agente operador da Lotex e 65% para o pagamento de prêmios e imposto de renda sobre a premiação. Já as premiações não retiradas serão devolvidas à União, na conta única do Tesouro Nacional.

Agência Brasil e Correio do Povo

Tubarão mata adolescente no Sul da Austrália

 Jovem de 15 anos teria sido mordido na perna em área de surfe


Um tubarão atacou e matou um jovem de 15 anos em um local remoto de surfe no Sul da Austrália. A informação foi confirmada pela polícia, nesta sexta-feira (horário local).

O ataque ocorreu perto de Ethel Beach, na península de Yorke. A polícia disse que estava preparando um relatório para o legista, mas não deu detalhes sobre o ataque ao jovem, natural de um subúrbio do sul de Adelaide.

O jornal The Advertiser, de Adelaide, citou um morador não identificado de Ethel Beach dizendo que outro surfista ajudou o adolescente após ser mordido na perna. "O tubarão os cercou quando o homem tirou o jovem da água. Havia muito sangue”, relatou o morador.

Não foram fornecidos detalhes sobre o tipo de tubarão envolvido no ataque, embora grandes tubarões brancos tenham o hábito de circular na costa sul da Austrália.

AFP e Correio do Povo

Parlamentares articulam regulação das redes sociais

 


#OsPingosNosIs | Parlamentares articulam regulação das redes sociais
Cristiano Beraldo: "Quantos posts são colocados por dia no Brasil? Impossível ter uma estrutura capaz de ficar monitorando tudo que é publicado"

Confira o resultado do sorteio das loterias da Caixa desta quinta-feira, dia 28 de dezembro

 Foram sorteados os prêmios da Lotofácil, Timemania, Quina e Dia de Sorte



A Caixa Econômica Federal realizou nesta quinta-feira, 28 de dezembro, os sorteios de número 2.990 da Lotofácil, 2.034 da Timemania, 6.327 da Quina e 855 da Dia de Sorte. Os resultados foram divulgados por volta das 20h no Espaço Caixa Loterias, no novo Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Lotofácil

O concurso 2.990 da Lotofácil com prêmio estimado em R$ 5.000.000,00 teve os seguintes números sorteados:

03 – 04 – 05 – 06 – 10 – 12 – 13 – 16 – 18 – 20 – 21 – 22 – 23 – 24 – 25

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias 28/12/2023 Sorteio das loterias 28/12/2023 | Foto:

Timemania

O concurso 2.034 da Timemania com prêmio estimado em R$ 5.700.000,00 teve os seguintes números sorteados:

01 – 20 – 39 – 46 – 55 – 74 – 75

Time do coração: São José/RS

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias 28/12/2023 Sorteio das loterias 28/12/2023 | Foto:

Quina

O concurso 6.327 da Quina com prêmio estimado em R$ 13.500.000,00 teve os seguintes números sorteados:

09 – 12 – 14 – 31 – 68

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias 28/12/2023 Sorteio das loterias 28/12/2023 | Foto:

Dia de Sorte

O concurso 855 da Dia de Sorte com prêmio estimado em R$ 150.000,00 teve os seguintes números sorteados:

06 – 07 – 15 – 20 – 22 – 26 – 30

Mês da sorte: Janeiro

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias 28/12/2023 Sorteio das loterias 28/12/2023 | Foto:

O sorteio foi transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube:

Confira também os últimos resultados dos sorteios aqui.

Correio do Povo

Argentina: central sindical convoca greve geral contra medidas de Milei para 24 de janeiro

 Sindicatos rejeitam as reformas econômicas e trabalhistas, as quais também limitam seu poder

No mesmo dia haverá uma mobilização de filiados até o Congresso argentino para protestar 

A principal central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocou nesta quinta-feira, 28, a primeira greve geral contra o governo do ultraliberal Javier Milei, para o dia 24 de janeiro. Os sindicatos rejeitam as reformas econômicas e trabalhistas, as quais também limitam seu poder. Houve um acordo entre líderes da CGT pela paralisação.

No mesmo dia haverá uma mobilização de filiados até o Congresso argentino para protestar. Os sindicatos rejeitam um decreto de Milei que contempla a modificação de mais de 300 leis, com o fim de desregular uma economia sob forte intervenção do Estado há décadas.

Em matéria laboral, introduz mudanças que desafiam o poder dos sindicatos e modificações na legislação que até agora tem favorecido os trabalhadores. Por um lado, restringe o direito à greve em atividades essenciais, como serviços hospitalares, a educação e o transporte, e abre caminho para novos mecanismos de indenização que barateiam demitir pessoal.

As mudanças ainda abrem a possibilidade para que os trabalhadores dirijam seus aportes diretamente a prestadores de saúde privada, em vez de fazer isso por meio de obras sociais sindicais como até agora, o que afeta uma importante fonte de recursos para o setor.

Na quarta-feira, houve uma marcha de trabalhadores e organizações sociais até os tribunais de Buenos Aires, para respaldar uma queixa judicial de que os decretos de Milei são inconstitucionais.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Combate entre Israel e Hezbollah cresce e força êxodo de milhares

 Fronteira do país com o Líbano recebeu ataques com maior frequência na última semana

Segundo o ex-oficial de segurança Jaques Neriah, a baixa participação do Hezbollah após a resposta de Israel contra o Hamas surpreendeu os israelenses 

O risco de uma nova frente de guerra para Israel aumentou esta semana à medida que ataques na fronteira do país com o Líbano se tornaram mais frequentes. Mesmo com os militares israelenses ocupados nos combates urbanos na Faixa de Gaza, ao sul, os conflitos com o grupo libanês Hezbollah se intensificaram ao norte. Israel retirou 70 mil pessoas de sua fronteira norte nas últimas semanas, além das 150 mil removidas de sua fronteira sul com Gaza - uma retirada de 220 mil no total.

No Líbano, 120 mil fugiram de casa. Somente nesta quinta-feira, seis ataques contra alvos militares no norte de Israel foram reivindicados pelo grupo. Foram atingidos posições do Exército, dois grupos de soldados e um veículo militar estacionado dentro de um quartel, no território israelense. Israel, por sua vez, disse ter acertado a infraestrutura do Hezbollah com caças, tanques e artilharia e interceptado drones e foguetes.

Além do conflito ao norte, dezenas de incidentes que envolvem as forças israelenses e grupos apoiados pelo Irã, no qual o Hezbollah está incluído, foram registrados esta semana tanto em Israel quanto nos países árabes do Oriente Médio. No dia 25, um ataque aéreo próximo à capital da Síria, Damasco, matou um oficial do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, que atribuiu a culpa a Israel e prometeu uma resposta.

Conforme um porta-voz do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, Eylon Levy, a situação coloca Israel em uma 'estrada bifurcada' que pode ampliar a guerra por toda a região. 'Ou o Hezbollah se afasta da fronteira israelense, de acordo com a Resolução 1701 da ONU, ou nós mesmos o afastaremos', disse. 'O Hezbollah e seus patronos, senhores da guerra iranianos, estão arrastando o Líbano para uma guerra totalmente desnecessária, para a guerra que o Hamas iniciou', acrescentou. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que o país sofreu ataques em sete frentes (Gaza, Cisjordânia, Líbano, Síria Iraque, Iêmen e Irã) e respondeu em seis.

De acordo com a mídia israelense, a exceção seria o Iêmen, onde os rebeldes Houthi, também apoiados pelos iranianos, disparam mísseis há semanas contra Israel e navios comerciais que navegam no Mar Vermelho. Desde o ataque do grupo terrorista Hamas em Israel no dia 7 de outubro, os grupos apoiados pelo Irã no Oriente Médio se tornaram mais ativos militarmente. Apesar disso, a princípio o engajamento do Hezbollah e outras organizações foi menor que o esperado e não desencadeou uma guerra regional, como se temia.

Segundo o ex-oficial de segurança Jaques Neriah, a baixa participação do Hezbollah após a resposta de Israel contra o Hamas surpreendeu os israelenses. Aos poucos, no entanto, os ataques do grupo se tornaram mais violentos. '(O Hezbollah) se tornou cada vez mais ousado, até chegar à situação atual, em que usa todas as suas armas, exceto as de longo alcance', disse Neriah, ex-analista-chefe de inteligência militar de Israel e conselheiro de política externa do primeiro-ministro Yitzhak Rabin na década de 1990. No dia 26, três pessoas foram mortas em um ataque aéreo em Bin Jbeil, uma cidade do sul do Líbano que Israel considera reduto do Hezbollah. Uma das vítimas é um cidadão australiano que visitava a mulher, segundo a mídia australiana. Israel não reivindicou o ataque, mas informou que os mortos são dois militantes e a mulher de um deles. O Ministério das Relações Exteriores da Austrália investiga o caso.

À medida que a tensão aumenta ao longo da fronteira norte de Israel, os comandantes israelenses expandem as operações na Faixa de Gaza, entrando ainda mais no centro e no sul do enclave.

Segundo Yoav Gallant, as forças israelenses chegaram a áreas onde nunca estiveram antes e as operações terão longa duração. Nos últimos dias, Israel afirmou ter desmontado centros de comando e depósito do Hamas para incapacitar o grupo de ter poder militar e governamental sobre a Faixa de Gaza. Enquanto isso, mais de um quarto dos habitantes do enclave está em situação de fome, segundo a ONU, e a escassez de água e o deslocamento em massa em meio ao colapso do sistema de saúde contribuem para a rápida disseminação de doenças. Segundo as Forças de Defesa de Israel, o número de mortos no enclave inclui 8 mil combatentes. Desde o início do conflito, 164 soldados israelenses foram mortos. Uma guerra com o Hezbollah expandiria o número, considerando o treinamento profissional e o arsenal estimado em cerca de 150 mil mísseis. O Egito e o Catar negociam acordos para pausar ou encerrar a campanha de Israel em Gaza, possivelmente em troca da libertação dos cerca de 130 reféns ainda mantidos no enclave.

O rei Abdullah II da Jordânia e seu ministro das Relações Exteriores chegaram ao Cairo no dia 27 para discutir propostas que poderiam incluir esforços para interromper o deslocamento de palestinos, estabelecer um Estado palestino com Jerusalém como capital e restabelecer a segurança regional, de acordo com relatos da mídia egípcia.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Mickey Mouse e Minnie entram em domínio público

 Símbolos da Disney completam 95 anos

Mickey Mouse e Minnie 

É o fim de uma era: Mickey e Minnie Mouse, símbolos da Disney, completam 95 anos e entram em domínio público no dia 1º de janeiro de 2024, segundo a revista Variety.

Mas, afinal, o que muda? Na prática, a empresa não tem mais os direitos autorais sobre as obras. Isso permite que qualquer artista (cartunista, cineastas, escritores) faça o que bem entender com elas.

Um exemplo da mesma situação aconteceu com o personagem Ursinho Pooh que, em 2022, entrou em domínio público nos Estados Unidos. Sem precisar pagar os direitos autorais, o diretor Rhys Frake-Waterfield viu uma oportunidade de criar um filme. Em 2023, lançou Ursinho Pooh: Sangue e Mel - um longa de terror criticado pela mídia especializada.

Ainda conforme a Variety, Jennifer Jenkings, diretora do Centro Duke de Estudos de Domínio Público, dos EUA, acredita que a disponibilidade de Mickey e Minnie Mouse causará uma grande comoção. "A comunidade de direitos autorais está muito animada com a notícia - afinal, finalmente está acontecendo!”, diz ela.

Mickey Mouse sempre esteve no meio dos embates sobre direitos autorais. Dan O’Neill, por exemplo, usou a imagem do rato em uma história em quadrinhos de 1971. Nela, o personagem era um traficante de drogas - que até tinha relações sexuais explícitas com Minnie. O uso dos ratinhos na história não ficou barato: a Disney o processou por violar direitos autorais e eles entraram em uma briga judicial de oito anos.

Sem ter como pagar a indenização, ele aceitou o acordo para escapar da prisão. O combinado definia que O’Neill nunca mais poderia desenhar Mickey Mouse. "Ainda é um crime para mim. Se eu fizer um desenho do Mickey Mouse, ficarei devendo uma multa de US$ 190 mil (cerca de R$ 918 mil) a Walt Disney, mais US$ 10 mil de honorários advocatícios e passarei uma ano na prisão”, conta O’Neill, de 81 anos.

Segundo a Variety, a Disney fez anos de lobby para evitar que Mickey entrasse em domínio público. Agora, no entanto, parece que eles não brigarão para manter os direitos autorais do personagem. Além dele e de Minnie, a empresa também perderá os direitos do Tigrão, criado em 1928, a partir do primeiro dia de 2024.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Maduro envia tropas para exercícios militares

 


#OsPingosNosIs | Maduro envia tropas para exercícios militares; medida foi tomada após envio de navio britânico à Guiana

Vila Planetário recebe internet por wi-fi gratuito em Porto Alegre

 Programa Território Inovadores busca ampliar serviço em comunidades carentes

Inauguração teve presenças da prefeitura e orientações para comunidade 

A Vila Planetário, no bairro Santana em Porto Alegre, é a segunda comunidade beneficiada por internet via wi-fi público gratuito - o Morro da Cruz foi a área pioneira. A instalação faz parte do programa Territórios Inovadores da prefeitura. A ação foi viabilizada pela Procempa e pela Secretaria Municipal da Transparência e Controladoria (SMTC). Nesta quinta-feira, foi feita a testagem do sinal, formalizando a disponibilização do serviço.

Enquanto os moradores eram orientados sobre a utilização da conexão, a diretora-presidente interina da Procempa, Débora Roesler, destacou o avanço. "A conectividade é a porta para estudo, emprego, informação, é o acesso às oportunidades, mudando a realidade das pessoas. Este também é o nosso papel como empresa pública", definiu.

O projeto Territórios Inovadores é resultado de uma integração de esforços com o movimento colaborativo Pacto Alegre, que une PUCRS, Unisinos, UFRGS e a Prefeitura, através do Gabinete de Inovação. O objetivo é fomentar o desenvolvimento de comunidades carentes da Capital. Os próximos territórios a receberem o serviço serão Restinga, Mário Quintana, Bom Jesus, Cruzeiro e Ilha dos Marinheiros.

Líder comunitária do território e presidente da ONG Misturaí, situada dentro da Vila Planetário, Mara Nunes, a Tia Mara, declarou estar muito feliz por ela e pela comunidade com a iniciativa. "A inclusão digital hoje em dia é essencial. Com este serviço, vamos conseguir tirar muitos projetos do papel e dar oportunidades para nossas crianças, jovens e trabalhadores."

Correio do Povo

Ibovespa tem leve ajuste na última sessão do melhor ano desde 2019

 No ano, Petrobras foi o grande destaque entre as ações de maior peso e liquidez na B3

Aos 134.185,24 pontos, a ibovespa superou mais uma vez a máxima histórica intradia, mas não o pico nominal de encerramento - ambas as marcas renovadas na sessão anterior, a penúltima de 2023 

O Ibovespa fez uma pausa para contemplar o horizonte do topo nesta última sessão do ano, intervalo em que avançou 22,28%, no que foi o melhor desempenho do índice da B3 desde 2019, quando havia subido 31,58%. Hoje, mostrou leve ajuste negativo (-0,01%) no fechamento, aos 134.185,24 pontos, tendo superado mais uma vez a máxima histórica intradia, mas não o pico nominal de encerramento - ambas as marcas renovadas na sessão anterior, a penúltima de 2023. Nos contratos futuros, o Ibovespa havia chegado ontem a 136,1 mil, novo recorde.

A série de quebras de máximas observada neste fim de ano foi iniciada em 14 de dezembro - desde então, o índice à vista registrou apenas três perdas diárias, no agregado de 10 sessões, incluindo a de hoje. A pausa nesta conclusão de ano veio após o Ibovespa ter pulverizado recordes intradia e de fechamento que estavam em vigor desde 7 de junho de 2021. De 21 de dezembro para cá, primeiro aos 132 mil e agora aos 134 mil pontos, foram quatro fechamentos consecutivos em máximas históricas.

Nesta quinta-feira, o Ibovespa oscilou dos 133.832,26 aos 134.391,67 pontos, saindo de abertura aos 134.193,59. Como ontem o giro financeiro permaneceu enfraquecido, mas ganhou algum fôlego perto do fim, a R$ 17,3 bilhões. Em dezembro, o índice da B3 acumulou ganho de 5,38%, após avanço de 12,54% em novembro. Assim, o último bimestre foi essencial para a alta do Ibovespa em 2023, após ter encerrado outubro acumulando discreto ganho de 3,11%, convergindo então para níveis do começo de junho.

Desde o fim de outubro, a recuperação do Ibovespa correspondeu a 21 mil pontos, ou 18,59% nos dois últimos meses do ano. No quarto trimestre, o ganho do Ibovespa foi a 15,11%, após ter cedido 1,28% no trimestre anterior, de julho a setembro. No primeiro semestre, o Ibovespa havia subido 7,61%, com o ganho na segunda metade do ano avançando para 13,63%.

Assim, no quarto trimestre de 2023, o Ibovespa registrou desempenho semelhante ao do segundo trimestre do ano, quando havia avançado 15,9% após tombo de 7,16% no trimestre inaugural de Lula 3 - no que foi o pior janeiro-março desde 2020, o ano da pandemia. Desde então, as dúvidas sobre a situação fiscal em um governo inclinado a gastos públicos foi dando lugar, gradualmente, a uma recuperação de confiança dos investidores, desde a aprovação do arcabouço fiscal, mais cedo no ano, até a promulgação da reforma tributária, no fechamento de 2023.

"O ano está terminando para a Bolsa de forma muito mais positiva do que se antecipava, com um rali em dezembro fortalecido pelas indicações do Fed sobre os juros americanos. Nesta reta final, tivemos um enfraquecimento agudo do volume diário, que tem correspondido a quase um terço da média móvel do último mês, mas se trata de uma queda natural para a época do ano", diz João Vitor Freitas, analista da Toro Investimentos.

Se, no plano doméstico, o arrefecimento da inflação e os cortes da Selic contribuíram também para a retomada do apetite por ações, do exterior veio, em dezembro, a sinalização suavizada do Federal Reserve para a taxa de juros de referência dos Estados Unidos, o que foi decisivo para que os juros de mercado americano - os rendimentos dos Treasuries - viessem mais abaixo, após o salto a 5% observado nos yields de 10 anos observado no fim de outubro. Hoje, o rendimento dos títulos americanos de 10 anos está em 3,84%.

Assim, o dólar à vista se acomodou a R$ 4,85 neste fechamento de ano, em queda de 8% ao longo de 2023, a maior baixa em sete anos. Tal ajuste refletiu tanto a relativa melhora da percepção fiscal doméstica como a redução dos custos de crédito lá fora - combinação que contribuiu para aumento de fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa a partir de novembro, com o fechamento na curva de juros futuros. Dessa forma, o Ibovespa, na moeda americana, encerra 2023 aos 27.647,67 pontos.

Em dólar, o Ibovespa havia terminado novembro a 25.905,58 pontos superando o ponto mais alto do ano, no fim de julho, então a 25.783,48 pontos, e também o ponto mais forte, em junho de 2021 (25.496,99), do período de recuperação iniciado em março daquele ano, ainda no contexto da pandemia. Com o prosseguimento da recuperação em dezembro de 2023, o índice da B3 supera agora o nível em que se encontrava em janeiro de 2020, aos 26.548,55 pontos no fim daquele mês, quando a covid-19 ainda se insinuava como um fator de preocupação global.

Nesta última sessão de 2023, a leitura acima do esperado para a prévia da inflação oficial do mês contribuiu para a cautela observada na B3, em altura do ano em que muitos investidores optam por permanecer à margem, sem mover as carteiras. De acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE, o IPCA-15 avançou para 0 40% em dezembro, após leitura a 0,33% no mês anterior.

O resultado veio acima da mediana de estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, bem como do teto - respectivamente, de 0 25% e 0,35% para o mês. O avanço da inflação em dezembro, ainda que venha a se mostrar pontual, contribui para reforçar a percepção de que a barra para o Copom acentuar o ritmo de cortes da Selic em 2024 permanece elevada - com reflexo na curva de juros doméstica, na sessão.

"O mercado já havia aberto com tendência a realizar lucros, após toda a alta que se viu em dezembro, mês em que a Bolsa andou bastante. Dados sobre a economia americana chegaram a reforçar o otimismo dos investidores também na B3, com Nova York oscilando a partir de então para o positivo, e ajudando aqui em parte da tarde, sem conseguir evitar, no fim, esse fechamento bem perto do zero a zero", diz Charo Alves, especialista da Valor Investimentos.

Em Nova York, Dow Jones subiu 0,14%, S&P 500, 0,04%, e o Nasdaq cedeu 0,03% nesta quinta-feira. Na semana, os ganhos em NY ficaram entre 0,60% (S&P 500) e 0,87% (Dow Jones), enquanto o Ibovespa avançou 1,08% no intervalo, estendendo ganhos de 1,96% e de 2,44% nas duas semanas anteriores.

Na B3, as ações de grandes bancos subiram moderadamente nesta quinta-feira, com BB (ON +0,97%, máxima do dia no fechamento) e Santander (Unit +0,69%, também no pico da sessão no encerramento) à frente. O dia foi de ajustes discretos para os carros-chefes das commodities, com Vale ON em baixa de 0,26% no encerramento, negativo também para Petrobras (ON -0,41%, PN -0 32%), em leve ajuste se comparado ao do petróleo na sessão - em queda acima de 3% para o WTI e o Brent, com os dados semanais de estoques nos EUA em retração maior do que a prevista para o intervalo.

No ano, Petrobras foi o grande destaque entre as ações de maior peso e liquidez na B3, com a ON em alta de 73,09% e a PN, de 93 45%, no período.

Na ponta perdedora do Ibovespa na sessão, destaque para CVC (-12 72%), Locaweb (-4,60%) e Magazine Luiza (-4,00%). No lado oposto nesta quinta-feira, Cemig (+1,95%), MRV (+1,91%) e Taesa (+1 64%).

Correio do Povo