quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Transforme fotos em vídeos

 


Recém lançada essa ferramenta promete revolucionar o mercado de vídeos transformando simples fotos em vídeos. Conheça a Stable Video Diffusion. ✅ LINKS CITADOS NO VÍDEO ▸ Stable Video Diffusion - https://bit.ly/StableVideoDiffusion ❤️ COMPARTILHE ESTE VÍDEO COM UM AMIGO ❤️ ▸    • Testei uma NOVA Ferramenta transforma...   ✅ ÍNDICE DO VÍDEO 0:00 Transforme fotos em vídeos 0:40 Seja bem vindo 1:28 Stable Video Diffusion 2:30 Versão GitHub 3:07 Teste 1 5:34 Teste 2 7:10 Inscreva-se no canal Essa ferramenta promete transformar simples fotos em vídeos. Essa novidade se chama Stable Video Diffusion e funciona de uma maneira bem simples. Você envia a sua foto para a ferramenta, coloca alguns parâmetros sobre o seu vídeo e a ferramenta transforma sua foto em vídeo. Alguns anos atrás isso era algo inimaginável mas agora com apenas alguns cliques é possível chegar em resultados bem legais. Provavelmente você já ouviu falar no Stable Diffusion que é um software gerador de imagens que usa inteligência artificial. Ele foi lançado em 2022 e é utilizado para gerar imagens. Você digita um texto explicando a imagem que quer criar e a ferramenta gera a imagem para você. Só que essa novidade que foi lançada para vídeos é muito legal pois você pode pegar uma foto, seja ela foto real ou uma foto gerada por inteligência artificial e transformar essa foto em um vídeo. A ferramenta tem um nível de inteligência que eu fique impressionado e para conferir é só assistir ao conteúdo completo. Espero muito que gostem! ❤️ VÍDEOS DO CANAL RELACIONADOS COM ESTE ASSUNTO ❤️ 🎬 Crie Filmes e Animações com IA -    • Crie Filmes e Animações INCRÍVEIS usa...   🎬 Transforme Fotos em Vídeos Incríveis -    • INCRÍVEL! Transforme Qualquer IMAGEM ...   🎬 YouTube para Empresas -    • ESTRATÉGIA COMPLETA - Como Criar Víde...   🎬 Avatares falantes no Canva -    • 😍 Novidade CANVA - Novos Avatares Fal...   🎬 Melhor Gerador de Vozes da Internet?    • 😱 Esse é o MELHOR Gerador de Voz REAL...   🎬 Texto para Vídeo com IA no Canva -    • 😱 Texto em Vídeo com Canva! Mais uma ...  

Juiz rejeita pedido para bloquear R$ 1 bilhão da Braskem

 Mineradora é alvo de ações por exploração de sal-gema em Maceió

Juiz rejeita pedido para bloquear R$ 1 bilhão da Braskem 

A Justiça Federal em Alagoas negou pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da Defensoria Pública da União (DPU) para bloquear R$ 1 bilhão nas contas da mineradora Braskem. A decisão foi assinada no dia 23 deste mês. No dia 14 de dezembro, os dois órgãos e o Ministério Público de Alagoas (MPAL) pediram à Justiça o bloqueio da quantia para garantir a inclusão de novos imóveis em um programa de compensação financeira para os moradores do bairro Bom Parto, uma das localidades de Maceió afetadas pela exploração de sal-gema. A medida faz parte de um dos processos movidos contra a mineradora.

Na decisão, o juiz André Tobias Granja entendeu que o bloqueio deve ser analisado com cautela. "No caso em tela, não existe a necessidade de se garantir uma execução futura, uma vez que já existe título executivo formado nos autos, ainda que provisório, o qual pode ser devidamente executado, em sede de cumprimento individual de sentença coletiva", escreveu o magistrado.

Diversos bairros da capital alagoana sofrem com desgaste do solo provocado ao longo dos anos pela exploração de sal-gema, em jazidas no subsolo abertas pela Braskem. O sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química.

Falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo. Ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis.

Agência Brasil e Correio do Povo

Celular Seguro: mais de 3,8 mil aparelhos são bloqueados em uma semana

 São Paulo é estado com maior número de bloqueios

São Paulo é a unidade federativa com maior número de alertas de bloqueio: 1.011 

Uma semana após ser lançado, o programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já resultou no bloqueio de 3.896 aparelhos roubados, furtados, perdidos ou extraviados.

Conforme o ministério informou à Agência Brasil, até o início da tarde desta terça-feira, a ferramenta recebeu 1.658 alertas de usuários vítimas de roubos. Outros 1.154 alertas foram motivados por furtos; 801 por perdas e 283 por motivos diversos. Só no último dia 20, foram 1.113 medidas restritivas.

São Paulo é a unidade federativa com maior número de alertas de bloqueio: 1.011. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (453); Pernambuco (286); Bahia (272) e Minas Gerais (259). Disponibilizado no último dia 19, o programa Celular Seguro é uma iniciativa federal de combate ao roubo e ao furto de aparelhos celulares e aplicativos digitais no país. Por meio do site e do aplicativo, as vítimas podem comunicar o crime e pedir o bloqueio imediato dos aparelhos, dos aplicativos bancários e de novos acessos aos dispositivos.

Ainda de acordo com o ministério, 700.697 pessoas acessaram o aplicativo por meio da plataforma gov.br. Destas, apenas 513.098 registraram os números das linhas de telefone que gostariam de bloquear remotamente. Segundo o ministério, é possível acessar o aplicativo informando apenas o CPF, deixando de registrar os dados do aparelho.

Cada pessoa que se cadastra no Celular Seguro pode indicar pessoas da sua confiança, autorizando-as a efetuar os bloqueios em seu nome. Mais de 467,8 mil pessoas de confiança já tinham sido cadastrados até esta tarde. O próprio dono do aparelho cadastrado pode bloqueá-lo acessando o site celularseguro.mj.gov.br, usando um computador seguro. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivado.

Não há a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja recuperado, o usuário terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros do Projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos, para reativar seus acessos.

Agência Brasil e Correio do Povo

STF nega pedido de anulação de afastamento de presidente da CBF

 Ministro André Mendonça rejeita solicitação feita pelo PSD


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça negou um pedido de liminar para anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que levou à retirada do dirigente Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 7 de dezembro. O pedido da medida de urgência feita ao STF, no dia 18 de dezembro, é de autoria do Partido Social Democrático (PSD), que argumentou que a decisão do TJ-RJ teria anulado o termo de ajustamento de conduta estabelecido entre o Ministério Público do RJ (MP-RJ) e a CBF e determinado o afastamento de dirigentes e a nomeação de um interventor alheio às atribuições da CBF.

Segundo o PSD, a decisão judicial também coloca em “risco concreto a organização do futebol no país e toda a sua cadeia econômica”. No entanto, o ministro André Mendonça justificou a sua decisão afirmando que o “processo transcorreu - por mais de seis anos - sem a vigência de qualquer medida de urgência” e que agora não vê caracterizada a presença dos requisitos capazes de justificar a concessão de uma liminar.

Além disso, o magistrado solicitou mais informações ao TJ-RJ, no prazo de dez dias, e pede a manifestação tanto do Advogado-Geral da União como do Procurador-Geral da República sobre o caso.

Destituição de Ednaldo Rodrigues

O TJ-RJ retirou Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF no dia 7 de dezembro, oportunidade na qual informou que “a instituição terá de realizar nova eleição no prazo de 30 dias e, até lá, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva [STJD] ficará responsável pela rotina administrativa da CBF”.

A justificativa para tal decisão foi o fato de a 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ julgar, por unanimidade, extinta a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público (MP) contra eleições que teriam sido realizadas irregularmente pela CBF em 2017. Foi após esta Ação Civil Pública que a entidade máxima do futebol brasileiro aceitou assinar em 2022 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que, entre outras coisas, estabeleceu a realização de uma nova eleição, da qual Ednaldo Rodrigues saiu vencedor.

A decisão de retirar Ednaldo Rodrigues da CBF foi tomada atendendo a um pedido de ex-vices-presidentes da entidade que perderam seus cargos no âmbito do TAC de 2022. Agora, na decisão desta quinta-feira, o TJ-RJ afirma que o TAC assinado entre o MP e a CBF é ilegal.

Histórico

Na ação civil pública de 2017, o MP sustenta que a CBF fez uma “manobra” para aprovar um novo estatuto na assembleia de 23 de março daquele ano, “sem respeitar a convocação obrigatória dos representantes dos clubes da Série A”, o que estaria em desacordo com a Lei Pelé. O estatuto votado, segundo o Ministério Público fluminense, teria “critério diferenciado de valoração de votos, que impede os clubes de constituírem maioria nas eleições”.

As 27 federações, únicas a participarem daquela reunião, tiveram o peso dos votos triplicado, podendo chegar a 81 sufrágios juntas. Os 20 clubes da primeira divisão (peso dois) e os 20 da segunda divisão (peso um) atingiriam somente 60 votos. Em 2018, baseado no estatuto aprovado em março, Rogério Caboclo foi eleito presidente da CBF, em pleito questionado pelo MP-RJ. O dirigente, porém, foi suspenso do cargo definitivamente em 24 de fevereiro de 2022, devido à acusação de assédio sexual que já o tinha afastado em setembro de 2021.

No dia 25 de fevereiro de 2022, o próprio juiz Mário Cunha Olinto Filho suspendeu o processo que apura a eleição de 2018, atendendo a uma solicitação da CBF e do Ministério Público fluminense. Segundo o TJ-RJ, o requerimento foi peticionado após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar intervenção na entidade, o que levou a Federação Internacional de Futebol (Fifa) a pedir “uma explicação legal detalhada sobre as consequências específicas da referida decisão”. A Fifa estabelece que as associações filiadas devem ser administradas “de forma independente e sem influência indevida de terceiros”, sob pena de sanções - como a exclusão da Copa do Mundo.


Agência Brasil e Correio do Povo

Novo modelo de “bafômetro” permite aumento das abordagens na Balada Segura

 Aparelho detecta vestígios de álcool o que permite que o motorista seja liberado sem sair do carro

Equipamento está sendo utilizado nas blitze do litoral gaúcho 

Um novo modelo de etilômetro, o famoso bafômetro, que vem sendo utilizado pelas equipes do DetranRS desde o começo do 2º semestre, no litoral gaúcho, tem ajudado a aumentar o número de abordagens realizadas. A média mensal de abordagens dos agentes do DetranRS na Balada Segura, que era de 4,1 mil (janeiro a maio), passou de 5,4 mil após junho de 2023 (junho a novembro), um aumento de 30% na média mensal das operações da Balada Segura.

Segundo o Governo do Estado, a intenção do Detran é ampliar o uso o equipamento para os demais municípios conveniados à Balada Segura. Para o Dentran, além de agilizar a abordagem para os agentes, a iniciativa representa mais conforto para os motoristas conscientes, que não consomem álcool antes de dirigir.

Como funciona

  • Diferente do bafômetro convencional, o passivo não precisar soprar no aparelho. Ele detecta o álcool no ambiente.
  • No aparelho, diferentes luzes vão indicar o nível de álcool.
  • Em caso de resultado positivo, o motorista é convidado a fazer o exame no aparelho convencional, aquele em que é preciso soprar na biqueira e que indicará o nível de alcoolemia e as consequências, de acordo com o grau de embriaguez.
  • Não havendo vestígio de álcool, o motorista é liberado sem sair do carro.

Aumento de mortes envolvendo álcool

O reforço na fiscalização vem junto com a divulgação de um estudo do Detran com a base de resultados dos testes de alcoolemia feitos pelo Instituto-Geral de Perícia (IGP). A pesquisa mostrou um crescimento no índice de condutores mortos no trânsito que tinham álcool no sangue. Em 2022, esse índice foi de 44%, cinco pontos percentuais maior que em 2021, quando foi detectado álcool em 39% dos condutores mortos.

Correio do Povo

Jesus Cristo não nasceu em dezembro

 

PT e PL projetam derrota de Moro (União Brasil) no TRE do Paraná

 


#OsPingosNosIs | PT e PL projetam derrota de Moro (União Brasil) no TRE do Paraná; julgamento deve ocorrer após recesso, na segunda quinzena de janeiro

Família de vítima de Covid-19 deverá ser indenizada em R$ 1,4 milhão

 Na decisão, juíza afirmou que houve omissão dos governos


A Justiça Federal no Amazonas decidiu que os familiares de uma mulher que morreu durante a pandemia de Covid-19 devem ser indenizados em R$ 1,4 milhão. O pagamento da quantia deverá ser dividido entre os governos federal e estadual, além da prefeitura de Manaus, em função da falta de oxigênio na cidade, em 2021. Cabe recurso contra a decisão.

Leoneth Cavalcante de Santiago foi internada em janeiro de 2021 com sintomas críticos de Covid. Em seguida, o quadro evoluiu para desconforto respiratório e ela precisaria ser internada em uma UTI, mas não havia vagas disponíveis. Sem oxigênio e sem vaga na UTI, Leoneth faleceu no dia 15 de janeiro. A família chegou a obter uma liminar da Justiça para garantir o tratamento intensivo, mas a decisão não chegou a ser cumprida em função do falecimento.

Na ação, os familiares de Leoneth alegaram que a morte ocorreu durante o colapso no fornecimento de oxigênio para o Amazonas, fato que também ocasionou diversos falecimentos de pacientes no estado. Eles também afirmaram que é obrigação dos governos garantirem os serviços essenciais para a assistência à saúde. Diante dos fatos, os familiares solicitaram o pagamento de indenização e a responsabilização dos governos federal, estadual e municipal pela morte.

Ao julgar o caso, a juíza Jaiza Maria Fraxe afirmou que houve omissão dos governos em abastecer adequadamente as unidades de saúde com oxigênio e garantir leitos de UTI e determinou o pagamento de R$ 1,4 milhão de indenização.

“O desespero, a dor, a tristeza e a revolta experimentados pelo marido e pelos filhos ao saberem que sua esposa e mãe perdeu a vida asfixiada por falta de oxigênio e sem receber o atendimento necessário para salvar sua vida é evidente e refoge ao simples dissabor do dia a dia”, escreveu a juíza.


Agência Brasil e Correio do Povo

Reoneração do diesel volta em 1º de janeiro sem impacto no preço, diz Haddad

 Segundo ministro, valor cobrado no primeiro dia de 2024 será menor que no ano anterior

Impacto da reoneração é de pouco mais de R$ 0,30 por litro 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira, 26, que o diesel será reonerado a partir de 1º de janeiro de 2024. Contudo, ressaltou que não há motivos para que haja um aumento nos preços. Segundo Haddad, poderia haver até mesmo uma redução, uma vez que a Petrobras anunciou corte nos valores do combustível a partir desta quarta, 27. O tema, segundo Haddad, foi discutido nesta tarde em reunião com o ministro da Indústria e Comércio e vice-presidente, Geraldo Alckmin.

"Essa reoneração vai ser feita, mas o impacto da reoneração é de pouco mais de R$ 0,30 e o impacto da redução do preço já anunciado pela Petrobras no mês de dezembro é de mais de 50%", explicou após a reunião. "A partir do dia 1º de janeiro, se comparar o preço do diesel com o dia 1º dezembro de 2023, você tem uma queda do preço da Petrobras mesmo com a reoneração. Não tem razões para aumentar, tem razões para diminuir."

Segundo ele, o preço praticado pela Petrobras em 1º de janeiro, com a reoneração, é menos do que a empresa cobrou em 1º de dezembro de 2023 sem os impostos. "A Petrobras hoje anunciou o segundo corte no mês de dezembro, que mais do que compensa a reoneração de 1º de janeiro. Não há nenhuma razão para ter impacto."

Depreciação Acelerada

Os ministros ainda trataram durante a reunião sobre o programa sobre "Depreciação Acelerada", a ser lançado ainda nesta semana. Segundo Haddad, a medida é um compromisso com a Indústria para permitir que empresários possam abater do imposto de renda a depreciação de forma mais acelerada do que o permitido na legislação atualmente.

"Isso fortalece muito a atualização do equipamento. Os empresários vão ter um estímulo a mais a adquirir máquinas mais modernas para aumentar a produtividade da economia brasileira", disse.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Ibovespa tem novo recorde e fecha acima dos 133 mil pontos

 Moeda norte-americana encerrou sessão cotada a R$ 4,82

Bolsa acumulou recordes nesta reta final do ano 

O Ibovespa deu continuidade ao rali da semana passada e subiu 0,59% nesta terça, aos 133.532,92 pontos. Com isso, superou o próprio recorde novamente, pela terceira sessão consecutiva. Apesar da baixa liquidez na volta do feriado de Natal, aumentos dos preços de commodities garantiram altas para as duas maiores empresas da Bolsa, Vale e Petrobras. No agregado, a alta de 0,35% de Vale ON e os ganhos da Petrobras, entre 1,61% (PN) e 1,50% (ON), garantiram o desempenho do Ibovespa. Alguns papéis financeiros, como Itaú Unibanco PN (+1,02%) e B3 On (+1,03%), também contribuíram para o resultado. O minério de ferro avançou 1,34% na Dalian Commodity Exchange, na China, em meio a expectativas pelo anúncio de estímulos à economia no gigante asiático.

O petróleo subiu mais de 3%, com o contrato futuro do Brent retornando para a casa dos US$ 80 por barril, enquanto o mercado continua acompanhando os sinais de tensão no Mar Vermelho. “Ficamos na inércia, basicamente acompanhando o movimento dos mercados lá fora”, afirma o gestor de renda variável da Western Asset, Naio Ino. “Adicionalmente, tivemos as commodities ajudando a nossa Bolsa, com o petróleo subindo mais de 3% e o minério em alta dando sustentação ao Ibovespa.” O sinal positivo de Nova York também contribuiu para o desempenho da Bolsa brasileira, com ganhos disseminados dos índices Dow Jones (+0,43%), S&P 500 (+0,42%) e Nasdaq (+0,54%). Pela manhã, o Federal Reserve (Fed) de Chicago informou que o índice de atividade nacional americano subiu a 0,3 em novembro, enquanto o mercado esperava -0,2.

A combinação desses fatores manteve o Ibovespa em terreno positivo durante todo o pregão, entre a mínima de 132.752,96 pontos (0,0%) e a máxima de 133.644,65 pontos (+0,67%), o maior nível da história. O giro financeiro ficou em R$ 13,3 bilhões, pouco acima da metade dos R$ 21 bilhões da última sexta-feira, 22. Segundo Ino, o desempenho do Ibovespa ainda reflete a entrada dos investidores estrangeiros no Brasil. A recente elevação do rating do País pela S&P e a aprovação das medidas de aumento da arrecadação pelo Congresso pesam positivamente aqui, enquanto a expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos dá o tom dos mercados, afirma. Para o operador de renda variável da Manchester Investimentos Diego Faust, o aumento dos preços de commodities e o sinal de economia mais forte nos Estados Unidos explicam a alta do Ibovespa hoje. Ele também destaca a queda na mediana do relatório Focus, do Banco Central, para a taxa Selic no fim de 2024, de 9,25% para 9%, como um sinal positivo para a Bolsa.

'Mesmo com a queda dos DIs hoje, a curva continua precificando uma Selic maior do que o Focus. Na hora que essa diferença se realizar, tem bastante espaço para a movimentação do Ibovespa', diz Faust, que trabalha com a expectativa de uma alta do índice a uma marca entre 145 mil e 147 mil pontos em 2024.

Dólar

A expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos, que há quase duas semanas pesa sobre a cotação do dólar no mercado global, novamente se fez presente e contribuiu para que a moeda americana recuasse na comparação com o real, chegando a operar abaixo de R$ 4,82 na mínima da sessão, quando bateu o menor nível desde agosto. O mercado está particularmente desfavorável ao dólar desde as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no dia 13, sugerindo que as autoridades do banco central dos Estados Unidos poderiam começar a discutir cortes nos juros. A expectativa de afrouxamento na política monetária fez as taxas dos Treasuries despencarem, arrastando o dólar para baixo.

O impacto das declarações fica evidente no histórico de preços. Até um dia antes dos comentários de Powell, o Dollar Index - que mede o valor da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas fortes - acumulava alta de 0,30% no ano. Hoje, recua 1,96% no acumulado de 2023. Na comparação com o real, a situação é parecida: até dia 12 de dezembro, a queda do dólar no ano era de 5,94% no mercado à vista. Hoje, chegou a 8,67%. A fraqueza, diz Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos, destoa do que tradicionalmente se vê no final do ano: o enfraquecimento do real diante da demanda por dólar para remessas ao exterior. Carlos Lopes, economista do Banco BV, ressalta que o movimento de hoje é a continuidade daquele iniciado em dias anteriores, mas num pregão de menor liquidez, dada a proximidade das comemorações de fim de ano. Ele alerta, porém, que provavelmente o Federal Reserve levará mais tempo do que o mercado prevê para reduzir as taxas de juros dos Estados Unidos, e que eventualmente isso resultará numa recuperação do dólar. “O plano atual do Fed não é cortar no primeiro trimestre. Ele tem reforçado o discurso de cautela, apesar da mudança recente mais a favor de corte de juros”, afirmou.

'O que poderia ter é uma surpresa favorável que mudasse para o corte mais cedo. O mercado pode se decepcionar no começo de ano e aí tem espaço para ter alguma frustração', acrescentou. Rodrigo Jolig, CIO da Alphatree, também acha que o corte de juros nos Estados Unidos virá mais tarde do que o mercado espera, mas ressalta que há dificuldade em acertar o momento em que o movimento do câmbio se inverteria como reação à frustração das expectativas. 'É melhor ficar vendido em dólar ou ficar zerado até começar uma reversão do que tentar comprar agora e esperar uma reversão. Janeiro, fevereiro e março é um período sazonalmente bom para o real', acrescentou. O dólar à vista fechou em queda de 0,81%, a R$ 4,8220 - o menor nível de fechamento desde 2 de agosto, quando a moeda encerrou o pregão cotada a R$ 4,8055.

Na mínima de hoje, o dólar à vista bateu R$ 4,8180, menor preço intradia também desde 2 de agosto, quando o piso da sessão foi de R$ 4,7823.

Juros

Os juros futuros fecharam a terça-feira em queda. Apesar da volatilidade nos yields e da disparada das commodities, a curva esteve ancorada pelas boas perspectivas para o cenário de inflação e Selic, enquanto o mercado aguarda as novas medidas da Fazenda em compensação ao impacto da derrubada do veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso. A liquidez, já reduzida na semana passada, ficou hoje ainda mais fraca na medida em que se aproxima o fim do ano. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,010%, na mínima, de 10,082% no ajuste de sexta-feira; e a do DI para janeiro de 2026 caiu de 9,64% para 9,57% (mínima). O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 9,68% (de 9,73%) e a do DI para janeiro de 2029, em 10,04%, de 10,09%. O volume escasso foi uma característica comum a todos os mercados nesta terça-feira, mas não inibiu o bom desempenho do câmbio e da Bolsa, e, de forma mais comedida, do mercado de juros, que já vinha devolvendo bastante prêmio nas últimas semanas e agora precisa de novos gatilhos para andar.

De todo modo, o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, afirma que fatores como a queda da mediana da Selic 2024 no Boletim Focus, a redução dos preços do diesel pela Petrobras e a expectativa pelo IPCA-15 na quinta-feira contribuíram para manter as taxas em queda moderada. 'Na quinta-feira, o mercado espera um número bom para o IPCA-15 de dezembro, o que ajuda a explicar o comportamento da curva hoje', afirma. Na Pesquisa do Projeções Broadcast, a mediana é de 0,25%, ante 0,33% em novembro. Para o fechamento de 2023, a mediana aponta 4,56%, variação abaixo do teto da meta de 4,75% e bem inferior aos 5,90% de 2022. Pela manhã, o anúncio da redução nos preços do diesel, de R$ 0,30 por litro, a partir de amanhã, foi importante para que as taxas se descolassem da pressão de alta da curva americana. O efeito sobre o IPCA, em janeiro, será praticamente nulo, de 0,01 ponto porcentual, dado que o diesel tem peso pequeno no indicador. Mas a notícia animou quanto a uma possível queda nos preços da gasolina, que, aí sim, teria efeito importante na inflação ao consumidor. Além disso, o reajuste em baixa ajudaria a minimizar nos preços o impacto da reoneração do PIS e Cofins no diesel a partir de janeiro.

No exterior, a pressão de alta dos Treasuries trouxe volatilidade à curva pela manhã, mas foi esvaziada depois do anúncio do diesel. À tarde, os yields inverteram o sinal e passaram a cair, reforçando o sinal de baixa das taxas locais. Na Pesquisa Focus, chamou a atenção a redução mediana da Selic em 2024, quebrando uma rigidez mostrada há várias semanas, ao passar de 9,25% para 9,0%. As medianas para 2025 e 2026 permaneceram em 8,50%. “Além da melhora do quadro inflacionário de curto prazo, a crescente perspectiva de redução dos juros nas economias avançadas ao longo dos próximos meses favorece o alívio à política monetária local”, assinalou a analista Luiza Benamor, da Tendências, no serviço on-line da consultoria. Na reta final da sessão, as taxas de curto e médio prazos ampliaram o ritmo de queda e a curva voltou a precificar Selic terminal de 9%, com o ciclo de queda se estendendo até a primeira reunião do Copom em 2025, segundo o economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano. Não houve gatilho aparente para o movimento, e profissionais alertavam que a liquidez fraca poderia estar potencializando efeitos de operações às vezes pontuais. Ainda na Focus, quanto ao IPCA, a mediana para 2024 teve melhora marginal (3,93% para 3,91%), enquanto as de 2025 e 2026 seguiram em 3,50%. “Vale lembrar que a partir da próxima reunião do Copom, nos dias 30 e 31 de janeiro, a inflação de 2025 começa a preponderar no horizonte de atuação da autoridade monetária”, afirmam os economistas Étore Sanchez, Guilherme Sousa e Matheus Alexandre, da Ativa Investimentos.

Eles explicam que a rolagem do horizonte relevante fará com que o desvio ponderado estimado recue de 35 pontos para 28 pontos. Nesta semana saem medidas do governo para compensar as perdas de arrecadação resultantes da desoneração da folha de pagamentos até 2027, após o Congresso derrubar o veto de Lula. Cruz, da RB, afirma que é preciso ter cuidado na avaliação. “Várias medidas que foram colocadas tinham inicialmente um potencial de arrecadação bem maior do que o que foi aprovado efetivamente.”

Estadão Conteúdo e Correio do Povo