segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Governo vai reforçar medidas de proteção ao povo Yanomami

 Decisão foi tomada durante reunião entre Lula e ministros



Em reunião ministerial, realizada na sexta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que órgãos federais reforcem as medidas de proteção ao povo indígena Yanomami, além de combater o garimpo ilegal em Roraima e Amazonas.

O encontro foi organizado para fazer um balanço das ações implementadas nos dois estados em 2023. Lula disse que a proteção ao povo indígena é uma das prioridades do governo.

Participaram da reunião os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, além de representantes do ministério da Saúde, das Forças Armadas, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Casa Civil.

Balanço de 2023

Segundo o governo federal, em 2023 foi reconhecida a situação sanitária e nutricional grave da população Yanomami. Uma das medidas nesse sentido foi a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE- 6 Yanomami), coordenado pelo Ministério da Saúde.

Os números mostram que foram 13 mil atendimentos de saúde aos indígenas encontrados em grave situação de abandono; envio de 4,3 milhões de unidades de medicamentos e insumos; aplicação de 52.659 doses de vacinas; mobilização de 1.850 profissionais de saúde; e compra de 5 mil kits de casas de farinha, facões e outras ferramentas para abrir novas roças.

No balanço, também é indicado que houve controle do espaço aéreo da Terra Indígena Yanomami, para combater voos clandestinos e o suprimento do garimpo. Ações de aéreas tiveram 430 indígenas transportados, 164 pessoas apreendidas e 36.645 cestas de alimentos transportadas.

A Polícia Federal deflagou 13 operações, 114 mandados de busca e apreensão, 175 prisões em flagrante e R$ 589 milhões em bens apreendidos. Ainda há 387 investigações em andamento.

O governo cita como destaque a operação Buruburu, que desarticulou o esquema de logística aérea utilizada pelos garimpeiros, com envolvimento de empresários, traficantes de drogas e armas, pilotos, mecânicos e distribuidoras de combustível aeronáutico. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Roraima, e quase R$ 308 milhões dos investigados foram bloqueados.

Para quebrar a cadeia de inserção do ouro ilegal no mercado, a Polícia Federal, inutilizou 88 balsas, 12 aeronaves, 35 embarcações, 357 motores, 74 geradores de energia, 31 motosserras, 450 barracas de acampamento. E apreendeu 10 aeronaves, 37 armas de fogo, 874 munições de arma de fogo e 205 aparelhos de celular.

Quanto ao Ibama, o destaque foi a Operação Xapiri, de combate os crimes ambientais. Houve ataque aos garimpos ativos e interrupção das principais rotas comerciais, linhas de suprimento e entrepostos logísticos ligados à produção do garimpo. Foram feitas incursões em garimpos ativos, bloqueio fluvial dos rios Mucajaí e Uraricoera, ações em pistas de pouso clandestinas, fiscalização do comércio de combustível de aviação e priorização no julgamento dos processos de auto de infração.

Agência Brasil e Correio do Povo

domingo, 24 de dezembro de 2023

Ceee elabora plano operacional para minimizar interrupções no fornecimento de energia

 Empresa diz que mais de 600 profissionais foram mobilizados para atuar durante as festas de fim de ano

Centro de Operações Integradas fará monitoramento 

Com a chegada das festas de final de ano, a CEEE Grupo Equatorial Energia elaborou um plano operacional visando minimizar possíveis interrupções não programadas no fornecimento de energia.

De acordo com a companhia, mais de 600 profissionais foram mobilizados para atuar durante esse período festivo. O monitoramento e controle integral do sistema estarão sob a supervisão do Centro de Operações Integradas (COI), que coordenará uma equipe de controladores, engenheiros e supervisores conectados às equipes em campo, prontas para responder a qualquer eventualidade.

Atendimento nas agências neste final de ano

Nos feriados dos dias 25, Natal, e 1º de janeiro, Réveillon, as agências estarão fechadas, voltando a funcionar normalmente nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro. No Litoral Norte, especialmente, as agências das cidades de Torres, Capão da Canoa, Tramandaí, Arroio do Sal e Pinhal estão funcionando também aos sábados e, nos dias 23/12 e 30/12, estarão abertas, das 8h às 12h.

Correio do Povo

Lula nomeia Vera Lúcia como ministra substituta do TSE

 Corte da Justiça Eleitoral passa a ter segunda mulher negra

Corte da Justiça Eleitoral passa a ter segunda mulher negra 

presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nomeou a advogada baiana Vera Lúcia Santana Araújo para assumir uma vaga de ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O decreto de nomeação foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) deste sábado.

Vera Lúcia será a segunda mulher negra a compor a Corte. Em junho deste ano, o presidente Lula indicou a advogada Edilene Lôbo, que ao ser empossada, no início de agosto, tornou-se a primeira mulher negra a integrar o TSE.

Lula escolheu Vera Lúcia Araújo a partir de lista enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A lista tríplice era formada por três mulheres. Com a nomeação de Vera Lúcia, o TSE passará a contar com três mulheres em sua composição. Além de Vera Lúcia e Edilene Lôbo, o tribunal é composto pela ministra do STF Cármen Lúcia, que ocupa uma cadeira efetiva.

Vera Lúcia assumirá o cargo antes ocupado pela também advogada Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, cujo mandato chegou ao fim recentemente. Maria Claudia foi nomeada pelo então presidente Jair Bolsonaro, em junho de 2021.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) parabenizou Vera Lúcia pela indicação. “A escolha de Vera Lúcia para integrar o TSE é um reconhecimento de sua notável trajetória profissional, destacando-se por sua competência, ética e dedicação à advocacia. Acreditamos que sua atuação contribuirá de maneira significativa para a excelência e a eficiência da Justiça Eleitoral brasileira”, afirmou, na nota, o presidente do Conselho Federal da ordem, Beto Simonetti.

De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o TSE. O Tribunal é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados com notório saber jurídico, além dos respectivos substitutos.

Em 91 anos de Justiça Eleitoral, apenas 11 mulheres integraram o Plenário do TSE como ministras efetivas ou substitutas: Ellen Gracie, Eliana Calmon, Nancy Andrighi, Cármen Lúcia, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura, Rosa Weber, Luciana Lóssio, Maria Cláudia Bucchianeri Pinheiro, Maria Isabel Gallotti Rodrigues e Edilene Lôbo.

Agência Brasil e Correio do Povo

Abertura do mercado livre de energia atrai consumidores e movimenta elétricas

 Nova regra permitirá que empresas com contas de luz superiores a R$ 10 mil poderão trocar seu fornecedor de energia

Empresas com contas de luz superiores a R$ 10 mil poderão trocar seu fornecedor de energia 

O setor elétrico se prepara para uma mudança significativa a partir de 2024, quando entra em vigor uma nova regra que permitirá a todos os consumidores conectados em tensão acima de 2,3 kilovolts (kV), conhecidos como grupo A, escolher seu fornecedor de eletricidade, aderindo ao chamado mercado livre de energia. Na prática, significa que empresas com contas de luz superiores a R$ 10 mil poderão trocar seu fornecedor de energia, uma opção até agora disponível apenas para empresas com custos mensais com eletricidade superiores a R$ 50 mil, pois atualmente só podem aderir ao mercado livre consumidores com demanda superior a 500 quilowatts (kW).

A mudança significa uma grande oportunidade de redução de custos para pequenas e médias empresas (PMEs), potenciais novos negócios para geradoras e comercializadoras, e impactos no mercado das distribuidoras de energia. Estimativas da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) apontam que 165 mil empresas poderão trocar seu fornecedor de energia elétrica.

Parte desse contingente, porém, estimado em mais de 90 mil consumidores, aderiu ao modelo de geração distribuída, restando, portanto, um grupo de mais de 70 mil unidades consumidoras com potencial para migrar ao mercado livre, segundo estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Deste total, 12,8 mil consumidores já informaram às suas respectivas distribuidoras a intenção de migrar para o mercado livre a partir do ano que vem, de acordo com os mais recentes dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"Em 25 anos, chegamos a 30 mil unidades, e estamos já colocando para dentro mais de 12 mil, é muita coisa nesse primeiro momento", disse o presidente-executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira.

A entidade estima que o número total de consumidores que passarão a comprar energia no Ambiente de Comercialização Livre (ACL) no ano que vem alcançará os 20 mil. Se confirmada essa projeção, será um crescimento de 54% em relação às 37,6 mil unidades consumidoras registradas na CCEE ao fim de novembro.

Economia

O momento de mercado é atraente aos consumidores. Com reservatórios de hidrelétricas cheios e uma perspectiva de crescimento econômico ainda lento, os preços da energia para 2024 e os anos a seguir estão em patamares historicamente baixos.

A visão é de que há uma sobreoferta estrutural de energia no País, o que ajuda a manter o valor do megawatt-hora (MWh) no mercado livre de energia abaixo dos R$ 120. Além do valor do MWh, o consumidor livre também paga tarifas de transmissão e distribuição (Tust e Tusd, respectivamente), além de encargos.

Ainda assim, o valor é significativamente menor que os mais de R$ 600/MWh da tarifa média Brasil cobrada no mercado regulado para consumidores atendidos em alta tensão, segundo dados da Aneel. Com isso, as comercializadoras têm oferecido descontos que podem chegar a 40% em relação à conta de luz junto à distribuidora, ainda garantindo boa rentabilidade.

Entre os mais de 12 mil consumidores que decidiram migrar ao mercado livre, atraídos pela economia potencial, está o operador logístico TORA, que celebrou contrato de suprimento de energia com a Cemig. Não foram divulgados detalhes financeiros do contrato.

A empresa informou apenas que terá garantia de receber energia 100% renovável no modelo de flexibilidade total, ou seja, com compromisso de receber a energia na exata medida que consumir, sem obrigações de consumo mínimo ou limite de consumo máximo.

Apesar do número significativo de processos de migração já anunciados, há entre comercializadoras uma percepção de certa dificuldade de convencimento de consumidores, muitos dos quais não têm familiaridade com a contratação de energia livre. Para o sócio-diretor da Indra Energia, Thiago Veiga, quebrar a barreira da falta de conhecimento sobre o segmento é o maior desafio enfrentado atualmente.

"Muitos dos nossos potenciais clientes têm um pouco de receio e chegam a falar que "é bom demais pra ser verdade", então acho que estamos mais na fase de conscientização, de mostrar que essa é uma solução que funciona dentro das regras do jogo e não estamos inventando uma moda", diz.

Ainda assim, a Indra projeta triplicar o faturamento em 2024, superando o R$ 1 bilhão, crescimento apoiado justamente nos negócios prospectados a partir da abertura do mercado livre. A Indra tem como meta ter ao menos 1% de participação de mercado neste segmento classificado como "varejista".

Já a Urca Trading revisou para baixo suas metas de crescimento diante das dificuldades enfrentadas assim que lançou sua estratégia para clientes de pequeno porte, em meados deste ano. Inicialmente, a empresa previa alcançar 2,5 mil clientes até o fim de 2024. Agora trabalha com a perspectiva de alcançar 2 mil.

O presidente da empresa, Dante Beneveni, diz que, além da falta de conhecimento, a complexidade do processo de migração e a forte concorrência - que classificou como "desleal" em alguns casos - também atrapalham os planos da companhia. "Achamos que ia ser mais rápido, mas não é um processo de migração tão digital, então percebemos essa dificuldade e já ajustamos a estratégia para converter os clientes."

Guerra por contas de luz

Na disputa por clientes, as empresas lançam diferentes estratégias para tentar fortalecer o canal comercial e garantir mais capilaridade e atração de clientes. A Cemig, por exemplo, firmou parcerias com entidades de classe, como a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemig).

Outras empresas, como as comercializadoras 2W e Ecom, apostam em "agentes autônomos", ou representantes regionais que facilitem a prospecção de consumidores. Também há relatos de associação entre empresas de energia e de outros setores da economia que tenham uma base de clientes sólida que possa ser acessada. É o caso da Auren, que acertou a criação de uma joint venture com a Telefônica, dona da Vivo, de olho nos 112 milhões de clientes da operadora.

Segundo a CCEE, até a semana passada havia 99 comercializadoras habilitadas para atuar no segmento varejista, número que não para de crescer. Neste montante estão contabilizadas empresas ligadas a grandes grupos que operam em vários segmentos do setor elétrico, braços de comercializadoras ou geradoras, e novatos.

Com isso, o mercado já fala em uma futura consolidação, já que neste segmento do varejo elétrico escala é fundamental.

Impacto

Na disputa por consumidores, quem perde são as distribuidoras, que perdem mercado. Embora do ponto de vista econômico essas concessionárias não sofrerão impacto imediato, uma vez que seguem sendo remuneradas pelo uso do fio e estão protegidas pela sobrecontratação, tende a haver um impacto financeiro. Isso porque a energia comprada em contratos de longo prazo e não vendida aos clientes é liquidada a preço "spot", atualmente muito baixo, o que provoca um desbalanceamento do fluxo de pagamentos, que só é realinhado nos reajustes anuais.

Adicionalmente, a Abradee, associação que reúne estas empresas, demonstra preocupação com o impacto que as migrações terão nos futuros reajustes tarifários. Isso porque, com a redução do mercado, os custos arcados pelo mercado regulado - incluindo a contratação de térmicas que garantem segurança ao sistema interligado e vários encargos setoriais - serão divididos por um grupo menor de consumidores.

"Isso gera aumento da tarifa e traz dificuldades operacionais - como aumento da inadimplência e perdas", disse o presidente da entidade, Marcos Madureira.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Litoral Norte tem dia perfeito para aproveitar a praia à espera do Natal

 Muitos guarda-sóis coloriram faixa de areia em Torres

Praia de Torres recebe multidão de banhistas neste sábado 

Com 26 graus e sol, o tempo proporcionou mais uma bela manhã de praia aos veranistas. Pelo segundo dia a bandeira amarela, a água clara e a ausência de vento forte colaboraram para a diversão coletiva.

Em Torres, o casal de argentinos Rodolfo e Areta García chegou por volta das 9h e tratou de ir direto para o mar. Os dois estão de passagem pelo litoral gaúcho e pretendem festejar o Natal em Florianópolis.

“Torres é bela, está um lindo dia, passaremos a tarde aqui e seguiremos viagem, quem sabe na volta passar por aqui outra vez”, avalia Rodolfo.

As irmãs Fabrícia Meneses da Silva Lucero, 37, advogada, e Rebeca Meneses da Silva, 23, administradora, aproveitaram a manhã para passear pelo calçadão com a amiga, a estudante Yorrana da Silva, 17. “Eu vim de Cachoeirinha passar o Natal com a família”, explica a advogada.

Jovens fazem selfie com o Noel Jovens fazem selfie com o Noel | Foto: Mauro Schafer / CP

Além do exercício e de porem a conversa em dia, as três encontraram diversão em um simpático Papai Noel surfista, estátua colocada próxima do leiteiro “amo Torres”, para entreter os visitantes. “Gostei muito, tiramos fotos. São muitas opções de lazer aqui, Torres é diferente”, diz Rebeca, justificando porque virou moradora da praia.

Correio do Povo

Bolsonaro (PL) pede que Salles (PL) não saia do partido e tenha calma

 


#OsPingosNosIs | Bolsonaro (PL) pede que Salles (PL) não saia do partido e tenha calma; bancada comenta

Ambulantes aproveitam praias lotadas para intensificar vendas no Litoral Norte

 Trabalhadores de diferentes lugares circulam as praias ofertando diversos tipos de produtos

Ambulante da praia de Torres Leandro Guedes vende chapéus e artigos artesanais 

Nem todos que estão na praia buscam apenas o descanso. E independente do tempo ou do dia da semana, a faixa de areia ou o asfalto são sinônimos de trabalho. Sol ou chuva, muitas vezes de segunda a segunda, produtos variados como um picolé ao espumante refinado podem ser encontrados no Litoral Norte gaúcho. Na beira do mar, além de guarda-sóis, cadeiras e lazer, homens e mulheres circulam com seus produtos em busca de sustento.

É o caso do ambulante Claudiomiro Souza, 55 anos. Há 30 anos morando em Tramandaí e vendendo doces, amendoins salgado e facas artesanais de porta em porta pelas praias da região, ele espera o ano inteiro pelo verão para faturar um pouco mais. “A venda melhora, principalmente nos finais de semana”, revela.

Claudiomiro, que afirma ter criado um casal de filhos a partir do que arrecada com o ofício, admite que de vez em quando para e aprecia “bem rapidinho” as belezas naturais do litoral, mas que logo segue em busca de clientes. “É o jeito, o verão pra mim é trabalho”, completa.

Robinson Ricardo Dias, 39, deixou o emprego de cozinheiro em Eldorado do Sul para vender bebidas na faixa de areia. Do café ao espumante, ele e a esposa, Adriana Dias, 37, conquistam clientes e amigos. “São figuras conhecidas, e sempre compro deles, diz o aposentado Érico Gnoatto, de 65 anos.

Este é o terceiro verão do ambulante Leandro Amaro Guedes, 24, anos vendendo redes, chapéus e artigos artesanais em Torres. Ele deixou a Paraíba para fazer negócio nas praias gaúchas e diz que não se arrepende. "Sim, eu atravessei o país, porque aqui consigo preço melhor", compara ao que obtinha com seu trabalho no litoral da região Nordeste.

Sobre trabalhar sob o sol forte em média 10 horas por dia enquanto uma multidão de gente descansa e se diverte, Guedes garante não se importar. Pelo contrário, festeja a beira do mar lotada. "Na temporada alta vendo mais, e é batalhando se consegue as coisas", sentencia o jovem, enquanto improvisa uma sombra com o próprio carrinho que empurra pelas areias gaúchas para comer uma marmita. “É coisa de dez minutos e vou de novo”, indica.

Correio do Povo

Véspera de Natal será quente no RS

 Estado terá momentos de maior nebulosidade em algumas áreas neste domingo

Véspera de Natal será de calor no RS 

O sol aparece com nuvens na maior parte do Rio Grande do Sul na véspera de Natal. Porém, o Estado terá momentos de maior nebulosidade em algumas áreas neste domingo.

É esperada uma chuva isolada de verão mais da tarde para a noite, especialmente nas Metades Norte e Oeste. O dia é quente, com maior aquecimento do Centro para o Oeste e o Noroeste.

Em Porto Alegre, a temperatura vai variar entre 22ºC e 29ºC. A máxima no Estado está prevista para Santa Rosa, com 33ºC.

Na segunda, um ciclone deve se formar na costa. Uma frente fria associada traz chuva, forte a intensa em muitas cidades, e temporais com risco de vendavais, na primeira metade do dia de Natal.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Governo argentino convoca Congresso para sessões extraordinárias para debater reformas

 Em meio a protestos em todo país, Legislativo discutirá polêmico pacote de Milei entre 26 de dezembro a 31 de janeiro

Governo Milei começa turbulento e com muitas reformas 

O governo argentino convocou o Parlamento para sessões extraordinárias para debater um pacote de leis de reforma do Estado e um polêmico megadecreto com uma ampla desregulação da economia, de acordo com a convocação assinada pelo presidente ultraliberal Javier Milei.

O presidente formalizou a convocação na sexta-feira à noite para que o Congresso inicie sessões extraordinárias de 26 de dezembro a 31 de janeiro, após uma semana de protestos de sindicatos, inquilinos e partidos de esquerda contra as reformas contidas em um decreto que deve ser referendado pelo Congresso.

Na pauta das sessões extraordinárias, o presidente incluiu ainda propostas para a restituição de impostos sobre os salários, modificações na lei eleitoral e reformas do Estado. No entanto, o prato principal está contido no megadecreto com mais de 300 reformas que alterarão a vida cotidiana dos argentinos. Entre outras modificações, o decreto revoga a lei de aluguel, que passará a ser sem prazo determinado, sem limite de preços e em qualquer moeda.

Além disso, estende o período de experiência no mercado de trabalho de três para oito meses, elimina proteções aos trabalhadores e leis que protegem o consumidor contra aumentos de preços abusivos, em um momento em que a inflação ultrapassa os 160% ao ano e a pobreza atinge 40% da população. Também libera as comissões bancárias e a taxa punitiva para dívidas, elimina a lei que estabelecia aumentos regulares de aposentadorias e pensões, libera os preços das mensalidades dos planos privados de saúde e abre as portas para a privatização de empresas públicas.

O plano 'motosserra' de Milei para cortar os gastos do Estado despertou, na semana passada, os primeiros protestos nas ruas, com 'panelaços' contra o governo em frente ao Congresso e em praças e esquinas das principais cidades do país, sem maiores incidentes. Também provocou a convocação das centrais sindicais para uma manifestação na próxima quarta-feira diante dos tribunais, para entregar à Justiça um pedido de impugnação do decreto por considerá-lo inconstitucional, e uma ação para suspender todos os seus efeitos.

O Congresso tem 10 dias para aprovar ou rejeitar o decreto integralmente, sem a possibilidade de debater os detalhes de seu conteúdo, de acordo com o regimento para o tratamento de decretos de necessidade e urgência. O decreto pode ser aprovado por maioria simples e entrará em vigor em 29 de dezembro se não for tratado dentro do prazo estipulado.

No entanto, para invalidá-lo, as duas câmaras do Parlamento devem rejeitar o texto. O partido do presidente, A Liberdade Avança (ultradireita), tem 40 dos 257 deputados e sete dos 72 senadores, enquanto o agora partido de oposição peronista mantém as maiores bancadas nas duas câmaras.

AFP e Correio do Povo

Com excesso de chuva e calor, vacas no RS têm queda de produção de leite

 Em algumas regiões do estado vacas que produzem entre 25 kg e 40 kg por dia tiveram redução de até 7,8 quilos na captação de leite



As condições climáticas adversas na primavera, com excesso de chuva e calor, provocaram queda na produção de leite no Rio Grande do Sul, com a situação mais crítica tendo ocorrido em novembro, em Porto Vera Cruz, no Vale do Uruguai. Neste município, houve queda de 7,8 quilos/vaca/dia entre as vacas que produzem entre 25 kg/dia e 40 kg/dia. As informações são da Secretaria da Agricultura do Estado, em nota.

Entre as vacas com produção entre 25 kg/dia e 40 kg/dia de leite, a queda média estimada variou entre 3,2 kg/dia, em outubro, e 5,5 kg/dia, em novembro. A perda média mínima estimada ocorreu em Bento Gonçalves (2,6 kg/dia) em outubro. O estudo mostrou que, na primavera, a queda média estimada para o trimestre variou de 1,5 kg/dia (em outubro) a 3,3 kg/dia (em setembro e novembro) entre aquelas com produção entre 5 kg/dia e 20 kg/dia.

Neste cenário, a maior queda foi também em Porto Vera Cruz, no mês de novembro, com queda na produção de 4,4 kg/dia. O estudo explica que as maiores perdas médias estimadas de produção de leite são atribuídas às vacas com maior potencial de produção. Isso se deve à maior produção de calor corporal, devido às altas taxas metabólicas desses animais, dificultando as trocas calóricas com o meio ambiente, em situações que conciliam temperatura e umidade relativa do ar elevadas.

O material também mostrou que o Vale do Uruguai e o Baixo Vale do Uruguai registraram períodos mais elevados de estresse térmico aos animais durante a primavera, com Itaqui e São Borja, ambos no Baixo Vale do Uruguai, sendo as localidades com maiores situações de estresse térmico, além de Porto Vera Cruz.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo