segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Milei promete 'choque' econômico ao assumir Presidência da Argentina

 Novo presidente disse que duro ajuste fiscal envolverá sacrifícios, mas que acabará gerando frutos


Javier Milei, um economista libertário e ultraliberal de 53 anos, alertou os argentinos que será necessário fazer um duro ajuste fiscal que envolverá sacrifícios, mas que acabará gerando frutos, ao assumir a Presidência da Argentina neste domingo (10).

"Não há dinheiro, não há alternativa ao ajuste, não há alternativa ao choque", exclamou Milei diante de milhares de pessoas que se reuniram para ouvi-lo na praça em frente ao Congresso. "No curto prazo a situação vai piorar, mas depois veremos os frutos dos nossos esforços", acrescentou.

Alheio à política tradicional, à qual se refere depreciativamente como "a casta", Milei optou por fazer seu discurso fora do recinto do Parlamento, perante uma multidão de apoiadores e convidados. Entre eles estavam vários presidentes, como o chileno Gabriel Boric, o paraguaio Santiano Peña, o ucraniano Volodimir Zelensky e o húngaro Viktor Orban, além do rei da Espanha, Felipe VI. O presidente Lula não compareceu à posse.

Na cerimônia, seguiu o protocolo e jurou "por Deus e pelo país sobre esses santos evangelhos". Em seguida, recebeu a faixa e o bastão das mãos do presidente cessante, Alberto Fernández. A seu lado, a vice-presidente, Victoria Villarruel, fez o mesmo juramento.

"Hoje é uma festa que todos merecemos, temos que deixar a corrupção para trás, isso acabou. Acho que a partir de agora vamos evoluir. Não acredito que haja um governo pior do que o anterior, então se esse funcionar 50% já é suficiente. Darei o tempo que for necessário", disse à AFP Fabián Armilla, funcionário judicial de 60 anos.

"Façamos a Argentina grande"

Ao final do discurso, Milei subiu em um conversível preto junto com a irmã, Karina, para percorrer os dois quilômetros que separam o Congresso da Casa Rosada, sede da Presidência, onde fará a posse de seus ministros.

Ele fez alguns trechos a pé e às vezes parava para cumprimentar as pessoas e também para acariciar um cachorro.

Depois, o presidente apareceu na sacada da Casa Rosada para saudar os presentes na Praça de Maio. "Olá a todos, sou o leão", exclamou exultante, antes de emendar com seu lema característico: "Viva a liberdade, caralho!"

"Hoje, nós, argentinos de bem, decretamos o fim da noite comunista e o renascer de uma Argentina próspera e liberal", afirmou.

"Fiquemos de pé e façamos a Argentina grande novamente", conclamou, em mais um de seus slogans habituais.

Obrigado a conciliar

Terceira economia da América Latina, a Argentina registra uma inflação anualizada superior a 140% e uma taxa de pobreza de mais de 40%. Para enfrentar esta crise, Milei propõe medidas drásticas para cortar gastos públicos, reduzir o Estado e liberalizar um país habituado durante anos a subsídios e déficits fiscais.

"Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e prosperidade, uma era de crescimento e desenvolvimento, uma era de liberdade e progresso", disse Milei em seu discurso. "Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo", acrescentou.

Milei afirmou que o ajuste fiscal será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto. O número de ministérios também diminuirá, de 18 para apenas nove.

"Acho que vai ser difícil nos primeiros anos, ele já espera devido à situação do país, mas tenho muita fé", comentou Federica Diggiano, uma estudante de 20 anos, em frente ao Parlamento.

A Liberdade Avança, o partido de extrema direita de Milei, é apenas a terceira minoria no Congresso, o que o obriga a conciliar muitas das suas reformas com outras forças políticas.

"Há uma tentativa de expandir a coalizão e ampliar um pouco mais o apoio legislativo do governo. Mas tudo isso tem um preço. Se negociar, não será tão anticasta", disse à AFP o cientista político Diego Reynoso.

'Prova de fogo'

O presidente tem, no entanto, a liberdade de decidir sobre a desvalorização do peso e algumas medidas de redução de gastos. A dolarização e o fechamento do banco central, temas-chave da sua campanha, estão em suspenso enquanto são esperados os primeiros resultados do seu plano econômico.

"A primeira prova de fogo decisiva para o presidente será decidir se ele vai realmente interromper a emissão [de dinheiro] ou se adota uma postura mais pragmática e deixa para depois o objetivo da não emissão", disse o economista Víctor Beker, da Universidade de Belgrano.

Depois de admitir que os primeiros dias de seu governo serão difíceis, Milei garantiu que manterá a assistência social aos mais necessitados.

"Haverá estagflação, isso é certo, mas também não é algo diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos. Haverá luz no fim do túnel", disse Milei.


Ouça "Eleições na Argentina: como deve ficar a relação do país com o Brasil após vitória de Milei" no Spreaker.

AFP e Correio do Povo

Declaração do Mercosul condena "ações unilaterais" no Essequibo

 "A América Latina deve ser um território de paz", diz o texto


Ao final da cúpula do Mercosul, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, membros do bloco, além de Chile, Colômbia, Equador e Peru, países associados, emitiram nesta quinta-feira um comunicado expressando "profunda preocupação com a elevação das tensões" no Essequibo, região da Guiana reivindicada pela Venezuela. A declaração conjunta menciona "ações unilaterais que devem ser evitadas".

O texto, assinado por 8 dos 12 países do continente, chamou atenção por ser curto e por não ter sido firmado pela Bolívia, que foi oficializada como novo membro do Mercosul na cúpula do Rio. "A América Latina deve ser um território de paz", diz o texto. "Ações unilaterais devem ser evitadas, pois adicionam tensão."

Guiana e Suriname, que não participaram do encontro, e a Venezuela, que está suspensa do Mercosul desde 2016, por "ruptura da ordem democrática", também não assinaram o documento, que foi proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura do encontro. O presidente brasileiro já defendeu que a Venezuela fosse reintegrada ao bloco, mas a pauta não avançou.

Fontes do governo brasileiro confirmaram que o teor da declaração não estava inicialmente na pauta do encontro e foi discutido durante a cúpula do Rio, no momento em que a disputa territorial pelo Essequibo ganhou novos contornos. O presidente brasileiro disse que o Mercosul não poderia ficar "alheio" à crise entre Venezuela e Guiana. "Estamos acompanhando com preocupação a situação", disse.

Diplomacia

Na mesma linha, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, defendeu a solução pelo diálogo ao falar com a imprensa, na saída da cúpula, e detalhou as ações do Itamaraty. O chanceler brasileiro lembrou que o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, esteve recentemente na Venezuela, e o próprio Vieira conversou com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali.

"Em um mundo conturbado por tantos conflitos, é sempre importante lembrar a contribuição do Mercosul para que a América do Sul constitua hoje a zona de paz mais extensa do mundo", disse o chanceler brasileiro.

Lula também sugeriu que a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) - bloco voltado à integração regional e discussão de problemas comuns - deveria dialogar com os dois lados do conflito.

O presidente brasileiro se colocou à disposição para sediar reuniões em Brasília, como já aconteceu no mês passado, quando chanceleres dos 12 países da América do Sul, incluindo de Guiana e Venezuela, discutiram a crise no Essequibo. "Vamos tratar esse assunto com muito carinho, porque o que não queremos na América do Sul é guerra. Não precisamos de conflito, precisamos construir a paz."

Ação unilateral

O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, afirmou que a Venezuela não tem motivos para justificar uma ação militar unilateral em sua disputa com a Guiana sobre o Essequibo. "Não vejo absolutamente nenhum argumento para uma ação unilateral", declarou Cameron, durante entrevista coletiva ao lado secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.


Agência Estado e Correio do Povo

Pix automático passará a ser obrigatório em outubro de 2024

 Ferramenta permitirá pagamentos recorrentes e até mesadas


Com a possibilidade de permitir pagamentos recorrentes e até mesadas, o Pix automático entrará em vigor em 28 de outubro de 2024, informou nesta noite o Banco Central (BC). O órgão publicou as regras da ferramenta cerca de dez meses antes da entrada em vigor do serviço.

Entre as regras gerais de funcionamento do Pix Automático, esclareceu o BC, estão os procedimentos de autorização prévia; as normas para o cancelamento da autorização; as regras para a rejeição e para a liquidação da transação; as funcionalidades a serem oferecidas ao usuário pagador e ao usuário recebedor; as regras de devolução e de responsabilização em caso de erro; o limite diário para as transações relacionadas ao produto, entre outras.

Para os clientes pessoas físicas, a oferta será obrigatória. Para as empresas, caberá às instituições financeiras escolherem se querem ofertar o produto. Assim como no Pix tradicional, não haverá cobrança de tarifas a pessoas físicas e poderá haver cobrança para as pessoas jurídicas, com as tarifas negociadas livremente.

Atualmente, a oferta do Pix recorrente, em que o usuário pode agendar Pix para horários determinados, é facultativa. Com as novas regras, as instituições financeiras que não se adequarem até 28 de outubro de 2024, data do lançamento, ou não passarem nos testes de homologação serão multadas por dia de atraso na oferta e poderão sofrer punições expressas no Manual de Penalidades do Pix, alterado para abranger a nova modalidade de transferências automáticas.

Com funcionamento semelhante ao do débito automático, o novo mecanismo pretende facilitar pagamentos recorrentes. A principal vantagem em relação ao débito automático, além da instantaneidade nas transações, será a não cobrança de tarifas, no caso das pessoas físicas.

Categorias

De acordo com o BC, o Pix automático abrangerá o pagamento a empresas. A ferramenta poderá ser usada em serviços públicos (água, luz, telefone e contas domésticas), assinatura de serviços (internet, streaming, portal de notícias), mensalidades (escola, condomínio, plano de saúde) e serviços financeiros (parcelamento de seguro, empréstimo, consórcio).

O Pix agendado recorrente abrangerá operações entre pessoas físicas. Segundo o BC, algumas das transações que poderão contar com o serviço são mesadas, doações, aluguel entre pessoas físicas e prestação de serviços recorrentes, como diarista, terapia e treinador físico.

Limites

Cada produto terá um limite de valor, mas o limite diário será igual ao da transferência eletrônica disponível (TED). Os tetos poderão ser reduzidos imediatamente a pedido do usuário. No caso de pedido de aumento, os limites poderão ser elevados em até oito horas, a critério da instituição financeira, conforme o perfil do cliente.

Em relação ao cancelamento, o pagador poderá anular o débito até as 23h59 do dia da transação. O recebedor poderá fazer o cancelamento até as 22h da véspera. A autorização para a transferência automática poderá ser retirada a qualquer momento.


Agência Brasil e Correio do Povo

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Governo Lula lança slogan 'Brasil é um só povo' após PT defender polarização com bolsonarismo

 Objetivo, segundo a Secom, é transmitir mensagens de "paz" e "reconstrução de laços"


O governo federal lançou neste domingo, 10, em rede nacional, uma campanha com o slogan "O Brasil é um só povo". De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o objetivo é transmitir mensagens de "paz" e "reconstrução de laços", além de reforçar relações familiares e de amizade.


Agência Estado e Correio do Povo

Lula lamenta mortes em assentamento do MST e promete avanço na Reforma Agrária

 Incêndio em acampamento no Pará vitimou pelo menos nove pessoas


O presidente Luis Inácio Lula da Silva lamentou o incêndio, que matou pelo menos nove pessoas, no acampamento Terra e Liberdade, do MST, em Paraupebas, no Pará. Ele se solidarizou com todos que sofreram com o acidente e ressaltou que o Governo Federal está trabalhando na "retomada da Reforma Agrária". 

Durante a tarde, o presidente pediu que o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, fosse ao local do acidente. O ministro já viajou para o local acompanhado do presidente do Incra, César Aldrighi. 


Correio do Povo

Icônico letreiro de Hollywood chega ao centenário renovado; conheça sua história

 Visita obrigatória para qualquer cinéfilo ou turista em Los Angeles, a placa dizia originalmente "Hollywoodland"


O icônico letreiro "Hollywood" domina a paisagem da 'Meca do Cinema' desde antes do cinema falado, e tornou-se um símbolo da indústria cinematográfica.

Pela primeira vez em décadas, parte do letreiro foi iluminado na sexta-feira em comemoração ao seu centenário.

O letreiro com as nove letras é oficialmente centenário mas, assim como muitas grandes damas maduras da sétima arte de Hollywood, parece imune à passagem do tempo.

Como pano de fundo para a interpretação de atores e atrizes, o letreiro já apareceu em vários filmes e foi cenário de fatos de destaque do cinema.

Quando os diretores querem que seu público saiba que o filme se passa em Los Angeles, o usam como referência, enquanto um cineasta que quiser representar a destruição dos Estados Unidos pode permitir que sua equipe de efeitos especiais use a imaginação para fazer o que quiser com o letreiro.

Ele também testemunhou uma tragédia da vida real: a atriz britânica Peg Entwistle tirou a própria vida atirando-se do alto da letra H, em 1932.

Origem publicitária 

Visita obrigatória para qualquer cinéfilo ou turista em visita a Los Angeles, o letreiro dizia originalmente  "HOLLYWOODLAND", e foi erguido em 1923 como anúncio de um empreendimento imobiliário de luxo.

Em sua primeira década, era rotineiramente iluminado com milhares de lâmpadas, com "HOLLY", "WOOD" e "LAND" acesos como um farol das cobiçadas casas ofertadas logo adiante.

Na década de 1940, as letras já pareciam um pouco desgastadas.

O jornal Los Angeles Times noticiou que vândalos e tempestades de vento danificaram a letra H, antes de os moradores decidirem dar um basta e pedirem à Prefeitura para derrubá-lo.

A Câmara de Comércio de Hollywood, admitindo que tinha uma marca de sucesso nas mãos, interveio e se ofereceu para reformar o letreiro.

Mas as últimas quatro letras tiveram que desaparecer: o letreiro devia representar toda a cidade, não apenas uma parcela de terreno na moda, e em 1949, o letreiro recém-restaurado dizia simplesmente "HOLLYWOOD".

 Celebridades se mobilizam 

Três décadas de sol inclemente e tempestades ocasionais cobraram o preço às famosas letras fabricadas em madeira e com 15 metros de altura.

Finalmente, o primeiro "O" se reduziu a um "u" minúsculo e o último "O" acabou desmoronando.

Foi então que o roqueiro Alice Cooper liderou, nos anos 1970, uma campanha para restaurar o letreiro, devolvendo-lhe sua antiga glória, mediante uma doação de 28.000 dólares (cerca de 137 mil reais, em valores atuais).

Outras oito celebridades, incluindo o ator Gene Autry, o fundador da revista masculina Playboy Hugh Hefner, e o cantor Andy Williams, seguiram seu exemplo e cada um adotou uma letra.

Assim, Cooper acabou se tornando o patrocinador da primeira letra "O", Autry ficou a cargo do segundo "l", coube a Hefner o "y" e Williams se encarregou do "w".

As letras substitutas são um pouco mais compactas, com 13,5 metros de altura, e feitas de aço.

Segundo reportou no ano passado o jornal Hollywood Sign Trust, na pintura feita a tempo para o centenário foram usados quase 1.500 litros de tinta.

A iluminação da noite desta sexta-feira foi meramente simbólica, explicou o presidente do Hollywood Sign Trust, Jeff Zarrinnam.

Diferentemente da maioria dos pontos emblemáticos ao redor do mundo, o letreiro de Hollywood não costuma ser iluminado à noite, em parte devido às objeções das pessoas que moram perto dele.

Mas, segundo Zarrinnam, poderia em breve voltar a brilhar.

"Estamos trabalhando em um plano para iluminar o letreiro em ocasiões muito especiais", afirmou.

"Temos alguns eventos esportivos muito importantes que serão celebrados em Los Angeles, como a Copa do Mundo da FIFA, os Jogos Olímpicos [em 2028]. Estes são eventos nos quais provavelmente gostaríamos de iluminar o letreiro de Hollywood no futuro", ressaltou Zarrinnam.


AFP e Correio do Povo

Com 'delegação', Bolsonaro fica entre chefes de Estado na posse de Milei

 Ex-presidente foi ainda presença constante na TV argentina durante todo o fim de semana

Bolsonaro também se reuniu com Milei na sexta-feira 

A presença do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro chamou a atenção na posse de Javier Milei neste domingo. Embora não tenha mais cargo de chefe de Estado, o brasileiro se sentou ao lado de líderes em exercício da América Latina e da Europa, enquanto Milei fazia seu primeiro discurso. O ex-presidente foi ainda presença constante na TV argentina durante todo o fim de semana.

Participaram da posse chefes de Estado e de governo de oito países: Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Armênia, Hungria, Espanha e Ucrânia - mais do que os três (Cuba, Uruguai e Paraguai) presentes na posse do antecessor Alberto Fernández, em 2019.

A maioria dos países preferiu enviar representantes, caso de Luiz Inácio Lula da Silva e do americano Joe Biden. Lula enviou o chanceler Mauro Vieira em seu lugar - nesse caso, ele não recebe tratamento de chefe de Estado, mas de delegação estrangeira.

Outras ausências sentidas foram do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e da Bolívia, Luis Arce. Os líderes se sentaram ao lado do novo presidente nas escadarias do Congresso, onde o libertário fez seu primeiro discurso como presidente.

Bolsonaro ficou entre outros chefes de Estado, ao lado de Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, de Daniel Noboa, presidente recém-eleito do Equador, Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai, e Santiago Peña, presidente do Paraguai. No entanto, ele não pôde tirar a foto oficial com o novo presidente, uma cerimônia reservada apenas aos chefes de Estado.

Na mesma escadaria, do lado direito de Milei estavam o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em sua primeira visita à América Latina.

O ucraniano deu um longo abraço no novo presidente argentino e os dois conversaram antes do discurso.

Além de Zelenski, estavam do lado direito de Milei o presidente da Armênia, Vahagn Khachaturyan, o presidente do Chile, Gabriel Boric, e o rei da Espanha, Felipe VI.

'Comitiva'

Bolsonaro se reuniu com Milei na sexta-feira, logo depois de haver caminhado pela famosa Rua Florida, muito frequentada por turistas brasileiros.

Além de Bolsonaro, foram para Buenos Aires seus filhos Flávio e Eduardo, seu ex-chanceler Ernesto Araújo, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, entre outros.

Entre os apoiadores de Milei, a presença de Bolsonaro foi celebrada, bem como entre ex-integrantes do governo. "Acho que vai ser muito importante essa convergência (entre Bolsonaro e Milei)", disse o ex-chanceler brasileiro ao Estadão.

Agência Estado e Correio do Povo

O QUE KARL MARX DIRIA SOBRE CONTABILIDADE CRIATIVA DO GOVERNO LULA III? - 06.12.23

 Por João Darzone - advogado e escritor


 


Ah, "contabilidade criativa", um termo tão nostálgico que remete aos tempos de Dilma, agora ressuscitado pelos grandes jornais como ESTADÃO, FOLHA, CORREIO BRAZILIENSE, VALOR ECONÔMICO, e GAZETA DO POVO. Parece que os velhos hábitos da política econômica são como aqueles vinis antigos – por mais que passem de moda, sempre há quem os tire para uma nova audição.


 


Se Karl Marx estivesse presente para comentar essa moda retrô das finanças públicas, provavelmente teria pouca paciência para tais artimanhas contábeis. Para ele, que enxergava na precisão dos números a verdade das relações econômicas e das condições de produção, essa maquiagem dos balanços públicos seria uma afronta, um véu lançado sobre os olhos do proletariado para ocultar as reais dinâmicas do capital.


 


Marx certamente criticaria essa prática como uma tentativa desesperada de embelezar a realidade, enquanto se mantém a aparência de solidez e controle. Para alguém preocupado com as estruturas subjacentes e as forças motrizes da história econômica, a contabilidade criativa seria vista não apenas como uma imprecisão, mas como uma distorção ideológica, uma ferramenta para desviar a atenção das contradições inerentes do sistema capitalista.


 


Assim, enquanto as manchetes dos jornais trazem à tona esse velho termo, Marx provavelmente estaria redigindo uma crítica feroz, não apenas à prática em si, mas ao sistema que permite – e às vezes demanda – tal malabarismo numérico para se sustentar.


 


Imagino, que se Karl Marx estivesse por aqui, certamente teria material suficiente para uma nova edição d'O Capital, talvez intitulada  "Das Kapital: A Arte de Embelezar Balanços".


 


Marx, com sua barba provavelmente se revirando no túmulo, teria apontado o dedo para essa prática como a quintessência da alienação da realidade econômica.


 


 "Trabalhadores do mundo, uni-vos... mas primeiro, vamos entender essas contas!", ele poderia dizer. Afinal, a contabilidade criativa é como um mágico em um espetáculo de ilusionismo: todos sabem que há um truque, mas ninguém consegue encontrar a lebre na cartola.


 


E as consequências? Ah, elas são tão sutilmente disfarçadas quanto a maquiagem usada para esconder as rugas do capitalismo. No curto prazo, é uma festa para os olhos – déficits transformam-se em superávits, dívidas parecem investimentos e gastos exorbitantes são apenas "reestruturações fiscais".


 


Mas no longo prazo, as distorções podem levar a uma ressaca econômica que nem o melhor dos cafés pode curar.


 


Para o público com viés mais socialista, é como assistir ao capitalismo se pintar com as cores da prosperidade enquanto oculta suas imperfeições sob camadas de base econômica.


 


E no grande desfile da classe trabalhadora, o que se esperava ser uma passarela de progresso social, pode acabar se tornando uma caminhada da vergonha com números tão confiáveis quanto promessas em ano eleitoral.


 


Marx, analisando a contabilidade criativa, poderia argumentar que tal prática é uma deturpação da transparência e da realidade econômica, essencial para que a classe trabalhadora compreenda suas verdadeiras condições materiais. Seria visto como mais um instrumento da superestrutura capitalista para perpetuar sua própria existência, encobrindo as contradições do sistema e adiando as crises inevitáveis que ele próprio cria.


 


Então, enquanto o governo se veste de ilusionista, o público com inclinações socialistas/comunistas talvez devesse se lembrar da velha máxima marxista: "A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". E nesse espetáculo, a contabilidade criativa pode ser o ato principal.


Pontocritico.com

Ministério descarta risco de novo rompimento em mina da Braskem; especialistas contestam

 Especialistas fazem ressalvas e afirmam que o episódio pode ser o início do rompimento total


Equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia avaliaram os dados da Defesa Civil de Maceió após o rompimento de parte da mina 18, da Braskem, em Mutange, neste domingo, 10, e afirmam que o "incidente foi localizado, sem danos maiores aparentes". Especialistas fazem ressalvas e afirmam que o episódio pode ser o início do rompimento total.

O Ministério afirma ainda que continua monitorando a situação junto às autoridades locais e atuando com foco na redução do impacto à população. Não há informações sobre feridos; as áreas estão desocupadas.

Também participaram da análise dos dados o Serviço Geológico do Brasil e a Agência Nacional de Mineração. "As áreas adjacentes, das demais minas, seguem sem indícios de instabilidade. O evento ocorreu após um aumento na velocidade de subsidência do solo nas últimas 48 horas", diz nota do ministério.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), também descartou novos abalos. "O rompimento foi concentrado, local. Sobrevoamos e vimos uma movimentação, um fluxo de lama, naquela região da mina 18, na região do Mutange. As pessoas de outras áreas podem ficar tranquilas. Não há nenhum estudo que aponte outro colapso dessa magnitude", afirmou o prefeito.

Caldas afirmou que os danos ambientais só poderão ser registrados após o evento. Na segunda-feira, ele deverá se reunir com o governador Paulo Dantas (MDB) para discutir os próximos passos. Também participarão do encontro representantes dos nove municípios da Região Metropolitana de Maceió e o governo federal, informou Paulo Dantas nas redes sociais.

Especialistas alertam para risco de novos rompimentos

Dilson Ferreira, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), afirma que a movimentação pode indicar o início do rompimento total da mina e a possibilidade de impacto nas outras minas da região - são 35 ao todo.

"A mina tem 60% de sua área dentro da lagoa; os outros 40% estão no continente. A porção que está dentro da lagoa colapsou e iniciou um processo de rompimento. Nas próximas horas, teremos a noção se ela vai se estabilizar. Se a cratera abrir mais, ela pode atingir as outras minas do lado. Tudo é um processo com algumas etapas. Provavelmente teremos outros desmoronamentos até que ela se estabilize", diz o especialista.

O rompimento deste domingo não significa o colapso da mina, mas sim o começo do processo, de acordo com a engenheira geóloga Regla Toujaguez.

"Ainda não é o colapso, mas esse rompimento é o início do processo. Para que o colapso aconteça de fato toda a circunferência deve ceder, algo que ainda não aconteceu, mas agora é preciso ficar em alerta", diz a professora da Universidade Federal de Alagoas.

Ferreira reclama de falta de informações. "Os dados foram omitidos ou não foram coletados. Na universidade, não temos informações suficientes para prever o que vai acontecer. É um apagão de informações. A informação que temos é a informação que a Defesa Civil passa à população."

Imagens divulgadas pela Prefeitura mostram o reflexo do rompimento registrado às 13h15 deste domingo na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Com o rompimento, a água da lagoa está entrando na mina. Não há risco para a população porque a área foi desocupada. O rompimento é da ordem de 60 metros de diâmetro, de acordo com o prefeito.

"O sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas", informou a Braskem.

Abel Galindo, professor de engenharia civil na Universidade Federal de Alagoas e primeiro a alertar sobre a possibilidade de desabamento de uma das minas da Braskem, décadas atrás, ressaltou: "Essa turbulência foi a água e o solo descendo para dentro da mina. Terminou a novela. A mina não existe mais, está cheia de rochas e pedras. Conforme eu havia dito."


Agência Estado e Correio do Povo