domingo, 10 de dezembro de 2023

Americano é detido na Venezuela por 'conspirar' em disputa territorial

 Segundo o procurador-geral da Venezuela, Savoi Wright fez parte de um esquema para "conspirar" em boicote contra o referendo que a Venezuela pela anexação de Essequibo


Um americano foi detido no fim de outubro na Venezuela sob a acusação de "conspirar" com a petrolífera ExxonMobil na disputa entre Caracas e a Guiana por Essequibo, região rica em petróleo, informou nesta quarta-feira, 6, o procurador-geral, Tarek William Saab, que incluiu no caso políticos da oposição.

Segundo Saab, o americano Savoi Jadon Wright fez parte de um esquema para "conspirar" em uma tentativa de boicote contra o referendo que a Venezuela realizou no domingo em meio a uma disputa territorial centenária, na qual foi aprovada a criação de uma província venezuelana em Essequibo.

Wright usou criptomoedas e "grandes quantias em dinheiro para evitar controles financeiros e mascarar a origem e o destino dos fundos usados para conspirar", ressaltou o procurador, sem dar detalhes sobre o destino do dinheiro.

"Já se encontra detido", disse Saab sobre Wright, sem especificar a data da prisão, embora meios de comunicação americanos indiquem que ela ocorreu em 24 de outubro.

Saab assegurou que um segundo americano, Damián Merlo, a quem identificou como assessor do ex-presidente americano Donald Trump, estava envolvido no "esquema". Merlo está livre.

A investigação inclui "líderes da organização Súmate", fundada pela liberal María Corina Machado, vencedora das primárias para enfrentar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nas eleições de 2024. O procurador não citou María Corina de forma expressa.

O Ministério Público emitiu ordens de prisão contra três membros da Súmate - Claudia Macero, Pedro Urruchurtu e Roberto Abdul -, por "traição à pátria, conspiração com uma potência estrangeira, legitimação de capitais e formação de grupo criminoso".

"Foi possível identificar uma série de financiamentos provenientes da lavagem de ativos de organizações internacionais e empresas estrangeiras, como a ExxonMobil, para conspirar contra o desenvolvimento do referendo consultivo", assinalou Saab, em declarações transmitidas pela TV estatal.

Também foram ditadas ordens de prisão contra opositores venezuelanos no exílio, entre eles Juan Guaidó, que fugiu para os Estados Unidos em abril, após a eliminação, por parte da própria oposição, do simbólico "governo interino" que ele liderou desde 2019 com o apoio de Washington e de outros 50 países.

A disputa pelo Essequibo ganhou força depois que a ExxonMobil, transnacional que Caracas acusa de operar em áreas marítimas pendentes de delimitação, descobriu jazidas de petróleo importantes em 2015.

Estão "perseguindo venezuelanos honrosos que dedicaram sua vida a trabalhar pela democracia da Venezuela", reagiu María Corina Machado em coletiva de imprensa. "Isto é uma ação de ordem política, e não jurídica", afirmou.


AFP e Correio do Povo

Venezuela-Guiana: Estados Unidos dão o sinal a Maduro

É só declarar que retira a opção de guerra, em atenção ao pedido do presidente brasileiro

 JURANDIR SOARES 



O ditador Nicolás Maduro chegou ao ponto, nesta semana, de mandar imprimir e distribuir nas escolas um mapa da Venezuela onde está incluída a área de Essequibo, correspondente a 70% da Guiana, como integrante do território da Venezuela. Uma agressão ao Direito Internacional. Aliás, o próprio plebiscito não poderia ter sido realizado, de acordo com a Corte Internacional de Justiça de Haia.

Além disto, um plebiscito que consulta quem quer se apoderar da área. Não pergunta aos moradores do outro lado se eles querem se transformar em cidadãos venezuelanos. Houvesse isto, a resposta seria um contundente não. Afinal, hoje a Venezuela está numa miséria danada, com uma inflação de 341% e um salário mínimo de 5,3 dólares, enquanto os cidadãos da Guiana, graças às riquezas do país, desfrutam hoje da maior renda per capita da América Latina.

O fato é que a subida de tom da ditadura venezuelana, deixando implícita a ameaça de uma invasão iminente, levou a aquilo que se esperava: uma mobilização militar dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira foram realizadas manobras conjuntas entre forças norte-americanas e guianenses. A Guiana anunciou que eram manobras rotineiras, já previstas no calendário. Mesmo que estivessem previstas, o certo é que vieram em boa hora. Como um forte recado a Maduro.

As ações iniciais venezuelanas indicavam que era iminente uma invasão por terra. No entanto, logo ficou provada esta dificuldade, tendo em vista tratar-se de uma selva densa, não havendo estradas ligando os dois países. Para chegar por terra à província cobiçada, as tropas da Venezuela teriam que passar pelo território brasileiro. Algo que imediatamente foi contestado pelo nosso ministro da Defesa, José Múcio Teixeira Filho. Tendo, inclusive, determinado o envio de reforço militar para a região.

Já um ataque aéreo, como se viu, poderia encontrar pela frente a Força Aérea dos EUA. O mesmo se poderia colocar quanto à uma ação marítima, pois Washington já anunciou o envio de navio de guerra para a área. Maduro, que afirmara que poderia recorrer a “países amigos”, anunciou sua ida a Moscou, neste domingo, para pedir o apoio de Vladimir Putin. Um apoio que será dado, porém apenas em termos verbais. A Rússia, que está atolada na guerra da Ucrânia, que vai para dois anos sem definição, não irá se envolver em outro conflito. Ainda mais aqui na vizinhança dos Estados Unidos. Além de tudo, Putin deve privilegiar agora o tema que anunciou nesta quinta-feira: a sua candidatura à reeleição em 2024.

Acontece que Maduro pode desenvolver uma outra artimanha. Ou seja, não fazer nenhuma ação bélica agora, deixar a poeira sentar e aí partir para outro tipo de manobra. A qual seria, sutilmente, ir fazendo a PDVESA, a estatal petrolífera venezuelana, avançar com suas perfurações em águas territoriais de Essequibo. Poderia criar um imbróglio ali naquele local. E lógico que haveria a resistência das petroleiras que exploram o petróleo naquela área, a começar pela norte-americana Exxon.

Mas isto é especulação para o futuro. O presente exige apagar a fogueira acessa por Maduro. E aí vou repetir o que já citei várias vezes: predomina a figura de Lula. O presidente brasileiro já pediu mobilização do Mercosul assim como da Celac, a Comunidade Econômica da América Latina e do Caribe. Estes, no entanto, seriam apenas organismos de apoio, porque quem tem que pilotar este processo é o próprio Lula. Afinal, historicamente ele tem ingerência sobre Maduro. Tentou, inclusive, fazer os seus colegas latino-americanos acreditarem que Maduro é vítima de uma narrativa. Levou um chega pra lá dos seus parceiros, mas Maduro lhe ficou grato.

Além disto, Lula injetou altas somas do BNDES em obras na Venezuela, inclusive para o metrô de Caracas. Obras que melhoraram o prestígio de Maduro internamente, porém que se constituíram em mais um calote aplicado pelo ditador. Então, Lula é a pessoa mais capacitada para interceder junto a Maduro. E até já se ofereceu para mediar a disputa. Não se pode esquecer que uma das grandes ambições de Lula é ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Nos últimos tempos tentou, sem sucesso, ser o mediador para a busca da paz na guerra da Rússia contra a Ucrânia, assim como na que Israel trava contra o Hamas. Não conseguiu nada. Mas repito o que já disse: Maduro pode ser o grande impulsionador para a ambição de Lula.

É só declarar que retira a opção de guerra, em atenção ao pedido do presidente brasileiro. Ou seja, Lula teria evitado a guerra.

Correio do Povo

Atirador mata 3 e é morto em Universidade de Las Vegas

 Departamento de Polícia afirma que atirador agiu sozinho



Uma pessoa abriu fogo nesta quarta-feira na Universidade de Nevada, no câmpus de Las Vegas, matando três pessoas e ferindo uma gravemente, segundo a emissora NBC, antes de ser morta por policiais. O chefe do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, Kevin McMahill, disse que o atirador agiu sozinho.

Falando aos meios de comunicação locais, os estudantes descreveram uma tarde tranquila que rapidamente se tornou caótica, com vários tiros e uma resposta rápida da polícia ao câmpus. Os alunos foram bem treinados para se abrigarem, e muitos ainda estavam nas salas de aula e em outras áreas do câmpus mais de uma hora após os relatos iniciais de um atirador no local.

A Universidade de Nevada tem mais de 30 mil alunos de graduação e pós-graduação em seu câmpus de 1,3 quilômetros quadrados, a menos de 3 quilômetros da Las Vegas Strip, região dos famosos cassinos.

O ataque ocorreu em uma cidade ainda marcada por um dos piores assassinatos em massa da história dos EUA. Em 1.º de outubro de 2017, no cassino Mandalay Bay, 60 pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas por um atirador. O câmpus da Universidade de Nevada fica a pouco mais de cinco quilômetros desse local. 

Agência Estado e Correio do Povo

Google apresenta Gemini, nova inteligência artificial para rivalizar com ChatGPT

 Modelo é o mais avançado e está em seu primeiro formato


Google anunciou nesta quarta-feira o lançamento do Gemini, seu modelo mais avançado de inteligência artificial (IA) para rivalizar com o ChatGPT. O modelo é o mais avançado e está em seu primeiro formato, o Gemini 10, otimizada para diferentes tamanhos: Ultra, Pro e Nano. Estes são os primeiros modelos da era Gemini. Com ela, o Google acreditar estar concretizando a visão que tínhamos quando formou o Google DeepMind no início deste ano.

"A nova era dos modelos de IA representa um dos maiores esforços científicos e de engenharia que empreendemos como empresa. Estou genuinamente animado com o que está por vir e com as oportunidades que Gemini abrirá para pessoas em todos os lugares", publicou o CEO do Google e da Alphabet, Sundar Pichai. 

A plataforma está disponível em inglês em mais de 170 países e territórios. O Gemini tem de compreender, resumir, raciocinar, fazer brainstorming, escrever e planejar.


Correio do Povo

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MPF vai ao TCU contra exportação de armas para países em guerra

 Iniciativa acontece no contexto da escalada de tensão entre a Venezuela e a Guiana por causa de Essequibo


Ministério Público entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão das exportações de armas e munições a países em guerra.

A iniciativa acontece no contexto da escalada de tensão entre a Venezuela e a Guiana por causa de Essequibo, território reivindicado pelo governo de Nicolás Maduro. O Brasil planeja enviar blindados para a fronteira com a Venezuela.

O MP pede que o TCU oficie o governo para que os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores suspendam imediatamente todas as atividades de "exportação, trânsito, transbordo e intermediação" de armamentos, munições e artefatos de guerra.

A representação tem como base o Tratado sobre o Comércio de Armas, que proíbe a transferência de armamentos a países que possam usá-las em crimes contra a humanidade, genocídios e ataques a civis. O Brasil é signatário do tratado e incorporou as regras ao sistema jurídico nacional a partir de um decreto promulgado em 2022.

O Ministério Público afirma que, com uma decisão do TCU, se a Venezuela invadir a Guiana, o Brasil não poderá exportar armas para nenhum dos dois países.

"Este Tribunal tem competência para impedir que o país forneça qualquer armamento para qualquer região em confronto. Como defendido, o Brasil é um país de paz. E assim deve permanecer em conformidade com os princípios fundamentais de nossa Carta Magna", escreve o subprocurador Lucas Furtado, que atua junto ao TCU.

A tensão entre Venezuela e a Guiana escalou após o anúncio da vitória do sim no plebiscito venezuelano para a anexação de Essequibo. Maduro declarou que a vitória é o "primeiro passo" para que a Venezuela lute pelo território que considera seu.


Agência Estado e Correio do Povo

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Sexta-feira será de sol e temperatura agradável no Rio Grande do Sul

 Algumas regiões, no entanto, ainda podem registrar garoa ou chuva passageira


O sol retorna ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira. Algumas regiões, no entanto, ainda podem ter alguns períodos de nebulosidade, com garoa ou chuva leve passageira, como é o caso do Leste e Nordeste gaúcho. 

A temperatura também irá melhor. O abafamento dos últimos dias dá espaço para uma sexta-feira agradável. As regiões Oeste, Noroeste e Norte podem ter maior aquecimento durante o dia. 

Na capital gaúcha, a temperatura será de mínima de 18ºC e máxima de 25ºC. 

Confira como fica o tempo em algumas cidades do Estado

Torres 19ºC / 24ºC
Caxias do Sul 13ºC / 23ºC
Erechim 16ºC / 25ºC
Passo Fundo 15ºC / 24ºC
Uruguaiana 18ºC / 28ºC
Pelotas 14ºC / 24ºC


MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Maceió: região da mina da Braskem afunda 6 centímetros em 24 horas

 Defesa Civil alerta que o risco de desabamento permanece



A Defesa Civil de Maceió (AL) informou, nesta quinta-feira, 7, que o afundamento acumulado do solo do bairro do Mutange, onde a Braskem extraía sal-gema, atingiu 1,99 metro e a velocidade do afundamento é de 0,25 centímetro (cm) por hora. O deslocamento vertical apresentando nas 24 horas anteriores ao relatório foi de 6 cm.  

Diante da situação, o órgão da prefeitura municipal alerta que permanece o risco de colapso (desabamento) do terreno acima da mina 18 da Braskem. 

Técnicos do Ministério de Minas e Energia (MME), do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e da Agência Nacional de Mineração (ANM), que compõem a sala de situação do governo federal, também estão na capital alagoana para análises diárias a partir dos dados sísmicos da área afetada obtidos pelas Defesas Civis estadual e municipal e pela petroquímica Braskem, que acompanham o local em tempo integral. 

No relatório mais recente, os especialistas da sala de situação avaliam que o “quadro de instabilidade geológica em Maceió (AL) está em acomodação” e que está melhorando diariamente. No entanto, a Sala de Situação recomenda cautela máxima na região e monitoramento integral. 

Por precaução, a recomendação da Defesa Civil de Maceió é para que a população não transite na área desocupada até uma nova orientação do órgão, que deve vir após a adoção de medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo da região. 

Governo federal 

Em Brasília, nesta quinta-feira, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a preservação da vida é a grande preocupação do governo federal neste primeiro momento. A declaração foi dada após a desocupação das últimas 40 residências de famílias que ainda moravam na área afetada, dentro bairro do Mutange. 

O ministro disse ainda que, a partir do agravamento da crise geológica, o governo federal tem discutido ações para minimizar os impactos à população moradora do local e comerciantes.  

“Agora, naturalmente, nós vamos discutir, do ponto de vista de governo, como se darão os desdobramentos desse problema, que é um problema social, é um problema político e é um problema também técnico.” 

Por meio dos monitoramentos feitos pela Sala de Situação, Alexandre Silveira disse que o Ministério de Minas e Energia tem informado a Casa Civil da Presidência da República, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e demais órgãos relacionados ao tema sobre cada movimentação do solo em Maceió. “Estou presidindo a sala de situação e, se necessário, estarei em Maceió para poder avaliar com cuidado os possíveis danos que a exploração do sal-gema causou naquela região,” diz o ministro.

O ministro adiantou que assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar a Brasília, após participar da Cúpula de Chefes de Governo do Mercosul, receberá informações adicionais sobre a real situação em Maceió; “Para que possa avaliar a necessidade e a continuidade de medidas que já tomou, mesmo viajando, a fim de minimizar os impactos desse drama que vive a população de Maceió.”, disse Silveira. 

Agência Brasil e Correio do Povo

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023