domingo, 10 de dezembro de 2023

Lula diz a Maduro que América Latina é região de paz

 Presidente da Venezuela telefonou para Lula nesta manhã


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã deste sábado (9) um telefonema do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A informação foi divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto. A conversa tratou sobre a situação em Essequibo, território em disputa por Venezuela e Guiana, que faz também fronteira com o norte do Brasil, no estado de Roraima.

"O presidente Lula transmitiu a crescente preocupação dos países da América do Sul sobre a questão do Essequibo. Expôs os termos da declaração sobre o assunto aprovada na Cúpula do Mercosul e assinada por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile. Recordou a longa tradição de diálogo na América Latina e que somos uma região de paz", informou o Planalto, em nota.

No domingo (3), a Venezuela aprovou em referendo a anexação do território de Essequibo. O presidente venezuelano já determinou a criação de um estado na área disputada, que está no território da Guiana.

O assunto entrou na pauta do Conselho de Segurança das Nações Unidas na sexta-feira (8) e o governo dos Estados Unidos anunciou a realização de exercícios militares aéreos conjuntos com militares da Guiana, adicionando um ingrediente extra de tensão.

Ainda durante a conversa com Maduro, o presidente Lula fez um chamado ao diálogo e sugeriu que o presidente de turno da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, faça uma mediação sobre o assunto entre as duas partes envolvidas. Lula também reiterou que o Brasil está à disposição para apoiar e acompanhar essas iniciativas e pediu que não haja ações unilaterais que piorem a situação.


Ouça "Venezuela e Guiana: os riscos de uma guerra e como ela poderia afetar o Brasil" no Spreaker.

Agência Brasil e Correio do Povo

PIB do agro cai quase 1%, apesar de recorde em safra

 



#OsPingosNosIs | PIB do agro cai quase 1%, apesar de recorde em safra
Beraldo: “Isso tem a impressão digital dos governos dos últimos 30 anos, que não investiram na movimentação da produção e armazenagem agrícola”

Eduardo Leite alerta para influência de redes sociais sobre políticos

 Governador do RS afirmou que as redes sociais podem distorcer a opinião pública, influenciando a tomada de decisão de agentes políticos em favor de grupos específicos



O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou, neste sábado, 9, sobre o perigo das plataformas digitais para a democracia. Ele afirmou que as redes sociais podem distorcer a opinião pública, influenciando a tomada de decisão de agentes políticos em favor de grupos específicos. As preocupações foram compartilhadas pelos governadores do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e da Paraíba, João Azevedo (PSB).

Os três chefes de Executivos estaduais discutiram a democracia digital no 6º Encontro Nacional de Liderança e Gestão Pública, do Centro de Liderança Pública (CLP), em São Paulo. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), não compareceu e foi representada por sua vice, Priscila Krause (Cidadania).

Leite destacou que as plataformas digitais introduziram um novo perigo à democracia, permitindo que líderes políticos sejam influenciados por uma opinião pública distorcida gerada por algoritmos ou ações planejadas por grupos específicos. Ele disse ainda que os agentes políticos não devem pautar decisões pelo termômetro das redes, enfatizando a importância de embasar políticas públicas em estudos e dados.

Durante o encontro, Leite mencionou o caso de um senador que admitiu ter mudado o voto para a Presidência do Senado com base em uma enquete nas redes sociais em 2019. Em tom crítico, ele sugeriu a implementação de um sistema eletrônico se essa abordagem prevalecer, argumentando que os parlamentares, remunerados para tomar decisões fundamentadas, não deveriam ser influenciados dessa forma.

"Temos um problema para a democracia na medida em que a opinião de líderes é influenciada pelas redes sociais", destacou o governador do Rio Grande do Sul, que foi acompanhado por seus pares.

Rafael Fonteles reconheceu os desafios trazidos pelo avanço tecnológico à democracia. Porém, o governador do Piauí ressaltou que essa transformação possibilitou a implementação de mecanismos de participação popular no orçamento dos Estados de forma mais eficaz do que há dez anos. "Hoje, não sei gerir um Estado sem WhatsApp", afirmou em tom de brincadeira.

Avanço de IA traz desafios para sociedade

Os governadores discutiram também o uso da Inteligência Artificial (IA). Eles concordaram que a tecnologia já é uma realidade e que vai transformar o mundo nos próximos anos. João Azevedo destacou que o uso da IA ainda gera incertezas. "Quando aplicada de forma positiva, a Inteligência Artificial se torna uma revolução na vida das pessoas, embora seja importante compreendermos aonde isso vai nos levar".

Fonteles e Leite ainda demonstraram preocupação com as mudanças no mundo do trabalho devido à IA. Segundo eles, o avanço da eficiência da IA implica na substituição de trabalhadores.

"O cidadão comum perdeu seu emprego na linha de produção para um robô, virou motorista de Uber, mas em breve os carros serão autônomos. Essa situação gera ansiedade na população", afirmou Leite, acrescentando que é necessário procurar soluções e não culpados para essa questão.

Agência Estado e Correio do Povo

Padilha diz que eleição municipal é decisiva para mudar correlação de forças no Congresso

 Ministro das Relações Institucionais é o responsável pela articulação política do governo


ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo com o Congresso, defendeu que uma vitória expressiva do PT nas eleições municipais de 2024 é "decisiva" para tentar mudar a correlação de forças no Legislativo na disputa de 2026.

"Hoje, do jeito que é feita a disputa política, a organização orçamentária, não tenho dúvida que a extrema-direita olha a eleição municipal buscando projetar lideranças para disputar o governo federal daqui a três anos, para disputar eleição estadual, consolidar a relação deles com prefeitos", disse o ministro, durante a Conferência Eleitoral do partido.

"Não tenho dúvida nenhuma que se a gente quiser mudar a realidade do Congresso Nacional, ajudar a vida do Guimarães na Câmara dos Deputados, a gente precisa pensar essas eleições dessas formas, fazer uma vitória política-eleitoral", emendou Padilha.

Ao longo deste primeiro ano de governo, Lula enfrentou uma série de insatisfações políticas de partidos do Centrão, grupo político de centro-direita que domina o Congresso. Os deputados e senadores exigiram mais agilidade na liberação de emendas parlamentares e cobraram nomeações de aliados para cargos no Executivo. Em maio, o governo foi derrotado na tentativa de mudar o Marco do Saneamento e também no projeto de lei das Fake News.

Como mostrou o Broadcast Político, o Congresso exige do governo R$ 6 bilhões - R$ 4 bilhões em recursos extras para os deputados e R$ 2 bilhões para os senadores ainda este ano - em recursos extras para destravar a agenda econômica.

O relatório da medida provisória que trata das subvenções do ICMS seria apresentado e lido nesta quarta-feira, 6, mas acabou adiado para a semana que vem. O projeto de lei das apostas esportivas também foi postergado para a próxima semana no Senado, enquanto a reforma tributária aguarda um desfecho na Câmara dos Deputados.

Nesta sexta-feira, o PT aprovou a versão preliminar de uma resolução política que faz críticas ao Centrão. "As forças conservadoras e fisiológicas do chamado Centrão, fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista, exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial", diz um trecho do documento.

Para aprovar sua agenda no Congresso, Lula fez uma série de mudanças ministeriais ao longo do ano para incluir na Esplanada partidos do Centrão. A aliança do governo com esse grupo político incluiu a ida de André Fufuca (PP) para o Ministério do Esporte e a de Silvio Costa Filho (Republicanos) para Portos e Aeroportos.

Além disso, a presidência da Caixa Econômica Federal foi assumida por Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) também está em negociação.

Na conferência, Padilha defendeu também que a federação do PT com o PCdoB e o PV, liderada pelos petistas, receba integrantes de outros partidos que queiram fazer parte de suas fileiras. "Não é hora de fazer DR discutir a relação com quem estava envergonhado em apoiar o governo Lula antes", disse o ministro. Além disso, ele afirmou que é preciso fazer disputa política com os bolsonaristas nos municípios.


Agência Estado e Correio do Povo

Aposta de Minas Gerais fatura sozinha os R$ 30,7 milhões da Mega-Sena

 Próximo sorteio acontece na terça-feira



Uma aposta de Mariana (MG) acertou sozinha as seis dezenas da Mega-Sena sorteada na noite deste sábado e vai levar o prêmio de R$ 30,7 milhões. O prêmio para o próximo sorteio será de R$ 3 milhões, na terça. 

O concurso 2.666 teve os seguintes números: 05 - 25 - 29 - 30 - 43 - 47.

Os cinco acertos tiveram 70 ganhadores, que vão receber R$ 43.157,02 cada um. Já os quatro acertos registraram 4.455 vencedores, com prêmio de R$ 968,73 para cada um.

Correio do Povo

Milei recebe rei da Espanha e espera Zelensky antes da posse

 Novo presidente da Argentina assume no domingo o governo



presidente eleito da Argentina, Javier Milei, se reuniu, neste sábado, com o rei Felipe VI da Espanha, antes de sua posse neste domingo, uma cerimônia que contará com a presença de uma dezena de governantes da América Latina e da Europa, entre os quais o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.

O ultradireitista recebeu o rei no Palácio San Martín, sede protocolar da chancelaria argentina. A Casa Real espanhola publicou fotos do encontro, sem divulgar detalhes da agenda.

Milei também se reuniu nesse mesmo palácio com Jennifer Granholm, secretaria de Energia dos Estados Unidos, país que o presidente eleito considera um modelo. "Conversaram sobre as prioridades compartilhadas entre ambos os países na defesa dos direitos humanos, nos investimentos em energia limpa, e na cooperação regional e multilateral", indicou a embaixada americana em Buenos Aires.

A Presidência da Ucrânia confirmou, neste sábado, em um comunicado, que Volodimir Zelensky estará presente na posse de Milei. "A caminho da Argentina para participar da cerimônia de posse do presidente eleito, Javier Milei, Volodimir Zelensky se reuniu com o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Correia e Silva", informou a Presidência da antiga república soviética, confrontada com uma invasão militar russa desde fevereiro de 2022.

Mercosul

Neste sábado, Milei também se reuniu com o presidente paraguaio, Santiago Peña, um economista de direita como ele. No poder desde agosto, Peña descreveu o encontro como "agradável" e se mostrou entusiasmado com a futura relação, pois ambos "têm uma visão muito similar".

"Queremos trabalhar estreitamente com o novo governo", disse Peña aos meios de comunicação nas imediações do hotel onde Milei se instalou desde que venceu as eleições.

"O Paraguai assumiu há dois dias a presidência pro tempore do Mercosul, assim que caberá a mim coordenar os trabalhos dos próximos seis meses, e é muito importante para nós que a Argentina se envolva nestas conversas em nível regional", disse Peña.

"Ainda temos sem conclusão uma negociação com a União Europeia", continuou, em referência a um tratado de livre-comércio que vem sendo discutido há 20 anos e ainda não foi aprovado, "e outras muito próximas".

Neste sábado, Milei ainda tem previsto encontros com o primeiro-ministro húngaro, o também ultradireitista Viktor Orbán, e os chanceleres de Peru, Equador e Chile.

Ontem, Milei recebeu o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, convidado para a posse deste domingo. O presidente Lula, por sua vez, não viajará a Buenos Aires e enviará o chanceler Mauro Vieira para representá-lo na cerimônia.

AFP e Correio do Povo

Situação tensa na Alesp; confronto entre manifestantes e policiais se estende e pessoas são feridas

 

Avião com 11 toneladas de ajuda para vítimas da guerra decola no RJ

 Aeronave deixou Base Aérea do Galeão por volta de 15h



A aeronave KC-390 Millennium (Embraer), da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Rio de Janeiro (RJ) às 15h04 (horário local) deste sábado (09/12), com destino ao Egito, para o transporte de 11 toneladas de alimentos para ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A previsão de pouso, em Al-Arish, é para a manhã da próxima terça-feira (12/12).

Esta é a segunda aeronave brasileira que viaja para o Egito neste sábado. Às 5h08, outro avião decolou do Rio de Janeiro com o objetivo de buscar brasileiros e familiares que estavam na Faixa de Gaza e manifestaram interesse de voltar ao Brasil.

O envio de ajuda humanitária é coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Segundo a FAB, após decolar do Rio de Janeiro, a aeronave fará paradas técnicas na Base Aérea do Recife (BARF); em Cabo Verde; em Lisboa, Portugal; em Atenas, Grécia; e no Cairo, no Egito até chegar ao destino final que é Al-Arish, também no Egito, onde a carga será descarregada.

Conflito

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.

Agência Brasil e Correio do Povo

BM recebe 433 novos soldados para curso de formação em Porto Alegre, Montenegro e Osório

 Projeto visa preparar militares que vão integrar as forças de segurança


O Curso Básico de Formação Policial Militar recebeu mais 433 soldados. Os novos alunos vão ser transferidos para as Escolas de Formação e Especialização de Soldados e Sargentos da Brigada Militar. As turmas serão distribuídas em três estabelecimentos, localizados nas cidades de Porto Alegre, Montenegro e Osório. 

O curso de formação visa preparar os militares que vão integrar as forças de segurança. As disciplinas englobam direitos humanos, armamento, munição, aula de tiro, defesa pessoal, sistemas de segurança pública e fundamentos jurídicos da atividade policial. A carga-horária é de 1,630 mil horas.

Ao todo são 175 alunos no polo de Porto Alegre, 138 em Montenegro e 120 em Osório. Desses, 55 são mulheres.

A formatura das turmas deve ocorrer entre o final de agosto e início de setembro. "Ao final do período, os alunos-soldados vão estar prontos para garantir a segurança e proteger a comunidade gaúcha", afirmou o comandante-geral da BM, coronel Claudio dos Santos Feoli.


Correio do Povo

Velocidade de afundamento de mina em Maceió aumenta nas últimas 24 horas

 Defesa Civil mantém alerta de risco de colapso no bairro Mutange



Uma atualização da Defesa Civil de Maceió, divulgada na manhã deste sábado (9), informa que o afundamento da mina nº 18, que era operada pela mineradora Braskem, atingiu 2,16 metros (m), a uma velocidade de 0,35 centímetros por hora (cm/h). No acumulado das últimas 24 horas, o solo cedeu 8,6 centímetros na região, segundo o órgão. No boletim anterior, divulgado na tarde de sexta-feira (8), a velocidade de afundamento da mina era menor, de 0,21 cm por hora, apresentando um movimento de 5,2 cm ao longo de 24 horas.

Por causa disso, a Defesa Civil mantém o nível de alerta para o risco de colapso da mina, que fica na região do antigo campo do CSA, no bairro Mutange, região oeste da capital. "Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo", alerta a nota.

Uma nota conjunta divulgada pelas coordenações de Defesa Civil municipal, estadual e federal, na sexta-feira, e reproduzida pela Braskem, concluiu que o risco de colapso do solo "atinge restritamente uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente a três vezes o raio da cavidade 18. A mesma nota conclui que o trecho em que o colapso poderia ocorrer equivale ao tamanho de uma piscina olímpica e meia".

"A Braskem continua mobilizada e informa que a área de serviço na região está isolada. A desocupação completa dessa área - chamada "área de resguardo"- foi concluída em abril de 2020. O monitoramento sísmico prossegue, com todos os dados compartilhados com as autoridades em tempo real", informa a empresa.

Entenda

O desastre na capital alagoana foi causado pela exploração de sal-gema, em jazidas no subsolo abertas pela Braskem. O sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química. Falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo. Ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis. Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso do solo tem mobilizado autoridades.

Agência Brasil e Correio do Povo