quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Santos perde na Vila Belmiro para Fortaleza e é rebaixado pela primeira vez no Brasileirão

 Depois da morte de Pelé, maior ídolo do clube, Peixe não conseguiu se manter na série A


O Santos está rebaixado para a Série B depois de perder em casa para o Fortaleza por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. O clube terminou a Série A do Brasileirão deste ano com 43 pontos, atrás de Bahia e Vasco, que escaparam na última rodada. Esta é a primeira vez em que o Peixe é rebaixado em sua história.

Messias marcou para o Santos aos 58 minutos, dando esperança para o Peixe. Mas antes, Mário Sérgio Santos Costa, aos 39, e Lucero, aos 96, confirmaram a derrota e a queda inédita de divisão. O apito final foi marcado por invasões e brigas no estádio. 

Juntamente com América-MG, Coritiba e Goiás, o Santos disputará a segunda divisão em 2024.


Correio do Povo

São Paulo se despede do Brasileirão com vitória sobre o Flamengo no Morumbi

 Luciano marcou o único gol do jogo da partia



Campeonato Brasileiro ficou em segundo plano para o São Paulo durante boa parte da temporada por causa da Copa do Brasil. Contra o Flamengo, mesmo adversário daquela final em que conquistou um título inédito, o time do técnico Dorival Junior se despediu de 2023 com uma vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, com pouco mais de 35 mil são-paulinos no Morumbi. O gol foi anotado por Luciano, que fechou o ano como artilheiro da equipe.

Com o triunfo na última rodada, o São Paulo terminou o Brasileirão com 53 pontos na 10ª colocação. Já o Flamengo, com o técnico Tite - contratado justamente depois da decisão da Copa do Brasil -, se recuperou no campeonato e fechou na quarta posição, com 66 pontos, garantido vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores da América.

O começo da partida foi acompanhado de algumas trapalhadas. A primeira fez o torcedor do Flamengo ficar arrepiado. Pablo recuou bola para o goleiro Rossi, que errou o domínio e quase levou o gol contra. Pelo outro do São Paulo, Arboleda se enrolou na lateral do campo e, por pouco, não entregou o ouro. Para completar o enredo da comédia, o árbitro Caio Max Augusto Vieira decidiu que não iria apitar nenhuma falta, o que irritou bastante os jogadores.

Quando os times se assentaram em campo, o São Paulo repetiu o que fez na maioria dos jogos no ano, com mais posse de bola para empurrar o adversário para trás. A primeira finalização aconteceu aos 18 minutos. Beraldo arriscou de muito ,longe e Rossi sofreu para defender. Apesar de brigar por uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores, o Flamengo se desligava do jogo em muitos momentos, cometendo erros em lances simples.

Neste cenário, o gol do São Paulo não demorou para sair. Caio Paulista e Wellington Rato trocaram figurinhas pelo lado direito até o passe encontrar Luciano, livre de marcação na área, para finalizar fora do alcance de Rossi. A equipe de Dorival Junior se sentia confortável na partida. Não era ameaçado. Faltou menos preciosismo para ampliar o placar antes do intervalo.

No segundo tempo, Tite trocou peças e buscou alternativas para fazer o Flamengo reagir. Nada feito. O São Paulo se fechou para atuar no contra-ataque, soube sofrer o mínimo necessário e fechou o ano com uma vitória sobre o adversário que vai ser sempre lembrando (e citado) como o do título inédito da Copa do Brasil.

Agência Estado e Correio do Povo

"Não se pode resolver um crime com outro crime", diz especialista sobre 'justiçamento' no Rio

 Grupo de moradores de Copacabana tem se organizado para atacar suspeitos de cometerem crimes na região


Coronel da reserva da PM e pesquisador na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Robson Rodrigues demonstra preocupação com a ação de grupos de justiceiros na zona sul carioca. Leia a seguir os principais trechos de sua entrevista ao Estadão.

O que motiva os grupos?

Vários fatores. Os últimos acontecimentos evidentemente exaltam e geram um clamor público, porque eles geram uma sensação de fragilidade, de fraqueza do Estado em fornecer o direito à segurança das pessoas. Há também um fator emocional, de psicologia social. Pesquisadores que trabalham com casos de linchamento mostram ligação entre a sensação de fragilidade em sociedade, enquanto grupo, com a possível não capacidade do Estado em oferecer segurança, o que gera esse tipo de comportamento. Mas é algo perigoso, que fere todo o pacto social. O Estado precisa ficar atento. Não é porque o Estado falha que se pode fazer justiça com as próprias mãos, isso é um crime. E não se pode resolver um crime com outro crime.

Além de usarem as redes para se unirem, eles as utilizam para postar vídeos das ações e fotos dos acusados. Como o sr. vê esse tipo de exposição?

É problemático, mas não podemos fechar os olhos porque as redes são um fenômeno que está aí. Só que, ao mesmo tempo que eles fazem essas postagens como ostentação, deixam uma pegada de crime, estão publicizando seus atos criminosos. Cabe à polícia fazer uma investigação o mais rápido possível.

É muito difícil coibir esse tipo de ação?

Quando se toma esse vulto emocional, se perde um pouco da responsabilidade. E ela pode transbordar para resultados nefastos. As forças de governo e de segurança precisam reagir o quanto antes para desestimular a adesão social. É uma conduta criminosa, é bom que se diga isso de maneira bastante clara. É preciso ação da Polícia Civil investigando - porque essas condutas são puníveis - e também ajudando a solucionar essas falhas da segurança pública. É bom que o Estado seja inteligente. A situação é complexa, mas é dever do Estado se debruçar sobre isso.


Agência Estado e Correio do Povo

Em sessão com pancadaria, Alesp aprova privatização da Sabesp

 Foram 62 votos a favor e apenas um contra o projeto enviado pelo governador de São Paulo



Em uma sessão esvaziada após a ocorrência de confronto entre Policiais Militares e manifestantes, a base aliada do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) conseguiu aprovar ontem à noite a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Foram 62 votos a favor e apenas um contra o projeto enviado pelo governador de São Paulo. Eram necessários 48 votos para a aprovação (maioria simples da Casa). A oposição estava ausente da votação, e agora pretende questionar judicialmente a realização da votação mesmo depois de tumulto que terminou em confronto, uso de gás de pimenta e esvaziamento do plenário. A sessão chegou a ficar suspensa por cerca de 40 minutos antes de ser retomada - com a presença apenas da base de apoio ao governo.

Manifestantes contra a privatização forçaram um vidro que separa o plenário da plateia e tentaram invadir o local. Para contê-los, agentes da PM usaram gás de pimenta. A substância se espalhou por todo o plenário e fez deputados esvaziarem o local às pressas. Depois disso, parlamentares da oposição passaram a dizer que não havia mais condições para retomar a votação e que haveria cerceamento da atividade parlamentar se o presidente da Casa, André do Prado (PL), insistisse na continuidade dos debates.

Em reação, a base de Tarcísio acusou a oposição de "orquestrar" a situação para protelar a votação. Deputados da base aliada fizeram seus pronunciamentos no microfone com a voz trêmula, em razão do gás presente, e relataram a dificuldade em permanecer no local. "Isso foi preparado, foi orquestrado", disse o deputado Barros Munhoz (PL).

"Menina dos olhos"

Promessa de campanha eleitoral do então candidato e hoje governador Tarcísio de Freitas, a privatização da companhia de saneamento paulista é considerada a "menina dos olhos" de sua gestão. Segundo ele, a privatização vai transformar a Sabesp em uma multinacional de saneamento.

O governo paulista detém hoje 50,3% das ações da empresa e a intenção, com a privatização, é reduzir essa participação para algo entre 15% e 30%. O principal argumento do governo e da base aliada em favor da privatização se baseia na antecipação da universalização do saneamento prevista no Marco Legal do Saneamento Básico, de 2033 para 2029.

O marco estabelece que, até essa data, 99% da população dos municípios brasileiros seja atendida com água potável e 90%, com coleta e tratamento de esgoto. Com a privatização, o governo paulista promete ainda incluir áreas rurais e urbanas - hoje não contempladas pelo marco, beneficiando 1 milhão de pessoas.

A Sabesp previa investimentos de R$ 56 bilhões para atingir as metas de universalização até 2033. Com a privatização, o governo diz que seria possível garantir R$ 10 bilhões extras para antecipar e ampliar os serviços, além de destinar recursos a um fundo que será usado para redução das tarifas cobradas pela empresa.

Formato de venda

O modelo da privatização proposto prevê uma oferta subsequente de ações, modelo chamado de "follow on" - que consiste em vender parte das ações hoje em poder do Tesouro estadual. A Sabesp tem hoje valor de mercado de cerca de R$ 46 bilhões.

Na proposta enviada à Assembleia, o governo do Estado estabeleceu que pode vetar algumas decisões relativas à companhia, mesmo depois da privatização. Isso inclui decisões sobre mudança de nome, da sede, da atividade econômica ou o limite máximo de votos que um acionista pode ter na empresa.

A oposição a Tarcísio promete brigar na Justiça para impedir que a privatização vá adiante. A oposição já recorreu, sem sucesso, ao Judiciário na tentativa de barrar a tramitação do projeto de lei. Um dos argumentos levantados por deputados do PT é o de que a privatização não poderia ocorrer por projeto de lei ordinária, e dependeria de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual.

Agência Estado e Correio do Povo

Venezuela-Guiana: Lula não obteve sucesso como mediador, mas agradou Maduro

 Lula sabe enaltecer o regime venezuelano sem fazer qualquer observação a respeito dos 7 milhões de cidadãos que deixaram o país

Jurandir Soares



Se existe uma pessoa com influência sobre o ditador da Venezuela Nicolás Maduro, para evitar que ele faça a anunciada invasão da Guiana, esta pessoa é o presidente Lula. O mesmo que fez de tudo para que os presidentes sul-americanos reunidos por ele em Brasília engolissem a sua história de que a Venezuela é vítima de uma narrativa. Lula não obteve sucesso naquela intenção, mas deixou Maduro profundamente grato a ele.

Aliás, Lula só sabe enaltecer o regime venezuelano sem fazer qualquer observação a respeito dos 7 milhões de cidadãos que deixaram o país, uma boa parte deles tendo vindo aqui para o Brasil. Tampouco Lula aborda a inflação de 341%, ou a pobreza extrema de 34% ou o salário mínimo de 5,3 dólares. Tudo isto passa batido, mas Maduro “é um grande companheiro”. Pois é hora de agir sobre esse companheiro, para que evite mais um de seus atos destrutivos, agora contra um pequeno e indefeso país vizinho.

É preciso destacar que Lula demonstra estar agindo. Tão logo recebeu em Brasília representantes militares da Venezuela, que elevaram o tom com relação à invasão, enviou a Caracas o seu homem da política externa – em especial da latino-americana – Celso Amorim. A missão, dissuadir Maduro. Ao mesmo tempo, em sua viagem pelos Emirados Árabes Unidos e pela Alemanha, Lula tem condenado a possibilidade de guerra na região.

“Se tem uma coisa que a América do Sul não precisa agora é de confusão”, disse Lula. “Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do povo é baixar o facho (...) e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e da Guiana.”

Na realidade, quem tem que ter bom senso é quem está disposto a atacar e não quem está por ser atacado. Mas Lula se comunicou por telefone com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e marcou um encontro com ele para esta sexta-feira. Talvez em função disto que o presidente guianense tenha dito para sua população que não tinha nada a temer.

Lembrando que no domingo último a Venezuela realizou um plebiscito para que a população se manifestasse sobre a inclusão do território guianense de Essequibo, rico em petróleo, ouro e diamantes, ao território venezuelano. Lógico que, conforme qualquer um previa, a votação foi maciça pela aprovação. Cerca de 95%. O que não foi maciça foi a presença dos eleitores nas mesas de votação. Compareceram aqueles que costumam se beneficiar dos míseros benefícios que o governo oferece. Menos da metade do eleitorado. Todos, evidentemente, comemoraram o resultado, expondo cartazes com as manifestações de que a área cobiçada passa a ser parte da Venezuela, com a denominação de Guiana Essequiba.

Do outro lado da fronteira, milhares de guianenses formaram correntes humanas, chamadas de “círculos de união”, para mostrar seu apego à região. Muitos usavam camisetas com frases como “Essequibo pertence à Guiana” e agitavam bandeiras do país. Estes não foram consultados se querem passar a ser cidadãos da Venezuela.

A área que a Venezuela quer tomar corresponde a dois terços do território da Guiana. Tem cerca de 160 mil quilômetros quadrados, o correspondente à área do Uruguai. Ali vivem cerca de 125 mil pessoas, que passaram a fazer parte do país que passou a ter a renda per capita mais alta da América Latina. O que se deu a partir das descobertas de grandes jazidas petrolíferas em águas territoriais da província de Essequibo, em cujo território já estava sendo explorado o ouro e o diamante.

A descoberta do petróleo propiciou a Georgetown o estabelecimento de altos contratos com grandes petroleiras, com destaque para a Exxon americana. E foi justamente a partir destas descobertas que, em 2015, Maduro resolveu trazer de volta uma disputa territorial que havia sido praticamente sepultada por Hugo Chávez em visita a Guiana, em 2004, quando governava o país.

No atual contexto, a Guiana se atém ao Laudo Arbitral de Paris, de 1899, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais. Do outro, a Venezuela se apoia em sua interpretação do Acordo de Genebra, firmado em 1966 com o Reino Unido, antes da independência guianesa, em que Londres e Caracas concordam em estabelecer uma comissão mista “para buscar uma solução satisfatória”, já que o governo venezuelano considerou o laudo de 1899 “nulo e vazio”. 

Ou seja, o assunto deve novamente ser levado a um tribunal internacional. E Lula tem a possibilidade de ser o condutor deste processo. Evitando a guerra. Para ele, que ambiciona tanto o Prêmio Nobel da Paz, quem sabe tenha o apoio de Maduro para esta conquista.

Ouça "Venezuela e Guiana: os riscos de uma guerra e como ela poderia afetar o Brasil" no Spreaker.

Correio do Povo

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Fonte: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/KtbxLwHLrkJxnMJCDjFWLHCVKgmhJhqNlq

Confira o resultado do sorteio das loterias da Caixa desta quarta-feira, dia 6 de dezembro

 Foram sorteados os prêmios da Loteria Federal, +Milionária, Lotofácil, Lotomania, Dupla Sena, Quina e Super Sete



A Caixa Econômica Federal realizou nesta quarta-feira, dia 6 de dezembro, os sorteios de número 5.823 da Federal, 101 da +Milionária, 2.972 da Lotofácil, 2.556 da Lotomania, 2.602 da Dupla Sena, 6.309 da Quina e 480 da Super Sete. Os resultados foram divulgados por volta das 20h no Espaço Caixa Loterias, no novo Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo.


Federal

O concurso 5.823 da Loteria Federal teve os seguintes números sorteados:

1º: 54.134
2º: 26.149
3º: 43.424
4º: 73.950
5º: 91.909

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.


+Milionária

O concurso 101 da +Milionária com prêmio estimado em R$ 105.000.000,00 teve os seguintes números sorteados:

02 - 25 - 31 - 37 - 44 - 49
Trevos sorteados: 1 - 6

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui. (https://loterias.caixa.gov.br/Paginas/Mais-Milionaria.aspx)


Lotofácil

O concurso 2.972 da Lotofácil com prêmio estimado em R$ 1.700.000,00 teve os seguintes números sorteados:

03 - 04 - 05 - 06 - 08 - 11 - 12 - 13 - 14 - 18 - 19 - 20 - 21 - 24 - 25

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.


Lotomania

O concurso 2.556 da Lotomania com prêmio estimado em R$ 8.200.000,00 teve os seguintes números sorteados:

05 - 08 - 10 - 13 - 14 - 23 - 24 - 27 - 28 - 30 - 34 - 36 - 48 - 49 - 50 - 69 - 73 - 77 -  86 - 99

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.


Dupla Sena

O concurso 2.602 da Dupla Sena com prêmio estimado em R$ 2.700.000,00 teve os seguintes números sorteados:

1º Sorteio: 11 - 30 - 31 - 39 - 40 - 46
2º Sorteio: 03 - 05 - 08 - 18 - 33 - 40

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.


Quina

O concurso 6.309 da Quina com prêmio estimado em R$ 1.400.000,00 teve os seguintes números sorteados:

15 - 36 - 39 - 53 - 80

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.


Super Sete

O concurso 480 da Super Sete com prêmio estimado em R$ 900.000,00 teve os seguintes números sorteados:

Coluna 1: 1
Coluna 2: 2
Coluna 3: 5
Coluna 4: 4
Coluna 5: 6
Coluna 6: 6
Coluna 7: 7

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

O sorteio foi transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube:

Confira também os últimos resultados dos sorteios aqui.

Correio do Povo

Ex-presidente peruano Alberto Fujimori sai da prisão após receber indulto

 Condenado a 25 anos de prisão, Fujimori tem 85 anos e sofre de várias doenças



O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade, recuperou a liberdade nesta quarta-feira (6) com o amparo de um indulto concedido por razões humanitárias, apesar da objeção da justiça interamericana.

Fujimori, que tem 85 anos e sofre de várias doenças, deixou o presídio de Barbadillo, no leste de Lima, às 18h29 locais (20h29 de Brasília) em uma caminhonete cinza, segundo jornalistas da AFP. O ex-presidente usava um colete preto e uma máscara branca.

"Nosso coração explode de alegria, porque esse homem estava preso injustamente", disse à AFP Nikita, apoiadora do ex-presidente.

O Tribunal Constitucional ordenou ontem a libertação de Fujimori, após restituir um indulto concedido em 2017.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos havia pedido hoje ao governo peruano que se abstivesse de libertar o ex-presidente até que fosse analisada a legalidade da decisão do Tribunal Constitucional. O governo de Dina Boluarte, no entanto, autorizou a libertação.

AFP e Correio do Povo

Eduardo Leite defende reajuste do ICMS no RS apesar do entedimento do relator da reforma

 Governador aponta a mudança na regra tributária, somada às alterações de alíquotas do ano passado, como justificativas


O governador Eduardo Leite (PSDB) minimizou o entendimento do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) de que a iniciativa de aumento das alíquotas do ICMS é uma “narrativa”, não havendo vínculo com a reforma tributária, da qual é relator na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao “Esfera Pública”, da Rádio Guaíba, Leite afirmou que não condiciona unicamente à reforma o projeto que prevê a ampliação de 17% para 19,5% da alíquota modal, mas à combinação dela com as alterações promovidas pela União, ainda no governo passado, reduzindo as alíquotas do imposto.

“O Estado perdeu arrecadação por conta dessas medidas. Agora tem a reforma tributária, que está estabelecendo que a participação de cada estado, a partir de 2033, no IBS será aquela apurada entre 2024 a 2028”, disse o governador. Atualmente, o RS representa 5,9% do bolo fiscal.

A expectativa do Piratini é ampliar esse índice para 7,07% com a aprovação do projeto. “Cada ponto percentual a gente está falando de bilhões de reais. O que importa é que em 2023 os gaúchos pagarão uma alíquota única, mas nossa participação no bolo total será o que for arrecadado nos próximos cinco anos”, afirmou.

Na oposição, o argumento de Aguinaldo de que os Estados poderão reajustar a alíquota do futuro IBS é utilizado para rebater a visão do governo, que vê o aumento do ICMS agora como uma necessidade. O deputado estadual Rodrigo Lorenzoni (PL), por exemplo, entende como uma forma de resolver problemas a curto prazo e não visando arrecadação das próximas décadas, como defende o Piratini.

Há um movimento de parlamentares gaúchos pela revisão do marco temporal do artigo 131, que fixa os próximos cinco anos como balizador, para um período anterior. Nesta quarta-feira, uma caravana de deputados estaduais esteve em Brasília com Aguinaldo, em encontro intermediado pelo deputado federal Covatti Filho (PP). Para Leite, a supressão do artigo pela Câmara não seria o suficiente.

“A mera supressão não resolve. Deixar para a lei complementar, o quórum reduz e menos ainda conseguimos fazer valer nossa posição. Se for para alterar, tem que estabelecer a regra. Substituir essa regra por outra.” O temor do governo é que, como Sul e Sudeste não dispões de maioria de parlamentares no Congresso Nacional a situação não se altere dentro do que esperam.

Eduardo Leite disse ainda que não guia suas decisões para “preservar patrimônio político” e que se a solução não é considerada boa, “as outras não são melhores”. O governador já externou como uma possibilidade o corte de benefícios fiscais, movimento que, assim como o aumento da alíquota modal, desagrada ao empresariado.

“Adoraria ser o governador que só reduziu imposto. Mas depois que mudaram as regras do jogo, fomos forçados a abrir essa discussão sobre o reajuste da alíquota modal.” Leite defende que, mesmo aprovado o aumento, a carga tributária do RS seguirá inferior à média histórica.

A expectativa é que a proposta de reajuste da alíquota seja votada na Assembleia Legislativa no próximo dia 19. O governador tem feito nos últimos dias um movimento visando esclarecer a medida junto a associações comerciais, industriais e prefeitos.


Correio do Povo

Torcida do Santos atira bombas, invade o campo da Vila Belmiro, xinga presidência e jogadores

 Peixe foi rebaixado pela primeira vez no Brasileirão



O rebaixamento do Santos para a Série B do Brasileirão - o primeiro da história do clube - terminou com a invasão e morteiros atirados no campo da Vila Belmiro após a partida. Assim que Lucero marcou o segundo gol do Fortaleza, os gritos de insatisfação à diretoria santista - que foram crescendo ao longo que o drama da equipe se ampliava - atingiram seu ápice: ameaças de cadeiras quebradas na Vila Belmiro e bombas em direção ao gol defendido por João Paulo.

Torcedores tiveram de ser contidos pelo policiamento e seguranças da Vila Belmiro. Alguns, mais revoltados, arremessaram assentos no gramado e placas de vidro. Outros pediram que nada fosse atirado e até brigaram entre si.

Os jogadores permaneceram poucos minutos sentados no círculo central do gramado, desolados enquanto eram xingados. Depois, desceram ao vestiário escoltados por policiais e seguranças do clube sem que fossem atingidos. "Time sem-vergonha"" foi o insulto mais leve que os atletas ouviram dos torcedores. Santista, o técnico Marcelo Fernandes chorou sozinho sentado no banco de reservas.

Do lado de fora da Vila Belmiro, santistas arremessaram pedras em direção a um dos portões de acesso ao estádio. Os policiais tiveram dificuldade para conter a violência. A PM decidiu dispersar as confusões com gás de pimenta e bombas de efeito moral, o que deixou torcedores, funcionários e jornalistas com dificuldade para respirar dentro do estádio. Um helicóptero da PM permaneceu sobrevoando o estádio.

Também do lado de fora, o corpo de bombeiros precisou intervir após a série de morteiros atirado na rua à frente da Vila Belmiro e carros queimados. Os torcedores tiveram sua saída das arquibancadas restritas, até serem conduzidos pela PM cerca de 50 minutos após o término da partida. Muitos tiraram suas camisas e cobriram suas faces, diante da fumaça que cobria o estádio.

Agência Estado e Correio do Povo