quarta-feira, 9 de agosto de 2023
Os parlamentares perderam completamente o senso de realidade do povo brasileiro
NÃO É SEPARATISMO - ZEMA FAZ O QUE TODO GOVERNADOR DEVIA FAZER - 09.08.23
Por J.R.Guzzo (publicado ontem na Gazeta do Povo)
O ministro da Justiça, logo ele, faz um esforço cada vez maior para fabricar ódios entre os brasileiros, espalhar notícias falsas e comportar-se de maneira irresponsável em sua militância ideológica. Não é, e nunca foi, um ministro da Justiça – alguém que é pago para facilitar o acesso dos cidadãos ao sistema judicial, tratar as questões da cidadania e garantir a segurança interna. É um militante político, que usa seu cargo público para promover interesses da facção minoritária e extremista que comanda dentro do governo. O ministro está positivamente hiperativo neste momento. Acaba de acusar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, de “traidor da pátria” – nada menos que isso, “traidor da pátria”. Na bula de excomunhão que emitiu pelo Twitter, o ministro colocou Zema na “extrema direita” e afirmou que ele está “fomentando divisões regionais”. Como um ministro de Estado, com obrigações junto a todos os cidadãos deste país, pode descer a níveis tão rasteiros de leviandade mal-intencionada?
É absolutamente falso que o governador Zema tenha incentivado qualquer tipo de “divisão regional”, como quer o ministro da Justiça. Não há a menor dificuldade para comprovar essa mentira: é só verificar, letra por letra, a entrevista que ele deu ao jornal O Estado de S. Paulo, e que despertou a ira histérica da extrema esquerda nacional. Podem ficar lendo a entrevista até o fim da vida, e não vão encontrar nenhuma proclamação ao separatismo, ou qualquer delírio do mesmo tipo. Tudo o que Zema diz, e não há possibilidade de entender mal o que ele disse, é que Minas Gerais e os Estados do Sul devem se unir para defender melhor os interesses de suas populações – que são sistematicamente prejudicados pela divisão do poder e dos recursos públicos do Brasil. O que pode haver de errado numa coisa dessas? Como um governador de Estado, eleito pela segunda vez consecutiva para o cargo, pode ser acusado de “traição à pátria”, quando apenas defendeu em público os brasileiros que são responsáveis por 70% de tudo o que o Brasil produz, somam mais de 110 milhões de habitantes e são tratados como cidadãos de segunda categoria? Muitos desses milhões, por sinal, são brasileiros do Nordeste – que se veem privados de uma participação justa na distribuição da riqueza nacional pelo simples fato de terem se mudado para o sul. É a obrigação do governador, na verdade, fazer exatamente o que fez.
A extrema esquerda e a militância jornalística, naturalmente, correram para apoiar o agressor. O que se pode esperar de diferente? Zema foi chamado de “abjeto”, “bolsonarista”, “fascista” e o resto do xingatório que a esquerda dirige automaticamente a todos os que têm uma opinião diferente da sua; seus devotos, aliás, ficam especialmente excitados quando esta opinião é racional. O fato é que o ministro da Justiça, que tem por obrigação garantir a ordem para os brasileiros, é hoje, junto com os extremistas que o apoiam, um dos mais ativos provocadores da desordem no Brasil.
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TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCROS E DIVIDENDOS
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA
Mais do que sabido, em meio às incertezas o que mais cresce são as FOFOCAS e/ou ESPECULAÇÕES, que pouco ou nada contribuem para buscar o devido esclarecimento. No entanto, quem pretende obter um maior grau de acerto daquilo que não se mostra claro ou confiável, o melhor é deixar a ESPECULAÇÃO de lado, dando lugar aos cálculos sobre PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA.
TRIBUTAÇÃO SOBRE LUCROS E DIVIDENDOS
Dentro desta lógica, observem que segundo o levantamento realizado pelo BARÔMETRO DO PODER, ao ouvir 9 consultorias políticas (BMJ Consultores Associados, Dharma Political Risk & Strategy; Empower Consultoria; Eurasia Group; Medley Global Advisors; Patri Políticas Públicas; Ponteio Política; Prospectiva Consultoria; Pulso Público – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); Cláudio Couto (EAESP/FGV) e Thomas Traumann) entre os dias 27 de julho e 1º de agosto, 62% consideram como PROBABILIDADE ALTA a aprovação para TRIBUTAR LUCROS E DIVIDENDOS até o final da atual legislatura; 23% atribuem PROBABILIDADE MODERADA; e 15%, como PROBABILIDADE BAIXA. Considerando uma escala de 1 (“muito baixa”) a 5 (“muito alta”), a PROBABILIDADE MÉDIA atribuída pelos analistas, para a aprovação de uma tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos, ficou em 3,46 (algo como 75%, portanto).
DIVIDENDOS
“Segundo o levantamento, a TAXAÇÃO DE DIVIDENDOS tem pouca chance de ser aprovada em 2023, porque projeto chegará muito tarde ao Congresso (novembro, provavelmente). Mas há boa chance de que seja aprovado em 2024”, disse um analista político participante do levantamento.
Esta edição do Barômetro do Poder mostrou uma melhora na percepção dos especialistas sobre as relações entre governo e parlamento, em meio à reforma ministerial negociada por Lula com lideranças do chamado “centrão”. Ainda assim, eles observam como o ambiente mais favorável no Congresso Nacional poderá refletir sobre o andamento da agenda econômica.
PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO
O Barômetro do Poder também ouviu a avaliação dos especialistas sobre outras medidas do pacote fiscal do governo Lula relacionados à tributação sobre a renda. (conforme acordado previamente com os participantes da pesquisa, os resultados são divulgados apenas de FORMA AGREGADA, sendo preservado o anonimato das respostas e dos comentários). Neste caso, dada a prioridade apontada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para as medidas foi testada a probabilidade de aprovação até o fim de 2023. Muitas dessas medidas são vistas pela equipe econômica como fundamentais na obtenção do equilíbrio fiscal em 2024.
De três medidas testadas, aquela vista com mais chances de aprovação nessas condições é a mudança nas regras de tributação de “offshores” mantidas por brasileiros no exterior. A ideia do governo neste caso é evitar que os investidores desta modalidade passem longos períodos sem recolher impostos, em situação de vantagem comparativa a quem aplica recursos de outras formas.
Segundo o levantamento, 50% dos entrevistados consideram “alta” ou “muito alta” a chance de aprovação das mudanças ainda em 2023; 17% atribuem probabilidade “baixa”; e 33%, moderada. A mudança já tramita no parlamento sob a forma de Medida Provisória (MPV 1171/2023), que indica os recursos obtidos com a alteração como forma de bancar a atualização da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para rendimentos mensais de até R$ 2.112,00. Esta matéria corre o risco de “caducar” (ou seja, perder a validade) se não for votada pelos parlamentares até 27 de agosto. Caso isso aconteça, o governo pode tentar encaminhar projeto de lei de mesmo teor para análise do Congresso Nacional, como ocorreu no caso do PL do Carf, ou tentar que o tema pegue “carona” em outra proposição já em tramitação ? seja medida provisória ou mesmo projeto de lei.
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BURLESCO E DESTRUIDOR - 08.08.23
Por Alex Pipkin
Nessa Republiqueta vermelha, verdade-amarela, como quase todos nós sabemos, não existe correlação alguma entre as narrativas e os discursos bravateiros, e os fatos e dados.
Inexiste qualquer tipo de compromisso e coerência com a genuína verdade objetiva.
Por aqui, determinam-se objetivos, metas e indicadores - quando pressionados para tal intento -, exclusivamente por meio de populísticos sentimentos grosseiros e puramente instintivos.
Não há uma análise racional e verdadeira com a intenção de se analisar a relação custo-benefício e o real objetivo de se cumprir com os objetos e metas “fixadas”.
Nos governos do “amor”, além de se desrespeitarem metas, verbaliza-se que se irá “dobrar a meta”. É Kafkiano.
Apesar do nobre sentimentalismo social-democrata grosseiro, de fato, a situação sempre está tal qual um pneu de carro de um reles mortal, ou seja, estourada.
No (des)governo da completa irresponsabilidade fiscal, tudo é prometido, mesmo que tudo isso sempre se encontre estourado.
A meta fiscal em Macunaíma já está deficitária agora, em 2023.
Portanto, evidente que a enganação do arcabouço fiscal, ou melhor, calabouço, e suas respectivas metas, que ainda nem passaram pelo Congresso, são para inglês - e brasileiros ludibriados - ver.
Estouro é aquilo que mais se escuta e se vê - e não se vê - por bandas tupiniquins.
Metas, democracia, preocupação social, responsabilidade, união… tudo faz parte da nova velha novilíngua rubra.
A narrativa bom-mocista e responsável, é pura onda e o lado negro do sentimentalismo.
Agora, não será nenhum caso de originalidade petista: vai lá e “dobra a meta”!
Além do “amor”, o (des)governo vermelho é, inquestionavelmente, da desunião e da desconstrução.
Burlesco e destruidor, como aos costumes.
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VÍTIMAS DA MESMA NARRATIVA?
O BRASIL ESTRAGOU TUDO?
Há quem acredite, quer por influência exercida pelo governo petista, quer por força da mídia comprometida com o ideário -comunista-, que a economia brasileira está em pleno voo de cruzeiro. Algo, aliás, que tem muito a ver com o que aconteceu em 2009, quando a revista britânica -THE ECONOMIST-, colocou na capa da edição de12 de novembro: -BRAZIL TAKES OFF- , ou -O BRASIL DECOLA-. Quatro anos depois, vale lembrar, a revista reviu a -mancada- com o seguinte título, também na capa: - HAS BRAZIL BLOWN IT?- , ou -O BRASIL ESTRAGOU TUDO?-
NARRATIVAS
Ora, por mais que alguns comentaristas e analistas econômicos criem NARRATIVAS com o claro propósito de esconder a realidade, o fato é que os números são incontestáveis. Ops, com a posse do -economista- Márcio Pochmann, como presidente do IBGE, o que vai crescer é a desconfiança quanto aos números e estatísticas que serão divulgadas daqui para frente. Sentimento este, muito parecido com o que acontece com os números apresentados pelas URNAS ELETRÔNICAS...
REALIDADE GAÚCHA
Enquanto isso, na pesquisa de junho dos INDICADORES INDUSTRIAIS DO RS, divulgada ontem, 7, pela FIERGS, consta que -a atividade do setor não conseguiu sustentar a alta registrada no mês anterior e voltou a cair. O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) recuou 2,3% em relação a maio, sem efeitos sazonais, mantendo uma trajetória volátil, já que havia crescido 2,1% no quinto mês de 2023, e a TENDÊNCIA DECLINANTE iniciada em setembro do ano passado. Nesses dez meses, há um saldo negativo de 9,3%. Os resultados consolidam o fraco desempenho do setor durante a primeira metade do ano-.
DÉFICIT PRIMÁRIO
Por outro lado, hoje, 8, a Folhapress, agência de notícias do Grupo Folha, publicou um texto mostrando que - após o estouro da meta prevista para 2023, analistas de consultorias e economistas já não acreditam que o governo Lula conseguirá zerar o déficit primário em 2024. Isso levaria ao segundo ano consecutivo de descumprimento da nova regra fiscal que o Ministério da Fazenda se propôs a cumprir e a um crescimento mais acelerado da relação entre a DÍVIDA PÚBLICA E O PIB , principal indicador de solvência do país. Mais: em julho, a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento revisou a estimativa de DÉFICIT PRIMÁRIO DE 2023 para R$ 145,4 bilhões (1,4% do PIB) --equivalente a quase o dobro do limite da meta. E para 2024, analistas e economistas ouvidos pela Folha projetam déficits entre 0,4% (R$ 40 bilhões) e 1,6% (R$ 160 bilhões) --maiores, portanto, do que os R$ 25 bilhões do limite da meta. Para a maioria, é provável que o governo tenha de rever a nova regra fiscal.
DESPESAS SUBIRAM E RECEITAS CAÍRAM
"O arcabouço fiscal foi desenhado como uma âncora para segurar o navio [a dívida pública]. Mas ainda não temos a corrente [as novas receitas] para ligar as duas pontas", diz Livio Ribeiro, sócio da consultoria BRCG e pesquisador do Ibre-FGV. Enquanto o governo prepara medidas para elevar a arrecadação, entre janeiro e junho deste ano, as RECEITAS TOTAIS DO GOVERNO CENTRAL CAÍRAM R$ 63 bilhões e as líquidas, R$ 53 bilhões. Já as DESPESAS SUBIRAM R$ 47 bilhões --resultando em DÉFICIT PRIMÁRIO DE R$ 100 bilhões no primeiro semestre.
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Confusão na CPMI do 8/1 tem troca de farpas, tapa na mesa e acusação de cusparada
Clima na CPMI começou a ficar acalorado durante a fala de Feliciano, que parabenizou e chamou Torres de "herói brasileiro"
Clima na CPMI começou a ficar acalorado durante a fala de Feliciano, que parabenizou e chamou Torres de "herói brasileiro" | Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados / CPParlamentares protagonizaram uma confusão na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que ouve o ex-ministro da Justiça Anderson Torres nesta terça-feira, 8. Depois de um discurso inflamado do deputado Marco Feliciano (PL-SP), membros da comissão discutiram por causa de um tapa que ele teria dado na mesa ao responder à senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Depois disso, o pastor acusou o senador Rogério Carvalho (PT-SE) de ter cuspido nele e a senadora pediu que "mãos bobas" e gracejos não fossem filmados durante a fala dela.
O clima na CPMI começou a ficar acalorado durante a fala de Feliciano. Ele parabenizou Torres, a quem chamou de "herói brasileiro". O deputado fez duras críticas a "comunistas e esquerdistas". "Se eles pudessem, matariam todos nós, conservadores. Nos colocariam em paredão de fuzilamento."
A declaração provocou uma reação do colegiado. O presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), precisou intervir para pedir que os parlamentares se acalmassem. Nesse momento, Soraya questionou o pastor sobre a generalização feita no discurso. Ele respondeu: "Se a carapuça serviu...". Neste momento, Feliciano teria batido na mesa.
Rogério Carvalho e o deputado Henrique Vieira (PSOL-RJ) se levantaram para discutir com Marco Feliciano. "Esse pessoal da esquerda, do mimimi, os mimizentos. A senadora (Soraya) pode colocar o dedo no meu nariz e eu não posso falar nada?", questionou Feliciano.
Tanto o presidente do colegiado quanto a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), defenderam Soraya e passaram a palavra ao deputado Duarte Júnior (PSB-MA), que abriu o discurso repreendendo o colega. "Presidente, eu gostaria só de pedir mais calma ao pastor Marco Feliciano, que simplesmente bateu aqui na mesa. Minha solidariedade à senadora." Ao fundo da sessão, parlamentares gritaram para ele deixar de ser "covarde". "Tenha calma. Para que o desequilíbrio? Está com medinho do quê?", respondeu o maranhense.
Depois que Rogério Carvalho terminou de discursar, mais adiante na sessão, Feliciano interrompeu o colega e o acusou de ter cuspido nele. "Ele cuspiu em mim e disse 'cuspirei de novo', seu presidente." Maia se limitou a pedir aos parlamentares que se acalmassem, mas depois atendeu o pedido do deputado do PL para que seja feita uma perícia nas imagens da sessão.
Soraya Thronicke pediu que a TV Senado fechasse a gravação nela antes de se pronunciar, para que "mãos bobas" e parlamentares "que ficam fazendo gracejos" não aparecessem na imagem dela nos registros da CPMI. "Mãos bobas e parlamentares que ficam fazendo gracejos por trás da nossa imagem enquanto falamos, atitudes vergonhosas... Não gostaria de ter essa imagem atrelada à minha quando estou falando", pediu a senadora.
"Aberração jurídica"
A CPMI do 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No depoimento, quando foi questionado sobre a minuta do golpe que foi apreendida na casa dele logo após o episódio, Torres chamou o documento de "aberração jurídica".
Relatórios da CPMI obtidos pelo Estadão mostram que, mesmo depois de receber alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a iminência dos ataques do 8 de Janeiro, Torres antecipou suas férias. Ele estava nos Estados Unidos no 8 de Janeiro, enquanto era secretário no DF.
Agência Estado e Correio do Povo