terça-feira, 8 de agosto de 2023
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Prefeitura de Porto Alegre divulga balanço de ações na Educação
Documento informa medidas executadas e encaminhamentos
Investimentos serão utilizados em obras e reparos estruturais | Foto: Fernanda Bassôa / Especial / CPA Prefeitura de Porto Alegre (PMPA) divulgou na sexta-feira (4/8) à tarde um balanço de medidas executadas e encaminhamentos. Os dados foram publicados um mês e meio após a divulgação do relatório sobre a destinação de materiais e equipamentos adquiridos recentemente pela Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Uma das ações anunciadas em 19/6, no relatório preliminar do Comitê Gestor Operacional, foi o edital de licitação de cerca de R$ 6 milhões para obras emergenciais. De acordo com o balanço, a homologação está prevista para os próximos dias. Este investimento será utilizado para reparos hidráulicos, consertos em telhados e outras demandas urgentes.
Outras ações previstas no documento podem ser acessadas no site da Prefeitura.
Correio do Povo
Treze mil pessoas são evacuadas por bomba da Segunda Guerra Mundial na Alemanha
Artefato foi descoberto em meio a obras nesse bairro próximo ao jardim zoológico
Aproximadamente 13 mil pessoas foram evacuadas provisoriamente de suas casas em um bairro de Düsseldorf, no oeste da Alemanha, após a descoberta de uma bomba americana da Segunda Guerra Mundial, indicaram os bombeiros da cidade nesta segunda-feira.
A bomba norte-americana, que pesa uma tonelada, deve ser desativada entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira. O artefato foi descoberto em meio a obras nesse bairro próximo ao jardim zoológico, segundo o comunicado dos bombeiros.
Setenta e oito anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o solo das cidades alemãs segue repleto de bombas que não explodiram e que frequentemente são descobertas durante obras da construção civil.
Em 2017, a descoberta em Frankfurt (oeste) de uma bomba de 1,4 tonelada obrigou a evacuação de 65 mil pessoas. Em dezembro de 2021, uma dessas bombas explodiu em uma obra perto da estação de Munique (sul), deixando quatro feridos e interrompendo o tráfego ferroviário.
AFP e Correio do Povo
Juventude perde para o Vila Nova em jogo com atraso por neblina no Jaconi
Verdão da Serra foi superado por 2 a 0 e segue na sétima colocação na Série B
Verdão da Serra foi superado por 2 a 0 e segue na sétima colocação na Série B | Foto: Gabriel Tadiotto / ECJuventude / Divulgação / CPEm jogo realizado com meia hora de atraso por causa da neblina que tomou conta do estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, o Juventude perdeu por 2 a 0 para o Vila Nova na noite desta segunda-feira, pela 22ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Vila Nova subiu para o quarto lugar, com 38 pontos, empurrando o Criciúma para o quinto lugar, com os mesmos 38. O Ju ficou em sétimo lugar, com 36. O líder é o Sport, com 44.
No embalo dos torcedores que esperaram pacientemente pelo início da partida, o Juventude dominou o primeiro tempo e já poderia ter definido a partida. Mas faltou capricho para o Verdão da Serra, que não conseguiu tirar o zero do placar. A melhor chance foi aos 18 minutos, quando Matheus Vargas pegou a sobra na meia lua e encheu o pé. Dênis Júnior espalmou e a bola bateu no travessão. O goleiro do Vila Nova, inclusive, foi o grande nome do time goiano.
Ele fez grandes defesas, a melhor delas aos 26. Após cobrança de falta de Nenê, Danilo Boza desviou e Zé Marcos cabeceou na pequena área para um milagre do goleiro do Vila Nova, que passou todo o primeiro tempo sem ameaçar o Juventude. A bronca no vestiário surtiu efeito para o clube goiano, que precisou apenas de seis minutos para fazer 1 a 0. Lourenço cobrou falta de longe, Rafael Donato desviou e Igor Henrique apareceu na pequena área para marcar. A bola chegou a bater na trave antes de entrar.
O gol desequilibrou o Juventude, tanto que o técnico Thiago Carpini foi expulso por reclamação minutos depois. Em campo, não conseguiu mais se reencontrar, e o Vila Nova aproveitou. Aos 16, após cobrança de escanteio, Neto Pessoa desviou e a bola bateu em Danilo Boza antes de entrar.
Atrás do placar, o Juventude tentou para o abafa e abusou nas bolas alçadas, sob a batuta de Nenê, a tática não deu certo. Com isso, o triunfo do Vila Nova foi confirmado. O Vila Nova volta a campo no sábado, às 18h, diante do Avaí, no OBA, em Goiânia (GO). No domingo, às 18h, o Guarani recebe o Juventude, no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP).
Agência Estado e Correio do Povo
2ª fase da Usina de Enriquecimento de Urânio terá licitação em 2025
Primeiras cascatas de ultracentrífugas começam a produzir em 2028
Primeiras cascatas de ultracentrífugas começam a produzir em 2028 | Foto: Divulgação / Angra 1 da Eletronuclear / CPO presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Carlos Freire Moreira, estima que no segundo semestre de 2025 será feita licitação para contratação da empresa que construirá o segundo módulo da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), denominado Usina Comercial de Enriquecimento de Urânio (UCEU). A fábrica está localizada em Resende, no sul fluminense. O enriquecimento isotópico de urânio é uma tecnologia 100% nacional, desenvolvida pela Marinha do Brasil em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
O projeto básico de infraestrutura de engenharia da segunda fase de implantação da usina deverá ser concluído em um ano e meio a dois anos. As primeiras das 30 cascatas de ultracentrífugas dessa segunda fase da usina deverão começar a produzir a partir de 2028, estima o presidente da INB, em entrevista à Agência Brasil. “À medida que vão sendo incorporadas, as ultracentrífugas já entram em operação”.
A construção das ultracentrífugas é competência da Marinha, que também se incumbirá de sua instalação. Freire Moreira afirma, entretanto, que pretende participar, junto com a Marinha, da fabricação desses equipamentos. “A Marinha fica com a parte de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das novas ultracentrífugas e, à medida que elas forem entrando em produção industrial, a INB entra para alavancar o número de máquinas produzidas”.
Autossuficiência
A primeira etapa de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio foi concluída no final de 2022. Ela tem 10 cascatas de ultracentrífugas em operação, destinadas ao enriquecimento de urânio, que é transformado em combustível nuclear pela INB e enviado à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, atendendo 70% das necessidades de Usina Nuclear Angra 1. A primeira cascata de ultracentrífugas foi inaugurada em 2006, contribuindo para inserir o Brasil no grupo de países detentores dessa tecnologia.
A ideia é que, com a operação das 30 novas cascatas de ultracentrífugas, que se somarão às dez já implantadas, o Brasil poderá alcançar autossuficiência no enriquecimento de urânio. Entre 2033 e 2035, o presidente da INB calcula que o combustível nuclear produzido pela usina será capaz de atender à Angra 1 e Angra 2. Com o total de 40 cascatas de ultracentrífugas instaladas em operação, em torno de 2039, a INB atenderá as demandas das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3, podendo exportar sobra de urânio para outros mercados consumidores.
Freire Moreira explica que poucos países no mundo dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio e, ao mesmo tempo, possuem reservas desse elemento químico radioativo encontrado na natureza. De acordo com a Associação Nuclear Mundial (WNA, do nome em inglês), os países com maior potencial de recursos de urânio são, em ordem alfabética, África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Cazaquistão, China, Namíbia, Niger e Rússia. O Brasil ocuparia a sexta posição no ranking de maior reserva de urânio do mundo.
Minas
O presidente da INB afirmou que a meta é duplicar, no curto prazo, a produção de urânio da mina de Caetité, na Bahia, que foi retomada, em dezembro de 2020, depois de mais de seis anos sem produzir. Segundo Freire Moreira, a produção atual atinge cerca de 350 toneladas, mas depende de dois fatores: a disponibilidade da planta e a quantidade de urânio encontrada no mineral que é extraído da mina. A INB está trabalhando com 17 novas anomalias (áreas de grande concentração de urânio) muito promissoras em novo jazimento, em Caetité, que poderá aumentar o sistema de extração de urânio da planta atual, inferior a 60%, de modo a atingir mais de 85%. “É um salto muito grande”, avaliou. Com isso, o resultado da produção vai aumentar bastante, podendo atingir 700 toneladas de urânio.
Moreira lembrou que em parceria com a Galvani, empresa produtora de fertilizantes fosfatados, a INB formou o Consórcio Santa Quitéria para a implantação de um projeto conjunto de mineração, para exploração de urânio e fosfato, encontrados de forma associada na jazida de Itataia, no município de Santa Quitéria (Ceará). O projeto conta com investimentos privados de R$ 2,3 bilhões e prevê geração de 5 mil empregos, entre diretos e indiretos. O empreendimento está em fase de licenciamento. A expectativa é que o projeto entre em funcionamento a partir de 2026, permitindo ao Brasil passar a ser exportador de urânio. “Estamos muito otimistas”, manifestou Freire Moreira.
A INB atua na cadeia produtiva do minério de urânio, o chamado "ciclo do combustível nuclear", que inclui a mineração, o beneficiamento, o enriquecimento, a fabricação de pó, pastilhas e do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras. A INB é uma empresa pública vinculada à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar).
Agência Brasil e Correio do Povo
Confira o resultado do sorteio das loterias da Caixa desta segunda-feira, dia 7 de agosto
Foram sorteados os prêmios da Lotofácil, Lotomania, Quina, Loteca e Super Sete
A Caixa Econômica Federal realizou nesta segunda-feira, 7 de julho, os sorteios de número 2.883 da Lotofácil, 2.504 da Lotomania, 6.209 da Quina, 1.072 da Loteca e 429 da Super Sete. Os resultados foram divulgados por volta das 20h no Espaço Caixa Loterias, no novo Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Lotofácil
O concurso 2.883 da Lotofácil com prêmio estimado em R$ 5.000.000,00 teve os seguintes números sorteados:
05 - 07 - 08 - 09 - 10 - 11 - 12 - 13 - 15 - 17 - 18 - 19 - 20 - 21 - 25
A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.
Lotomania
O concurso 2.504 da Lotomania com prêmio estimado em R$ 9.300.000,00 teve os seguintes números sorteados:
00 - 11 - 22 - 25 - 33 - 34 - 39 - 40 - 47 - 50 - 57 - 59 - 60 - 61 - 63 - 67 - 68 - 80 - 87 - 94
A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.
Quina
O concurso 6.209 da Quina com prêmio estimado em R$ 1.700.000,00 teve os seguintes números sorteados:
09 - 46 - 47 - 49 - 64
A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.
Loteca
O concurso 1.072 da Loteca com prêmio estimado em R$ 2.000.000,00 teve os seguintes resultados:
Jogo 1: Coluna 1
Jogo 2: Coluna X
Jogo 3: Coluna X
Jogo 4: Coluna 1
Jogo 5: Coluna 1
Jogo 6: Coluna X
Jogo 7: Coluna 1
Jogo 8: Coluna 2
Jogo 9: Coluna 1
Jogo 10: Coluna X
Jogo 11: Coluna 1
Jogo 12: Coluna 2
Jogo 13: Coluna X
Jogo 14: Coluna 1
A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.
Super Sete
O concurso 429 da Super Sete com prêmio estimado em R$ 2.300.000,00 teve os seguintes números sorteados:
Coluna 1: 5
Coluna 2: 7
Coluna 3: 4
Coluna 4: 0
Coluna 5: 5
Coluna 6: 0
Coluna 7: 9
A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.
O sorteio foi transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube:
Confira também os últimos resultados dos sorteios aqui.
Correio do Povo
Ozonioterapia: uso da técnica divide opiniões entre entidades médicas
Tratamento complementar foi autorizado pelo presidente Lula nesta segunda-feira
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (7), a lei (14.648/2023) que autoriza a terapia com ozônio. O texto foi publicado no Diário Oficial da União. De acordo com a nova legislação, a ozonioterapia somente poderá ser realizada por profissional de saúde de nível superior inscrito em seu conselho de fiscalização profissional.
Outra exigência da norma é que a técnica somente poderá ser aplicada por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal, devidamente regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso desses equipamentos fora das finalidades autorizadas de agência reguladora resulta em infração sanitária estarão sujeitas a penalidades previstas em Lei nº 6437/1977.
O governo federal determinou também que, antes da aplicação da ozonioterapia, o profissional responsável deverá informar ao paciente que o procedimento possui caráter complementar a outros tratamentos.
Uso
A ozonioterapia aplica uma mistura gasosa de ozônio e oxigênio, nos pacientes. Alguns especialistas da área da saúde defendem o uso da técnica para melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer seu sistema imunológico.
É o caso da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), entidade que representa profissionais desta área. A associação publicou, em seu site, que a ozonioterapia tem reconhecimento terapêutico e que “acompanha de perto o avanço das pesquisas realizadas no Brasil e em outros países”.
A Anvisa classifica o ozônio como “um gás com forte poder oxidante e bactericida”. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a Anvisa informa que publicou, nesta segunda-feira, um comunicado à imprensa. Nele, a agência reguladora ratificou que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia, aprovados por ela, somente possuem indicações de uso para tratamento da cárie; periodontia; endodontia; cirurgia odontológica, além da aplicação estética para auxílio à limpeza e assepsia de pele, conforme nota técnica publicada em dezembro de 2022.
O comunicado informa ainda que para outras indicações médicas no Brasil ainda não foram comprovadas evidências científicas sobre sua eficácia e segurança. Apesar disso, novos empregos da técnica poderão ser aprovados pela Agência. “No caso de novas submissões de pedidos de regularização de equipamentos emissores de ozônio, desde que as empresas responsáveis apresentem os estudos necessários à comprovação de sua eficácia e segurança, conforme disposto na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 546/2021 e na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 548/2021.”
“Em que pese não haver equipamentos de produção de ozônio aprovados junto a esta Agência para uso em indicações médicas no Brasil, visto que ainda não foram apresentadas evidências científicas que comprovem sua eficácia e segurança, novas indicações de uso da ozonioterapia poderão ser aprovadas pela Agência, no caso de novas submissões de pedidos de regularização de equipamentos emissores de ozônio.”.
O Ministério disse à Agência Brasil, que os serviços oferecidos pelo Sistema Único e Saúde (SUS) são aqueles autorizados pela Anvisa. "Outras inclusões somente serão analisadas à medida em que novos equipamentos e aplicações de ozonioterapia sejam aprovados pela Anvisa, com sua efetividade e segurança comprovadas", conclui o Ministério da Saúde.
Outros posicionamentos
O uso da técnica da ozonioterapia divide opiniões. Algumas entidades entendem que o procedimento não tem eficácia comprovada cientificamente e se posicionam contrárias à liberação desta técnica. A prática já teve sua validade questionada, em 2020, quando foi apontada, sem qualquer validação científica, para o tratamento de pessoas infectadas pelo Sars-Cov-2 ou para terapia de qualquer outra enfermidade, .
Em julho de 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, no Diário Oficial da União, a resolução nº 2.181/2018, que define a técnica como prática experimental no país.
Em resposta à Agência Brasil, nesta segunda-feira, o CFM enviou nota, onde afirma que “a sanção da Lei nº 14.648/23, pela Presidência da República, não contradiz os termos da Resolução nº 2.181/2018, do próprio colegiado, que continua em vigor”. A autarquia esclarece, também, que mantém grupo de trabalho específico que avalia a eficácia e a segurança do uso da ozonioterapia.
“A sanção da Lei nº 14.648/23, pela Presidência da República, não contradiz os termos da Resolução nº 2.181/2018, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que continua em vigor, sendo que a autarquia mantém grupo de trabalho específico que avalia a eficácia e a segurança do uso da ozonioterapia”, se posiciona o CFM.
Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionou contrariamente à autorização da prática no Brasil. Até o momento, não há evidências científicas de qualidade que justifiquem sequer a revisão da Resolução CFM nº 2.181/2018, para que a ozonioterapia deixe de ser considerada como tratamento experimental, quanto mais uma lei neste sentido”. A AMB entende que a ozonioterapia deve continuar como tratamento experimental até que evidências científicas de qualidade possam alterar este status.
“A ozonioterapia deve continuar como tratamento experimental até que evidências científicas de qualidade possam alterar este status, o que deve ser feito pelo Conselho Federal de Medicina a quem compete “editar normas para definir o caráter experimental de procedimentos em Medicina, autorizando ou vedando a sua prática pelos médicos”, diz nota da Associação Médica Brasileira.
Nota do Ministério da Saúde
Diante da sanção da Lei 14.648, de 04/08/2023, que autoriza a ozonioterapia no território nacional, a Anvisa enviou nota em que reitera que, até o momento, os equipamentos aprovados junto à agência somente possuem as seguinte indicações: "dentística: tratamento da cárie dental – ação antimicrobiana; periodontia: prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios/infecciosos; endodontia: potencialização da fase de sanificação do sistema de canais radiculares; cirurgia odontológica: auxílio no processo de reparação tecidual; estética: auxílio à limpeza e assepsia de pele”, conforme Nota Técnica Nº 43.
"Em que pese não haver equipamentos de produção de ozônio aprovados junto a esta agência para uso em indicações médicas no Brasil, visto que ainda não foram apresentadas evidências científicas que comprovem sua eficácia e segurança, novas indicações de uso da ozonioterapia poderão ser aprovadas pela agência, no caso de novas submissões de pedidos de regularização de equipamentos emissores de ozônio, desde que as empresas responsáveis apresentem os estudos necessários à comprovação de sua eficácia e segurança, conforme disposto na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 546/2021 e na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 548/2021."
Destaca-se que a utilização desses equipamentos para finalidades de uso além daquelas previstas nos registros, cuja aprovação é de competência legalmente conferida à Anvisa nos termos do art. 12 da Lei nº 6.360/1976 e do art. 7º, IX da Lei nº 9.782/1999, constitui infração sanitária nos termos do art. 10, IV da Lei nº 6437/1977.
Correio do Povo
CPMI pede que TCU apure caso das "pedras preciosas" dadas a Bolsonaro e Michelle
Caso foi denunciado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
CPMI pede que TCU apure caso das "pedras preciosas" dadas a Bolsonaro e Michelle | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CPIntegrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue o caso das pedras preciosas presenteadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O Estadão mostrou na semana passada que mensagens trocadas por militares vinculados à Presidência da República indicam que o casal recebeu um envelope com as pedras em Teófilo Otoni, em 26 de outubro do ano passado. O caso foi denunciado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Pelo teor das mensagens, não houve registro das pedras preciosas no cadastro oficial da Presidência da República, protocolo exigido para presentes recebidos por presidentes da república. Pela legislação, qualquer presente recebido por chefe do Estado brasileiro precisa passar por esse protocolo.
Nesta segunda-feira, Bolsonaro disse que as joias valem no máximo R$ 400. A parlamentar lembra ainda que presentes dados a presidentes são, por regra, patrimônio da União, quando possuem valor superior a R$ 100, exceto quando são itens de consumo imediato ou de natureza personalíssima, interpretação que o TCU já descartou para pedras preciosas.
"Se as pedras preciosas foram dadas no exercício da função de presidente da República, Bolsonaro cometeu crime de peculato", diz a deputada. O objetivo da representação é que o TCU investigue se houve dano ao erário caso Bolsonaro tenha recebido e ficado com essas pedras preciosas. Jandira assina o pedido com outros parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas de 8 de Janeiro. Assinam a representação os deputados federais Rogério Correia (PT-MG), Duda Salabert (PDT-MG), Henrique Vieira (PSOL-RJ), Rubens Pereira Junior (PT-MA) e Duarte Jr (PSB-MA) e os senadores Jorge Kajuru (PSB-GO), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Fabiano Contarato (PT-ES).
Os parlamentares já tinham solicitado também que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apure o caso. Nas redes sociais, Bolsonaro repercutiu afirmações de um advogado ao jornal Folha de S. Paulo, de que foi ele quem deu as pedras preciosas ao ex-presidente e que os presentes custaram R$ 400.
Joias em Teófilo Otoni
Mensagens trocadas por militares vinculados à Presidência da República, obtidas pela CPMI do 8 de Janeiro, sugerem que Bolsonaro e Michelle receberam um envelope e uma caixa com supostas pedras preciosas na cidade de Teófilo Otoni, no ano passado. A troca de e-mails indica também que os presentes não teriam sido cadastrados oficialmente.
O Estadão teve acesso a dois e-mails trocados pelos primeiros-tenentes do Exército Adriano Alves Teperino e Osmar Crivelatti e pelo segundo-tenente da Força Cleiton Henrique Holzschuk. Os três foram ajudantes de Ordem da Presidência da República durante o governo Bolsonaro. Crivelatti era braço direito do tenente-coronel Mauro Cid - "faz-tudo" do ex-presidente e preso desde maio por inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
Os dois e-mails são intituladas "Passagem do Serviço Coordenação AJO/PR. Observações eventuais". As duas mensagens são listas numeradas com detalhes das atividades que os militares deveriam cumprir. A CPMI obteve essas trocas de e-mails.
A mensagem de 27 de outubro, às 18h21, é assinada pelo então coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República, Cleiton Henrique Holzschuk. O militar envia os afazeres aos dois colegas. O item de número 36, intitulado "Presente PR", trata das supostas pedras.
"Em 27/10/2022, foi guardado no cofre grande, 01(um) envelope contendo pedras preciosas para o PR (presidente da República) e 01 9 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD (primeira-dama), recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/2022. A pedido do TC Cid, as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele. Demais dúvidas, Sgt Furriel está ciente do assunto", indica o e-mail.
O e-mail de 31 de outubro, às 18h58, é assinado por Osmar Crivelatti. Nesta mensagem, as "pedras preciosas" são tratadas no item 24 da "passagem de serviço", o que indica que outros afazeres que constavam da lista já haviam sido finalizados.
Bolsonaro esteve na cidade mineira em 26 de outubro do ano passado, durante o 2º turno da campanha eleitoral contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Naquela data, o então presidente discursou durante um comício, ao lado do pastor Silas Malafaia e do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Crivelatti é, atualmente, um dos assessores pessoais de Bolsonaro. O militar entregou à Polícia Federal (PF) as armas que o ex-presidente recebeu dos Emirados Árabes Unidos com o advogado Paulo Cunha, que representa Bolsonaro. As mensagens foram obtidas pela CPMI do 8 de Janeiro na caixa de e-mails do militar.
A existência do e-mail foi revelada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), durante sessão da CPMI do 8 de janeiro na terça-feira, 1. A parlamentar declarou que que havia obtido a informação sobre as "pedras preciosas" após análise de "mil e-mails" que haviam chegado à comissão.
"Essas pedras nunca foram registradas nem como presente ao presidente da República e à primeira-dama nem em lugar nenhum", afirmou Feghali.
Presentes
O procedimento de praxe para presentes recebidos por qualquer presidente da República começa com um cadastro. Os bens ficam sob responsabilidade da Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. O órgão analisa o que vai para o acervo pessoal do presidente e o que deve ser incorporado ao patrimônio da União - e só o que vai para esse segundo grupo tem seu valor avaliado. A listagem não possui o valor dos bens.
Bolsonaro recebeu mais de 19 mil itens enquanto esteve na Presidência da República. A lista oficial de presentes recebidos por ele indica que, em Teófilo Otoni, o então presidente ganhou uma placa do Sindicato Rural da cidade, um quadro e o livro "Cinco minutos com Jesus", de apoiadores, e um item de consumo da Indústria e Comércio Mate Cola LTDA.
Joias da Arábia
Como o Estadão revelou em março, o governo Bolsonaro tentou entrar ilegalmente no Brasil, em 2021, com um conjunto de colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes da marca Chopard, de valor milionário. Segundo declarações iniciais, tratava-se supostamente de um presente do governo da Arábia Saudita para o então presidente e para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O tenente da Marinha Marcos André Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque, almirante de esquadra da Marinha que atuava como ministro de Minas e Energia, foi o responsável por tentar entrar com as joias no país, apreendidas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Agência Estado e Correio do Povo