sábado, 5 de agosto de 2023

Dino diz que governo vai aumentar forças de segurança na Amazônia

 Ministro ressalta que região sofre muitas ações criminosas

Ministro ressalta que região sofre muitas ações criminosas 

ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta sexta-feira que o governo federal vai aumentar a presença de forças de segurança nos estados da Amazônia Legal. Dino participou hoje da 1ª Cúpula Judicial Ambiental, em Belém. O evento é promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro ressalta que facções criminosas atuam na região e operam atividades ilegais de garimpo, extração de madeira e tráfico de armas e de drogas. Para aumentar o combate aos crimes, o governo promete montar em Manaus, neste ano, um centro integrado de forças de segurança dos governos federal e estadual. Também há previsão de criação de um centro internacional de cooperação que será comandado pela Polícia Federal.

"Temos que ampliar a presença no território amazônico. Estamos mobilizando algo em torno de R$ 2 bilhões para apoiar novas estruturas de segurança, comando e controle na Amazônia. Em Manaus, nós vamos implantar um centro do comando de toda a força nacional nos nove estados da Amazônia Legal, implantar um comando único e unidades nos estados com estruturas necessárias".

Meio ambiente

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou do evento e fez um balanço do trabalho realizado na pasta durante os primeiros meses de governo.

Marina fez um paralelo em relação ao primeiro governo Lula, em 2003, quando também exerceu o cargo. A ministra disse que, naquela época, levou cerca de um ano para iniciar a redução do desmatamento no Brasil, cujos índices foram reduzidos somente em 2004. "Agora, com a curva de aprendizagem, em seis meses, nós já conseguimos uma redução do desmatamento em 42%, apenas com ação de comando e controle". 

A ministra disse que está sendo elaborado, em parceria com o ministério da Fazenda, um plano de transição ecológica para fomentar o desenvolvimento sustentável na região. "Mais do que dizer o que não pode, a gente colocar o que pode. Há espaço na Amazônia para o agronegócio de base sustentável, há espaço para o turismo sustentável, para o extrativismo e para a bioindústria", concluiu. A primeira Cúpula Judicial Ambiental da Amazônia é realizada pelo CNJ para debater a participação do Judiciário nos temas sobre meio ambiente e mudança do clima.

Agência Brasil e Correio do Povo

STF deve começar a julgar primeiros denunciados por 8/1 em setembro

 Segundo a Corte, os primeiros casos serão liberados para julgamento em 30 dias

Ao todo são 228 acusados envolvidos nos atos de 8 de janeiro 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu as audiências de 228 acusados de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo a Corte, os primeiros casos serão liberados para julgamento em 30 dias.

As audiências para ouvir os réus e testemunhas foram conduzidas entre 26 de junho e 1º de agosto por juízes auxiliares do gabinete de Moraes. De acordo com os dados do STF, foram realizadas 719 oitivas, todas por videoconferência.

Após cada audiência, os advogados e a PGR receberam o prazo de cinco dias para analisar o conteúdo. Passado esse prazo, Moraes fará a análise de eventuais pedidos de diligências das partes. Em seguida, a PGR e a defesa têm prazo de 15 dias para as alegações finais.

Agência Brasil e Correio do Povo

Ministro do STF absolve acusado de furtar camisa de R$ 65

 André Mendonça aplicou o princípio da insignificância em sua decisão

André Mendonça aplicou o princípio da insignificância em sua decisão 

ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), absolveu um homem condenado pelo furto de uma camisa avaliada em R$ 65. Na decisão, assinada na terça-feira, o ministro aplicou o princípio da insignificância para anular a condenação.

Mendonça aceitou pedido de absolvição feito pela Defensoria Pública de Minas Gerais. Ele foi condenado pela Justiça do estado a dois anos de prisão em regime fechado pelo furto da peça de roupa.

Antes de chegar ao Supremo, o réu obteve a redução da pena para um ano de prisão, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação por entender que o caso envolve um acusado reincidente por quatro vezes.

Ao determinar a absolvição, André Mendonça avaliou que a conduta não caracterizou grave ameaça e que somente os antecedentes não impedem a aplicação do benefício. “O princípio da insignificância foi afastado, exclusivamente, em razão do histórico criminal do paciente, tendo em vista as múltiplas condenações transitadas em julgado. Tal circunstância, porém, não é apta a, isoladamente, impedir a benesse”, concluiu o ministro.

Agência Brasil e Correio do Povo

Lucro da Petrobras registra queda de 47% com nova política de preços

 


#OsPingosNosIs | Sob gestão do PT, lucro da Petrobras registra queda de 47% com nova política de preços; bancada comenta

A guerra e a paz

 Putin detalhou, no início da semana, o que quer para parar com a guerra.

Jurandir Soares

Enquanto a guerra ganha mais um episódio marcante, negociadores sentam-se ao redor de uma mesa para buscar a paz. Isto é o que está acontecendo com o conflito ucraniano. Nesta quinta-feira a Ucrânia conseguiu dar um golpe na Rússia, ao fazer com que um drone marítimo, carregado com 450 quilos de TNT, explodisse contra um navio de transporte da Marinha russa no Mar Negro. O navio Olenegorski Gorniak, avariado, acabou sendo rebocado para o porto de Novorossisk. Isto depois de três dias de ataques com drones aéreos em Moscou, contra prédios suntuosos do setor financeiro da capital russa. E nestes sábado e domingo representantes de cerca de 40 países se reúnem em Jedah, na Arábia Saudita, para analisar um plano de término do conflito elaborado pelo presidente Volodimir Zelensky. Um encontro com as presenças de representantes dos Estados Unidos, da União Europeia e dos Brics, onde se inclui o diplomata chinês Li Hui, cuja presença está sendo muito saudada. Afinal, a China, que tem sido vista mais como pró-Rússia, se soma às negociações.

Já disse e repito que esta reunião, embora o significativo número e expressão dos países participantes, não tem possibilidade de prosperar, simplesmente, porque não tem a participação de um representante da Rússia. Além do mais, os planos de paz que têm apresentado os presidentes Zelensky e Putin são diametralmente opostos. Senão, vejamos. No sábado passado Zelensky reuniu os representantes diplomáticos em Kiev e esboçou seu plano, que tem como ponto principal a retirada russa de todos os territórios ocupados, incluindo a Crimeia que fora tomada em 2014. Além disto, quer segurança para os transportes de grãos e outros produtos pelo mar Negro, segurança nuclear, a libertação dos presos e a criação de um tribunal para julgar os crimes de guerra cometidos pelos russos.

De sua parte, o presidente Putin detalhou, no início da semana, o que quer para parar com a guerra. E neste elenco se inclui a neutralidade da Ucrânia, ou seja, não fazer parte da Otan; desarmamento ucraniano; proteção aos russos na Ucrânia; desnazificação da Ucrânia; negociação cara a cara com Zelensky; e posse da Crimeia e da região do Donbas. Ou seja, tudo que um quer bate de frente com as pretensões do outro. Assim, por mais que os participantes do encontro estejam imbuídos da vontade de buscar a paz, este caminho não é vislumbrado.

O único ponto em que se vislumbra uma possibilidade de ser apresentado a Putin e ser aceito é o que diz respeito à segurança no transporte de grãos. Isto porque este tema é do interesse de todos. Da Ucrânia e da Rússia que são produtores e querem vender sua mercadoria, e dos demais países, que são consumidores e precisam do produto para alimentar seus respectivos povos. Além disto, o bloqueio provocou uma alta no preço dos cereais. Para isto, no entanto, conforme já salientou Putin, é preciso reciprocidade, ou seja, garantia de segurança tanto para o que sai da Ucrânia, como para o que sai da Rússia. Para a Rússia, a garantia de segurança no transporte pelo mar Negro evitaria outro episódio como o ataque desta quinta-feira a um navio de sua marinha por um drone marítimo ucraniano. Já para a Ucrânia representaria evitar um ataque russo como o ocorrido nesta quarta-feira, com o bombardeio a silos no porto de Odessa, que teria destruído cerca de 40 mil toneladas de produto. Um produto que, diga-se de passagem, se destinaria aos países do chamado Sul Global, cuja presença está sendo saudada na reunião. Os destaques desses países são justamente os integrantes dos Brics Brasil, Índia, China e África do Sul. O outro membro do grupo é justamente a Rússia, que está fora. Mas, como esses países são vistos como muito próximos às posições de Moscou, sua presença ganha relevância.

Embora não estando presente em Riad, a Rússia se manifestou através do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov: “Resta ver que objetivos serão estabelecidos e de que maneira planejam realmente falar os organizadores. Temos ressaltado que qualquer intento de contribuir de alguma maneira para um acordo pacífico merece avaliação positiva”. Esta manifestação não deixa de transparecer a vontade russa de acabar com a guerra. Afinal, o que era para ser uma “operação militar especial”, que duraria, no máximo, duas semanas, com a tomada de Kiev, a destituição de Zelensky e a colocação de um aliado de Moscou em seu lugar, já dura quase um ano e meio, com enorme desgaste em termos de vidas e equipamentos, além das sanções que pesam sobre o país. Não é menor a vontade de Zelensky de terminar com a guerra. O “pequeno” problema envolve as diferenças de condições impostas por um e por outro. Mas, se do encontro de Jedah resultar um novo acordo de segurança para o transporte de grãos, já será um ponto positivo.


Correio do Povo

Ataque hacker obriga fechamento de hospitais nos EUA

 Invasão eletrônica afetou sistemas em quatro estados diferentes


Um ciberataque contra um grupo hospitalar norte-americano obrigou o fechamento das unidades de emergência e de outros serviços críticos em instalações de quatro estados, informaram fontes do sistema de saúde nesta sexta-feira. O Prospect Medical Holdins, que gerencia 16 hospitais em Califórnia, Connecticut, Pensilvânia e Rhode Island, sofreu "um incidente de segurança de dados", explicou uma porta-voz. "Ao tomarmos conhecimento, desconectamos nossos sistemas para protegê-los, e abrimos uma investigação com a ajuda de especialistas externos em cibersegurança", acrescentou. 

O Hospital Waterbury do grupo em Connecticut informou que o apagão cibernético afetava todas as intervenções a pacientes hospitalizados e ambulatórios, e obrigou o pessoal a usar "registros de papel". A Rede de Saúde do Leste de Connecticut notificou que seu centro de emergência estava fechado e que as cirurgias eletivas haviam sido canceladas até novo aviso. 

Suspeita-se de que o incidente poderia ser um ataque de "ransomware", ou sequestro de dados, mas ele ainda estava sendo investigado, disse a porta-voz. Esse tipo de ataque cibernético tende a acessar sistemas vulneráveis e criptografar e roubar dados, antes de enviar um pedido de resgate exigindo um pagamento em troca de descriptografá-los ou de não torná-los públicos. Grupos de saúde tendem a ser alvo recorrente desses ciberataques.

"Enquanto nossa investigação prossegue, estamos concentrados em atender as necessidades urgentes de nossos pacientes, e trabalhamos com atenção para voltar à normalidade o quanto antes", disse a porta-voz.

AFP e Correio do Povo

Sábado de clima ameno e sol entre nuvens no Rio Grande do Sul

 Máximas devem girar em torno dos 25°C na maior parte do Estado

Em Porto Alegre, a previsão é de sol entre nuvens. 

O sábado será de sol entre nuvens e clima ameno pelo Rio Grande do Sul. A nebulosidade marcará presença de maneira mais forte no Sul e no Leste do Estado. Por isso, não se descarta a possibilidade de garoa nestas localidades.

Conforme a MetSul, o Noroeste seguirá com marcas elevadas sob influência de ar seco e quente. Em Santa Rosa, as máximas podem ultrapassar os 30°C. 

Em Porto Alegre, a previsão é de sol entre nuvens. A mínima será de 16ºC e a máxima, de 22ºC.

Máximas e mínimas pelo RS:

Ausentes 11ºC / 22ºC 
Caxias do Sul 14ºC / 24ºC 
Uruguaiana 17ºC / 29ºC 
Chuí 12ºC / 19ºC
Capão 16ºC / 22ºC

MetSul e Correio do Povo

Confira o resultado do sorteio das loterias da Caixa desta sexta-feira, dia 4 de agosto

 Foram sorteados os prêmios da Lotofácil, Lotomania, Quina e Super Sete



A Caixa Econômica Federal realizou nesta sexta-feira, 4 de agosto, os sorteios de número 2.881 da Lotofácil, 2.503 da Lotomania, 6.207 da Quina e 428 da Super Sete. Os resultados foram divulgados por volta das 20h no Espaço Caixa Loterias, no novo Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Lotofácil

O concurso 2.881 da Lotofácil com prêmio estimado em R$ 1.700.000,00 teve os seguintes números sorteados: 

01 - 03 - 04 - 06 - 07 - 10 - 11 - 12 - 13 - 16 - 18 - 19 - 20 - 23 - 25

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui

Lotomania

O concurso 2.503 da Lotomania com prêmio estimado em R$ 8.000.000,00 teve os seguintes números sorteados: 

02 - 04 - 07 - 13 - 14 - 18 - 23 - 24 - 26 - 28 - 37 - 39 - 45 - 53 - 54 - 76 - 79 - 87 - 94 - 99

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui

Quina

O concurso 6.207 da Quina com prêmio estimado em R$ 13.000.000,00 teve os seguintes números sorteados: 

17 - 22 - 54 - 57 - 59

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui

Super Sete

O concurso 428 da Super Sete com prêmio estimado em R$ 2.200.000,00 teve os seguintes números sorteados: 

Coluna 1: 3
Coluna 2: 4
Coluna 3: 3
Coluna 4: 2
Coluna 5: 7
Coluna 6: 9
Coluna 7: 8

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui

O sorteio foi transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube:

Confira também os últimos resultados dos sorteios aqui.

Correio do Povo

Governo Lula bloqueia verba do Auxílio Gás e 2 milhões podem ficar sem o benefício em dezembro

 


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueou recursos do Auxílio Gás e dois milhões de famílias podem ficar sem o benefício no fim do ano. A medida se soma a outra obstrução de verbas que atinge em cheio a base da gestão petista: a tesourada determinada na Esplanada dos Ministérios alcançou também a pasta da Educação, travando dinheiro previsto para a educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome bloqueou a liberação de R$ 262 milhões do Auxílio Gás, de acordo com levantamento feito pela Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). O programa paga o gás de cozinha para pessoas de baixa renda.

O valor contingenciado representa 14% do orçamento do programa (um total de R$ 1,8 bilhão) que ainda não foi liberado para os beneficiários. Todo o corte ficou em cima do Auxílio Gás, criado na gestão de Jair Bolsonaro. Nenhuma outra área foi atingida na pasta. O dinheiro das emendas parlamentares, por exemplo, foi poupado.

O ministério, comandado por Wellington Dias, admitiu que a decisão "poderia afetar o Auxílio Gás, mas apenas em dezembro" e disse que colocou o bloqueio no programa porque não haveria prejuízos "neste momento".

O ministério também afirmou que espera a liberação da verba travada até o fim do ano. Se isso não acontecer, se prepara para "remanejar recursos de outras ações orçamentárias".

O governo efetuou o bloqueio porque apontou risco de furar o teto de gastos públicos, conduta que pode levar ao impeachment de um presidente da República. Mesmo com essa imposição, são os ministérios que definem quais ações ficarão sem dinheiro garantido. O recurso só é destravado se a situação financeira se resolver - o que não tem prazo para acontecer.

Pandemia

O Auxílio Gás foi criado em 2021, no meio da pandemia de covid-19, para socorrer famílias que passaram a cozinhar com lenha e álcool porque não tinham dinheiro para comprar o gás. Na época, pessoas chegaram a ser hospitalizadas com queimaduras. O valor pago hoje é de R$ 110 a cada dois meses por família, com base no preço médio do botijão de 13 quilos no Brasil.

"Os bloqueios podem ser temporários ou definitivos, dependendo do comportamento das receitas e das despesas. O importante é que os bloqueios atinjam o supérfluo e não o essencial, de forma a preservar as políticas públicas prioritárias", afirmou o secretário executivo da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco.

Três parcelas do benefício já foram pagas (fevereiro, abril e junho). As famílias ainda devem receber o auxílio nos meses de agosto, outubro e dezembro. Se o governo trabalhar com o valor que ficou disponível, o bloqueio representa 795 mil famílias a menos. Se atender o mesmo número de pessoas nas próximas duas parcelas, como prometeu, faltaria dinheiro para 2 milhões de beneficiários em dezembro.

Na Educação, conforme o levantamento da Contas Abertas, o corte soma R$ 332 milhões e mexeu em várias ações tocadas pela pasta: principalmente a educação básica (R$ 201 milhões), incluindo todo o recurso programado para o desenvolvimento da alfabetização (R$ 131 milhões) nessa área. O bloqueio ocorreu na mesma semana em que o governo lançou um programa de ensino em tempo integral. A decisão atraiu críticas e cobranças ao ministro da Educação, Camilo Santana.

Também foram atingidas verbas para a compra de veículos do transporte escolar (R$ 1 milhão) e bolsas de pesquisa no ensino superior (R$ 50 milhões). O bloqueio significa que o dinheiro só vai ser liberado se o governo verificar que não há risco de descumprir o teto de gastos. Na prática, as escolas ficam sem a garantia de receber todo o repasse esperado.

A decisão foi tomada por decreto no último dia 28. Na terça-feira passada, 1º, um dia depois de Lula sancionar o projeto da escola integral, o corte já estava feito no MEC.

"O ideal seria que os cortes ocorressem em despesas como passagens aéreas, diárias, locação de imóveis, nas férias de 60 dias do Judiciário, nos supersalários, na quantidade de assessores dos parlamentares e outras, mas esses cortes ou não têm escala suficiente para os ajustes necessários ou são tidos como inviáveis politicamente", destacou Castello Branco.

Aposta

A escola em tempo integral é a principal aposta do Ministério da Educação atualmente, após o governo ter revogado o programa de escola cívico-militares. A pasta anunciou que pretende incluir 3,2 milhões de estudantes no plano até 2026. O bloqueio significa que as escolas ainda devem receber o dinheiro para o ensino integral, mas podem não ter todos os recursos que esperavam para outras despesas.

"A educação mais uma vez está com a corda no pescoço. Para que as plataformas de alfabetização e educação em tempo integral de fato sejam realidade, o orçamento precisa ser integral e recomposto", disse Alessandra Gotti, doutora em Direito Constitucional e presidente executiva do Instituto Articule. "Não se sabe quando a situação vai ser equacionada e esse tipo de corte revela muito a prioridade que se dá."

Procurado pela reportagem, o ministério encaminhou uma entrevista dada pelo ministro Camilo Santana ao portal UOL na quarta-feira, 2. O chefe da pasta afirmou que o bloqueio não afeta o programa de ensino integral e espera mais recursos para a educação em 2024, com a aprovação do arcabouço fiscal. O MEC não respondeu, porém, como ficarão as áreas afetadas e como pretende recompor a verba.

Emendas

Dentro do bloqueio feito na Educação, o ministério optou por segurar a liberação de R$ 155 milhões em emendas de bancada, recursos indicados pelo conjunto de parlamentares de um mesmo Estado. Esse tipo de verba é de interesse direto dos deputados e senadores e é negociado com as bases eleitorais. O bloqueio mexe com 15 bancadas estaduais e acontece justamente no momento em que o presidente Lula negocia entregar mais ministérios e cargos para o Centrão em troca de apoio político no Congresso.

A decisão foi criticada pelo presidente da Comissão de Educação da Câmara, Moses Rodrigues (União-CE). Deputados preparam um pedido de convocação do ministro para explicar a situação. O assunto deve ser discutido pelos deputados na semana que vem. "O que está no Orçamento já é o mínimo do mínimo e, quando você corta, traz um prejuízo muito grande para a educação. A nossa expectativa é que os recursos possam retornar", afirmou Rodrigues.

TNH1

Como era previsto, os tais “isentões” começam a entrar na mira do sistema