sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Congresso reage a descriminalização do porte de drogas
Líder da FNL omite motivo de saída do MST
Tradicionalistas se manifestam em frente ao TJRS por retomada das obras do Parque Harmonia
Diversos recursos à decisão que paralisou as obras tramitam no Judiciário
Manifestantes protestam para que obras sejam retomadas e Acampamento Farroupilha 2023 aconteça. | Foto: Ricardo GiustiTradicionalistas realizaram manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira, pedindo a finalização das obras necessárias à realização do Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia. Cerca de 50 pessoas se reuniram, pilchadas e com faixas de “Não ao fechamento” e “Harmonia para todos”.
O grupo ingressou com um agravo para que as obras necessárias ao Acampamento prossigam e esperava ser recebido no TJRS, mas o pedido foi negado. Conforme o secretário da Associação dos Acampados da Estância da Harmonia (Acamparh), Marcellus de Almeida, o agravo foi redistribuído ao desembargador Marcelo Bandeira Pereira, o mesmo responsável pelos agravos da prefeitura e da GAM 3 Parks. Em primeira instância, o recurso da prefeitura, que poderia resolver o caso, foi negado.
Tradicionalistas realizam manifestação em frente ao TJRS, nesta quinta-feira (3) e pedem a finalização das obras necessárias à realização do Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia
— Correio do Povo (@correio_dopovo) August 3, 2023
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O presidente da Acamparh, que reúne 140, dos cerca de 230 piquetes inscritos este ano no Acampamento, Rogério Lara, demonstrou preocupação com a suspensão das obras. “Tem narrativas de gente que vendeu o carro, vendeu o caminhão, para montar o piquete, tem os montadores, gera muito dinheiro, muito trabalho”, afirmou o presidente da associação.
De acordo com a entidade, a urgência é para que liberem as obras necessárias para a montagem dos piquetes, o que teria como previsão de início 12 de agosto. “Não tem como fazer acampamento do jeito que está hoje. Não tem condições mínimas, não tem luz, não tem água”, disse ele. O presidente da entidade afirmou que não é contrário ao movimento ambientalista, mas quer a realização do evento. “É justa a luta deles, a gente respeita isso, só que, ao que parece, virou uma discussão política, administrativa da concessionária com o ex-sócio”, avaliou Lara.
Correio do Povo
Trump se declara inocente de acusação sobre tentativa de subverter eleições de 2020
Republicano responde a acusações de orquestrar uma tentativa de bloquear a transferência pacífica do poder presidencial
Donald Trump é acusado de orquestrar invasão ao Capitólio | Foto: Scott Olson / Getty Images North America / AFP / CPO ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou inocente, nesta quinta-feira (3), de acusações de que teria tentado anular o resultado das eleições de 2020, quando perdeu a corrida presidencial. O republicano responde a acusações federais que afirmam que Trump orquestrou uma tentativa descarada e fracassada de bloquear a transferência pacífica do poder presidencial.
Trump compareceu ao tribunal federal de Washington dois dias depois de ser indiciado por quatro acusações criminais pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith. O ex-presidente é acusado de tentar subverter a vontade dos eleitores e desfazer sua derrota eleitoral nos dias anteriores a 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores invadiram o Capitólio dos Estados Unidos em um confronto violento e sangrento com as autoridades.
Agência Estado e Correio do Povo
Tensão da guerra aumenta
Moscou ganhou uma característica arquitetônica simplória que iria se espalhar por outras capitais da União Soviética.
Jurandir Soares
A capital da Rússia imperial czarista era São Petersburgo. Quando a revolução comunista resultou vitoriosa, em 1917, transferiram a capital para Moscou. E passaram a construir os prédios com uma arquitetura específica, com quatro a cinco andares, sendo que sete prédios se tornaram mais suntuosos, bem mais amplos e altos, para abrigar os ministérios. Moscou ganhou uma característica arquitetônica simplória que iria se espalhar por outras capitais da União Soviética. Com o fim da URSS, em 1991, teve início, um ano depois, a construção de um centro internacional de negócios, que recebeu o nome de Moskva Citi ou Moscow City, numa analogia à City londrina. Ou seja, a área se tornou o símbolo de uma nova Rússia, que queria demonstrar prosperidade. Pois foi exatamente essa área de torres envidraçadas que a Ucrânia escolheu para perturbar e provocar Vladimir Putin. O prédio mais visado foi o IQ-Center, que concentra escritórios de três ministérios russos (Desenvolvimento Econômico, Digital e Indústria e Comércio) além de empresas de tecnologia. É contra alguns desses majestosos prédios de Moscou que estão sendo lançados os drones teleguiados. Dispositivos que não têm causado maiores estragos, a não ser destruição de janelas e algumas partes de escritórios. Mas que tem feito a guerra chegar a Moscou. E atingir o setor financeiro, que é um dos que está mais revoltado com Putin, pois, em consequência da guerra, teve o seu bloqueio no setor financeiro internacional, como decorrência das sanções impostas à Rússia.
Todavia, os aparentemente pouco ofensivos drones ucranianos têm provocado também o fechamento do aeroporto Vnukovo, um dos três que servem a capital do país. Nesta terça-feira, pela segunda vez em três dias, a Ucrânia atacou pontos emblemáticos de Moscou. Não é um avanço de sua contraofensiva, mas é uma forma de fazer os russos verem que a guerra está chegando a Moscou.
Apesar destas fustigações contra a Rússia, a realidade para a Ucrânia não é nada boa. A contraofensiva, iniciada a 4 de junho, ainda não logrou romper as camadas defensivas russas em Zaporízhia, no sul, apesar do emprego maciço de equipamento da Otan. E o país segue perdendo pessoas e bens materiais em função dos contínuos bombardeios por mísseis russos. Aliás, a estratégia que Moscou passou a usar. Como não tem conseguido avançar com seus tanques, a Rússia bombardeia com seus mísseis. E assim segue atingindo cidades ucranianas. Em Kherson, no sul, ao menos duas pessoas morreram em bombardeios oriundos do outro lado do rio Dnipro.
O ataque mais contundente, no entanto, se deu em reação a uma decisão tomada pela Ucrânia nesta semana. Diante da ruptura por Moscou do acordo que permitia a saída de grãos através do Mar Negro, a Ucrânia firmou um acordo com a Croácia para escoar seus produtos através de seu porto no rio Danúbio e depois por porto croata no Adriático.
Pois, nesta quarta-feira, a Rússia bombardeou o porto de Izmail, na região de Odessa, junto ao rio Danúbio que separa a Ucrânia da Romênia. Ou seja, do outro lado do rio onde houve o ataque situa-se um país membro da Otan. O bombardeio destruiu um prédio e dois silos que continham 40 mil toneladas de grãos. Enquanto Moscou demonstrou sua disposição de bloquear a saída dos grãos ucranianos, o presidente Zelensky postou no Telegram: “O mundo tem de responder. Quando portos civis são alvejados, isto é uma ameaça a todos os continentes”.
Mais outro fato ampliou a tensão na região. A mobilização de tropas da Polônia para a fronteira com a Belarus, após acusar a invasão de seu espaço aéreo por dois helicópteros militares de Minsk. A Belarus é vista como uma extensão do território russo, em função da forte aliança entre os presidentes Alekssander Lukachenko e Vladimir Putin. E como se não bastasse, a Rússia anunciou a realização de manobras navais no mar Ártico, a partir de sua base naval de Kaliningrado, um encrave seu situado entre Polônia e Lituânia.
São manobras de rotina envolvendo 6.000 soldados, 30 navios e 20 embarcações de apoio, além de 30 aeronaves. Porém, no atual contexto, qualquer incidente pode fazer com que as manobras deixem de ser de rotina.
Correio do Povo
MP-SP abre inquérito para apurar recusa de livros didáticos federais
Órgão teme pela dificuldade dos alunos em ter acesso à equipamentos tecnológicos
Secretário da Educação paulista, Renato Feder, resolveu abrir mão de 10 milhões de exemplares | Foto: Fernando Nascimento / Governo do Estado de São Paulo / Divulgação / CPO Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito para investigar a decisão do governo de São Paulo de dispensar livros didáticos nas escolas estaduais para usar apenas material digital. A promotoria dá dez dias para a Secretaria da Educação mostrar as "justificativas pedagógicas e financeiras" para recusar as obras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), por meio do qual o Ministério da Educação (MEC) compra exemplares para todas as escolas do País.
O secretário da Educação paulista, Renato Feder, resolveu abrir mão de 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) em 2024. E anunciou que não vai mais comprar livros para o ensino médio também. A estratégia do governo de São Paulo atualmente é a de aulas organizadas em Power Point, com cerca de 20 slides, que são passados pelo professor em sala de aula.
"A aula é uma grande TV, que passa os slides em Power Point, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai", disse Feder ao Estadão "Não é um livro didático digital. É um material mais assertivo, com figuras, jogos, imagens 3D, exercícios. Ele pode clicar em links, abrir vídeos, navegar por um museu", afirmou.
Feder também justificou a decisão por considerar os livros do PNLD "superficiais". Segundo o MP, há necessidade "de apurar se os novos materiais didáticos a serem adotados equivalem aos do PNLD em termos de qualidade, processos de análise qualitativa de produção, escolha, avaliação e preço unitário". A promotoria pede que o governo informe também quem são os profissionais responsáveis por elaborar e avaliar o material digital.
A promotora Fernanda Peixoto Cassiano também diz que a "adoção de material didático exclusivamente digital dificulta o acesso de alunos sem suporte de equipamentos tecnológicos" nas escolas e em casa, o que coloca em risco a obrigação constitucional e legal do Estado de fornecer material didático. E que a decisão pode "configurar tratamento desigual entre os estudantes". A promotoria diz ainda que deve ser considerado o relatório anual da Unesco (braço das Nações Unidas para a educação), divulgado semana passada, que recomenda o uso da tecnologia como complementação a outras estratégias na sala de aula, e não como substituição.
O MP ainda pede que o Estado informe se houve consulta aos "órgãos de gestão democrática do sistema", como o Conselho Estadual de Educação (CEE), conselhos de escola, grêmios estudantis e aos profissionais da educação antes de tomar a decisão. Feder esteve em reunião no CEE e chegou a ser questionado, mas não deu declarações porque avisou que precisaria sair para uma reunião com o governador. O secretário também cancelou nesta quinta-feira sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, que seria na segunda-feira.
Segundo o Estadão apurou, as escolas estavam sendo consultadas pelo Estado até a semana passada sobre o processo de escolha de livro no PNLD. Foi indagado até se preferiam uma opção única de livro para toda a rede ou obras escolhidas para cada escola. Professores e editoras foram surpreendidos com a decisão do secretário de recusar as obras federais.
Os livros oferecidos no PNLD são os mesmos vendidos no mercado privado, com pequenas adaptações de formato exigidas nos editais públicos. Como também mostrou a reportagem, muitos dos livros didáticos rejeitados pelo governo de São Paulo para a rede estadual são usados por escolas particulares de ponta na capital paulista, como Bandeirantes, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Gracinha e Oswald de Andrade.
Agência Estado e Correio do Povo
Sâmia Bomfim (Psol) confronta Guilherme Derrite (PL) sobre mortes em SP
Lucro líquido da Petrobras cai 24,6% em relação a trimestre anterior
Companhia justifica redução por desvalorização do petróleo e despesas operacionais
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira um lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no 2º trimestre de 2023. Quando comparado aos R$ 38,2 bilhões do 1º trimestre de 2023, representa uma queda de 24,6%. O resultado é explicado principalmente pela desvalorização do preço do petróleo (Brent), pela queda de mais de 40% na diferença entre o preço do petróleo e os preços internacionais do diesel, além de despesas operacionais.
A companhia investiu US$ 3,2 bilhões no período, um aumento de 31% em relação ao trimestre anterior e 5,5% acima do mesmo período do ano passado. O lucro da companhia, segundo a própria, deve-se, principalmente, aos grandes projetos do pré-sal na Bacia de Santos e também ao pagamento do bônus de assinatura relativo aos campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava.
O presidente da companhia, Jean Paul Prates disse que a Petrobras apresentou uma performance financeira e operacional consistente no 2º trimestre. “Vamos seguir trabalhando, focados no presente, mas também de olho no futuro, preparados para a transição energética justa e investindo no futuro da companhia e do Brasil”.
Agência Brasil e Correio do Povo
Dólar sobe quase 2% e aproxima-se de R$ 4,90 após corte de juros
Bolsa de valores tem leve baixa e fecha em queda de 0,23%
Moeda também sofreu pressões externas | Foto: Vanderlei Almeida / AFP / CPNo dia seguinte à queda da Taxa Selic (juros básicos da economia), o dólar teve forte alta e aproximou-se de R$ 4,90, também motivado pelo desempenho no exterior. A bolsa de valores alternou altas e baixas, mas fechou em leve queda. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira vendido a R$ 4,899, com alta de R$ 0,093 (+1,94%). A cotação subiu durante todo o dia. Após operar entre R$ 4,87 e R$ 4,88, a divisa acelerou a alta na hora final de negociação.
A moeda norte-americana está no maior nível desde 6 de julho, quando tinha fechado vendida a R$ 4,93. A divisa acumula alta de 3,57% apenas nos primeiros dias de agosto, mas cai 7,22% em 2023.
No mercado de ações, o dia foi marcado pelas oscilações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 120.586 pontos, com recuo de 0,23%. Este foi o terceiro dia seguido de queda do indicador. No Brasil, o mercado financeiro reagiu ao corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic. Na noite de quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos de 13,75% para 13,25% ao ano.
O corte maior que o previsto e a confirmação, no comunicado do Copom, de que as próximas quedas também serão de 0,5 ponto pressionaram o câmbio. Isso porque várias economias avançadas continuam a aumentar os juros, o que torna o Brasil menos rentável para o capital financeiro.
No exterior, o dólar ficou estável perante as moedas de países desenvolvidos, mas subiu perante as de países emergentes. Os juros dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, tiveram forte alta, o que atrai fluxos financeiros para os Estados Unidos, em prejuízo de economias emergentes.
Agência Brasil e Correio do Povo