quinta-feira, 3 de agosto de 2023
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Ex-diretor admite ter emitido 33 alertas de invasões
O maior problema do Brasil é a impunidade
8 DE JANEIRO, A NARRATIVA E OS FATOS
Por Percival Puggina
Se por um instante você deixar de ver os acontecimentos do dia 8 de janeiro como são narrados, para analisá-los como registrados pelos próprios olhos, notará enorme diferença.
Segundo as instituições, durante um par de horas, a nação periclitou frente ao abismo de uma ditadura fascista. No horizonte imediato, haveria fogo e ranger de dentes porque ali, a olhos vistos, transcorria o “pan demônio”, ou seja, a reunião de todos os demônios, do terrorismo ao golpismo. Felizmente, lhe dizem, a emergência foi debelada com os golpistas presos em ação fulminante e integrada dos bastiões da democracia, do estado de direito e das liberdades públicas.
Mil e quinhentas pessoas se envolveram na tal “intentona fascista”. Era uma ensolarada tarde de domingo. Sem banda, carro de som ou megafone, saíram do acampamento junto ao QG e marcharam em direção à Praça dos Três Poderes. Os homens, pela idade média, se militares, estariam quase todos na reserva; as mulheres eram intrépidas e ameaçadoras vovós e tias do Zap. Levavam cadeiras de praia, bandeiras, faixas. Enquanto a República vivia momentos tão decisivos, cantaram hinos, tiraram selfies, perambularam pela vastidão do despovoado local. Era uma praça sem garrafinhas de água e sem pipocas. Apenas um inesperado vendedor de algodão doce veio do nada com sua colorida mercadoria para adoçar o "golpe".
Em que pese tudo que se diz sobre os riscos de uma população armada, nenhuma pistolinha sequer foi vista e, menos ainda, ouvida. Cerca de 10% dos golpistas partiram para uma arremetida final contra a desguarnecida e vazia Bastilha brasiliense. Enquanto os demais, desde fora, gritavam “Não quebra! Não quebra!”, eles atacaram as vidraças republicanas e foram adiante, golpeando móveis e bens do patrimônio nacional. Dois dos três prédios invadidos já tinham sido objeto de tais crimes em outras ocasiões.
Enfim, pouco depois, um punhado de policiais militares do Distrito Federal surgiu e colocou todos a marchar de volta para a frente do QG onde, na manhã seguinte, embarcariam na segunda ratoeira de sua malsucedida "intentona".
A imensa maioria dos que foram à Praça dos Três Poderes era movida por temor. Temiam o braço pesado de um Estado que se agigantava assustadoramente sobre a nação. Acabaram comprovando nas suas vidas as razões do temor que sentiam.
Pontocritico.com
RESUMO DO 8º COLÓQUIO PENSAR+
8º COLÓQUIO PENSAR+
No último final de semana, pensadores que integram a SOCIEDADE PENSAR+ se reuniram na bela e atraente cidade de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, na condição de participantes do 8º Colóquio -PENSAR+, com o propósito de debater, com profundidade a importante obra -A DESOBEDIÊNCIA CIVIL - produzida, em 1849, pelo escritor e poeta americano Henry David Thoreau.
HENRY THOREAU
Insubmisso e corajoso, Henry Thoreau entendia que NÃO DEVERIA PAGAR IMPOSTOS , notadamente o IMPOSTO DE RENDA, porque acreditava ser errado dar dinheiro aos EUA, um -país então escravocrata e em guerra contra o México- (a 13ª Emenda, que aboliu oficialmente, em território americano a ESCRAVIDÃO E A SERVIDÃO INVOLUNTÁRIA foi adotada anos após, em 6/12/1865). Como tal Thoreau acabou sendo preso, mas sua tia pagou a fiança e, na manhã seguinte, inspirado pela noite que esteve na prisão, escreveu o famoso ensaio - A DESOBEDIÊNCIA CIVIL-. Leon Tolstói, um dos mais famosos escritores do mundo venerava este ensaio e o recomendou, por carta, a um jovem indiano -Mahatma Gandhi-, que se encontrava preso na África do Sul.
O LUGAR DE UM HOMEM JUSTO É A PRISÃO
Pois, num dos trechos da sua obra, Henry Thoreau faz a seguinte e importante observação: - NUM GOVERNO QUE APRISIONA QUALQUER PESSOA INJUSTAMENTE, O VERDADEIRO LUGAR DE UM HOMEM JUSTO É TAMBÉM A PRISÃO. O LUGAR APROPRIADO, HOJE, O ÚNICO LUGAR QUE MASSACHUSETTS PROPORCIONA A SEUS ESPÍRITOS MAIS LIVRES E MENOS DESESPERANÇADOS SÃO SEUS CÁRCERES, NOS QUAIS SE VERÃO APRISIONADOS E EXPULSOS DO ESTADO.-
VIVER COM HONRA
Diz mais o escritor, com notável precisão, que justifica a sua corajosa insubmissão: - É NA PRISÃO QUE O ESTADO COLOCA AQUELES QUE NÃO ESTÃO SENDO COMO ELE, MAS CONTRA ELE. OU SEJA: É O ÚNICO LUGAR, NUM ESTADO ESCRAVO, EM QUE UM HOMEM LIVRE PODE VIVER COM HONRA.
CONCLUSÃO
Os pensadores, ao término do 8º Colóquio -PENSAR+, se mostraram convencidos de que o momento do nosso empobrecido Brasil sugere que as prisões daqueles que ousam se expressar com liberdade, faz do ambiente dos presídios UM LUGAR PARA SE VIVER COM HONRA. Que tal?
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