Vídeo de Rodrigo Constantino
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
Senado aprova regulamentação da telessaúde no Brasil
Paciente deverá concordar com atendimento remoto, ou então médico deverá oferecer presencial
O Senado aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei (PL) 1.998/2020, que regulamenta a prestação virtual de serviços de saúde, a chamada telessaúde. Como foram feitas alterações no texto pelos senadores, ele voltará à Câmara para uma nova análise dos deputados. A telessaúde foi criada e permitida em caráter emergencial, no contexto da pandemia de Covid-19, e agora precisa ser regulamentada para assegurar a legalidade da prática.
De acordo com o texto, o médico poderá decidir se atende o paciente de forma remota, desde que o paciente concorde com isso. Caso o paciente recuse o atendimento virtual, o atendimento presencial deverá ser garantido pelo profissional de saúde. A prática ficará sujeita ao Marco Civil da Internet (Lei 12.965, de 2014), à Lei do Ato Médico (Lei 12.842, de 2013), à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709, de 2018), ao Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990) e à Lei do Prontuário Eletrônico (Lei 13.787, de 2018).
O relator do texto no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), incorporou propostas de colegas alterando trechos do projeto, o que justifica seu retorno à Câmara, Casa de origem da proposta. Uma das alterações traz a proibição dessa modalidade de atendimento para realização de exames físicos ocupacionais, bem como avaliações de capacidade, dano físico ou mental e de nexo causal.
Também foi incluído no texto uma emenda que prevê no Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei 13.146, de 2015, a utilização da telessaúde. O texto a ser incluído nessa lei afirma que compete ao SUS aprimorar o atendimento neonatal e ofertar, inclusive por telessaúde, ações e serviços de prevenção de danos cerebrais e sequelas neurológicas em recém-nascidos.
Para exercer a telessaúde, é suficiente a inscrição do profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM) de origem. Não será necessária inscrição no CRM do estado em que o paciente for atendido. Também é obrigatório o registro das empresas intermediadoras dos serviços virtuais, bem como o registro de um diretor técnico médico dessas empresas no CRM dos estados em que estão sediadas.
Planos de saúde
Os convênios médicos também poderão oferecer atendimento via telessaúde. Ele seguirá os mesmos padrões do atendimento presencial em relação à contraprestação financeira, que não poderá ser inferior em relação ao atendimento presencial. O plano de saúde fica proibido impedir ou dificultar o acesso ao atendimento presencial, caso este seja a opção do profissional de saúde ou do paciente.
Agência Brasil e Correio do Povo
Copa do Mundo: Confira os jogos desta quarta-feira, dia 30
Argentina de Messi precisa vencer a Polônia para não correr o risco de ser eliminada na fase de grupos no Catar
A quarta-feira será de definição nos Grupos C e D para descobrir quem avança para as oitavas de final da Copa do Mundo. Será mais um dia de craques em campo na luta pelo título do Mundial com a competição cada vez mais se afunilando. Mbappé, Robert Lewandowski e Lionel Messi darão suas caras pelo Catar novamente.
Os duelos começam às 12h. A já classificada França encara a Tunísia e busca garantir o primeiro lugar na chave. Para a Tunísia, em caso de vitória, a classificação pode acontecer em uma combinação de resultados.
Com a segunda rodada do Grupo D finalizada, a #FRA já garantiu sua classificação para as oitavas!
— Copa do Mundo FIFA 🏆 (@fifaworldcup_pt) November 26, 2022
Quem vai ficar com a outra vaga? 🇦🇺🇩🇰🇹🇳
- Copa do Mundo: acompanhe Austrália x Dinamarca em tempo real
No outro duelo, Dinamarca e Austrália fazem mais uma "final" na fase de grupos. Decepção até aqui, os dinamarqueses precisam vencer para seguir vivos, enquanto os australianos podem empatar (caso a Tunísia não vença a França).
- Copa do Mundo: acompanhe Polônia x Argentina em tempo real
No Grupo C, a partir das 16h, a Argentina, de Lionel Messi, joga a "vida" contra a Polônia, de Robert Lewandowski. Os hermanos terão mais um confronto decisivo pela frente. Depois de superar o sufoco diante do México, a Argentina passa com certeza se vencer.
No entanto, em caso de empate, as duas seleções podem avançar se o resultado de Arábia Saudita e México ajudar. Entre sauditas e mexicanos, o duelo é franco. A Arábia se garante na próxima fase se vencer. Para o México, será preciso vencer e secar os hermanos.
A Polônia termina a segunda rodada na liderança do Grupo C!
— Copa do Mundo FIFA 🏆 (@fifaworldcup_pt) November 26, 2022
As oitavas de final até o momento já contam com Holanda x Estados Unidos e Inglaterra x Senegal. Quem passar em primeiro no Grupo C, encara o segundo do Grupo D, e o primeiro do D, desafia o segundo do C.
Correio do Povo
Bloqueios no Orçamento serão revistos no próximo mês, diz secretário
Ministério da Economia deverá publicar relatório fora do prazo
O bloqueio de R$ 5,7 bilhões no Orçamento-Geral da União será reavaliado no próximo mês, disse nesta terça-feira o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Segundo ele, em meados de dezembro, o Ministério da Economia editará uma edição extemporânea (fora do prazo) do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento.
De acordo com Valle, o governo consegue verificar, com mais eficiência, onde estão os “empoçamentos” de recursos perto do fim do ano e liberar recursos que determinadas pastas não podem gastar. Segundo o secretário, isso ocorre porque alguns ministérios fazem projeções conservadoras.
Formado principalmente por emendas parlamentares com problemas e que não podem ser gastas, o empoçamento de recursos afeta diversos ministérios. A verba fica reservada, mas não pode ser empenhada (autorizada) nem remanejada para outro órgão.
“Houve necessidade de fazer o bloqueio, mas deve haver reavaliação em meados de dezembro”, disse Paulo Valle, ao explicar o superávit primário de R$ 30,8 bilhões em outubro.
No último dia 22, o Ministério da Economia anunciou o contingenciamento (bloqueio) adicional de R$ 5,7 bilhões do Orçamento de 2022 para cumprir o teto federal de gastos. Segundo a pasta, a decisão foi necessária para pagar R$ 2,3 bilhões adicionais em benefícios da Previdência Social e por causa da suspensão da medida provisória que adiava para 2023 o repasse de R$ 3,8 bilhões de ajudas para o setor cultural da Lei Aldir Blanc.
Lei Paulo Gustavo
Com o novo contingenciamento, o total de recursos bloqueados no Orçamento de 2022 chega a R$ 15,4 bilhões. Em relação à Lei Paulo Gustavo, que prevê repasses para governos locais ajudarem setores da cultura afetados pela pandemia de Covid-19, Valle disse que o governo não tem condições de executar a despesa neste ano, mas que enviará um projeto de lei ao Congresso Nacional para criar o gasto no Orçamento.
“Gera um grande impacto o bloqueio de R$ 3,7 bilhões. Por ser despesa não recorrente e tomada no meio do exercício, começa a ter problema de dificuldade de programação previstas para o fim do ano. Mas está em discussão e vamos tomar medidas cabíveis”, explicou. “Mas dificilmente vai conseguir pagar este ano”, completou. O mais provável, segundo ele, é que os gastos sejam empenhados como restos a pagar para 2023.
Em relação à Previdência Social, explicou Valle, o crescimento dos gastos decorre do esforço para reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O secretário ressaltou que a projeção estava subestimada em cerca de R$ 20 bilhões em relação ao início do ano. Ele, no entanto, disse que o relatório extemporâneo não deverá trazer ajustes nessa área.
Teto de gastos
Sobre o teto de gastos, que limita o crescimento dos gastos federais à inflação do ano anterior, o secretário do Tesouro disse que o instrumento precisa de melhorias, mas que tem cumprido a função de servir de âncora fiscal e de regular as despesas federais. “Todo mundo reconhece que cabem melhorias, mas o teto contribui para o cumprimento da meta fiscal e dá previsibilidade às despesas. Desde 2016, há controle no nível de despesas”, declarou.
De acordo com o Tesouro Nacional, as despesas sujeitas ao teto de gastos subiram 15,7% de janeiro a outubro, acima do limite de enquadramento de 15,2% previsto no Orçamento deste ano. Diferentemente de outros anos, em que o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público estavam desenquadrados e eram compensados pelo Poder Executivo, em 2022 os gastos do Executivo estão crescendo mais que o previsto.
Nos dez primeiros meses deste ano, o Executivo gastou 16,2% a mais que no mesmo período do ano passado, contra limite de crescimento 15,1% previsto para esse Poder. Segundo o subsecretário de planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde, a situação será normalizada até o fim do ano.
Agência Brasil e Correio do Povo
Incêndio atinge apartamentos na avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre
Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado para debelar o fogo; não houve registro de feridos
Um incêndio atingiu nesta terça-feira dois apartamentos no primeiro andar de um prédio na avenida Bento Gonçalves, 1515, no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foram acionadas para debelar o fogo. Segundo o tenente Rafael Vieira, ninguém ficou ferido. Um vídeo publicado em redes sociais mostra o apartamento em chamas e a fumaça se espalhando rapidamente.
Um incêndio no início da tarde desta terça-feira atingiu dois apartamentos na avenida Bento Gonçalves. O vídeo publicado nas redes sociais mostra o apartamento em chamas e a fumaça se espalhando rapidamente.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) November 29, 2022
📹 Corpo de Bombeiros Militar / Reprodução / CP pic.twitter.com/6wb8tRY0yZ
Correio do Povo
Bombeiros confirmam segunda morte após deslizamento na BR 376 entre Paraná e Santa Catarina
Equipes ainda trabalham no local da tragédia em que pelo menos 20 veículos, entre eles seis caminhões, foram soterrados
O Corpo de Bombeiros confirmou uma segunda morte causada pelo deslizamento na BR 376 entre Paraná e Santa Catarina na noite desta segunda-feira. Conforme o portal Ric Mais, a vítima foi atingida pela terra na rodovia, que soterrou pelo menos 20 veículos, entre eles seis caminhões.
Os Bombeiros ainda trabalham na identificação dos mortos. O primeiro óbito foi divulgado ainda na madrugada. As equipes seguem trabalhando no local. A chuva e o risco de novos deslizamentos dificultam o trabalho do resgate.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou, nesta terça-feira, a criação de um gabinete de crise para concentrar a tomada de decisões e atendimento às vítimas dos deslizamentos. Ele reforçou que o governo paranaense vai redobrar os esforços para assegurar o resgate das vítimas. O governo já confirmou uma morte e um ferido.
Correio do Povo
Assembleia aprova Orçamento 2023 do Rio Grande do Sul com déficit
O texto foi aprovado por 43 votos a nove nesta terça-feira
A Assembleia Legislativa aprovou, na tarde desta terça-feira, por 43 votos favoráveis e nove contrários, a proposta de Lei Orçamentária do Rio Grande do Sul (LOA). Essa é a primeira após a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O Orçamento para o próximo ano traz a previsão de déficit de R$ 3,755 bilhões, e estima as arrecadações em R$ 70,3 bilhões e as despesas em R$ 74 bilhões. Mesmo assim, o governo ainda tem a expectativa de conseguir compensação do governo federal das perdas de arrecadação por causa da redução de alíquotas de ICMS. Também foram aprovadas 511 emendas, das 558 recebidas, de origem parlamentar. Assim como no ano anterior, foram destinados R$ 55 milhões em emendas para os deputados, no valor máximo de R$ 1 milhão por parlamentar, contanto que as destinações atendessem alguns pré-requisitos.
Os números apresentados pelo governo foram contestados pela bancada de oposição - PT e PSol, únicas a votarem contrariamente. Os deputados acusaram o governo de reduzir os investimentos em Educação e de não atenderem às determinações da Constituição que preveem investimentos mínimos na Saúde. Em sua crítica, o deputado Pepe Vargas (PT) chamou o governo de "subserviente" ante a investida "eleitoreira" da gestão federal que determinou a redução dos impostos relativos aos combustíveis, motivo do déficit apresentado no Orçamento. "Onde está o equilíbrio alardeando? Mesmo com todo arrocho em cima do funcionalismo?", questionou na tribuna.
O valor a ser pago à União no próximo ano, de R$ 2,2 bilhões relativo à dívida, também foi alvo de críticas. A deputada Luciana Genro (PSol), ao retomar o assunto da adesão ao RRF, o classificou como "falta de vontade política de enfrentar a grande armação política contra o governo do Rio Grande do Sul".
Em resposta, o líder do governo e relator da matéria, Mateus Wesp (PSDB), afirmou que se não fosse a redução dos impostos, o Estado apresentaria um superávit, mas, ainda assim, os números postos permitem que no próximo ano não se atrase as folhas de pagamento e que se dê continuidade em investimentos do Avançar. Quanto aos cortes na Educação e Saúde, reiterou que eles não ocorreram, mas que alguns recursos podem ter sido realocados dentro das próprias pastas. "Com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal conseguimos oportunizar ao Estado ter condições serenas de tratar sua relação de dívida com a União", disse, se referindo a fala da deputada Luciana.
Mesmo votando favoravelmente, o deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) foi à tribuna alertar, novamente, sobre o uso do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para o pagamento de pensões e aposentadorias, medida restrita segundo a lei.
Outra ressalva partiu do deputado Giuseppe Riesgo (Novo), quanto aos possíveis aumentos para servidores de órgãos autônomos, incluindo o plano de carreira da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas. "Existe espaço fiscal para isso? Me parece que não. [...] Todos eles (órgãos autônomos) dizem que existe orçamento, que existem valores a serem dados em aumento (salarial) porque eles têm um orçamento próprio, mas isso não me convence. O orçamento é o mesmo, só a ficção orçamentária de dizer que existe um recurso provisionado por eles não quer dizer que o dinheiro seja abundante", afirmou.
Correio do Povo
Lula deve anunciar na semana que vem José Múcio para a Defesa
Homem de confiança do presidente eleito, ex-presidente do TCU é político moderado e de bom trânsito entre militares e também no Congresso
O ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais e ex-presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio é o nome do presidente eleito Lula da Silva para o ministério da Defesa. A escolha busca “retomar a institucionalidade nas relações” com os militares, segundo fonte próxima a ambos, e deve ser anunciada na semana que vem. "É a solução que está a caminho", indica.
Lula está em Brasília desde domingo e busca acelerar a definição dos nomes para o ministério, além de dar a palavra final sobre temas estratégicos levantados pela equipe de transição.
José Múcio foi o responsável pela articulação polícia de parte do segundo mandato de Lula durante o período de novembro de 2007 a setembro de 2009. Representante do PTB no então governo de coalizão do petista, Múcio tornou-se nome da confiança de Lula e consolidou imagem de bom negociador e cumpridor de acordos. O ex-ministro foi deputado federal, mora em Brasília e mantém trânsito entre diversas correntes políticas.
A passagem de José Múcio pelo Tribunal de Contas da União, de 2009 a 2021, culminou com a presidência do tribunal e o afastamento da política partidária. A atuação técnica à frente da corte fiscalizadora agregou respeitabilidade à carreira do homem público, o que teria pavimentado o caminho para a função hoje escolhida pelo presidente eleito.
As primeiras sondagens junto a interlocutores militares já começaram e foram feitas pelo próprio Lula. Para a sucessão nos comandos das forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – a idéia é obedecer as regras internas de sucessão, com escolhas entre os oficiais mais velhos na patente correspondente ao cargo, indicados pelos próprios militares. A estratégia busca mostrar respeito pela instituição e sinalizar a não-interferência no regramento militar.
A escolha de José Múcio para a defesa "seria uma solução muito inteligente. Ajudaria a destampar a panela de pressão", declara general ouvido pelo blog, com trânsito livre entre militares da ativa e também da reserva. A escolha de um civil para o comando da Defesa também não representaria problema. "Um civil é a preferência da maioria"- diz a fonte. "Mas as Forças Armadas estão apreensivas com o que virá", pondera.
O critério de antiguidade para a escolha dos comandantes das forças não deve ser o único. A lei sobre o tema estabelece como pré-requesito que o cargo seja ocupado por um oficial de quatro estrelas - isto é, que tenha percorrido toda a cadeia hierárquica de comando. "Nas Forcas Armadas não tem transição, como na Defesa, tem substituição, porque há projetos e missões em andamento a serem continuados", diz o general.
R7 e Correio do Povo