segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Tite anuncia lista da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo do Catar

 


O técnico Tite anunciou nesta segunda-feira (07), na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, os 26 jogadores que vão defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022.

Os convocados pelo treinador vão se apresentar na próxima segunda-feira (14), em Turim, onde a Seleção permanecerá até o dia 19, quando seguirá para o Catar.

A Copa do Mundo 2022 será disputada de 20 de novembro a 18 de dezembro. A Seleção estreará no dia 24, contra a Sérvia. Os outros dois times do Grupo G são Suíça e Camarões.

Campeonatos 

A Seleção Brasileira foi cinco vez campeã da Copa do Mundo nos anos de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Na última edição da competição, em 2018, que foi realizada na Rússia, o Brasil foi eliminado pela Bélgica na derrota por 2 a 1.

O treinador gaúcho aproveitou e agradeceu ao antigo elenco que participou na Copa do Mundo de 2018 falando que sem eles hoje não estaria acontecendo. “Obrigado geração de 2018. Se não fosse vocês, não teria convite para estar aqui”, falou o técnico Tite.

Confira a lista de convocados: 

Goleiros: Alisson (Liverpool); Ederson (Manchester City); Weverton (Palmeiras)

Laterais: Daniel Alves (Pumas); Danilo (Juventus); Alex Sandro (Juventus); Alex Telles (Sevilla)

Zagueiros: Bremer (Juventus); Éder Militão (Real Madrid); Marquinhos (PSG); Thiago Silva (Chelsea)

Meia Campistas: Bruno Guimarães (Newcastle United); Casemiro (Manchester United); Everton Ribeiro (Flamengo); Fabinho (Liverpool); Fred (Manchester United); Lucas Paquetá (West Ham)

Atacantes: Antony (Manchester United); Gabriel Jesus (Arsenal); Gabriel Martinelli (Arsenal); Neymar (PSG); Pedro (Flamengo); Rafinha (Barcelona); Richarlison (Tottenham); Rodrygo (Real Madrid); Vinícius Júnior (Real Madrid).

O Sul

PT e PL concentram 53% de todos os votos nas eleições deste ano

 


Protagonistas na eleição presidencial e detentores das maiores bancadas eleitas na Câmara dos Deputados, o PT e o PL somaram quase 380 milhões (53%) dos 715.590.935 votos dados por toda a população brasileira nas eleições deste ano, considerando todos os cargos em disputa no primeiro e no segundo turno.

Essa foi a quantidade de vezes, portanto, que as pessoas apertaram 13 e 22 nas urnas eletrônicas e confirmaram o voto. Na conta, não estão sendo considerados os votos recebidos por vices ou suplentes na chapa.

O partido do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu 193.151.717 votos, enquanto o PL, de Jair Bolsonaro, conquistou 186.386.416.

Na sequência do ranking, estão as legendas de maior representatividade nacional, como União Brasil, Republicanos, PSD, PSB, MDB, PSDB e PP, que receberam entre 27 milhões e 43 milhões de votos.

Na parte de baixo da tabela, ficam partidos menores. Os quatro pequenos partidos de esquerda – PCO, PSTU, PCB e UP –, por exemplo, ocuparam o pé do ranking. O PCO, último colocado, é a única das 32 legendas que não chegou a obter 100 mil votos nas eleições de 2022, somando 55.013.

O ranking de votos totais recebidos pelos partidos nas eleições é influenciado, essencialmente, pela quantidade e pelo desempenho de seus candidatos e também pelo número de disputas que a sigla participou no pleito.

A disputa em eleições majoritárias – senador, governador e presidente – também é um ponto de influência porque elas, em tese, concentram mais votos. Fatores como a população dos Estados e a extensão da eleição para o segundo turno também afetam a conta.

Outro ponto importante nesse quesito é participar da eleição presidencial, que acumula votos por todo o País – o que ajuda a explicar, novamente, a predominância de PT e PL no ranking.

O Sul

Se o Senado abrir impeachment de Alexandre de Moraes, Mourão vota a favor

 Por Naira Trindade — Brasília

Hamilton Mourão e Alexandre de Moraes Agência O Globo

Não se pode dizer que Hamilton Mourão chegará ao Senado disposto a encurtar carreira de quem quer que seja, mas ele não esconde de ninguém que, em sua opinião, sobram elementos para a sua futura Casa abrir um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, do STF. Trocando em miúdos, se essa maluquice avançar, Mourão votará a favor da abertura do processo. Sem pestanejar.


O Globo

Detector de Materiais Bosch Digital D-TECT 150 - Profissional

 


Detector de materiais digital D-TECT 150 da Bosch. Essa empresa sempre se destaca, é incrível a sua competência para com o cliente, desenvolvendo produtos profissionais, como o caso desse, além da qualidade de precisão de 10 milímetros para detecção de materiais. Garanta já o seu!

Link para comprar: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/detector-de-materiais-bosch-digital-d-tect-150-profissional/p/221076900/FS/DTDM/

Alterações na Lei Kiss estão na pauta da Assembleia Legislativa desta semana

 Projeto de lei determina a dispensa de alvará em estabelecimentos com baixo risco de incêndio

Taline Oppitz

A Assembleia Legislativa retoma nesta terça-feira as votações em plenário após o segundo turno das eleições. A sessão deliberativa da semana passada foi cancelada em função do falecimento do ex-deputado estadual Francisco Appio (PP).

Na ordem do dia estão quatro propostas, entre elas um Projeto de Lei Complementar (PLC), do governo do Estado, que altera a Lei Kiss, que trata de normas de segurança, prevenção e proteção contra incêndios. O texto prevê a dispensa de alvará dos bombeiros para estabelecimentos cujo risco de incêndio é baixo, além do cumprimento de outros pré-requisitos. O lei também altera questões referentes as multas. 

Na justificativa, consta que a proposta propõe adequações pontuais à legislação estadual “incorporando o conceito de boa-fé objetiva e de redução da intervenção estatal no exercício das atividades econômicas, sem descuidar da segurança e da fiscalização”.

O governo argumenta ainda que a proposta vem de encontro com os avanços do Estado na desburocratização, a fim de impulsionar o desenvolvimento através dos empreendimentos. Segundo o documento, atualmente apenas 99 atividades seriam consideradas de baixo risco conforme classificação do Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM. Com a aprovação do projeto de lei, cerca de 732 atividades podem ser potencialmente beneficiadas.


Correio do Povo

MPF abre investigação sobre bloqueios de rodovias no RJ

 Inquérito foi instaurado para impedir a realização de novos atos e buscar a responsabilização civil dos envolvidos nas interdições


O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação sobre os bloqueios em estradas do Rio de Janeiro realizados desde o anúncio do resultado do segundo turno da eleição presidencial. O inquérito será conduzido pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro.

De acordo com o órgão, um dos objetivos da investigação é prevenir a ocorrência de novas manifestações semelhantes. Além disso, o inquérito vai buscar a responsabilização civil de pessoas, empresas e entes envolvidos na organização e realização de interdições e bloqueios em rodovias federais do Rio de Janeiro.

No entendimento do Ministério Público Federal, as manifestações que fecharam estradas violaram direitos fundamentais, ao Estado de Direito, às instituições democráticas e à ordem social. De acordo com os procuradores que autorizaram a abertura do inquérito destacaram que cabe ao MPF a defesa do regime democrático de direito e que o direito de livre manifestação deve ser harmonizado com o exercício de outros direitos fundamentais consagrados na Constituição.

"A capacidade de os movimentos sociais moverem a roda da história por meio de disputas acerca do sentido da Constituição e de mobilizações políticas não pode jamais ser confundida com o estímulo ao golpismo e a tentativa de construção de uma nova ordem autoritária", pontuaram os membros da PRDC.

R7 e Correio do Povo

Seis em cada dez jovens não participam da política além do voto

 Dentre os motivos, especialistas apontam para desconhecimento de como participar e falta de representatividade na classe

Seis em cada dez jovens só voltarão a participar da política no segundo semestre de 2024. Essa é a conclusão do Atlas das Juventudes, que mostra que 64% das pessoas entre 15 e 24 anos afirmam não ter vida politicamente ativa para além do voto.

O estudo, que ouviu 16.326 jovens de todo o país entre julho e agosto, revelou que somente 12% do total participam muito da política e 24% participam pouco.

Há aqueles que não sabem como participar da política mas o fariam se soubessem (17%) e outros que não conhecem e tampouco têm interesse na vida politicamente ativa (22%). Um em cada quatro (25%) afirma saber como, porém não participa.

Esse distanciamento se deve, em alguma medida, à falta de engajamento por parte da juventude, para Mayra Goulart, cientista política na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). “Os jovens muitas vezes se colocam numa posição de desalento em relação à política, mas também não estão participando de diferentes espaços disponíveis para o cidadão na política”, avalia.

Porém, isso não é algo particular ao contexto brasileiro ou à atualidade, segundo Maurício Fronzaglia, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie: “Podemos achar porcentagens muito semelhantes em outros países e outros tempos também. A grande questão é que muitos não sabem como participar.”

Desinteressados em participar, de modo geral, eles se mostram descrentes com o comprometimento de políticos com a sociedade: muito pessimistas (38%) e parcialmente pessimistas (32%) formam a maioria, enquanto apenas três em cada dez estão otimistas, parcialmente (19%) ou muito (11%).

Além de não acreditarem no compromisso dos políticos, somente metade dos jovens se veem representados na classe, o que denota um paradoxo próprio da democracia, segundo Fronzaglia:

“Realmente há um distanciamento entre representantes e representados, mas são os votos da população que fazem os políticos serem eleitos. Não há uma solução fácil para isso. É uma das características da crise de legitimidade da democracia em vários países do mundo em que os representantes não têm a questão de responsabilidade, não prestam contas regulares aos seus eleitores.”

Sete em cada dez defendem o desarmamento

Segundo o Atlas, a maioria do jovens defende o desarmamento (71%), as urnas eletrônicas (81%) e a democracia (88%). Posturas progressistas e ousadas, de certa maneira, são mais comuns entre os jovens que em pessoas mais velhas, segundo os dois cientistas.

Valores como a defesa da democracia e das urnas indicam, para Maurício Fronzaglia, como o sistema democrático cria raízes.

“Ou seja, fazer as pessoas perceberem que a democracia é um sistema importante e oferece liberdade de culto, de crença, de expressão, o direito de ir e vir, o direito a voto. Que todas essas coisas dependem do funcionamento da democracia”, afirma o especialista.

Porém, tampouco trata-se de uma panaceia, prossegue ele: “É um método de escolha de governantes e garantia de direitos, mas que depende de governos responsáveis.”

Prioridades para votar: um em cada quatro valoriza redução das desigualdades

Solicitados a indicarem as três prioridades para garantir o voto, os respondentes definiram educação (63%), saúde (56%) entre as mais importantes. Economia, trabalho e renda (49%) vem logo na sequência.

Apenas um em cada quatro (25%) inclui a redução das desigualdades neste grupo, mas isso não necessariamente é um problema, segundo Fronzaglia e Goulart. 

“Educação não é apenas aprender e ensinar, mas um espaço de mobilidade social importante. Então, tem uma conotação econômica importante para esses jovens, além de ser um espaço para prática de cidadania”, diz a cientista política.

O acesso à saúde de qualidade e a promoção de trabalho e renda também ‘atacam’ diretamente a desigualdade social, segundo Fronzaglia.

“Essas coisas estão interligadas. Estar preocupado com a renda, por exemplo, quer dizer também estar preocupado com as desigualdades. Indiretamente acabam considerando importante a questão da desigualdade visto que se preocupam com a educação, a saúde, o trabalho e a renda”, diz.

Quando a pergunta pedia as duas ações mais relevantes se eles próprios fossem os governantes, 32% dos jovens da capital paulista disseram que criariam um plano e fortalecimento da educação, e 30% investiriam em ações de combate à fome.

Planejar ações para o fortalecimento do SUS e criar um plano de recuperação econômica aparece em seguida, com 27% para cada.

Como participar da política

“O voto é uma forma, talvez a mais simples, de pensar a participação dos cidadãos numa democracia liberal”, lembra Mayra Goulart, diante dos 39% de jovens que dizem não saber como participar da política.

Existem vários outros meios, lembra a cientista: “participar diretamente da formação de políticas públicas, através de conselhos e conferências; participar de audiências públicas – um elemento muito importante do processo legislativo –, que acontece dentro das comissões no parlamento e assembleias estaduais; pressionando deputados, prefeitos e mandatários eleitos com várias ferramentas que existem nas mídias sociais e nos sites dos parlamentos, prefeituras e governos estaduais.”

Ao lembrar a falta de reconhecimento dos jovens na classe política, Maurício Fronzaglia comenta sobre a importância da população acompanhar instâncias como a Câmara dos Deputados, o Congresso Nacional e assembleias estaduais, e critica:

“A população não segue o dia a dia dessas instituições, mas elas também não fazem questão de melhorar sua comunicação com o eleitorado.”


R7 e Correio do Povo

“Não vejo explicação para Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas”, diz vice de Soraya

 Para Marcos Cintra, as dúvidas do presidente sobre as urnas eletrônicas são “legítimas” e “merecem respostas”

O economista Marcos Cintra, vice de Soraya Thronicke. Foto: Pedro França/Agência Senado

O ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra (foto) disse neste sábado (5), nas redes sociais, que as dúvidas do presidente Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas “merecem respostas”.

Nos grupos de apoiadores de Bolsonaro, como mostramos, circula uma planilha com links para os Boletins de Urna de seções eleitorais em que o presidente teve zero voto ou votação inexpressiva.

Verifiquei os dados do TSE e não vejo explicação para o JB ter zero votos em centenas de urnas. Ex. Roraima, e em São Paulo, como em Franca, Osasco e Guarulhos”, escreveu o ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke.

“Curiosamente não há uma única urna em todo o país onde o Bolsonaro tenha tido 100% dos votos. E se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema”, acrescentou.

Para Cintra, essas dúvidas “são legítimas” e qualquer cidadão tem o “dever de exigir esclarecimentos das autoridades competentes para preservar a democracia e a legitimidade de nossas instituições”.

“Quero ardentemente acreditar que haja explicação convincente”.

Apesar de ter dito ao Supremo que “acabou”, Bolsonaro não desistiu de contestar o resultado das urnas.


O Antagonista

Urgência por recursos acima do teto pode levar Lula a abafar orçamento secreto

 Presidente eleito criticou ferramenta e prometeu dar fim a ela, mas deve abrir mão de mudanças para pagar promessas de campanha


O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está com a corda no pescoço para aprovar um orçamento extra que viabilize as principais promessas econômicas da campanha dele, como a manutenção do Auxílio Brasil a R$ 600 e o reajuste do salário mínimo com ganho real. Ciente de que vai precisar do apoio do Congresso Nacional, Lula cogita recorrer até ao orçamento secreto para garantir os votos necessários que o permitam gastar mais no ano que vem.

O orçamento secreto é como ficou popularmente conhecido as chamadas emendas de relator, que são controladas pelo parlamentar escolhido pelo Congresso para elaborar o parecer da LOA (Lei Orçamentária Anual). Todos os deputados e senadores podem sugerir ao relator qual deve ser a destinação desses recursos. Contudo, não há uma regra específica para a aplicação dessas emendas. Dessa forma, não há uma distribuição igualitária das verbas e, na maioria das vezes, não é possível saber o nome do parlamentar que registrou o pedido, tampouco o destino desses recursos.

Ao longo da campanha eleitoral, criticar o orçamento secreto foi uma das armas de Lula contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista reclamou, principalmente, do caráter sigiloso desses recursos e prometeu que daria um fim às emendas de relator. O petista dizia que controlar o Orçamento deve ser uma tarefa do Poder Executivo, e não do Legislativo.

Durante a campanha Lula atacou o orçamento secreto e o Congresso. "O Congresso Nacional nunca esteve tão deformado como está agora. Nunca esteve tão antipovo, tão submisso aos interesses antinacionais. É talvez o pior Congresso que já tivemos na história do Brasil", afirmou Lula em um dos compromissos da campanha eleitoral.

Grande aliada de Lula no segundo turno, a ex-candidata presidencial e senadora Simone Tebet (MDB-MS), hoje cotada para fazer parte do corpo ministerial do presidente eleito, chegou a declarar que o orçamento secreto pode ser "o maior esquema de corrupção do planeta Terra".

No entanto, logo na primeira semana depois de vencer as eleições, a equipe de Lula que vai negociar com o Congresso a liberação de mais dinheiro notou que o orçamento secreto é um tema sensível aos parlamentares. Os integrantes do novo governo devem formalizar o pedido de recursos extras apenas na próxima semana, mas já foram alertados de que se mexerem nas emendas de relator, a proposta pode não seguir adiante.

Portanto, por mais que tenha se colocado contra nos últimos meses, Lula não deve promover alterações tão expressivas no orçamento secreto. Um caminho para resolver pode estar nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O governo de transição, inclusive, já teria deixado essa tarefa para a corte, que pode julgar ainda neste ano uma ação pendente sobre o assunto e declarar as emendas inconstitucionais.

Pontos negativos

Para o economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da entidade Contas Abertas, as emendas são historicamente moedas de troca entre o Legislativo e o Executivo e o que Lula mais precisa nesse momento é, justamente, de um instrumento de barganha para construir um relacionamento político favorável. "Lula chegou a criticar, chamar de escárnio, mas existe um problema de relacionamento político e o linguajar que conhecem é esse, é como sabem negociar", avalia.

De todo modo, Castello Branco frisa que dar continuidade ao orçamento secreto pode ser prejudicial. "A princípio, pouca diferença faria saber quem está indicando e quanto está indicando para construir uma quadra, se isso estiver dentro dos parâmetros legais e técnicos. Mas como não há critério, o parlamentar indica para onde ele quer, onde tem interesse, colégio eleitoral, isso, na verdade, cria uma desigualdade social e competitiva politicamente falando", critica.

Professor e doutor em economia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Geraldo Biasoto Junior pontua que o orçamento secreto compromete a eficiência da máquina pública. "A divisão dos recursos não tem uma mínima coerência. A indicação é apenas política, não há um crivo técnico. Sendo assim, além de o gasto do dinheiro público ser ruim, abre-se um campo muito grande para a malversação de recursos", destaca.

Na avaliação dele, Governo Federal e Congresso precisam encontrar outra forma de deputados e senadores poderem participar da indicação de recursos do Orçamento. "As emendas de relator não têm sentido dentro do ordenamento jurídico e institucional brasileiro. É um absurdo que elas existam. Precisamos, sim, de um espaço dentro do Orçamento para o Congresso indicar coisas que devem ser feitas, mas não da forma obscura que acontece atualmente."


R7 e Correio do Povo

PIB do Rio Grande do Sul pode crescer até 7% quando o Estado começar a colher duas safras

 Afirmação foi feita pelo economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, durante palestra na feira Universo Pecuária, em Lavras do Sul

O Programa Duas Safras, que desde meados deste ano vem visitando as regiões gaúchas para estimular os produtores a investirem no incremento de suas atividades, tem como meta aumentar em 40% a capacidade de produção do agronegócio gaúcho. Foi o que pontuou o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antonio da Luz, nesta sexta-feira, durante a etapa do programa na Campanha, levado ao Universo Pecuária, em Lavras do Sul.

Segundo o especialista, o impacto da intensificação no Produto Interno Bruto (PIB) do RS seria de 6,92%, ou aproximadamente R$ 31,9 bilhões. “Se já estivéssemos colhendo a segunda safra hoje, a indústria de fertilizantes, por exemplo, injetaria mais R$ 2,52 bilhões na economia, a química, mais R$ 1,91 bilhão, a de máquinas, mais R$ 887 milhões, e o transporte, mais R$ 263 milhões”, observou na palestra realizada no Parque de Exposições Olavo de Almeida Macedo.

O economista, porém, alertou que o rebanho bovino gaúcho caiu de 13,72 milhões de cabeças (1990), para 11,97 milhões de cabeças (2019), número que está atualmente em 11,05 milhões de cabeças, conforme Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2021 do IBGE. Para o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, nos últimos 50 anos, o setor cresce de forma significativa em qualidade, mas de forma menos rentável que a agricultura. “É preciso verticalizar a atividade para que o produtor consiga fazer duas safras por ano”, disse.


Correio do Povo