O alerta ocorre no contexto de uma série de testes de mísseis realizados por Pyongyang nas últimas semanas
A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (7, noite de domingo no Brasil) que responderá às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul com ações militares "sustentadas, firmes e avassaladoras", segundo a agência de notícias oficial norte-coreana.
O alerta ocorre no contexto de uma série de testes de mísseis realizados por Pyongyang nas últimas semanas, incluindo o lançamento de quatro mísseis balísticos no sábado, dias depois que os Estados Unidos e a Coreia do Sul concluíram os maiores exercícios militares de suas forças aéreas já feitos.
"Continuaremos a responder a todos as manobras contra (a Coreia do Norte) pelo inimigo com medidas militares práticas sustentadas, firmes e avassaladoras", indicou um comunicado do Estado-Maior do Exército Popular Coreano, de acordo com a KCNA.
A agência disse que os recentes testes de mísseis balísticos do norte foram uma "resposta clara" a Washington e Seul por seus exercícios militares na semana passada.
"Quanto mais persistentes forem os movimentos provocativos do inimigo, mais minuciosa e impiedosamente [os militares norte-coreanos] os combaterão", acrescentou a nota divulgada pela KCNA.
Centenas de aviões de guerra americanos e sul-coreanos, incluindo bombardeiros B-1B, participaram do exercício Vigilant Storm na semana passada.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que o exercício demonstrou "a capacidade e a prontidão para responder com firmeza a qualquer provocação da Coreia do Norte".
Esses exercícios atraíram fortes reações de Pyongyang, que os vê como ensaios para uma invasão.
A recente onda de lançamentos de mísseis norte-coreanos incluiu um míssil balístico intercontinental e outro míssil que caiu perto das águas territoriais do sul.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, descreveu a ação como "uma invasão territorial de fato".
Esta bancada de trabalho Bosch GTA 600 tem estrutura em aço altamente resistente foi desenvolvida para suportar o peso de uma serra. Ela é fácil montar e desmontar, sem a necessidade de utilizar outras ferramentas, por possuir dobradiças. Seu tamanho é 60,2x45cm.
Manifestantes ocuparam capitais brasileiras e outros municípios pelo quinto dia consecutivo desde o feriado de 2 de novembro
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas pelo quinto dia consecutivo protestar contra a eleição de Lula (PT) em diversas cidades brasileiras.
Além da posição contrária ao resultado das urnas, os manifestantes pedem intervenção militar às Forças Armadas.
Concentração de pessoas no QG do Exército voltou a crescer no fim de semana. No Eixão, apoiadores de Lula comemoram o resultado
O primeiro domingo após as eleições foi marcado por manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto o clima dos apoiadores do atual mandatário é de indignação, petistas comemoram o resultado das urnas.
Pela manhã, um grupo pró-Bolsonaro de aproximadamente 100 pessoas em 60 motocicletas fizeram uma volta na Esplanada. Foi possível pilotar apenas até a altura do Ministério da Saúde, já que a Polícia Militar interditou o trânsito na área. Nem pedestres puderam acessar a Praça dos Três Poderes e a troca da bandeira, realizada sempre aos primeiros domingos do mês, não teve participação do público.
A motociata saiu da praça do Cruzeiro e terminou nas proximidades do Quartel General (QG) do Exército, no Setor Militar Urbano. Manifestantes estavam na expectativa da participação do presidente Bolsonaro, mas não houve qualquer confirmação oficial da presença do mandatário, que não foi ao local.
No QG do Exército, milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo manifestam a insatisfação com a decisão das eleições. Crianças e idosos fazem parte do grupo. Parte contesta o resultado das urnas e diz esperar uma intervenção das Forças Armadas, o que é inconstitucional.
Desde o domingo de eleições, em 30 de outubro, apoiadores de Bolsonaro acampam nas redondezas do QG, na esperança de obter apoio militar para as reivindicações. O feriado de Finados (2) e este domingo (6) foram os dias com maior número de manifestantes, que chegam de todo o país em carros particulares, caminhões e ônibus.
Manifestação pró-Lula
Já no Eixão, na altura da 408 Norte, o clima é de festa. Aproximadamente dois mil manifestantes pró-Lula comemoram o resultado das eleições. O movimento é pacífico e também conta com a presença de famílias e crianças.
No local, não há acampamentos. Os manifestantes aproveitam que, aos domingos, o Eixão fica fechado para o trânsito de carros para poder ocupar o espaço público. A expectativa, portanto, é que após as 18 horas o ato já tenha terminado.
Segunda-feira deve ter frio pela manhã e marcas agradáveis à tarde
O sol aparece em todo o Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, mas com a presença de nuvens em parte do Estado. O dia começa frio para esta época do ano, mas a tarde tem marcas agradáveis na maioria das cidades.
A circulação de umidade que vem do oceano segue trazendo nebulosidade do mar para o continente, atuando principalmente no Leste gaúcho, onde pode haver chuva localizada e passageira. A área de Porto Alegre é uma que terá sol e nuvens com possibilidade de chuva por conta das nuvens passageiras.
O dia começa frio para esta época do ano, mas a tarde tem marcas agradáveis na maioria das cidades.
Confira as mínimas e máximas para algumas cidades
Torres 14 ºC / 20 ºC Caxias do Sul 9 ºC / 18 ºC Erechim 11 ºC / 23 ºC Santa Maria 12 ºC / 24 ºC Uruguaiana 15 ºC / 27 ºC Pelotas 13 ºC / 23 ºC
Cássia, Luany, Karla Alves e Caty marcaram os gols da vitória tricolor na Arena
Se encerra a hegemonia colorada. Depois de três anos, asGurias Gremistasvoltam a levantar a taça doGauchão Feminino.Na tarde deste domingo (6), diante de quase 20 mil torcedores, o Tricolor goleou as Gurias Coloradas por 4 a 1 e sagrou-se como melhor time do Estado em 2022. Cássia, Luany, Karla Alves e Caty marcaram os gols do triunfo. Fabi Simões descontou para o Inter.
No primeiro Gre-Nal da Arena do Grêmio, o Tricolor derrubou dois tabus: venceu no estádio principal pela primeira vez e voltou a triunfar diante do Colorado depois de quatro anos. A última (e única) vitória havia acontecido no primeiro clássico, em 2017. Com isso, foi campeão de forma invicta: sete vitórias e dois empates. Além de 63 gols marcados e quatro sofridos.
Antes de a partida se iniciar, o técnicoMaurício Salgadoteve o primeiro problema. A meia Duda Sampaio, que iniciaria entre as titulares, voltou a sentir o tornozelo (que a tirou da partida de ida) e teve de ficar no banco de reservas. Com isso, Eskerdinha foi colocada na lateral esquerda, Isabela foi para a direita e Capelinha iniciou no meio-campo.
E o primeiro clássico da Arena começou movimentado. Aos dois minutos, a gremista Karla Alves tentou surpreender Mayara, em finalização da entrada da grande área, sem sucesso. Depois, aos cinco, foi a vez de as coloradas responderem com Bruna Benites, de cabeça, para defesa tranquila de Lorena.
Na sequência, o primeiro erro defensivo. Tuani perdeu o tempo de bola, Maiara roubou e tentou encobrir Lorena, mas mandou para fora, aos sete. E foi só. A única chance clara de gol do Colorado na etapa inicial. A partir de então, só deu Tricolor.
Aos oito, o Grêmio abriu o placar. Luany aproveitou bobeada da zagueira Sorriso, tirou da goleira Mayara, mas mandou na trave. Na sobra, a artilheira não desperdiçou. Cássia venceu a marcação e estufou as redes para dar fim à invencibilidade colorada que já durava cinco anos.
Enquanto a torcida tricolor ainda comemorava, o Tricolor tratou de ampliar. Aos 12, mais uma vez pelo lado direito, Luany recebeu lançamento de Sinara, ganhou de Sorriso na velocidade e encobriu Mayara.
Quatro minutos depois, virou goleada. A zagueira Sorriso cometeu falta em Rafa Levis dentro da área. Pênalti marcado pela árbitra Andressa Hartmann, que Karla Alves cobrou e converteu. Três a zero. Era o Grêmio reencontrando o título depois de três anos.
Para tentar reverter a desvantagem, Maurício Salgado recorreu ao banco de reservas. A artilheira Priscila foi para o jogo no lugar da meia-atacante Maiara. Antes de a etapa inicial se encerrar, o Inter ainda teve boa falta a seu favor, na entrada da grande área. Djeni cobrou, mas sem perigo para a goleira Lorena.
Na segunda etapa, Maurício Salgado fez mais uma alteração: uma zagueira por outra. Isa Haas ganhou a vaga de Sorriso nos últimos 45 minutos da decisão.
E foram precisos 11 minutos para que a estrela da "Mulher Gre-Nal" prevalecesse e o Inter descontasse. Bruna Benites lançou para que Fabi Simões vencesse a zaga tricolor, encobrisse a goleira Lorena e diminuísse a vantagem do maior rival. Faltavam dois gols para que o título fosse decidido nos pênaltis.
Para buscar o resultado, o técnico colorado realizou mais uma troca: recorreu à estrela de Mileninha, que havia marcado o gol da vitória no 11º clássico, para o lugar da centroavante Lelê.
Mas quem marcou foi o Grêmio. Aos 29, Caty, que acabara de entrar na vaga de Rafa Levis, arriscou do meio da rua e surpreendeu Mayara. A bola ainda bateu na trave, mas entrou. Possivelmente, o gol mais bonito do Estadual, que sagrara o título tricolor.
Antes de Andressa Hartmann decretar o final da partida, a colorada Bia Gomes e a gremista Mónica Ramos ainda foram para o jogo. Elas entraram nas vagas de Eskerdinha e Tuani, respectivamente.
Ficha técnica
Grêmio 4x1 Inter
Gauchão Feminino - Final (volta)
GRÊMIO Lorena; Sinara , Tuani (Mónica Ramos, 31'/2º), Pati Maldaner e Jéssica Soares; Jéssica Peña, Karla Alves e Rafa Levis (Caty, 18'/2º); Luany (Dani Ortolan, 42'/2º), Cássia e Lais Estevam (Dani Barão, 42'/2º). Técnica: Patrícia Gusmão.
INTER Mayara; Isabela, Bruna Benites, Sorriso (Isa Haas, INT) e Eskerdinha (Bia Gomes, 33'/2º); Ju Ferreira, Djeni e Capelinha; Maiara (Priscila, 36'/1º), Fabi Simões e Lelê (Mileninha, 21'/2º). Técnico: Maurício Salgado.
Gols: Cássia (G), aos nove minutos, Luany (G), aos 12, e Karla Alves (G), aos 16 do primeiro tempo; Fabi Simões (I), aos 11 minutos, e Caty (G), aos 30 do segundo tempo. Cartões amarelos: Cássia, Luany e Jéssica Soares (G); Lelê e Djeni (I) Cartões vermelhos: Arbitragem: Andressa Hartmann, auxiliada por Maira Mastella Moreira e Luiza Naujorks Reis. Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Em frentes aos quartéis, multidões clamam por eleições limpas e isonômicas, por entenderem como uma espécie de farsa o processo que acabou dando a vitória ao candidato socialista
Flávio Gordon
No estúdio da Jovem Pan, uma cena marcou o encerramento de uma das eleições mais conturbadas e decisivas da história brasileira. Regressando à casa após uma semana de afastamento compulsório, a comentarista cubana Zoe Martínez — censurada por ordem do TSE na reta final do período eleitoral, apenas por dizer verdades inconvenientes sobre o candidato socialista preferido pelos ministros da Corte — foi convidada a opinar sobre a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva. Ato contínuo, sua voz embargou e os olhos marejaram: “Eu achei que hoje seria um dia para comemorar a minha volta e também comemorar a vitória [de Bolsonaro], mas… eu não vou chorar… infelizmente a gente não conseguiu”.
Para qualquer pessoa razoável (e, portanto, não possuída pelo espírito do antibolsonarismo psicótico), a cena comove, sobretudo se considerado o contexto que a envolve. Zoe e família foram forçadas a sair de Cuba — a pequena ilha comandada há mais de 60 anos por uma ditadura narcossocialista — em busca de liberdade e prosperidade. Em vez disso, por obra de um Tribunal Eleitoral partidarizado, acabou encontrando, ainda que em estado germinal, justo aquilo de que fugira: censura, perseguição política, violação de liberdades e direitos fundamentais. E agora corre o risco de ver o país anfitrião cair nas garras do maior aliado regional dos ditadores de seu país natal.
Não se pode esquecer que, junto com Fidel Castro, Luiz Inácio Lula da Silva foi o fundador do Foro de São Paulo, a organização que reuniu partidos, movimentos de esquerda e grupos narcoterroristas como as Farc em torno do objetivo de “recuperar na América Latina aquilo que se perdera no Leste Europeu”, ou seja, o comunismo. Foi agindo em favor do Foro que o lulopetismo saqueou as estatais brasileiras para financiar as ditaduras companheiras em Cuba, na Venezuela, na Nicarágua etc. E presume-se que, uma vez voltando ao poder, o lulopetismo retome com mais vigor esse projeto temporariamente interrompido. O narcoditador Nicolás Maduro, por exemplo, já fala abertamente em “retomar a agenda de cooperação”.
O sentimento expresso pelo choro contido de Zoe Martínez deve ser também o dos tantos venezuelanos que, dentre outros destinos, escolheram o Brasil como refúgio das desgraças impostas pelo regime chavista. Como mostra o impactante documentário Acolhidos: a Verdade Sobre o Fracasso da Esquerda na Venezuela, dos diretores Gustavo Lopes e Anderson Rodrigues, mais de 5,4 milhões de venezuelanos — cerca de 1/5 da população total — já deixaram o país fugindo da fome e da violência política perpetradas pela ditadura de Maduro. Desses, aproximadamente 800 mil vieram para o Brasil, sendo recepcionados pela Operação Acolhida, organizada pelo governo de Jair Bolsonaro em parceria com mais de cem entidades humanitárias, com o objetivo de prover abrigo, alimento, assistência diplomática, atendimento médico e inserção socioeconômica aos exilados. “Quando as pessoas começaram a perceber que havia algo errado, já era tarde” — diz um dos entrevistados no documentário, sobre o rápido colapso econômico, político e social na Venezuela. Dá para imaginar como toda essa gente deve estar se sentindo agora que o Brasil parece ter cometido o mesmo erro, reconduzindo ao poder o principal amigo e aliado de Maduro.
Os milhões de pessoas que ora ocupam as ruas do país teimam em resistir à provável instauração de uma ditadura socialista no Brasil
É justamente por temer esse destino que uma parte da sociedade brasileira, com notável resiliência e senso da realidade, sai às ruas para protestar contra o resultado da eleição do último domingo (30/10). Hoje, enquanto escrevo estas linhas, há um país conflagrado. Em frentes aos quartéis de várias regiões do país, multidões enfrentam sol e chuva para clamar por eleições limpas, transparentes e isonômicas, por entenderem como uma espécie de farsa o processo que acabou dando a vitória ao candidato socialista, um ex-condenado por corrupção politicamente reabilitado pelas mesmas autoridades judiciais que conduziram o pleito de maneira abertamente parcial e nada republicana, tratando o atual presidente — e por extensão seus eleitores e apoiadores — como se fora uma aberração incompatível com a assim chamada democracia.
Mas a concepção da eleição como farsa foi, aliás, admitida há 20 anos pelo próprio Luiz Inácio Lula da Silva, então prestes a vencer sua primeira eleição presidencial. “A eleição é uma farsa pela qual é preciso passar para chegar ao poder” — disse à época o candidato petista ao jornal francês Le Monde, uma fala não repercutida pela imprensa brasileira, que já ali gostava de fingir que um socialista parceiro de Castro e Chávez pudesse ser algo parecido com um democrata. Vinte anos depois, ao que parece, a “farsa” tornou a se repetir…
Ostracizados pela imprensa, desprezados pelo establishment político e escarnecidos por membros dos Tribunais Superiores, os milhões de pessoas que ora ocupam as ruas do país teimam em resistir à provável instauração de uma ditadura socialista no Brasil. Depois de testemunharem por quatro longos anos a recusa por parte do establishment de aceitar a agenda eleitoral democraticamente vitoriosa em 2018, parecem ver como a gota d’água a imposição de um presidente da República retirado diretamente da cadeia e previamente proclamado pelo Tribunal Eleitoral. Esse sentimento fervilhante de indignação dificilmente será contido na marra, ainda que o novo regime esteja disposto — como sempre estão regimes de tal estirpe — a empregar doses cada vez maiores de violência e repressão política. Não, definitivamente, não teremos um país pacificado pelos próximos anos.
Vamos repetir que elegemos um condenado e preso por corrupção para presidente do Brasil e que a honestidade deixou de ser uma condição essencial para 60 milhões de cidadãos
Ana Paula Henkel
A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 mexeu nas entranhas do establishment e desordenou toda uma sequência de um teatro que enganou o brasileiro durante décadas. O deep state se reorganizou para expurgar aquele que, considerado do baixo clero no Congresso, não apenas apontou o caminho de um projeto de nação — com alguns erros e muitos acertos —, mas aterrorizou os monstros do cerrado com a ameaça de um movimento que, ainda um pouco desordenado, desnudou a falsa rivalidade entre PT e PSDB.
Geraldo Alckmin está de volta à cena do crime abraçado ao ex-presidiário Lula. O retrato do cenário político brasileiro começa a ser desenhado com o que parecia ser possível apenas em um pesadelo. Os fantasmas de quem testemunhou o aparelhamento do Estado por militantes cleptomaníacos, feitiçarias econômicas, a pilhagem bilionária dos cofres públicos, verdadeiras fortunas “emprestadas” a ditaduras companheiras, a total incapacidade de viabilizar no país um ambiente favorável ao investimento e à geração de empregos está de volta… O Dia das Bruxas no Brasil que pode durar quatro anos.
Enquanto a bolha de falsos conservadores e liberais, jornalistas militantes e celebridades hedonistas se preocupavam com o pagamento de pedágio ideológico e a proteção de seus próprios vícios e perversões, manobras ativistas e inconstitucionais foram tomadas pelo STF e TSE para que um governo extremamente técnico fosse expurgado de Brasília. A imprensa de necrotério, completamente impregnada com seus agentes políticos torpes, foi mais um tentáculo na volta à cena do crime. O braço usado como assessoria de imprensa de um projeto de poder agora vai, finalmente, sair do “despiora”. Diante do evidente caminho tortuoso que será (re)pavimentado pelo partido mais corrupto da nossa história, e dessa vez com requintes de vingança pessoal, não demorará muito para o brasileiro ler nas manchetes que nosso futuro está “desmelhorando”.
Não houve antiácido suficiente para assistir às cenas das entrevistas de Lula nos últimos dias. Fica a pergunta se os mais jovens que fizeram o “L” durante a campanha política mais suja que este país já viu, e assim marcaram pontos extras nas redes sociais com os colegas das carcomidas universidades brasileiras, sabiam quem estava nas fotos com Lula: o cara do dinheiro na cueca, o cara dos R$ 52 milhões no apartamento, aquele que foi ministro do Esporte e acusado de corrupção na pasta, o que saqueou a Petrobras… Ê, Seu Geraldo, mais de uma década governando o Estado mais rico da República e a semana foi marcada como o ponto alto de sua vida pública — o baixo nível, o mais baixo possível, a que o senhor se submeteu. A volta à cena do crime com toda a gangue petista que o senhor tanto demonizou durante anos. Hoje sabemos que tudo não passou de um teatrinho.
A volta à cena do crime. Sim, vamos repetir isso durante quatro anos, Geraldo. Na verdade, a partir desta semana, não apenas pressionaremos o Congresso a realizar nossas demandas, assim como pressionaremos o Senado para que um processo de impeachment de Alexandre de Moraes obtenha robustez e vá para o plenário. O Brasil já superou os nefastos caminhos petistas uma vez — por muito pouco, fato! —, e até podemos fazer de novo. Mas o país não sobreviverá à tirania do Judiciário e a vilões como Moraes e Barroso, que, claramente, interferiram nas eleições.
Mas não vamos ficar apenas nisso, não. Vamos repetir sem parar e sem medo de sermos tachados de chatos que o Brasil testemunhou em 2022 uma subversão da realidade e uma relativização de premissas verdadeiras, já que Alexandre de Moraes não queria “conclusões erradas”. Vamos falar durante quatro anos da censura imposta à imprensa.
Vamos repetir que elegemos um condenado e preso por corrupção para presidente do Brasil e que a honestidade deixou de ser uma condição essencial para 60 milhões de cidadãos. Vamos repetir que a nossa Suprema Corte cometeu a vergonha suprema de rasgar a Constituição e coroar a impunidade. Vamos repetir, como um disco arranhado, que, por causa da “desordem informacional”, o mundo vai testemunhar a desordem moral e institucional — e que o crime no Brasil compensa.
Vamos repetir que entre trancos e barrancos, na UTI sobrevivendo por aparelhos, o Brasil deu um suspiro de vida e esperança com a Lava Jato. Que o país viu os roteiros de Hollywood saltarem das telas para a nossa realidade com políticos e cidadãos poderosos e influentes sendo encarcerados e verdadeiras fortunas desviadas dos cofres públicos devolvidas. Ah… o tal império da lei… estávamos quase lá… mas que o Supremo Tribunal Federal soltou um corrupto condenado em três instâncias, com “provas de sobra”.
O país elegeu um ex-condenado, preso por corrupção, que nunca foi inocentado e deu a ele um cheque em branco
Já avisamos ao Geraldo que vamos repetir sem dó nem piedade que ele ESCOLHEU voltar à cena do crime com Lula. Mas vamos repetir também que Simone Tebet, que bradou em inúmeras entrevistas que o PT era o partido do Mensalão e do Petrolão, agora mostra sua face mais oportunista pela esmola de um ministério, uma pastinha qualquer: mesmo ouvindo de sua companheira de chapa presidencial, Mara Gabrilli, que Lula seria o mandante do assassinato de Celso Daniel, Tebet foi parar no escurinho do cinema com Lula. De mãos dadas com o PT, a senadora que diz proteger as mulheres, mas que não protegeu as médicas Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro na CPI da Covid diante dos covardes ataques de figuras como Renan Calheiros e Omar Aziz, agora senta no sofá com quem estuprou o Brasil.
Vamos ser um disco arranhado também — e vamos voltar a fita e apertar o play durante quatro anos — das imagens de Gilmar Mendes chorando emocionado prestando homenagens ao advogado do corrupto de estimação do STF. E que tal “Eleição não se ganha, se toma”, de Barroso? Não, não esqueceremos por mais que eles queiram apagar ou reescrever o passado, no melhor estilo Renata Vasconcellos “fique em casa, SE PUDER”.
O sistema judiciário do Brasil foi desmontado para que Lula pudesse concorrer à Presidência, e seremos um disco arranhado para mostrar isso todo santo dia. A cruzada contra Jair Bolsonaro destruiu por completo a separação, a autonomia e a independência entre os Poderes. O Judiciário legislou, abusou, brincou, riu, debochou e governou o país livremente sem qualquer questionamento ou anuência do Parlamento que beijou o anel do monarca Moraes. Um parlamentar foi preso de ofício, sem processo, sem defesa, sem leis. Sim, repetiremos isso durante os próximos quatro anos.
Antes que tentem reescrever a história, vamos repetir todo o passado e o manual de operações do PT, como o envio de dinheiro ilegal para paraísos fiscais, a CPI do Banestado, que mostrou os primeiros sinais de corrupção generalizada no governo Lula. Vamos repetir sobre o desvio de dinheiro dos transportes envolvendo o ministro petista Anderson Adauto quando, em junho de 2003, veio à tona o esquema de corrupção no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), com desvio de R$ 32,3 milhões de recursos destinados à construção de estradas.
Vamos falar sem parar também do pedido de propina de Waldomiro Diniz, primeiro grande escândalo de corrupção no governo Lula, quando, em 2004, o então assessor da Casa Civil da Presidência da República foi filmado por Carlinhos Cachoeira cobrando propina para campanhas eleitorais do PT. Correios? Sim, vamos ser um disco arranhando e refrescar a memória dos mais jovens que não sabem que, em 2005, um esquema que rifava o comando das estatais brasileiras ao interesse de políticos e partidos da base do governo Lula no Congresso foi desmascarado. Mais uma vítima de saques durante anos, os Correios também amargaram terríveis prejuízos.
Claro que em nossa coleção de discos arranhados não vão faltar as malas de dinheiro do escândalo do Mensalão. Ei, você aí com 18 anos e que fez o “L”! Chega aqui. Antes que Alexandre de Moraes mande mudar o verdadeiro roteiro do que foram, de fato, as páginas do Mensalão, vamos registrar: o esquema consistia na compra de parlamentares com dinheiro desviado de estatais e órgãos públicos para que o governo Lula aprovasse projetos que viabilizaram mais desvios de recursos para bolsos e caixas de campanha, favorecendo a perpetuação do PT no poder. O escândalo resultou na prisão de grandes figuras do PT, como José Dirceu, então chefe da Casa Civil de Lula, que foi condenado por ser apontado como chefe do esquema criminoso.
Geraldo, corre aqui que você vai gostar desse disco: lembra dos dossiês forjados dos “Aloprados” do PT? Ô, Alckmin, não lembra? Daqueles petistas foram presos em 2006 pela Polícia Federal tentando negociar dossiês forjados contra o senhor e José Serra? Não lembra que os dossiês ligavam os tucanos à Máfia dos Sanguessugas, que desviou dinheiro da Saúde durante os governos de FHC? Geraldo, eu sei que o senhor agora é vice do Lula, mas temos de repetir para os esquecidos que fizeram um “L” que a fábrica de dossiês falsos do PT era famosa em Brasília e pode até ser reconhecida como a “mãe” das fake news no Brasil.
Vamos repetir também que Antônio Palocci, homem forte de Lula, estampou inúmeras manchetes com escândalos de corrupção por ter chefiado um esquema de corrupção na época em que era prefeito de Ribeirão Preto. Palocci teria cobrado “mesadas” de até R$ 50 mil mensais de empresas que prestavam serviços à prefeitura. O dinheiro seria destinado aos cofres do PT para financiar campanhas eleitorais e fraudar a democracia.
Lista de propinas da Odebrecht? Temos. Segundo um dos operadores da lista, os apelidos eram utilizados para que os funcionários da empresa não soubessem quem eram os beneficiários finais das propinas pagas. Viagra, Barbie, Vampiro, Maçaranduba, Amante e Kibe são alguns dos apelidos encontrados nas planilhas da Odebrecht. As pessoas por trás desses apelidos? Algumas estavam com Lula e Alckmin ontem na TV. Acabou seu antiácido? Compre mais, serão intensos quatro anos. Mas seguiremos com a nossa vitrolinha.
Será que o STF vai deixar a gente relembrar da prisão do senador petista Delcídio do Amaral e a revelação dos planos contra a Lava Jato, quando o político foi preso em flagrante ao tentar comprar o silêncio do delator Nestor Cerveró? Ou as pedaladas fiscais e os crimes de responsabilidade que derrubaram Dilma?
Eu não vou cansar a beleza daqueles que, como eu, têm idade suficiente para lembrar de tantos esquemas de Lula, o novo velho presidente do Brasil. Mas se você tem algum sobrinho ou enteada que acreditou que fazer o “L” era “cool”, peça aos pupilos para fazerem uma pesquisa rápida sobre os anos em que a sociedade brasileira assistiu a um festival de escândalos na gestão do Brasil pelo PT. Além dos casos acima, jamais vamos esquecer sobre o escândalo dos bingos; o escândalo dos Fundos de Pensão dos Correios (Postalis), que trouxe um rombo de R$ 5 bilhões para nossos cofres; o escândalo dos Fundos de Pensão da Petrobras, com rombo de R$ 20 bilhões; o escândalo dos Fundos de Pensão do Banco do Brasil, com rombo de R$ 13 bilhões; o escândalo dos Fundos da CEF (Funcef ), com rombo de R$ 12,5 bilhões; a Operação Porto; o caso Erenice Guerra do PT, ministra de Minas e Energia de Dilma; o Caso Fernando Pimentel, do PT de Minas Gerais, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e o caso de tráfico de influências; os escândalos envolvendo o Ministério dos Transportes da presidente Dilma Rousseff; e os casos de irregularidades no ministério que envolviam desde pagamentos de propina ao partido da base do governo petista e controlador da pasta; o escândalo do Ministério do Trabalho, em 2011, pasta acusada de cobrar propina de organizações não governamentais que eram obrigadas a pagar “pedágio” para receber recursos.
Ah! E, claro, não poderia faltar o caso do Ministério dos Esportes. Outro ministério da era petista que se envolveu em escândalos. O comunista Orlando Silva foi acusado de estar envolvido em um emaranhado esquema de desvio de dinheiro em programas da pasta, visando a beneficiar seu partido, o PCdoB.
Mas claro que nenhum dos esquemas de corrupção anteriores da era petista se comparou ao Petrolão. As investigações e as delações premiadas mostraram que estavam envolvidos em grandes e complexos esquemas de corrupção membros administrativos da Petrobras, políticos dos maiores partidos do Brasil, incluindo presidentes da Câmara e do Senado, governadores de Estados, empresários de grandes empresas brasileiras e, claro, um presidente do Brasil. Esse mesmo que acabou de ser eleito com as bênçãos e todas — todas! — as proteções da Suprema Corte no Brasil.
Vamos repetir também que até o que o queridinho da esquerda no Brasil e no mundo, Barack Obama, disse sobre Lula: “Escrúpulos de chefão do crime e corrupção bilionária”.
O país elegeu um ex-condenado, preso por corrupção, que nunca foi inocentado e deu a ele um cheque em branco. O que esse cheque compra no lado de cá? Uma vitrola e 58 milhões de discos arranhados.