sábado, 5 de novembro de 2022

Em meio a onda de demissões, Musk pede foco no futuro do Twitter

 Demissões na rede social começaram nesta sexta-feira

No mesmo dia em que se iniciaram as demissões em massa no Twitter, 4 de novembro, Elon Musk pediu para as pessoas se concentrarem no futuro da rede social e não apenas no presente, durante conferência de investimentos em Nova Iorque. No evento, o bilionário, que adquiriu a plataforma por US$ 44 bilhões na última semana, expressou frustração com anunciantes que interromperam seus gastos na rede social e com a queda de receita que se seguiu.

Segundo o empresário, o Twitter não fez alterações em suas operações de moderação de conteúdo que justificassem a saída dos anunciantes, o que ele atribui a pressões de grupos ativistas.

"Fizemos o nosso melhor para apaziguá-los e nada está funcionando", disse ele sobre os grupos ativistas. "Esta é uma grande preocupação e, francamente, um ataque à Primeira Emenda", fala ao fazer referência ao instrumento jurídico americano que protege a liberdade de expressão. O Twitter sofreu "uma queda maciça na receita" por causa dos anunciantes que reduziram o uso da plataforma de mídia social, disse Musk.

Enquanto isso, cerca de 50% da força de trabalho do Twitter foi atingida por demissões, de acordo com um e-mail enviado durante a noite para um dos afetados nos EUA, e que foi visto pelo Wall Street Journal.

O Twitter tinha mais de 7.500 funcionários no início deste ano, de acordo com um documento regulatório.


Ouça "Como deve ser futuro do Twitter sob comando de Elon Musk" no Spreaker.

Agência Estado e Correio do Povo

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Ministro Luís Roberto Barroso é escoltado após ser hostilizado por manifestantes, em SC

 O ministro precisou deixar um restaurante onde jantava e, mais tarde, a residência onde estava hospedado

ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso precisou ser escoltado, na noite de quinta-feira (3), após ser hostilizado por manifestantes enquanto jantava com amigos em um restaurante em Porto Belo, Santa Catarina

Um grupo de manifestantes que participavam de bloqueios nas estradas se juntou em frente ao estabelecimento onde o ministro estava e começou a xingá-lo. Segundo nota do gabinete de Barroso, o ministro preferiu deixar o local para não causar transtornos aos demais clientes e seguiu para a casa onde estava hospedado.

No entanto, alguns manifestantes identificaram a residência e começaram a convocar outras pessoas para se concentrarem em torno da casa. Além do "ruído perturbador", como definiu o gabinete do ministro, a circulação de ruas próximas foi paralisada. 

"A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local", informou o gabinete de Barroso. 

Não houve proximidade física com os manifestantes ou agressões físicas. Não é de conhecimento do ministro qualquer registro de dano patrimonial nos locais. 

Ainda na nota, a equipe do ministro ressaltou a legitimidade de manifestções pacíficas, mas destacou também a importância do respeito ao resultado das urnas. "O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir."


R7 e Correio do Povo

Povo resiste e continua nas ruas em Brasília com manifestações pacíficas - 04/11/2022

 



Fonte: https://www.facebook.com/watch/live/?ref=notif&v=916602826391862&notif_id=1667591608612371&notif_t=live_video

Saiba quem são os cotados para os ministérios do governo Lula

 Próximo presidente deve ter ao menos 33 ministros; comando das pastas devem ser negociado com frente ampla


Eleito com 50,9% dos votos válidos no segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com partidos e aliados nos próximos dias para decidir a composição do futuro governo. Durante a campanha, ele resistiu à pressão de apresentar nomes, mas indicou que novas pastas devem ser criadas ou recriadas a partir de 2023. 

Caso cumpra a promessa, Lula vai escolher ministros para pastas como a da Mulher, Segurança Pública, da Igualdade Racial, dos Povos Originários, da Cultura, da Pesca, do Planejamento, da Fazenda, da Indústria e do Desenvolvimento Agrário, além das que já existem na Esplanada dos Ministérios.

A composição da Esplanada dos Ministérios com Lula no Palácio do Planalto deve aumentar dos atuais 23 ministérios para ao menos 33. Essa ainda é uma conta preliminar e o número pode crescer até a posse do petista. A ideia de Lula é desmembrar os gigantes da Esplanada e setorizar os temas, o que facilitaria a gestão no entendimento da equipe dele.

Especialistas, no entanto, dizem que quanto mais pastas para o governo administrar, mais difícil deve ficar o contato direto do presidente eleito com os seus ministros, o que pode comprometer a eficiência administrativa da gestão de Lula. Além disso, a ampliação de ministérios é vista como uma forma do petista acomodar aliados, ainda mais considerando que o PT formou uma coligação com outros nove partidos para disputar a eleição presidencial deste ano.

Lula, de todo modo, quer priorizar nomes do próprio PT. Fernando Haddad (PT), por exemplo, que perdeu a eleição para o Governo de São Paulo na disputa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deve ser abandonado. O professor universitário é um dos cotados para um dos ministérios da área econômica, pois Lula deve desmembrar o atual superministério chefiado por Paulo Guedes, que cuida da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior.

Concorrem com Haddad o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o economista Gabriel Galípolo e o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner. 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública é outro que deve ser dividido. Para a vaga de ministro da Justiça, dois nomes são cotados: o do ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB), e o do advogado e filósofo Silvio Almeida.

Simone Tebet (MDB-MS), aliada na campanha depois de perder a eleição ao Planalto no primeiro turno, é apontada como uma opção para os ministérios da Agricultura e da Educação. Na Agricultura, ela disputa preferência com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e com o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Na Educação, também são estudados os nomes do ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) e do ex-deputado federal Gabriel Chalita (sem partido).

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), escolhido por Lula para coordenar a transição de governo, é um nome possível para ao menos duas pastas: a da Saúde e a da Defesa. Caso ele seja indicado para algum o ministério, acumularia as funções de vice-presidente e ministro. 

Outro nome sondado pela campanha petista para assumir o Ministério da Saúde é o do infectologista David Uip. Dois dias antes da eleição, o médico se desfiliou do PSDB após 27 no partido. Ele disse que a decisão de deixar o partido não tem relação com seu futuro no governo petista e comentou que, embora saiba que é um dos cotados para a Esplanada dos Ministérios, ainda não foi procurado por Lula ou pelo PT.

No Ministério do Meio Ambiente, dois nomes também estão no radar de Lula: Marina Silva (Rede), que foi eleita deputada federal por São Paulo e já comandou a pasta, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi um braço forte do petista na campanha no Norte do país. 

Para a Casa Civil, Lula sinalizou que tem preferência por um nome de confiança e com experiência na articulação com outros ministros, governadores e com o Congresso Nacional. Para essa pasta, são cotados os nomes do ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) e do governador da Bahia, Rui Costa (PT).

R7 e Correio do Povo

Ministro do STF pede relatório sobre efetivo policial da PRF

 Alexandre de Moraes deu 48 horas para PRF repassar informações


ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresente informações sobre o efetivo policial mobilizado desde 28 de outubro.

A decisão foi tomada na ação na qual o ministro determinou, na segunda-feira (31), o total desbloqueio das rodovias federais que registraram paralisações de caminhoneiros.

“Determino à Polícia Rodoviária Federal para que informe documentalmente, no prazo de 48 horas, a evolução, por ente federado, do efetivo policial rodoviário federal mobilizado, em atuação e em pronto-emprego, entre 28 de outubro até a presente data. Determino, ainda, sejam informados os eventuais recrutamentos realizados para o segundo turno das eleições de 2022, devendo haver detalhamento das lotações de origem dos policiais, bem como para onde foram enviados em missão”, decidiu o ministro.

No domingo (30), após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em segundo turno, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país.

A PRF informou nesta sexta-feira que todas as rodovias federais estão livres de bloqueios. No entanto, 11 interdições parciais permanecem. Segundo a corporação, 966 manifestações já foram desfeitas.

Agência Brasil e Correio do Povo

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Governador reeleito do RJ vê consolidação do PL

 Apesar da derrota na disputa presidencial, Jair Bolsonaro conquistou mais de 58 milhões de votos. Sigla terá maior bancada na Câmara


Apesar da derrota no domingo passado para o ex-presidente Lula (PT), na disputa à presidência da República, o PL, partido de Jair Bolsonaro, saiu vitorioso e se consolidou no panorama político nacional. A avaliação foi feita pelo governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que venceu ainda no primeiro turno. Na disputa carioca, ele atingiu 58,67% dos votos. Castro ressaltou que mesmo derrotado, Bolsonaro conseguiu uma votação muito expressiva, somando mais de 58 milhões de votos. Além disso, no Congresso Nacional, a sigla conseguiu formar a maior bancada na Câmara, com 99 deputados, e 15 senadores. “O PL tornou-se um player nacional”, afirmou, ressaltando que o partido conquistou importantes resultados em disputas que sempre ficaram concentradas no dueto PSDB e PT. 

Ao citar o bom desempenho da sigla, citou ainda a vitória pelo governo de Santa Catarina, no segundo turno, com Jorginho Mello. No caso do Rio Grande do Sul, o candidato da sigla, Onyx Lorenzoni, chegou à frente no segundo turno, mas acabou perdendo a disputa para Eduardo Leite. O partido também teve candidatura forte em outros estados, como Espírito Santo, Goiás e Rondônia. 

Ainda sobre a disputa nacional, ao reconhecer a derrota de Bolsonaro, adiantou já ter conversado com o presidente eleito, Lula (PT), com quem deverá se reunir nas próximas semanas para apresentar projetos relacionados ao Rio de Janeiro. 

"Gramado é referência", afirma Castro

Em visita ao Rio Grande do Sul para participar da abertura do Festuris Gramado, o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ressaltou a importância da cidade gaúcha no mercado turístico brasileiro. “É uma referência”, resumiu ele, que esteve, na noite de quinta-feira, na abertura oficial do evento. “Há uma excelência de serviços. Não só as belezas naturais, mas a experiência que a uma cidade como essa oferece aos turistas”, avaliou, citando as estruturas gastronômicas, de hotelaria, além das atrações turísticas e de entretenimento. 

Segundo ele, essa expertise deve servir de referência para algumas regiões cariocas que ainda não avançaram em seu potencial turístico. Destacou que as localidades mais próximas às praias, como a capital. Porém, o governador aponta a necessidade de maiores investimentos em regiões como a Serra, Nova Friburgo e o Vale do Café. O estado carioca tem ainda outra característica, que segundo ele, precisa de mais atenção: o fato de estado ser porta de chegada para voos internacionais. 

Castro foi eleito em 2018 como vice de Wilson Witzel (PSC), que sofreu impeachment, e assumiu a titularidade. Para o segundo governo, acredita ser um “início de um novo ciclo”, na qual os avanços precisam ser mantidos. 

Correio do Povo

Lideranças do PT afirmam que há consenso para aprovar PEC da Transição no Congresso

 Texto prevê a liberação de verba acima do teto de gastos para financiar promessas de campanha feitas pelo presidente eleito Lula


Integrantes da liderança do PT e aliados no Congresso Nacional afirmaram, em reunião interna na noite desta quinta-feira, que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição já está "acordada" entre os parlamentares, o que evitará entraves e dificuldades de votação. A matéria prevê a liberação de verba acima do teto de gastos, para poder financiar as promessas de campanha feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as prioridades está o financiamento do Auxílio Brasil de R$ 600, mais R$ 150 para famílias com crianças menores de 6 anos. Sem o recurso extra, em 2023 o benefício cai para R$ 405. Vários outros pontos em discussão requerem a ampliação do orçamento para programas, principalmente, sociais. Alguns, segundo o PT, não têm orçamento algum previsto. 

Na área da saúde, por exemplo, bancar o Programa Mais Médicos e medicamentos incorporados à Farmácia Popular está na mesa e é defendido pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), sub-relator de orçamento da saúde no Senado. "Esta é a área mais sensível de todas as políticas públicas e representa o maior orçamento impactado. Há muito ainda o que discutir", afirmou o parlamentar. 

O aumento real do salário mínimo, reajuste dos servidores públicos e isenção do imposto de renda para pessoas com salários até R$ 5 mil são outras questões estudadas. Oficialmente, a equipe de transição não fala em quanto seria necessário para atender as demandas, mas fontes com conhecimento da negociação relataram uma estimativa de R$ 200 bilhões.

Responsável pela equipe de transição por articular a questão orçamentária no Congresso, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou que há clima para aprovar a PEC, porque ela não significa um "cheque em branco" para o novo governo, já que a definição dos valores ocorrem a partir da Lei Orçamentária e atendem demandas da população. "É uma garantia de recursos para aquilo que são emergências", disse o senador, ressaltando que a PEC é um "caminho seguro" para solicitar o incremento, assim como foi feito com a PEC dos Precatórios.

R7 e Correio do Povo

Manifestações

 Cobra-se de Jair Bolsonaro uma manifestação mais contundente no sentido de pacificar o país, de defender de forma veemente a liberação de rodovias. Bolsonaro, salvo uma hecatombe, tem data para sair do Palácio do Planalto. Mas pergunto: e Lula?

Guilherme Baumhardt

Centenas de milhares de brasileiros, em todo o país, foram às ruas vestindo verde e amarelo. Antes de chamá-los de golpistas (o caminho mais óbvio e, também, o mais preguiçoso) é preciso ir um pouco além. A Constituição traz o artigo 142 – “As Forças Armadas (...) destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. As situações nas quais o emprego da força deve ocorrer, porém, ainda são tema de debate. Alguns já veem motivos para isso – um Supremo Tribunal Federal que age além das suas atribuições é o mais latente.

Se é verdade que na soma dos votos Lula venceu, é verdade também que não foi uma disputa com paridade de armas e forças (e nem me refiro a recursos de campanha, mas do ponto de vista de justiça eleitoral, com decisões absurdas tomadas pela Corte a favor da campanha petista). Além disso, os sinais que surgiram após o pleito são preocupantes. Na manifestação após a votação, o atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes, não economizou saliva na hora de falar em “controle” e “regulação” para as próximas disputas, inclusive sobre as redes sociais – coisa típica de republiqueta ditatorial.

Cobra-se de Jair Bolsonaro uma manifestação mais contundente no sentido de pacificar o país, de defender de forma veemente a liberação de rodovias. Bolsonaro, salvo uma hecatombe, tem data para sair do Palácio do Planalto. Mas pergunto: e Lula? Por que não se cobra dele sinais que poderiam trazer tranquilidade? No lugar de receber o esquerdista Alberto Fernández, por que ele não anuncia logo quem será o ministro da Economia? Não me venham com a desculpa esfarrapada de que é preciso esperar as negociações (argh) com partidos da base, na construção do “presidencialismo de coalizão” (o nome bonito e cheiroso dado a uma coisa fétida) para definir o titular da pasta.
O cabeça da economia sempre foi atribuição do presidente da República, nunca entrou nas negociações para composição de governo. Zélia Cardoso de Mello foi escolha de Fernando Collor. Itamar Franco definiu Fernando Henrique Cardoso. FHC, por sua vez, chancelou Pedro Malan, assim como Lula escolheu Antonio Palocci e, depois, Guido Mantega (uma tragédia). Jair Bolsonaro escolheu e chancelou Paulo Guedes. Lula poderia anunciar, por exemplo, Henrique Meirelles, um nome que está léguas distante em termos de liberalismo econômico de Paulo Guedes, mas que produziria algum efeito calmante, mas não o fez. Porque?

Sobre o risco de ditaduras – sim, no plural – cabe um alerta. Se as atuais manifestações populares são vistas com ressalvas, pelo risco de detonarem a volta dos militares, não podemos cair na armadilha da memória curta e da visão míope. Há um risco real de que o Brasil vire uma ditadura de esquerda. Um único mandato conservador não equilibrou forças. Ainda há maioria progressista no STF. Além disso, parcela do Congresso já mostrou que é apenas uma questão de preço para sair de um lado e ir para o outro.
A obsessão lulista em desarmar a população lembra muito a Venezuela de alguns anos atrás, em que uma população sem condições de reagir sucumbiu a milícias e grupos paramilitares. Os generais que eram oposição a Hugo Chávez, antecessor e criador de Nicolás Maduro, foram todos defenestrados. Ou seja, antes de falar em democracia e tomar como base o resultado das urnas – algo legítimo –, é preciso lembrar que há um conceito muito mais importante e anterior ao simples ato de votar e definir um vencedor: chama-se liberdade. Sem ela, a história nos ensina que até mesmo ditaduras podem produzir eleições – em Cuba, acredite, há votação, mas zero liberdade.

Não sou entusiasta da volta dos militares, algo sempre traumático e que traz a supressão de liberdades. Mas também não fecho os olhos para o risco real de uma ditadura de esquerda no país. As próximas semanas devem trazer respostas.


Correio do Povo