terça-feira, 1 de novembro de 2022

Leite projeta diálogo com Lula pelo RS e adia ambições no cenário nacional

 Governador eleito garantiu foco total nas demandas da população gaúcha



governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), comentou sua visão para a relação do Rio Grande do Sul com o novo governo federal de Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva ao celebrar sua vitória no Estado. "Fiquei sabendo agora que Lula está eleito e a gente respeita esse resultado. Dentro do processo de transição, vamos procurar o governo e ter um diálogo amigável para tratar dos temas de interesse do RS", definiu.

Leite também falou sobre suas ambições no cenário nacional. "O RS sempre teve participação no debate político nacional. E eu terei uma participação neste debate nacional", relatou. "Mas nunca estará acima do meu foco no Rio Grande", definiu o governador-eleito.

O político descartou, entretanto, que tenha uma ideia imediata de disputar o governo federal. "A próxima eleição é só daqui a quatro anos", garantiu.

"Meu foco, minha atenção e coração estão integralmente no Rio Grande do Sul", enfatizou Leite. "Estou cheio de energia e vontade para me debruçar sobre os projetos, números e demandas das cidades e regiões", projetou.

Correio do Povo

Eleições: Dois tabus quebrados e um 3º turno no horizonte

 Eleições gerais garantiu reeleição a Leite no Rio Grande do Sul e um novo mandato para Lula no Planalto

Taline Oppitz


As eleições gerais de 2022 foram as mais polarizadas e bélicas da história recente do Brasil, cuja repercussão atingiu também as disputas locais, quebrou dois tabus. Jair Bolsonaro, do PL, é o primeiro presidente da República que não é eleito na história do Brasil democrátivo. O atual presidente foi derrotado, neste domingo, por Lula - que volta ao Planalto após 12 anos

E Eduardo Leite, do PSDB, que ficou à frente de Onyx, e tornou-se o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul. Apesar da desculpa dele ter renunciado ao mandato ao final do primeiro governo, Ranolfo não concorreu à reeleição e Eduardo era o candidato natural do partido e, por isso, ele é considerado reeleito. 

O 2º turno passou, mas tudo indica que teremos um 3º turno da campanha. Isso porque a margem de Lula sobre Bolsonaro foi muito pequena - cerca de 2 milhões de votos. Isso permite com que Bolsonaro e seus alidos sigam colocando ainda mais em xeque não apenas o sucessor, mas também a justiça eleitoral que foi uma das protagonistas das crises da eleição. 

Veja a análise em vídeo


@cristianomendesofc Fraude nas urnas. Compartilhem ao máximo ! #eleicoes2022 #lula #bolsonaro #bolsonaro2022 #jovempan #bolsonaroreeleito2022 #eleições #lulaladrão #bolsonaroreeleito2022 ♬ som original - Cristiano Mendes

Correio do Povo

Vagas de emprego em Porto Alegre - 01.11.2022

 

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Apesar da derrota nas urnas, Bolsonaro ganhou em mais estados do que Lula

 Presidente obteve mais votos em 14 unidades da federação; Lula, eleito pela terceira vez no país, conseguiu a maioria em outros 13



Embora tenha perdido a disputa pela reeleição neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou em mais estados do que o rival, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O atual chefe do Executivo federal obteve mais votos em 14 unidades da federação, e Lula, em 13.

Roraima foi o estado onde houve a maior diferença, com 76,08% para Bolsonaro (213.518 votos) e 23,92% para Lula (67.128 votos).

Confira abaixo os estados onde Bolsonaro obteve mais votos:

- Acre: 287.750 votos (70,30%)
- Amapá: 200.547 votos (51,36%)
- Distrito Federal: 1.041.331 (51,81%)
- Espírito Santo: 1.282.145 (58,04%)
- Goiás: 2.193.041 (58,71%)
- Mato Grosso: 1.216.730 (65,08%)
- Mato Grosso do Sul: 880.606 (59,49%)
- Paraná: 4.159.266 (62,40%)
- Rio de Janeiro: 5.403.894 (56,53%)
- Rio Grande do Sul: 3.733.185 (56,35%)
- Rondônia: 633.236 (70,66%)
- Roraima: 213.518 (76,08%)
- Santa Catarina: 3.047.630 (69,27%)
- São Paulo: 14.216.271 (55,24%)

O presidente eleito venceu nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

O Tribunal Superior Eleitoral contabilizou os votos de 99,99% das seções eleitorais até a última atualização deste reportagem. Com esse percentual apurado, Lula obteve 60.345.825 votos (50,90%), e Bolsonaro, 58.206.322 votos (49,10%).

R7 e Correio do Povo

Ar frio cobre o RS nesta terça-feira

 Várias cidades gaúchas devem ter temperatura mínima abaixo de 10ºC



Uma massa de ar frio de grande intensidade e incomum para esta época do ano cobre o Rio Grande do Sul nesta terça-feira. O ar frio deve induzir nuvens, que vão trazer chuva localizada no Leste e no Nordeste gaúcho, embora o sol apareça com nuvens.

De acordo com a MetSul, há chance de chuva congelada em áreas de maior altitude do Nordeste gaúcho e neve no Planalto Sul de Santa Catarina entre terça e quarta-feira. O dia começa muito frio para novembro e com geada tardia em pontos do Centro, do Oeste da Campanha. A tarde também será fria. Em Porto Alegre, a temperatura varia entre 10ºC e 16ºC.

Mínimas e máximas em algumas cidades nesta terça:

Torres 11 ºC / 15 ºC
Caxias do Sul 7 ºC / 12 ºC
São Miguel dos Ausentes 1 ºC / 10 ºC
Erechim 6 ºC / 16 ºC
Santa Rosa 5 ºC / 17 ºC
Santa Cruz 9 ºC / 17 ºC

Correio do Povo

Dólar tem forte queda com redução de risco institucional e fecha a R$ 5,16

 Mercado mostrou otimismo com falta de espaço para contestação da eleição de Lula e perspectiva de política econômica moderada



O dólar despencou ao longo da tarde desta segunda-feira e encerrou o dia na casa de R$ 5,16, com relatos de desmonte de posições cambiais defensivas por investidores locais e entrada de fluxo estrangeiro. Segundo analistas, o mercado incorpora à taxa de câmbio a redução do risco político-institucional, em razão da falta de espaço para contestação do resultado da eleição pelo presidente Jair Bolsonaro, e a perspectiva de que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, mostre que vai adotar uma política econômica moderada com a montagem da equipe de transição.

Esse movimento de apreciação do real não veio, contudo, sem sobressaltos. Na abertura dos negócios, como previsto, o dólar esboçou uma alta mais forte e chegou a tocar o patamar de R$ 5,40. A valorização da moeda no exterior em relação a pares fortes e divisas emergentes, na esteira da leitura ruim de inflação na Europa e indicadores de atividade abaixo do esperado na China, contribuía para pressionar a taxa de câmbio.

O dólar perdeu força no mercado doméstico ainda pela manhã, à medida que surgiam sinais vindos do QG de Lula, em especial a possível indicação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para comandar a equipe de transição de governo. Operadores notavam também influência de fatores técnicos com a disputa pela formação da última taxa Ptax de outubro e rolagem de posições no mercado futuro.

Já abaixo da linha de R$ 5,20 no fim da manhã, o dólar renovou mínimas ao longo da tarde assim que surgiram relatos de que o presidente Jair Bolsonaro se manifestaria para reconhecer a derrota nas urnas. Com oscilação de cerca de 25 centavos entre a máxima (R$ 5,4085) e a mínima (R$ 5,1544), o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 2,54%, cotado a R$ 5,1659 - menor valor de fechamento desde 21 de outubro. A moeda fecha outubro com desvalorização de 4,24%.

Para o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, além das dúvidas sobre o rumo da política econômica em um governo Lula, os preços dos ativos locais refletiam o risco institucional, dada a possibilidade de que Bolsonaro contestasse o resultado eleitoral. A movimentação política interna e o reconhecimento da vitória de líderes internacionais diminuíram o espaço para contestação. "Apesar de ainda termos de esperar pelo o que o Bolsonaro vai dizer, existe uma diminuição desse risco institucional. A reação natural do mercado é promover essa correção que estamos vendo no câmbio", afirma Velho, ressaltando que o dólar operou descolado do comportamento global na semana passada. "Agora, está mais alinhado a níveis convergentes com a sinalização do Federal Reserve de que pode desacelerar o ritmo de alta de juros a partir de dezembro".

Segundo o economista, embora deva haver mudanças na política econômica, dada a fé de economistas alinhados do PT no papel da expansão dos gastos públicos para o crescimento econômico, não se espera uma guinada radical rumo à heterodoxia. "A sensação é de que não vai ter nenhuma maluquice. Existe memória do primeiro governo Lula, com bons nomes de equipe econômica, e possibilidade de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos", afirma.

Agência Estado e Correio do Povo

Protesto contra a eleição de Lula

 


Líderes mundiais parabenizam Lula pela vitória na eleição do Brasil

 Líderes e autoridades de diversos países comentaram o terceiro mandato do petista na presidência da República


Presidentes e autoridades de diversos países parabenizaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (30).


Estados Unidos

O presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou Lula pela vitória. Em uma nota divulgada pela Casa Branca disse: "Estou ansioso para trabalharmos juntos para continuar a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos".

O líder democrata também classificou as eleições brasileiras de "livres e justas".

França

O presidente da França, Emmanuel Macron, também mandou seu cumprimentos ao presidente eleito do Brasil. Chamou o atual momento de "um novo capítulo da história do Brasil" e afirmou que os dois juntos irão "renovar o vínculo de amizade entre os dois países"


Estados Unidos O presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou Lula pela vitória. Em uma nota divulgada pela Casa Branca disse: "Estou ansioso para trabalharmos juntos para continuar a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos". O líder democrata também classificou as eleições brasileiras de "livres e justas". França O presidente da França, Emmanuel Macron, também mandou seu cumprimentos ao presidente eleito do Brasil. Chamou o atual momento de "um novo capítulo da história do Brasil" e afirmou que os dois juntos irão "renovar o vínculo de amizade entre os dois países"

 


Portugal

O primeiro-ministro de Portugal mandou mensagem a Lula pelas redes sociais.

"Encaro com grande entusiasmo o nosso trabalho conjunto nos próximos anos, em prol de #Portugal e do #Brasil, mas também em torno das grandes causas globais", escreveu António Costa.


Argentina

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, foi um dos primeiros líderes da América Latina a mandar uma mensagem para Lula.

" Sua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e futuro que começa hoje. Aqui você tem um parceiro para trabalhar e sonhar alto com a boa vida de nossos povos", publicou Fernandez nas redes sociais.

Espanha

O presidente da Espanha, Pedro Sanchez, afirmou que a vitória de Lula é uma aposta do Brasil "no progresso e na esparança" e que trabalhara junto com o presidente eleito pela "justiça social, igualdade e contra as mudanças climáticas".

R7 e Correio do Povo

"Eles saberão o que é oposição", diz Nikolas Ferreira, deputado federal eleito mais votado de 2022

 Vereador de Belo Horizonte, de 26 anos, comenta resultado: "Bolsonaro deixou vários soldados e eu sou apenas mais um"


O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG), considerado o mais votado do país com 1,4 milhão de votos, comentou, neste domingo, a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. "Eles saberão o que é oposição", disse ele em relação à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 


Lula foi eleito em segundo turno para o Palácio do Planalto neste domingo. O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 19h50. O petista derrotou Jair Bolsonaro, o atual chefe do Executivo. "Os gritos de comemoração hoje se tornarão gritos de desespero amanhã, a esquerda vai plantar uma semente ruim, que cabe a nós não deixar florecer", afirmou Ferreira no Twitter. Ele disse ainda que Bolsonaro alcançou percentuais mais expressivos no Nordeste: "Em todos os estados que a gente passou pelo Nordeste o Bolsonaro cresceu, crescemos em Minas. O trabalho continua."

Nikolas, que ganhou o título de terceiro mais votado da história da Câmara dos Deputados, disse que há um longo caminho pela frente. "Nós apenas, de fato, começamos", afirmou. "Não espere de mim desistir do Brasil. Bolsonaro deixou vários soldados e eu sou apenas mais um, mas hoje somos 57 milhões."

"Hoje não elegemos um presidente de direita, mas talvez amanhã. Com certeza, teremos. Nunca lutei só por eleição. A guerra cultural e espiritual continuam. Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. Por hora é o que tenho a dizer. 'Não tenhais medo'".  Na disputa por uma cadeira na Câmara, Nikolas ficou atrás apenas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que conquistou 1,84 milhão de votos em 2018, e de Enéas Carneiro, que alcançou 1,57 milhão de votos em 2002.

R7 e Correio do Povo

Citando "nova era", Pacheco diz que Congresso vai trabalhar para "reunificar o Brasil"

 Pacheco afirmou que o resultado das urnas deve ser respeitado e comentou que vai estar empenhado na transição de governo


O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse em entrevista neste domingo (30) que o Brasil entra em um "novo ciclo de união e responsabilidade dos mandatários". Ele falou com jornalistas cerca de duas horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgar o resultado da eleição presidencial. "O que fica ao final disso é um balanço muito positivo, mas com uma clara divisão da sociedade brasileira expressada por votações quase simétrica. Agora, o papel dos novos mandatários é o de buscar reunificar o Brasil", disse.

Na entrevista, Pacheco também disse que é preciso dar um "basta ao ódio" e que Lula deverá "governar para todos". "Temos um país diverso e o exemplo do mandatário e das instituições é necessário para que o Brasil possa se unir novamente", comentou.

Segundo o presidente do Senado, o presidente eleito deve ter governabilidade no novo governo e que vai encontrar um "Congresso Nacional pronto para que os projetos de interesse nacional sejam apreciados, sempre com critério, juízo crítico, independência, mas com espírito de colaboração".

O senador disse ainda que não havia entrado em contato com os presidenciáveis, mas que deve falar com os dois. "Devo fazer contato com ambos [Lula e Bolsonaro]. Inquestionável que o presidente Jair Bolsonaro é um líder nacional. A sua postura vai contribuir para processo de pacificação do Brasil", afirmou. Pacheco também disse acreditar que Bolsonaro irá reconhecer que as eleições são "inquestionáveis".

Mais cedo, Pacheco esteve na sede do TSE ao lado de outras lideranças para a coletiva de imprensa de Alexandre de Moraes, presidente da corte. Ao falar sobre Moraes, disse que a Justiça Eleitoral preveniu que a "insegurança jurídica prejudicasse as eleições" e reafirmou a confiabilidade das urnas eletrônicas.


R7 e Correio do Povo