quinta-feira, 13 de outubro de 2022

FMI vê contas do Brasil no azul no ano, mas projeta volta de déficit em 2023

 Fundo internacional avalia que aumento de gastos às vésperas das eleições dificulta equilíbrio


O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Brasil deve apresentar superávit primário de 0,8% neste ano. A informação consta no relatório Monitor Fiscal do organismo, publicado ontem. Por sua vez, a dívida total do governo brasileiro deve cair. O FMI espera que a relação entre a dívida bruta e o Produto Interno Bruto (PIB) - um dos principais indicadores de solvência de um país e avaliado de perto pelas agências de classificação de risco - do Brasil diminua para 88,2% neste ano (ante 93% em 2021). Caso o cenário traçado pelo Fundo se materialize, seria o melhor resultado desde 2016. Ainda assim, a dívida continuará entre as maiores comparadas às dos pares emergentes, atrás apenas da do Egito.

A melhoria nas projeções do FMI tem, contudo, vida curta. O Fundo vê o Brasil com aumento da dívida bruta e no vermelho pelos próximos dois anos, retomando o equilíbrio das contas apenas em 2025. Um das razões é o aumento dos gastos por parte do governo de Jair Bolsonaro às vésperas das eleições, dentre eles a elevação do Auxílio Brasil para R$ 600. "As projeções fiscais para 2022 refletem o último anúncio de política (do governo brasileiro)", afirma o FMI, no relatório, sem dar mais detalhes.

Para o organismo, o impacto fiscal começará a aparecer já no primeiro ano do futuro governo. O Fundo espera que o déficit primário do País alcance 0,8% em 2023 e caia para 0,3% no ano seguinte. O FMI também melhorou suas projeções para a economia brasileira e passou a prever crescimento de 2,8% em 2022. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%. Ainda assim, o País deve crescer abaixo da média global e de seus pares emergentes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a mudança foi uma "boa notícia", mas criticou as projeções do Fundo. "Estão sempre errando e vão errar de novo", disse ele, a jornalistas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o custo fiscal do auxílio emergencial concedido pelo governo brasileiro durante a pandemia chegou a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do País entre os anos de 2020 e 2021. Em um cenário alternativo, sugere o organismo, um programa com benefícios menores, de cerca de um terço do valor concedido, ainda protegeria a população, a um custo 50% menor. Em um cenário sem o auxílio emergencial, conforme o FMI, apenas um quarto da perda de renda teria sido absorvido. Já a renda média disponível per capita teria diminuído 4,1%, de acordo com o organismo.

Agência Estado e Correio do Povo

Ao lado de Zema, Bolsonaro pede a eleitor mineiro a "oportunidade de comandar Minas Gerais e o país"

 Candidato a reeleição, ele se posicionou contra a legalização das drogas e do aborto e fez defesa dos "valores familiares"


O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), pediu a eleitores mineiros nesta quarta-feira a "oportunidade de, ao lado do governador [Romeu] Zema, comandar Minas Gerais e o nosso país". Bolsonaro cumpriu agenda no estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, acompanhado de Zema, que foi reeleito no primeiro turno e anunciou na semana passada apoio à campanha do presidente.

Bolsonaro relembrou a gestão do governo durante a pandemia, afirmando que o Brasil tem superado as dificuldades mais rapidamente do que outros países. "Quando a gente compara essas questões materiais do Brasil com o resto do mundo, o Brasil é um país abençoado, com uma das gasolinas mais baratas do mundo", disse o presidente, citando, ainda, o auxílio emergencial de R$ 600. 

Mencionando que o país é majoritariamente cristão, Bolsonaro afirmou respeitar as demais religiões e aqueles que não possuem crenças. No entanto, enfatizou que, como cristão, não admite propostas que desgastem os valores familiares. "Para nós, a família é um presente de Deus e devemos preservá-la", declarou.

Mesmo afirmando que não discute ideologia de gênero, Bolsonaro disse que não quer uma menina "indo no mesmo banheiro da escola onde o moleque homem também frequenta",  sendo aplaudido pelos seus apoiadores. 

O presidente discursou ao lado do governador Zema em um carro de som em Belo Horizonte. Nesta tarde, ele tinha previsto na agenda visita a Aparecida, no interior de São Paulo.

R7 e Correio do Povo

Poupança deixa de perder para a inflação após dois anos

 Com deflação em setembro, rendimento da aplicação foi de 7,27% em 12 meses, contra IPCA de 7,17% no mesmo período



Os investidores que optaram pela aplicação financeira mais tradicional do país já podem comemorar: em setembro, o rendimento da caderneta de poupança foi de 7,27% em 12 meses. Esta é a primeira vez em dois anos que esse investimento deixa de perder para a inflação, que está acumulada em 7,17% considerando o mesmo período.

O rendimento foi obtido por meio da Calculadora do Cidadão, disponível na página do BC (Banco Central) na internet, considerando uma aplicação na poupança feita em 11 de outubro do ano passado, que não tenha sido mexida até a última terça-feira. 

O resultado positivo se deve ao recuo da inflação em setembro, quando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou negativo em 0,29%, conforme foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também na terça. 

A última vez que a poupança superou a inflação foi em agosto de 2020, quando a caderneta rendeu 0,45% acima do IPCA em 12 meses. Desde então, a combinação entre inflação alta e juros baixos corroeu o rendimento da popular aplicação. O pior momento ocorreu em outubro de 2021, quando o aplicador perdeu 7,59% contra a inflação no acumulado de 12 meses.

De março de 2021 a agosto deste ano, o BC elevou a taxa Selic (os juros básicos da economia) de 2% para 13,75% ao ano. O IPCA, que até julho deste ano superava os dois dígitos no acumulado em 12 meses, recuou após três deflações consecutivas, provocadas principalmente pelo corte de impostos em combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo. Esses dois fatores reverteram, aos poucos, a perda da poupança para a inflação.

Perspectivas

Atualmente, a poupança rende 6,17% ao ano mais a TR (Taxa Referencial), regra que vale quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano, o que vem acontecendo desde dezembro do ano passado. Quando os juros básicos ficam abaixo desse nível, a poupança rende 70% da Selic.

Nos próximos meses, a poupança vai continuar a ganhar da inflação. Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal com investidores, divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado previam que o IPCA deve fechar 2022 em 5,71%. O mesmo documento também prevê que a Selic encerrará 2022 em 13,75% ao ano, o que vai levar a caderneta a render em torno de 7,5% no acumulado de 12 meses.

O melhor rendimento deve ajudar a conter a fuga recorde de recursos, observada neste ano. De janeiro a setembro, os brasileiros sacaram R$ 91,07 bilhões a mais do que depositaram nessa aplicação financeira. Somente no mês passado, a retirada líquida (diferença entre depósitos e saques) chegou a R$ 5,9 bilhões.

R7 e Correio do Povo

Jair Bolsonaro - Belo Horizonte/MG com o povo e o Governador Romeu Zema (1)

 



Fonte: https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/808842460356681/

Apoiador de Lula, Janones adota fake news como estratégia de campanha

 Veja as principais notícias falsas propagadas pelo ex-candidato à Presidência André Janones



A menos de 20 dias para o segundo turno das eleições, o deputado André Janones intensificou a disseminação de fake news contra o presidente Jair Bolsonaro. Com baixos índices nas pesquisas, Janones desistiu de concorrer à Presidência no primeiro turno para apoiar o candidato do PT.

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já mandou Janones excluir diversas publicações de suas redes por ele divulgar conteúdos inverídicos. Em uma das postagens, por exemplo, o deputado associou Bolsonaro e o PL de atuarem diretamente para a suspensão da lei do piso salarial nacional para profissionais de enfermagem. Na verdade, a decisão foi uma medida do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em outra ocasião, no último dia 7, Janones fez uma live em que afirmava que, caso eleito, Bolsonaro transformaria o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB) em ministro com o objetivo de confiscar aposentadorias e extinguir o Auxílio Brasil. Em entrevista a um podcast, o presidente negou a afirmação de Janones e disse que o deputado tirou a informação "da cabeça dele".

O aliado de Lula também escreveu em redes sociais que o presidente Bolsonaro “fez um pacto com uma seita maçônica” para vencer a eleição e que teria um acordo para não extraditar o ex-jogador Robinho para a Itália. Segundo a Constituição, nenhum brasileiro nato pode ser extraditado. 

Em agosto, antes do início oficial da campanha, Janones também afirmou, em mais de uma ocasião, que o Auxílio Brasil seria extinto em uma eventual vitória de Bolsonaro, o que já foi negado diversas vezes pelo Governo Federal.

Mais casos

Em outra decisão, o tribunal determinou que a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, e o Twitter suspendessem a divulgação de publicação em que a parlamentar vinculava o presidente a um crime contra a vida – em sua postagem, ela diz que Bolsonaro seria o mandante da morte de um apoiador de Lula por um eleitor do presidente. Na ocasião, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino considerou que a propaganda negativa exibida era capaz de "atingir a honra" de Bolsonaro.

R7 e Correio do Povo

Apenas 28 dos 513 deputados federais se elegeram só com os próprios votos

 Levantamento elaborado pelo Diap mostra que nove são do PL, partido do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro



Apenas 28 (5,4%) dos 513 deputados eleitos para o período 2023-2027 se elegeram só com os próprios votos, de acordo com levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

A eleição para a Câmara dos Deputados é proporcional — nesse sistema, o voto do eleitor vai para o partido, porque ele foi feito exatamente para que a legenda tenha mais força do que o candidato em si.

No sistema proporcional, o número de vagas do partido será igual ao número de votos que ele recebeu. Quem ocupa as vagas que a sigla conquistou são exatamente os candidatos mais votados dentro do partido. É como se fosse uma fila, mas apenas algumas vagas podem ser ocupadas — e ocupam essas vagas os que mais receberam votos.

No Distrito Federal, por exemplo, que tem oito cadeiras na Câmara dos Deputados, foram 1.607.519 votos válidos. Por isso, o quociente eleitoral foi de 200.940 votos (número total de votos válidos divido pelo número de vagas disponíveis para o cargo). Esse é o número que um candidato precisava para, sem a ajuda dos votos do partido, eleger-se deputado federal.

Esse cálculo justifica, por exemplo, o fato de que, quando um deputado troca de partido fora da janela permitida pela lei, ele perca o mandato. Isso porque a maioria não seria eleita sem os votos recebidos pelo conjunto de candidatos da legenda.

Deputados que se elegeram só com os proprios votos

Entre os parlamentares, nove são do PL, partido do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Há também quatro do PP e três do PSOL. PT, PSD e União Brasil tiveram, cada, dois nomes. Já PSB, Novo, Republicanos, Cidadania, Avante e Podemos, um cada.

Veja, abaixo, a lista com os 28 parlamentares que se elegeram somente com os próprios votos:

Esses 28 parlamentares ultrapassaram sozinhos o quociente eleitoral, ou seja, não dependeram dos votos obtidos por seu partido ou federação. De acordo com o levantamento do Diap, o número de deputados que conseguiram se eleger só com os próprios votos aumentou em 2022, mas caiu nas últimas eleições. Em 2018, foram 27; em 2014 foram 35 e, em 2010, 36.

Entre os campeões de votos, 15 renovaram o mandato e 13 são novatos. Nove são mulheres e 19, homens. Segundo o Diap, os novatos foram os que conseguiram mais votos no pleito — são os casos de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP), os deputados federais mais votados do país, com 1.492.047 e 1.001.472 votos, respectivamente.

Os parlamentares mais votados estão distribuídos em 12 estados: Alagoas (1), Amazonas (1), Bahia (1), Ceará (1), Distrito Federal (1), Goiás (1), Minas Gerais (2), Paraná (4), Pernambuco (2), Rio de Janeiro (4), Rio Grande do Sul (4) e São Paulo (6).

O cientista político e advogado Nauê de Azevêdo, professor do Centro Universitário de Brasília (CEUB), afirma que o movimento dos parlamentares que se elegeram só com os próprios votos reforça a estrutura partidária e que o fenômeno é esperado.

"É muito importante pensar que o sistema proporcional é pensado inicialmente para que as pessoas vejam os partidos e as pessoas que estão por trás dos partidos. Não é um voto pensado inicialmente para ser personalista e, sim, em bancadas", diz.

"O quociente eleitoral vai fortalecer a figura dos partidos, porque cada vez mais os partidos vão precisar de votações mais consistentes, mais amplas. Por outro, representa um desafio à democracia em si, porque vai ser preciso fortalecer os mecanismos de entrada de pessoas de fora que, por ventura, queiram exercer seu direito de serem votadas, e não mais os caciques, os políticos tradicionais", acrescenta.

R7 e Correio do Povo

Em passagem pelo RS, Bolsonaro pede votos na disputa pela reeleição

 Ao lado de Onyx Lorenzoni, o presidente pediu mobilização dos apoiadores, defendeu a recuperação da economia e criticou o PT


Nem mesmo a chuva que caia em Pelotas no início da tarde desta terça-feira afastou os apoiadores do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) do Centro do Eventos Fenadoce. Milhares deles, vestindo as cores verde a amarela, participaram do ato de Bolsonaro e do candidato do PL ao governo do RS, Onyx Lorenzoni. Em cerca de 15 minutos, o presidente fez comparações entre os modelos de governo dos dois candidatos que disputam a presidência da República. “Queremos a liberdade ou o Estado nos controlando, uma família sadia do nosso lado ou a destruição, um país livre das drogas ou a droga regularizada”, destacou.

Ele resumiu a data do segundo turno como “a luta do bem contra o mal”. “Vamos agora, que a votação é mais rápida, levar os idosos às seções eleitorais e convencer um parente, um amigo a passar para o nosso lado. O que está em jogo é a nossa liberdade. Com a Câmara (dos Deputados) e o Senado mais à direita temos condições de aprovar pautas de interesse e de sepultar pautas da esquerda que ofendam a família”, enfatizou Bolsonaro. 

Também defendeu as medidas de recuperação da economia. “Todos sabem o que pode acontecer e somente acontece pelas escolhas erradas que o povo faz. Levando em conta o resto do mundo vamos muito bem na economia”, enfatizou, citando, em seguida, o caso da Argentina. “Escolhas erradas podem trazer problemas que levam décadas a serem resolvidos. Na Argentina, 40% da população está próxima da pobreza”, lamentou. 

Antes de falar aos apoiadores, Bolsonaro participou no mesmo local de uma reunião com prefeitos e empresários onde recebeu apoio e demandas. Ao desembarcar no aeroporto de Pelotas, Bolsonaro criticou o ex-presidente Lula por não conseguir baixar o preço do diesel. Citou que o petista não construiu as refinarias prometidas quando esteve à frente do Palácio do Planalto, o que impediu o país de se tornar autossuficiente neste tipo de combustíveis. “Temos que fazer refinarias no Brasil, não temos dinheiro público para tal. A iniciativa privada tem que ser conquistada para isso”, afirmou Bolsonaro.

Em seu discurso, Onyx, que disputa o segundo turno do governo do Estado, enfatizou a importância da manifestação de apoio a Bolsonaro neste momento. Em seguida, lembrou o episódio da facada sofrida pelo presidente, na eleição de 2018. “Quando assumimos o governo sabíamos que tínhamos que acabar com a roubalheira e a maior reforma que fizemos foi esta. O Brasil agora pode ver as estatais dando lucro”, ressaltou. “Vamos buscar mais um voto e temos que nos mobilizar para conseguir mais um milhão de votos no RS”, disse, desafiando os apoiadores, ao lado de deputados estaduais e federais eleitos e reeleitos, além do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que conquistou vaga de senador pelo RS. 

Correio do Povo

Lula fez caminhadas no Rio de Janeiro e em Salvador

 Candidato reafirmou que pretende criar um ministério dos povos originários e que vai nomear um indígena como ministro


O candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se, nesta quarta-feira, com lideranças comunitárias no Rio de Janeiro. Durante o encontro, Lula recebeu uma cópia do Plano Popular do Complexo do Alemão, projeto discutido na comunidade e que reúne propostas para a população que vive no local.

“Nós precisamos mudar essa história de que o Estado só participa na comunidade quando manda a polícia para cá para bater em alguém. Nós queremos que a polícia seja um componente de política pública do Estado. Antes de vir a polícia, tem que vir a educação, tem que vir a saúde, tem que vir a cultura, tem que vir a melhoria da vida das pessoas”, disse Lula no Complexo do Alemão. “Vocês podem ficar certos que vai ter uma conferência nacional do povo das favelas para a gente decidir as políticas públicas para as favelas”, prometeu.

Após discursar nesse encontro, Lula participou de uma caminhada pelas ruas do Complexo do Alemão com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O candidato reafirmou que pretende criar um ministério dos povos originários e que vai nomear um indígena como ministro. Ele também disse que vai recriar o Ministério da Cultura. “E vamos fortalecer o ministério da igualdade racial para terminar, de uma vez por todas, com o preconceito nesse país”, disse. O candidato prometeu ainda acabar com o garimpo ilegal no país.

Do Rio de Janeiro, Lula seguiu para Salvador (BA). Às 16h20min, ele e Jerônimo Rodrigues (PT), candidato ao governo da Bahia, atenderam a imprensa no Teatro Vila Velha, antes de seguir para uma caminhada pela capital baiana. Lula não respondeu a perguntas de jornalistas, mas falou que pretende fazer uma política tributária progressiva.

“Vamos ter que fazer uma política tributária correta. Não é possível que um trabalhador que vá comprar um quilo de feijão pague o mesmo imposto que paga o presidente do Santander nesse feijão. É preciso que haja uma política tributária progressiva e que, quem ganha mais, pague mais. Por isso estamos propondo que [quem ganhe] até R$ 5 mil não vão mais pagar Imposto de Renda”, disse.

Lula também citou que hoje é dia das crianças e lamentou que muitas delas não tenham sequer se alimentado nessa data. “Fico imaginando quantas crianças levantaram pela manhã sem ter um café para tomar. E nem vou dizer dos presentes. Quantos milhões de crianças hoje, no dia das crianças, vão passar o dia das crianças sem receber uma única lembrança porque o pai ou a mãe não podem dar? É esse país que a gente quer mudar”, disse.


Agência Brasil e Correio do Povo

Jair Bolsonaro em Belo Horizonte/MG com o povo e o Governador Romeu Zema (1)

 



Fonte: https://www.facebook.com/pactocontraopt/videos/4053856498071305/

Eleição de ex-ministros e aliados mostra força de Bolsonaro sobre o eleitorado

 Congresso de 2023 terá nove ex-ministros do presidente e mais de 200 parlamentares da coligação de Bolsonaro



As eleições deste ano para o Congresso Nacional e os governos estaduais demonstraram a influência do presidente Jair Bolsonaro sobre o eleitorado do país. Com o apoio do chefe do Executivo, uma série de ex-integrantes do governo federal e membros do partido dele foram eleitos ou conseguiram passar para o segundo turno.

Antes da votação em primeiro turno, Bolsonaro aproveitou as tradicionais lives nas redes sociais para pedir votos aos seus candidatos. Como consequência disso, conseguiu as vitórias para o Senado dos ex-ministros Rogério Marinho (PL-RN), Damares Alves (Republicanos-DF), Marcos Pontes (PL-SP) e Tereza Cristina (PP-MS), bem como do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e do ex-secretário de Aquicultura e Pesca Jorge Seif (PL-SC).

O ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) também foi eleito senador, apesar de não ter tido o apoio declarado de Bolsonaro. De todo modo, Moro foi parabenizado pelo presidente e disse que votará em Bolsonaro no segundo turno.

A maior parte dos políticos eleitos sob a imagem de Bolsonaro estarão na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem, como os ex-ministros Osmar Terra (MDB-RS), Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG), Ricardo Salles (PL-SP) e Eduardo Pazuello (PL-RJ). Além disso, vão ocupar uma cadeira na Casa o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-secretário especial de Cultura Mario Frias (PL-SP).

Além dos ex-integrantes do governo federal que conseguiram um mandato no Congresso, a coligação formada por PL, Republicanos e PP para a candidatura à reeleição de Bolsonaro elegeu 187 deputados federais e 13 senadores.

Fora do parlamento, Bolsonaro apoiou a candidatura de oito governadores eleitos em primeiro turno: Cláudio Castro (PL-RJ), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Ratinho Junior (PSD-PR), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), Antonio Denarium (PP-RR), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Clécio Vieira (Solidariedade-AP) e Gladson Cameli (PP-AC).

Outros quatro candidatos que tiveram o suporte do presidente estarão no segundo turno, como os ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Onyx Lorenzoni (PL-RS), além de Capitão Contar (PRTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC).

Importância do presidente para a direita

Para o cientista político Enrico Monteiro, a eleição de parlamentares e governadores mais alinhados a Bolsonaro revela um avanço da direita no espectro político do país. Segundo ele, a participação do presidente foi determinante nesse processo.

“A direita sempre teve uma carência de líderes. Nunca teve alguém que conseguiu se expressar e falar com esse grupo de eleitores. E quando surge Bolsonaro, que consegue conversar bem com essas pessoas e usa bem as redes sociais, ele garante uma militância minimamente organizada, o que faz com que o presidente passe a ser um ator importante na eleição de diversas pessoas Brasil afora”, analisa.

“Não há tem nenhuma outra liderança de direita com tamanha capacidade de comunicação, identificação e transferência de voto como o Bolsonaro. Ele soube aproveitar os espaços vagos e se colocar como principal nome dessa direita, se tornando uma pessoa que transfere voto e muita força”, completa Monteiro.

Já o advogado e cientista político Nauê Bernardo Azevedo acrescenta que, desde 2019, o presidente criou uma base eleitoral muito fidelizada. Por isso, quem teve o apoio dele acabou beneficiado.

“O Bolsonaro conseguiu capitalizar um sentimento que estava latente em uma parcela bastante relevante da sociedade brasileira. E nas eleições deste ano, ele capitalizou isso, transformando em dividendos eleitorais”, destaca.

“A tendência, caso ele seja reeleito, é de uma relação menos tumultuada e mais harmônica com o Congresso e, sobretudo, que haja uma guinada no campo moral, com diversas pautas ligadas à agenda de costumes tendo mais facilidade para avançar”, finaliza Azevedo.

R7 e Correio do Povo