segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Líder da junta de Burkina Faso aceita renunciar após dois dias de confusão

 Tensão foi grande nas últimas horas no país



O chefe da junta de Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba, aceitou renunciar neste domingo (2), dois dias depois que oficiais militares anunciaram sua retirada do poder, provocando distúrbios neste país da África Ocidental.

O próprio Damiba "ofereceu sua renúncia para evitar confrontos com graves consequências humanas e materiais", disseram líderes religiosos e comunitários em comunicado. Sua retirada ocorreu após a mediação, realizada por líderes religiosos e comunitários, entre o chefe da junta e o novo líder autoproclamado, Ibrahim Traore.

Entre as condições para a renúncia de Damiba estava a obtenção de garantias de segurança e que aqueles que assumem o poder respeitem a promessa de retornar a um governo civil dentro de dois anos, feita perante a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Os líderes religiosos e comunitários, muito influentes em Burkina Faso, disseram que Traore aceitou as condições e "convida a população à calma, contenção e oração".

A turbulência começou na sexta-feira, quando oficiais militares de baixo escalão anunciaram que derrubaram Damiba no segundo golpe de Estado no país este ano. Damiba, que liderou um golpe em janeiro, havia declarado na noite de sábado que não tinha intenção de renunciar ao poder e pediu às autoridades que "caíssem em si".

A tensão foi grande nas últimas horas no país, onde as forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo no domingo para dispersar os manifestantes do lado de fora da embaixada francesa na capital. Uma declaração no domingo dos militares pró-Traore indica que ele permanecerá no cargo "até a posse do presidente de Burkina Faso nomeado pelas forças vivas da nação", em uma data não especificada.

Os oficiais por trás do golpe acusaram Damiba de ter se escondido em uma base militar da antiga potência colonial, França, para planejar uma "contraofensiva", acusações que ele e a França negam. Neste domingo, dezenas de apoiadores de Traore se reuniram na embaixada francesa da capital, Uagadugu.

As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo de dentro do complexo para dispersar os manifestantes depois que estes incendiaram barreiras do lado de fora e atiraram pedras contra a estrutura, com alguns tentando escalar a cerca, segundo um repórter da AFP no local. O Ministério das Relações Exteriores francês condenou "energicamente a violência contra nossa embaixada" por "manifestantes hostis manipulados por uma campanha de desinformação contra nós".

AFP e Correio do Povo

Ex-funcionários de Trump retêm documentos oficiais, diz órgão dos EUA

 Arquivos Nacionais consultarão o Departamento da Justiça para tomar as medidas possíveis para recuperar os documentos



Vários ex-funcionários que trabalharam na Casa Branca durante o mandato do presidente Donald Trump ainda não entregaram os registros presidenciais de propriedade do governo, informaram os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos ao Congresso.  "Embora não haja uma maneira fácil de estabelecer responsabilidade absoluta, sabemos que não temos tudo o que deveríamos", disse a diretora da agência, Debra Steidel Wall, em carta à deputada democrata Carolyn Maloney, que lidera um comitê de supervisão da Câmara dos Representantes.

Os nomes dos funcionários omissos não constam nessa carta datada de sexta-feira e divulgada no sábado à noite, mas indica-se que alguns funcionários usaram contas privadas de mensagens eletrônicas para realizar procedimentos oficiais e não entregaram estas mensagens conforme exigido por lei.

Wall afirmou que os Arquivos Nacionais, cuja missão é guardar os registros governamentais, consultarão o Departamento da Justiça para tomar as medidas possíveis para recuperar "documentos retirados ilegalmente".  Após repetidos esforços do governo federal para obter documentos eliminados por Trump, o FBI revistou sua residência em Mar-a-Lago, no estado da Flórida. 

Nessa operação foram apreendidos mais de 10.000 documentos, muitos classificados como secretos. Trump argumentou que esses documentos são privados ou protegidos por privilégios presidenciais e recorreu à Justiça para recuperá-los.

AFP e Correio do Povo

Jair Bolsonaro - Eleições 2022

 



Fonte: https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/482968580417886/

Olívio Dutra perde e fica em segundo lugar na disputa pelo Senado Federal

 Petista foi saudado por lideranças e destacou necessidade de unir o campo progressista para garantir a eleição de Lula



Olívio Dutra (PT) perdeu a disputa ao Senado Federal e terminou em segundo lugar. Ele acompanhou a apuração no comitê do partido, na rua Lima e Silva, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Saudado a todo o momento pelo candidato a governador Edegar Pretto, que ficou de fora do segundo turno, e por outras liderança, o ex-governador ressaltou a necessidade de unir o campo da esquerda para garantir a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República. 

"Este é um trabalho constante, permanente, tivemos um avanço muito rico, mas o que está acontecendo no país exige muito mais do campo do humanismo, da esquerda, do progresso, que não agrida a natureza e que não despreze as pessoas, o desenvolvimento, as instituições, e que não dissemine o ódio e o preconceito", disse, durante o pronunciamento na sede do comitê, logo após o fim da apuração. 

Aos 81 anos, Olivio concorreu ao Senado "mais por uma necessidade do partido do que por uma vontade própria", ressaltou Pretto durante o discurso. Na sua fala, o ex-governador citou como positivas as eleições de deputados federais e estaduais representantes da esquerda. Ainda falou que o campo progressista precisa continuar unido nas próximas semanas. 

"Estamos num processo ainda não concluído. No país, temos um segundo turno importantíssimo, que queremos que seja um confronto de ideias, de projetos, de concepção de mundo, de visão sobre o papel do estado, do resgate da democracia, a questão do estado democrático de direito, republicano. Tudo isso são temas importantes não suficientemente ainda debatidos, e que certamente deverão ser aprofundados e objetivados nesse segundo turno para que o eleitorado vote com consciência e com o coração", disse, momentos antes de seguir com outros representantes da coligação para um carro de som em meio à multidão reunida em frente ao comitê.

Olívio votou nas primeiras horas da manhã de ontem no Colégio La Salle São João, na avenida Assis Brasil, zona Norte de Porto Alegre. O ex-governador estava acompanhado por dezenas de pessoas entre candidatos e representantes da coligação Frente da Esperança, formada por PT, PCdoB, PSol, PV e Rede. No local, Olívio aguardou em frente ao prédio até a chegada de Edegar Pretto. Parado em frente à escola, conversou, cumprimentou e tirou fotos com eleitores e apoiadores. No momento do voto de Olívio, os corredores da escola chegaram a ficar tumultuados devido à quantidade de pessoas. Quem chegava para votar precisava ser orientado para encontrar a seção. Após votar, o ex-governador também acompanhou o voto de sua filha Laura.

Correio do Povo

Santa Catarina: Jorginho Mello e Décio Lima vão disputar o 2º turno

 Mello obteve no primeiro turno 38,62% dos votos válidos, enquanto Lima atingiu 17,40% dos votos válidos

Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT) vão disputar o segundo turno para o governo de Santa Catarina. O resultado foi confirmado com a apuração de 99,81% das urnas na eleição deste domingo (2). 

Mello obteve no primeiro turno 38,62% dos votos válidos, enquanto Lima atingiu 17,40% dos votos válidos. O atual governador, Carlos Moisés (Republicanos), ficou em terceiro lugar. O segundo turno está marcado para acontecer em 30 de outubro.

Mello, de 66 anos, nasceu em Ibicaré, no meio-oeste catarinense. Formou-se em estudos sociais pela Universidade do Oeste de Santa Catarina e em direito pela Unisul.

Aos 18 anos tornou-se vereador na cidade de Herval d’Oeste. Deixou a carreira política no início da década de 80, retornando em 1994 como deputado estadual.

Depois de quatro mandatos na Assembleia Legislativa, conquistou uma vaga na Câmara como deputado federal. Em 2018, mudou de casa, elegendo-se senador.

Lima, de 62 anos, nasceu em Itajaí e formou-se em ciências sociais pela Fundação de Ensino do Polo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi) e em direito pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).

Foi vereador e depois prefeito de Blumenau por dois mandatos. Também se elegeu deputado federal por Santa Catarina por três vezes.


R7 e Correio do Povo

Goiás: Ronaldo Caiado é reeleito governador

 Vitória foi confirmada com 94,77% das urnas apuradas; Gustavo Mendanha ficou em segundo


Ronaldo Caiado (União Brasil) foi reeleito governador de Goiás neste domingo, em primeiro turno, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com 51,53% dos votos. O resultado veio com 94,77% das urnas apuradas. O vice-governador eleito é o ex-deputado federal Daniel Elias Carvalho Vilela (MDB).

• Acompanhe em tempo real a apuração dos votos

O segundo colocado na disputa foi Gustavo Mendanha (Patriota), que obteve 25,41% dos votos. Com o percentual de urnas já apuradas, Mendanha não tem mais condições matemáticas de alcançar Caiado ou de levar a disputa ao segundo turno.

Nascido em Anápolis (GO), terceira maior cidade goiana, Ronaldo Ramos Caiado tem 72 anos e é médico formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Especializou-se em cirurgia da coluna pelo Serviço de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica do Professor Roy-Camille, em Paris, na França. Caiado é mestre em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi professor assistente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia.

Ele começou na política em 1991, como deputado federal por Goiás, permanecendo no cargo até 2011. Em 2014, foi eleito senador pelo estado. Em 2018, Caiado, que na época era do DEM, ganhou a disputa ao Governo de Goiás em primeiro turno, com 1.773.185 votos. O segundo colocado foi o jurista Daniel Vilela (MDB), que nestas eleições se juntou à chapa de Caiado e foi eleito vice.

Os demais concorrentes ao Governo de Goiás tiveram a seguinte votação:

Cintia Dias (PSOL): 0,58%
Edigar Diniz (Novo): 0,28%
Gustavo Mendanha (Patriota):
Major Vitor Hugo (PL): 14,89%
Professor Pantaleão (UP): 0,16%
Professora Helga (PCB): 0,21 %
Wolmir Amado (PT): 6,95%

Brancos e nulos somam 8,38% dos votos


R7 e Correio do Povo

Motociata de Jair Bolsonaro (4) - 01/10/2022

 



Fonte: https://www.facebook.com/watch/?v=1039379770074373

Motociata de Jair Bolsonaro (3) - 01/10/2022

 



Fonte: https://www.facebook.com/watch/?v=504619201120177

Tebet: brasileiro optou por 2 turnos, mas eu e Mara entramos e saímos gigantes

 Chapa da candidata do MDB ficou em terceiro lugar, com 4,2% dos votos válidos



A senadora Simone Tebet (MS), candidata à Presidência da República pelo MDB, reconheceu na noite deste domingo que a vontade soberana do povo brasileiro optou por dois turnos para a eleição para presidente. Ela salientou que ela e sua vice, Mara Gabrilli (PSDB), entraram e saíram gigantes do pleito.

A chapa ficou em terceiro lugar atrás de Lula e Bolsonaro, com 4,2% dos votos válidos com uma votação de quase 4,6 milhões de votos. Ao lado da vice, Simone Tebet emocionou-se ao lembrar das dificuldades que teve de enfrentar para pode oficializar sua candidatura e disse que a chapa que formou com a tucana Mara Gabrilli foi uma forma de mostra que as mulheres, a partir de agora, serão protagonistas e não apenas eco.

"Duas mulheres saíram do zero e provaram que nossa campanha era séria. Nossa campanha mostrou que daqui para frente as mulheres não serão só eco", afirmou. Ela disse ainda que a campanha dela e de Mara foi inclusiva - e que nunca teve a intenção de ser apenas uma campanha feminina.

"Era uma trajetória de marcar posição, do que as mulheres podem fazer na política brasileira. Não queremos ser apenas coadjuvantes, queremos ser protagonistas da política do Brasil. Somos as candidaturas com a votação maior da história do MDB, de 4,2% dos votos", finalizou.

Agência Estado e Correio do Povo

Paraná: Sergio Moro é eleito senador

 Ex-ministro supera o deputado federal Paulo Martins (PSDB) e o senador Álvaro Dias (Podemos), que perde a cadeira no Legislativo pela primeira vez desde 1999



O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) foi eleito neste domingo para ocupar uma cadeira no Senado Federal pelo estado do Paraná nos próximos oito anos.

Com 95,74% das urnas apuradas, Moro soma 33,82% dos votos e não pode mais ser alcançado pelo deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSDB) e pelo senador Álvaro Dias (Podemos), que tentava ser reeleito para o cargo que ocupa, ininterruptamente, desde 1999. Além de Martins e Dias, ficam pelo caminho Rosane Ferreira (PV), Orlando Pessuti (MDB), Aline Sleutjes (Pros), Desiree Salgado (PDT), Laerson Matias (PSOL), Roberto França (PCO) e Carlos Saboia (PMN).

Neste ano, a eleição renova apenas um terço do Senado, com 27 eleitos, um para cada unidade da Federação. Isso acontece porque os vencedores têm mandatos de oito anos. Em 2026, haverá a renovação de 66,6% das cadeiras, com a eleição de dois nomes por estado. Com a renovação, Moro integrará, ao lado de Flávio Arns e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos, a lista de parlamentares que representam o estado do Paraná no Senado Federal.

Trajetória

Natural da cidade de Maringá (PR), Sergio Fernando Moro ganhou notoriedade nacional como o principal nome da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014. Como juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, ele julgou políticos, empresários e doleiros acusados de envolvimento no esquema.

No comando da operação, ele garantiu que jamais entraria para a política. Em 2018, ele abriu mão do cargo de magistrado e aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro da para ser ministro da Justiça e Segurança Pública. A permanência do ex-juiz no Executivo durou pouco mais de um ano e chegou ao fim após Bolsonaro exonerar o chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, braço-direito e homem de confiança de Moro.

Com a proximidade das eleições deste ano, o ex-juiz se filiou ao Podemos, sigla com a qual pretendia ser lançado pré-candidato a presidente da República. Para conquistar mais tempo de TV e verbas partidárias, ele migrou para o União Brasil. As disputas internas, no entanto, impediram as pretensões de Moro, que precisou disputar a vaga para o Senado.

R7 e Correio do Povo