Florida avalia perdas seguradas entre US$ 25 bilhões e US$ 40 bilhões após passagem do furacão
O furacão Ian provavelmente pesará sobre o crescimento econômico dos EUA até o final de 2022, dizem economistas. Além disso, a reconstrução e a recuperação impulsionarão a produção econômica nos próximos anos. O furacão atingiu comunidades em rápido crescimento ao longo da costa sudoeste da Flórida, causando entre US$ 25 bilhões e US$ 40 bilhões em perdas seguradas, de acordo com uma estimativa inicial da Fitch Ratings. Quedas de energia generalizadas, aeroportos fechados e estradas intransitáveis retardarão a reabertura da economia. Mais danos são prováveis à medida que a tempestade se dirige para a Geórgia e a Carolina do Sul nos próximos dias.
Greg Daco, economista-chefe da EY Parthenon, estimou que a tempestade pode reduzir a produção econômica da Flórida em cerca de 6 pontos porcentuais no terceiro trimestre. Isso reduzirá cerca de 0,3 ponto porcentual do crescimento econômico nacional de junho a setembro e cerca de 0,1 ponto porcentual no quarto trimestre do ano, disse ele.
"Espero que as pessoas parem de ir a restaurantes por um tempo, a vida noturna em Tampa provavelmente não será a mesma, pode haver algumas empresas que são forçadas a fechar", disse Tatyana Deryugina, economista da Universidade de Illinois Urbana-Champaign. "Por outro lado, haverá carros destruídos, casas destruídas que precisam ser reconstruídas, e as pessoas sairão e gastarão dinheiro e isso aumentará o PIB", avalia
A longo prazo, muitos desastres, como furacões, têm impactos econômicos relativamente modestos, dizem os economistas. "Geralmente, os desastres naturais não têm efeitos estruturais sobre a atividade econômica", disse Daco. "O que foi destruído acaba sendo reconstruído ou transformado".
Uma vantagem é que a Flórida está acostumada a grandes tempestades e se preparou para elas. Em maio, o estado reservou US$ 2 bilhões para ajudar as seguradoras a lidar com sinistros. Isso ajudou a estabilizar os custos de empréstimos para o estado e seus governos locais, que devem ajudar na reconstrução, disse Denise Rappmund, analista sênior da Moody's Investors Service. Por exemplo, a pequena cidade de Mexico Beach, na Flórida, se recuperou relativamente rápido do furacão Michael em 2018, de acordo com um relatório da Moody's. A tempestade destruiu cerca de 1.600 unidades habitacionais na cidade. Um ano depois, 160 propriedades foram vendidas e os preços dos terrenos voltaram para onde estavam antes da tempestade, segundo o relatório.
Agência Estado e Correio do Povo