terça-feira, 19 de abril de 2022

Zelenski anuncia início da ofensiva russa no leste da Ucrânia

 Presidente ucraniano afirmou que a Rússia se preparou por muito tempo para uma batalha pela região separatista do Donbass



O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, anunciou nesta segunda-feira o início da ofensiva russa contra o leste da Ucrânia, uma região parcialmente sob o controle de separatistas pró-russos e onde se intensificaram os combates. "Agora podemos dizer que as tropas russas começaram a batalha pelo Donbass, para a qual se prepararam durante muito tempo. Uma grande parte de todo o exército russo se dedica agora a esta ofensiva", declarou Zelenski em um discurso divulgado pelo Telegram.

Com a retirada de tropas russas da região norte da Ucrânia, autoridades de Kiev acreditavam que as forças militares de Vladimir Putin iriam concentrar os ataques na região separatista do leste do país, o que foi confirmado por Zelenski nesta segunda. Outra região de interesse da Rússia é o sudeste ucraniano, onde está situado a importante reigão portuária de Mariupol. A cidade sitiada é lar de alguns dos confrontos mais intensos desde a invasão russa.

O Pentágono alertou também nesta segunda-feira que a Rússia está enviando reforços de material e soldados para a região de Donbass. O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, disse em entrevista coletiva que há um fluxo de equipamentos de artilharia, apoio de helicópteros e outros itens para facilitar as operações de comando e controle da Rússia na região separatista. "Acreditamos que eles reforçaram o número de seus grupos táticos de batalhão no leste e no sul" da Ucrânia, declarou Kirby.

AFP e Correio do Povo

Novo carregamento de armas dos EUA chega à fronteira ucraniana

 Pelo menos cinco voos saindo dos Estados Unidos pousarão com equipamentos bélicos para a Ucrânia em um intervalo de cinco dias


Um funcionário de alto escalão do Pentágono afirmou nesta segunda-feira (18), sob anonimato, que os novos envios de armas dos Estados Unidos começaram a chegar às fronteiras da Ucrânia para serem entregues ao exército do país.

"Quatro voos chegaram dos Estados Unidos ontem à região, com diversos equipamentos", anunciou o funcionário, que pediu anonimato.

Um quinto voo deve chegar nas próximas 24 horas, "o que fará cinco voos em igual número de dias" desde que o presidente Joe Biden anunciou na última quarta-feira (13) uma nova ajuda militar de 800 milhões de dólares (R$ 3,7 bilhões) para a Ucrânia, ressaltou.

Apesar de a operação do equipamento não ser muito distinta do que o exército ucraniano já está acostumado, esses canhões utilizam projéteis de 155 mm, os mesmos utilizados pelos países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), enquanto a Ucrânia apenas dispunha de projéteis de 152 mm, fabricados pela Rússia.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, declarou que o primeiro envio chegou 48 horas depois de Biden autorizar a ajuda, uma "velocidade sem precedentes".

Kirby também afirmou que os militares americanos mobilizados no front oriental da Otan desde o início da invasão russa começarão, "nos próximos dias", a formar militares ucranianos na operação de canhões M777 Howitzer, as peças de artilharia de última geração que os Estados Unidos entregaram pela primeira vez ao exército ucraniano.

No entanto, o treinamento será feito fora da Ucrânia, explicou Kirby. "Um pequeno número de ucranianos será treinado no uso dos Howitzers, e logo voltarão a seu país para treinar os colegas".

Por sua vez, as forças russas começam a sentir o efeito das sanções em seu fornecimento de armas, em particular os mísseis guiados, segundo o alto funcionário do Departamento de Defesa americano.

As sanções "tiveram efeito sobre a capacidade de [o presidente russo, Vladimir] Putin para reabastecer e reequipar, em particular no que diz respeito aos componentes de seus sistemas e mísseis teleguiados com precisão", afirmou.

Por outro lado, "sabemos que [os russos] se esforçam para se reequipar com sua própria indústria de defesa e se preguntam em qual velocidade e em qual grau podem acelerar a produção de armamentos", acrescentou. "As sanções têm efeito sobre suas capacidades para fazer isso".

As armas mais modernas usam chips eletrônicos cujos principais produtores são Taiwan e Coreia do Sul, dois aliados dos Estados Unidos que deixaram de exportar esses produtos à Rússia, em linha com as sanções decretadas contra Moscou pela invasão da Ucrânia.


AFP e Correio do Povo


Romildo admite possibilidade do Grêmio fazer contratações no meio do ano: "Equilíbrio do plantel"

Ofensiva russa no leste ucraniano começou, diz Zelensky

 



Ofensiva russa no leste ucraniano começou, diz Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que a Rússia começou sua ofensiva para tomar controle da região de Donbass, uma batalha "para a qual estavam se preparando há um longo tempo". Pelo terceiro dia seguido, não haverá corredores humanitários abertos por falta de acordo com a Rússia, anunciou nesta terça-feira a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.

Fonte: https://twitter.com/i/events/1483255084750282753

Depoimentos de Sucesso de Alunos

 

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Suspeito de participar de mega-assalto em Guarapuava (PR) prestou depoimento à polícia

 



Suspeito de participar de mega-assalto em Guarapuava (PR) prestou depoimento à polícia
A Polícia Civil do Paraná ouviu por 5 horas e depois liberou na noite desta segunda-feira um suspeito de envolvimento na tentativa de assalto a uma empresa de valores em Guarapuava. Segundo o g1, o homem de 25 anos é suspeito de fornecer armamento de uso exclusivo das Forças Armadas à quadrilha, e seu celular ficou retido para investigação. Homens fortemente armados tentaram assaltar uma empresa de transporte de valores, em Guarapuava, na interior do Paraná, entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. Segundo testemunhas, os bandidos fizeram moradores reféns e fecharam acessos à cidade. Dois veículos foram incendiados em frente ao batalhão da Polícia Militar para dificultar a ação dos agentes de segurança. Dois policiais e um morador ficaram feridos. Por volta das 5h45, os criminosos conseguiram fugir. Não há informações sobre valores roubados.

Fonte: https://twitter.com/i/events/1515881699451703302

MPF reforça pedido ao WhatsApp para adiar função comunidades para 2023

 Ministério Público quer que implementação da nova ferramenta aconteça apenas no ano que vem por causa das eleições



A Procuradoria da República em São Paulo, unidade do MPF (Ministério Público Federal) no estado, encaminhou um ofício ao WhatsApp pedindo que a função comunidades, nova ferramenta de grupos do aplicativo que permitirá a participação de milhares de pessoas, seja implementada no Brasil apenas em 2023.

O WhatsApp fez um acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que o recurso entre em vigor depois da data do segundo turno das eleições deste ano, previsto para acontecer em 30 de outubro. A empresa tomou essa decisão para impedir que a ferramenta interfira no resultado do pleito.

No entanto, o MPF teme que as comunidades possam contribuir para a criação de notícias falsas ou desinformações mesmo depois da votação e gere movimentos semelhantes ao registrado nos Estados Unidos, em janeiro de 2021, quando o Capitólio foi invadido por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que ficaram insatisfeitos com a derrota dele para o atual presidente Joe Biden.

Segundo o MPF, seria melhor que a nova funcionalidade passasse a ser disponibilizada a partir do início do ano que vem "considerando os riscos — antevistos pelo exemplo recente visto nos Estados Unidos da América — que um aumento de viralização de conteúdos potencialmente desinformativos pode trazer para os direitos fundamentais de participação política dos cidadãos e das cidadãs deste país e para a integridade das instituições democráticas nacionais".

No entendimento do Ministério Público, permitir o uso das comunidades já em 2022 "aumenta a possibilidade de viralização de conteúdos, e, assim, pode impactar gravemente as medidas adotadas pelo WhatsApp, nos últimos anos, para enfrentar práticas organizadas de desinformação e de violência no mundo digital".

O órgão também alerta que não adiar a instalação da funcionalidade seria uma decisão "na contramão das diversas medidas que essa plataforma listou ao Ministério Público Federal como soluções adotadas para enfrentar comportamentos abusivos de impulsionamento em massa de conteúdo potencialmente desinformativo".

"A nova funcionalidade agora anunciada precisa ser vista com muito cuidado, pois pode, a depender de como vier a ser implementada, representar um real retrocesso do movimento de contenção de comportamentos abusivos potencialmente ligados à desinformação, que o Whatsapp, a princípio, vinha promovendo de forma eficiente nos últimos anos", pondera o MPF.

O R7 procurou o WhatsApp, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

R7 e Correio do Povo

Pesquisa aponta intenção de voto dos gaúchos para o cargo de senador

 Pesquisa Real Time/Big Data também indica influência da disputa nacional na corrida pela vaga no Congresso


Pesquisa Real Time/Big Data divulgada nesta segunda-feira pela Record TV RS revela os índices de intenção de voto para o governo do Rio Grande do Sul e para o cargo de senador. 

O instituto testou dois cenários para senador e três com indicações variadas de apoio de possíveis candidatos à Presidência da República. Os candidatos testados nos diferentes cenários foram Manuela D’Ávila (PCdoB), Hamilton Mourão (Republicanos), Ana Amélia Lemos (PSD), José Ivo Sartori (MDB), Nelson Marchezan Jr. (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Romildo Bolzan (PDT) e Lasier Martins (Podemos).

A pesquisa foi realizada pelo instituto Real Time/Big Data com 1.200 entrevistas com eleitores do Rio Grande do Sul entre os dias 15 e 16 de abril. Possui margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 95%. Está registrada no TSE sob o número RS-06633/2022. 

Confira os cenários:

Estimulada senador - Cenário 1:

  • Manuela D’Ávila: 20%
  • Hamilton Mourão: 16%
  • Ana Amélia Lemos: 12%
  • José Ivo Sartori: 10%
  • Nelson Marchezan Jr.: 4%
  • Romildo Bolzan: 4%
  • Lasier Martins: 4%
  • Branco/Nulo: 10%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 20%

Estimulada senador - Cenário 2:

  • Manuela D’Ávila: 18%
  • Eduardo Leite: 16%
  • Hamilton Mourão: 12%
  • Ana Amélia Lemos: 11%
  • José Ivo Sartori: 9%
  • Romildo Bolzan: 3%
  • Lasier Martins: 3%
  • Branco/Nulo: 8%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 20%

Induzida senador - Cenário 1:

  • Manuela D’Ávila com apoio de Lula: 22%
  • Hamilton Mourão com apoio de Jair Bolsonaro: 18%
  • José Ivo Sartori com apoio da Simone Tebet: 11%
  • Nelson Marchezan Jr. com apoio de Eduardo Leite: 8%
  • Romildo Bolzan com apoio de Ciro Gomes: 7%
  • Lasier Martins independente: 4%
  • Branco/Nulo: 10%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 20%

Induzida senador - Cenário 2:

  • Manuela D’Ávila com apoio de Lula: 21%
  • Hamilton Mourão com apoio de Jair Bolsonaro: 17%
  • Ana Amélia Lemos com apoio de Eduardo Leite: 15%
  • José Ivo Sartori com apoio da Simone Tebet: 10%
  • Romildo Bolzan com apoio de Ciro Gomes: 6%
  • Lasier Martins independente: 4%
  • Branco/Nulo: 10%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 17%

Induzida senador - Cenário 3:

  • Manuela D’Ávila com apoio de Lula: 21%
  • Hamilton Mourão com apoio de Jair Bolsonaro: 18%
  • Eduardo Leite com apoio da Simone Tebet: 18%
  • Romildo Bolzan com apoio de Ciro Gomes: 9%
  • Lasier Martins independente: 4%
  • Branco/Nulo: 11%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 19%

O instituto também questionou os eleitores sobre a intenção de voto espontânea, onde não são apresentados opções de nomes.

Espontânea senador:

  • Paulo Paim: 1%
  • Outros: 2%
  • Branco/Nulo: 17%
  • Não Sabe/Não Respondeu: 80%


Correio do Povo


Brasil registra 65 mortes por Covid-19 nas últimas 24h

Preço médio da gasolina atinge valor recorde nos postos em abril

 os últimos 12 meses, a alta do combustível chegou a 30,69%, segundo pesquisa da empresa de cartões ValeCard


preço médio da gasolina no Brasil atingiu o recorde de R$ 7,498 na primeira quinzena de abril, subindo 2,88% ante o fechamento de março. A informação é do levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frotas.

Segundo a pesquisa, apenas a Bahia registrou queda no valor do combustível, de 2,03%, a R$ 7,424. Enquanto o Piauí apresentou a maior alta entre os estados, de 5,03%, para R$ 8,190.

Nos últimos 12 meses, a alta da gasolina marcou 30,69%, segundo pesquisa da ValeCard, que monitora os preços através das transações realizadas com seu cartão de abastecimento em cerca de 25 mil estabelecimentos.

Diesel

Já o preço médio do litro do diesel comum no Brasil aumentou 3,96% na primeira quinzena de abril, a R$ 6,864, em relação a março, ainda refletindo um forte reajuste da Petrobras no início de março, segundo o IPTL (Índice de Preços Ticket Log).

Já o diesel tipo S-10 subiu 3,62% e fechou a R$ 6,984, no mesmo período, segundo levantamento realizado com base nos abastecimentos em 21 mil postos credenciados da Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil.

O diesel registrou alta nos postos de todas as regiões do país. O Sul teve o maior aumento do tipo comum, de 5,40%, no valor de R$ 6,484, enquanto o Nordeste apresentou maior avanço do S-10, de 4,32%, a R$ 7,054.

Um recuo no valor dos dois tipos de diesel foi modesto e se limitou ao estado da Bahia, que registrou redução de 0,13% no tipo comum, para R$ 6,750, e ao Amazonas, que apresentou baixa de 0,10% no tipo S-10 a R$ 6,672.

A Bahia conta com uma refinaria privada após a conclusão da venda da unidade no estado pela Petrobras, no ano passado. Dessa forma, o combustível não sofreu impacto direto do reajuste da estatal em março.


R7 e Correio do Povo

Cama Box Casal (Box + Colchão) Plumatex Mola - 62cm de Altura

 


O Colchão casal Prime da Plumatex com 25cm de altura apresenta um nível de conforto diferenciado, sendo confeccionado com sistema de molas Verticoil, no qual a maior quantidade de molas faz com que o colchão se ajuste ao formato do corpo da pessoa sem perder a firmeza, diminuindo o efeito do movimento. Seu estofamento é composto por espuma D-26 selada no conforto, D20 no metalassê e D-28 nas bordas, todas certificadas pelo INMETRO. Este colchão tem como principal característica um nível de conforto intermediário com suporte de até 90kg por pessoa. Cuidado, proteção, tecnologia e conforto para um descanso muito mais tranquilo e saudável com o colchão da Plumatex.

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Entenda o impacto político e jurídico com o fim de emergência em saúde

 O anúncio é uma forma de satisfazer às pressões de Bolsonaro, mas dando previsibilidade para que as normas sejam repensadas



Sob pressão política e em meio ao início da corrida eleitoral, o Ministério da Saúde anunciou o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional), mesmo caminhando na direção oposta da estratégia internacional, visto que a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu manter o caráter pandêmico da Covid. Por outro lado, a pasta encontrou saída mais amena, minimizando os riscos quanto à interrupção de políticas públicas ao prever um período de transição para adequação de normas vinculadas ao estado emergencial. 

São mais de dois mil atos administrativos que podem ser extintos, mas também virarem estratégias permanentes. Um normativo oficializando o fim da Espin traz a proposta de um período de transição. A portaria, que tem previsão de ser publicada na quarta-feira, vai entrar em vigor em 30 dias, permitindo aos estados, municípios e ao próprio governo federal se debruçarem sobre as normas vinculadas ao estado emergencial. Neste período os administradores vão decidir se as medidas necessitam ou não ser reformuladas para continuarem válidas.

"Nós vamos verificar, caso a caso, as necessidades de manutenção das políticas públicas que decorreram, de certa forma, da Espin, de sorte que ninguém fique para trás", garantiu o ministro Marcelo Queiroga, em coletiva desta segunda-feira, marcada para explicar a decisão.

A novidade agrada ao presidente Jair Bolsonaro, que já vinha anunciando e comemorando a flexibilização nas medidas não farmacológicas que a alteração traria. Os apoiadores também ficaram felizes com a mudança e serve como estratégia de campanha para a reeleição. O mandatário tem reforçado que o governo federal atuou corretamente na condução da pandemia, disponibilizando todos os recursos possíveis.

"Foram bilhões de reais em repasses e renegociações de dívidas durante a pandemia que permitiram o combate à Covid, o salvamento de milhões de vidas e também a saúde financeira de estados e municípios: R$ 375 bilhões", disse Bolsonaro. A partir disso, ele sustentou, ao longo do mês, ser o momento de voltar à normalidade. "A gente vai se adequando, vai buscando cada vez mais agir de forma correta no tocante a pandemia, que está acabando."

Não houve, por outro lado, um rebaixamento da pandemia para endemia, como anunciado por Bolsonaro. Isto porque a mudança é uma competência da OMS. "Não estamos acabando com emergência de importância internacional. Não estamos acabando com a pandemia. Não é função do ministério", destacou o ministro Queiroga, mas ponderando que, se pudesse acabar com a pandemia, "ela nem existia". 

Cenário pandêmico

Na mais recente deliberação, os responsáveis por avaliar o cenário pandêmico da OMS concluíram não ser o momento de rebaixar a classificação da Covid-19. Na comparação com outras decisões internacionais, enquanto o Brasil relaxou as medidas, o Estados Unidos ampliaram o uso da máscara por mais três meses.

Na avaliação de Queiroga, o Brasil não errou e não se precipita ao pôr fim na Espin. "Os países são soberanos para tomarem suas decisões, baseadas nos dados de cada país. Estamos muito tranquilos com essa decisão pelo simples fato: temos um SUS, o que os EUA não têm. Também temos uma população muito aderente à vacinação", afirmou, destacando que o Brasil representa todos os países da América no organismo intergovernamental negociador do tratado de pandemias e que, por isso, mantém um forte diálogo junto à OMS. "Precisamos conciliar o enfrentamento aos problemas de saúde com a nossa economia", completou Queiroga, em um discurso alinhado com o que defende o Planalto. 

Transição

Na ocasião, o ministro afirmou que "nenhuma política pública de saúde será interrompida" e que o fim da emergência contou com a previsibilidade necessária, em diálogo com os presidentes do Senado, da Câmara e do STF. Mas o próprio CNS (Conselho Nacional de Saúde) contesta a decisão. Na avaliação do presidente da entidade, Fernando Pigatto, faltou diálogo com o Controle Social, estados e municípios. O anúncio do ministro em plena Páscoa foi defininido como "inadmissível" por ele. "Nós do CNS vamos nos posicionar oficialmente a partir dos próximos dias", adiantou. 

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) também elabora uma carta ao ministro, ressaltando a necessidade do período de transição para evitar perdas de investimentos e descontinuação de políticas públicas. As movimentações mostram que, mesmo com a estratégia de transição, a mudança ainda pode representar um embate com as outras instâncias dos poderes, que temem a interrupção de medidas adotadas no contexto da Espin em âmbito local.

No entanto, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a portaria de transição se preocupa em garantir que normativos estaduais e municipais baseados no estado de emergência não sejam prontamente interrompidos. Disse que, inclusive, o fim da Espin tem como base o período para adaptação das normas e leis, além da continuidade do monitoramento da situação epidemiológica, em conjunto com os gestores locais. 

Portarias

Dentro da Saúde, as quase 170 portarias que foram vinculadas ao estado emergencial já foram previamente estudadas pela pasta. "Muitas tratam de transferência de recursos para a Covid, habilitação de leitos", afirmou o secretário-executivo. A portaria vai prever que, em caso de transferência de recursos cujos repasses ainda estejam ocorrendo, vai haver a conclusão do processo antes da norma ser revogada.

No caso das vacinas, Cruz disse que o entendimento é de que a lei que flexibiliza as compras não precisa ser mais usada, uma vez que o governo federal já garantiu as compras necessárias. "Como já celebramos contratos suficientes, a gente entende que parte desses dispositivos não precisam mais ser usados". 

A pasta propõe a manutenção da autorização de uso emergencial de insumos usados no enfrentamento à Covid, a priorização de análises de registros de produtos com foco no combate à pandemia e a manutenção da política de testagem rápida nas farmácias. Essas três demandas foram solicitadas pelo governo federal junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável pelas deliberações.

A Anvisa destacou que o pedido do ministério é pela vigência das normas por um ano e que está revisando o assunto. "A prorrogação do prazo de vigência das normas ainda depende de aprovação da Diretoria Colegiada da Anvisa e, se aprovada, deve permitir que vacinas e medicamentos em uso emergencial continuem em uso por um ano", informou a agência. 

R7 e Correio do Povo