domingo, 17 de abril de 2022

Suécia e Finlândia na Otan

Países nórdicos querem tratar logo de se associar à Aliança Atlântica para terem proteção

Jurandir Soares


 

As primeiras-ministras da Suécia, Magdalena Andersson, e da Finlândia, Sanna Marin, se reuniram na quarta-feira para discutir sobre a entrada de seus países na Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Ocorre que ambos os países foram ameaçados de serem bombardeados pela Rússia caso aderissem à Aliança Atlântica. Moscou promete não ameaçá-los em troca de sua neutralidade. Mas todos sabem como a Rússia cumpre suas promessas. Com relação à Ucrânia, por exemplo, passou o tempo todo dizendo que estava só fazendo exercícios militares em torno daquele país e nem cogitava uma invasão. Com informações concretas de seus serviços de Inteligência, o presidente americano, Joe Biden, afirmava que o ataque de Moscou era iminente. O que acabou acontecendo, pegando a Ucrânia indefesa, por não fazer parte da Otan.

Assim é que os dois países nórdicos querem tratar logo de se associar à Aliança Atlântica para terem proteção. A Finlândia conhece bem o que é uma intervenção russa. Foi invadida pela União Soviética em 1939, em uma "Guerra de Inverno" de três meses, em que sua feroz resistência hoje traça paralelos com a guerra ucraniana. No final de uma chamada guerra de "continuação" (1941-1944) contra os soviéticos, o país nórdico foi então submetido a uma neutralidade forçada durante toda a Guerra Fria. Foi apenas na década de 1990 que a Finlândia aderiu à União Europeia e se tornou uma parceira da Otan, sem ser um membro permanente. As pesquisas apontam que o apoio da população finlandesa à medida dobrou, passando para 60%, um índice inédito. A parcela dos que rejeitam a ideia caiu para cerca de 20%. Caberá ao Parlamento, nos próximos dias, decidir.

Já a Suécia, na história recente, tem mantido neutralidade, embora mantendo cooperação com a Otan, tendo participado inclusive de ações militares no Afeganistão, Bósnia, Kosovo e Chipre. Aderiu à União Europeia em 1995. Mas a Suécia se tornou um grande produtor de armamentos. Mantém uma ampla cooperação com países europeus em termos de tecnologia de defesa. E o país produz inclusive o caça Gripen, que o Brasil comprou para a FAB.

O fato é que, por não confiar na Rússia, Suécia e Finlândia estão tratando de se colocar sob o guarda-chuva da Otan. Só que esta providência tem que ser rápida, sob pena de se repetir o que aconteceu com a Ucrânia, que foi atacada antes de receber o aval da Organização do Atlântico Norte e, com isto, a mesma ficou impedida de sair em defesa dos ucranianos.

Correio do Povo

Modelo morre após ser atropelada enquanto andava de bicicleta em Vitória

 A jovem de 24 anos Luísa Lopes morreu nesta sexta-feira (15) após ser atropelada enquanto andava de bicicleta no bairro Jardim a Penha, em Vitória (ES). As informações são do g1.



De acordo com testemunhas, Luísa atravessava uma faixa de pedestres quando foi atingida por um carro. A motorista do veículo, Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, apresentava sinais de embriaguez, de acordo com a Polícia Militar.

A PM não sabe dizer se o semáforo estava fechado para a motorista no momento do incidente, mas a suspeita é de que o carro estava em alta velocidade.

Ainda de acordo com o g1, a jovem acabou sendo arremessada para cima com o impacto da batida, e foi arrastada por vários metros. Ela chegou a ser socorrida por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu no local.

A motorista, que é corretora de imóveis, voltava de um bar quando acabou atropelando a modelo, e estava com sua irmã no carro. Ela negou que tivesse ingerido bebida alcoólica e se recusou a fazer o teste do bafômetro.

“Eu estava no bar com a minha irmã e ela estava bebendo. Eu bebi água”, disse Adriana. Questionada pela reportagem sobre a recusa ao teste, ela disse: “Eu não preciso fazer”.

Questionada por um policial se tinha consciência do acontecido, a corretora responde: “Tenho [consciência do que aconteceu]. Quero meu carro pra trabalhar e olha como meu carro está”, disse.

A motorista passou a noite na Delegacia Regional de Vitória e foi encaminhada na manhã deste sábado (16) ao Departamento Médico Legal (DML). Logo depois, foi levada ao presídio por dirigir embriagada.

Em sua audiência de custódia, a Justiça decidiu soltá-la para que responda ao processo em liberdade. Ela terá que pagar uma fiança de R$ 3 mil e não poderá deixar a Grande Vitória e nem frequentar bares e boates.

IstoÉ e MSN Notícias

Mop Giratório Super Clean Brinox com Balde

 


Na hora de cuidar bem da limpeza e organização de sua casa, contar com os acessórios adequados para cada ocasião faz toda a diferença não é mesmo? Por isso vale a pena conferir o Mop Super Clean da Brinox. Trata-se de um mop giratório que levará muita praticidade na hora de limpar o chão de sua casa. Isso porque ele possui balde que facilita e otimiza os processos de limpeza, fazendo com que não falte conforto na hora de exercer as tarefas diárias.

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Tiroteio em shopping deixa feridos na Carolina do Sul, EUA

 

Ao menos 12 pessoas ficaram feridas

© Fornecido por RedeTV!

Um tiroteio em um shopping em Columbia, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, deixou ao menos 12 pessoas feridas na tarde deste sábado (16). O ataque ocorreu por volta das 14h (horário local).

Segundo o chefe do Departamento de Polícia de Columbia,William Holbrook, não há registro de vítimas fatais. Entre os feridos, 10 foram atingidos por tiros, dois estão em estado grave e seis estáveis. Duas pessoas também ficaram feridas após tentarem fugir do local. Pelo menos três suspeitos estão detidos. 

O porta-voz disse ainda que o tiroteio não foi considerado um ato aleatório de violência, mas sim de “algum tipo de conflito” entre um grupo de pessoas armadas que se conheciam, o que descartaria a hipótese de atentado. As vítimas têm entre 15 e 73 anos de idade. 

"Confirmamos que pessoas ficaram feridas durante o incidente — elas estão recebendo atendimento médico. A extensão dos ferimentos é desconhecida no momento", disse a polícia nas redes sociais. "Os policiais estão evacuando o shopping e deixando as pessoas em segurança."

Após o ocorrido, o local foi evacuado.


RedeTV! e MSN Notícias

Balsa de garimpo que invadiu território indígena no Pará é apreendida

 RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública apreendeu neste sábado (16) a balsa de garimpeiros que invadiu na quarta-feira (13) o território indígena Xipaya, no Pará. Cinco adultos e dois adolescentes estavam a bordo.

A operação foi iniciada nesta sexta (15), com equipes da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e da Funai (Fundação Nacional do Índio).

A invasão foi denunciada pela indígena Juma Xipaia, cacique da aldeia Karimaa. Em relato nas redes sociais, ela disse que os invasores usaram de violência contra o seu pai, que registrava a movimentação com um celular.

"Houve muita dificuldade para localizar a balsa, que não podia ser vista com facilidade do alto por helicópteros", disse, em nota, o chefe do Serviço de Repressão a Crimes Contra Comunidades Indígenas, o delegado da PF Paulo Teixeira.

"Foi necessário fazer varreduras com lanchas pelos afluentes do rio Iriri, e por isso é uma vitória termos feito o achado em praticamente um dia", completou. A embarcação estava atracada em um lugar conhecido como Riozinho do Anfrísio, na zona rural de Altamira.

Os adolescentes que estava a bordo foram apreendidos e estão sob os cuidados da Justiça, disse o ministério. Já os adultos foram levados para prestar esclarecimentos na delegacia da Polícia Federal de Itaituba.

"A balsa apreendida não será destruída. Nós vamos adotar os procedimentos legais para que o equipamento seja destinado a ações de fiscalização ambiental do ICMBio", disse Teixeira.

Após a denúncia da invasão, homens da Força Nacional e da PF foram deslocados por via aérea até a aldeia Karimã para reforçar a segurança da tribo, pois havia suspeitas de que os garimpeiros estariam armados.

O território Xipaya possui cerca de 179 mil hectares de extensão e fica localizado a 400 km da cidade de Altamira, região sudeste do Pará. As aldeias localizadas em sua zona de abrangência abrigam cerca de 200 pessoas.

Em suas redes sociais, Juma disse após a invasão que os moradores da aldeia estavam com medo dos invasores. "Entraram com uma balsa supergigante. Agiram com violência com meu pai. Tentaram pegar o celular dele, porque estava filmando. Guerreiros estão descendo para pedir que saiam do território", afirmou.


Filha e MSN Notícias

“MORTE, ONDE ESTÁ TEU AGUILHÃO?”

 

Percival Puggina



Fonte: https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=542588290558754&id=100044227639577&m_entstream_source=feed_mobile

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Dengue vira “situação crítica” no Rio Grande do Sul

 Número de casos no Rio Grande do Sul cresce a ponto de quase 90% das cidades registrarem a presença massiva do Aedes aegypti, motivando as autoridades a emitir um novo alerta epidemiológico e a orientar maior prevenção


Por Felipe Faleiro

Desde o começo da série histórica do monitoramento de arboviroses no Rio Grande do Sul, em 2000, nunca o Estado registrou um número maior de municípios infestados pelo Aedes aegypti do que no atual ciclo. Das 497 cidades gaúchas, 441 tinham, na metade desta semana, a presença massiva do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. O número corresponde a 88,7% dos municípios. A dengue já infectou, neste ano, mais de 7,9 mil pessoas no RS, superando as infecções do mesmo período de 2021. Até o fechamento desta edição, havia deixado também cinco mortos, motivando a Secretaria Estadual de Saúde (SES) a emitir, no final de março, um alerta epidemiológico para a “situação crítica”.

A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes (PEVCA) da Vigilância Ambiental do RS, Carmen Gomes, afirma que todos têm responsabilidade no combate à proliferação do mosquito. “É muito importante a participação da população nisto. São os municípios que precisam manter a vigilância e as ações durante o ano todo. Se a gente relaxar durante os meses de inverno, vai acontecer o que está acontecendo”, salienta ela. O governo do Estado, segundo Carmen, dá apoio às cidades, por meio das 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), no sentido de “capacitar, supervisionar, acompanhar e dispor dos insumos para controle”. “Não existe nada de novo neste acompanhamento. Quando se perde o controle disto, temos que entrar com ações como a eliminação dos mosquitos adultos com a aplicação de inseticidas no ambiente. O uso deles é o reflexo de que em algum momento houve alguma falha na vigilância”, diz.

O médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Julio Croda, afirma que o aumento de casos de dengue neste ano não está sendo um fenômeno restrito ao Estado, já que ocorrem em outras regiões como Centro-Oeste, Sudeste e demais pontos do Sul. Ele diz acreditar que o atual surto é resultado de um “descontrole vetorial importante, sem fiscalização e orientação da população”, muito em razão do deslocamento de agentes relacionados à atividade da dengue para ações de controle da Covid-19. “Muitas dessas equipes foram desestruturadas, transferidas para os serviços de Covid, prestaram um atendimento ou organizaram ou ainda ficaram na parte administrativa em resposta à pandemia”, afirma o presidente da SBMT.

Carmen, da SES, reconhece que os agentes de saúde tiveram dificuldade de ação por causa da pandemia: “Eles precisavam fazer as visitas casa a casa, para orientar as pessoas, eliminar os criadouros e isto ficou bastante prejudicado. Houve algumas restrições inclusive impostas pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, tivemos no ano passado um número não tão alto quanto o que temos agora. Incentivávamos muito as pessoas pela condição de elas estarem mais em casa e poderem fazer esta vistoria”. A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes rechaça uma relação direta da Covid-19 com a dengue. “O que pode ter acontecido é que, pelas pessoas estarem em casa, mais protegidas, este contato direto com o mosquito tenha sido menor, já que as pessoas não saíam e não se locomoviam tanto, não viajavam, não iam para outro município com tanta facilidade”, argumenta Carmen, acrescentando que, no ano passado, a dengue deixou 11 mortos no RS.

Já em nota, o Ministério da Saúde disse que “tem reforçado o combate às arboviroses e ao mosquito transmissor Aedes aegypti”. “A pasta vem acompanhando e orientando a situação epidemiológica e as rotinas de controle vetorial e prestando apoio aos estados; também realiza campanhas para reforçar ações de prevenção e combate ao mosquito em todo território nacional.” O ministério lembra também que, em novembro de 2021, “no início do período de maior proliferação do vetor, lançou campanha nacional de combate ao mosquito e de prevenção das arboviroses urbanas”.

Sintomas são diferentes dos vistos na Covid-19

Com relativa frequência, dengue e Covid-19 são confundidas, já que ambas manifestam condições como febre, dor de cabeça e dor no corpo. Mas, na avaliação do responsável técnico da Gerência de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Juliano Barcelos, a distinção de uma ou outra doença é fácil de ser feita. “O início na dengue é mais súbito, com uma febre e mal-estar marcados e às vezes dor abdominal. O coronavírus começa com um quadro que parece gripal, tosse e obstrução nasal. Sintomas respiratórios e dor de garganta não são comuns na dengue”, reforça o médico, que atua na Unidade de Saúde Jardim Itu, na Zona Norte de Porto Alegre.

A jovem Duane Gabriele Müller, 18 anos, sentiu, no começo, uma dor nas costas “sem explicação”. O incômodo permaneceu por uma semana, mas no final de março a situação clínica agravou-se. “Tive muita dor no corpo, de cabeça, nas pernas, e a dor nos olhos era terrível”, conta ela, que mora em Igrejinha. Mesmo assim, foi ao Hospital Bom Pastor, o único do município, onde recebeu soro e voltou para casa. No dia seguinte, voltou a relatar uma piora: “Tudo tinha um gosto ruim, até a água”. Ela foi, então, com a mãe até a UMT (Unidade Municipal de Triagem). “Me deram paracetamol e dipirona, mandaram tomar muita água e ficar de repouso. Não conseguia me mexer direito de tanta dor nas costas e não podia com a claridade”. Ela contou que ficou dois dias “sem comer nada”, afora um isotônico. Na véspera de retornar ao trabalho, recebeu o diagnóstico de dengue. “Vomitei sangue uns dois dias. Por último, meus dedos da mão ficaram bem inchados e tive manchas vermelhas pelo corpo. Parecia que eu tinha me queimado com o sol.” O tratamento enfim deu resultado e Duane recuperou-se. Não foi, contudo, o único caso da família, já que os avós maternos, uma tia e uma prima também foram atingidos pela doença.

Até essa semana, de um universo de 37 mil habitantes de Igrejinha, 2,2 mil casos foram confirmados na cidade, conforme a Secretaria Municipal de Saúde. No final de março, um morador da cidade morreu. O Hospital Bom Pastor chegou a emitir um comunicado em 29 de março, dando conta de uma superlotação na emergência e pronto-atendimento. Procurado, o HBP esclareceu ao CP que somente 40 dos 284 pacientes atendidos eram suspeitos de dengue e que mais um médico passou a reforçar a escala, somando 24 horas com dois clínicos gerais disponíveis. A cidade, aliás, teve de lidar com uma situação sem precedentes. Até então, nunca houve um caso autóctone, ou seja, originado em seu território, somente por parte de viajantes. Em 2022, segundo a SES, eram 555 casos até a última terça-feira – o terceiro maior número do RS e que pode até ser maior, pois há uma defasagem entre os dados do Estado e município. “Quando tivemos as primeiras suspeitas de dengue, já fizemos um trabalho com as outras secretarias para que pudéssemos fazer algumas atividades, principalmente de conscientização e limpeza”, afirma o secretário de Saúde de Igrejinha, Vinicio Wallauer.

Algumas outras ações feitas na cidade são a visita dos agentes de endemia nos bairros, vistorias em cemitérios públicos e privados, o projeto Desapega, que estimula a eliminação voluntária de entulhos das residências, e a aquisição de um equipamento acoplado a um veículo do Corpo de Bombeiros Voluntários, que pulveriza o inseticida conforme as áreas mais críticas do município. O problema é que a substância química, na avaliação das prefeituras, não está vindo em quantidade suficiente do Governo Federal, que repassa o produto ao Estado, que, por sua vez, envia aos municípios.

EXPLOSÃO DE CASOS EM DOIS IRMÃOS

No mapa do Monitoramento de Arboviroses do RS, lançado em 10 de março pela SES a partir de dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Igrejinha está no vermelho mais escuro em relação às confirmações, bem como Dois Irmãos. A cidade da Região Metropolitana, com cerca de 33 mil moradores, viu igualmente explodir o número de infecções. A prefeitura contabilizava, na segunda-feira passada, mais de 1,5 mil confirmações, mas as notificações eram quase o dobro disso: 2,8 mil. Nem todos os casos notificados, saliente-se, resultam em confirmações para a doença. “No primeiro momento, fizemos várias ações educativas, com os agentes de endemias e interrompemos as atividades dos agentes de saúde para eles buscarem também este combate ao mosquito. Foram muitas pessoas na rua, o tempo todo, visitando casas, orientando e entregando material informativo, no sentido de conscientizar a população”, afirma o prefeito Jerri Meneghetti, ele mesmo diagnosticado com dengue, que reconhece existir ainda resistência por parte de moradores em receber os agentes.

Em condições ambientais favoráveis, o desenvolvimento a partir da eclosão do ovo até a forma adulta, em que o mosquito assume sua forma habitual, mais escuro e com marcações brancas no corpo e pernas, pode levar 10 dias. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RS) aponta que o exame preferencial para o diagnóstico da doença é o que detecta anticorpos IgM para Dengue, feito em amostras coletadas do 7º ao 30º dia a partir dos sintomas.

Por isso, a Administração propôs a criação do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Cadastro de Coletores de Águas Pluviais e multas pesadas para quem mantiver criadouros de mosquitos em sua propriedade, cujo valor máximo pode ultrapassar R$ 1,6 mil para residências e R$ 3,3 mil para empresas. O projeto tramita na Câmara Municipal. “Estamos fazendo testagens em todo mundo, até para termos um panorama real da situação”, diz a secretária Municipal de Saúde de Dois Irmãos, Júlia Lopes de Oliveira. Tanto ela como o prefeito acreditam que a tendência atual é de queda nos novos casos. “Ao longo de março, especialmente na segunda quinzena, a cada 100 testes feitos, 97 ou 98 davam positivo para a dengue. Agora, os dados começam a inverter, com 39% dos casos notificados com resultado positivo”, comenta ela.

IMBÉ TEM PRIMEIRO REGISTRO DA HISTÓRIA

Imbé, no Litoral Norte, jamais tinha confirmado um caso de dengue, nem mesmo entre turistas. O primeiro da história veio no último dia 6 de abril. Dois dias depois, já eram 12 confirmações. O Litoral Norte tem registros do Aedes aegypti desde 2016. Ainda antes da primeira confirmação de dengue, a prefeitura havia recebido um alerta da Secretaria Estadual de Saúde quanto ao aumento considerável dos no Estado. “Quando recebemos, conversamos com a Vigilância Ambiental de que talvez também tivéssemos de dispará-lo em nível municipal. Lembrar os profissionais da ponta, equipes de atendimento da Policlínica e Unidades de Saúde da Família, de tomar cuidado com sinais e sintomas relacionados, especialmente de pessoas que circularam em outras cidades que já tinham casos confirmados”, diz a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Imbé, Caroline Pimenta. Ela comenta que, assim como em Dois Irmãos, o município está estruturando uma legislação para que os moradores que não cuidam de seus espaços sejam penalizados com multas. Segundo Caroline, da mesma forma do que nos outros lugares, nem sempre há colaboração dos moradores na limpeza de seus espaços. O município também ampliou as visitas dos agentes de endemia e comunitários e as ações nas escolas.

A coordenadora da Vigilância Ambiental de Imbé, Halina Borba, afirma que “não há mais horários para os mosquitos aparecerem”. “Parece que esse ano o Aedes aegypti veio com tudo. Normalmente é mais no período do verão. Quando começa a esfriar, a gente tem uma baixa muito considerável do mosquito. Mas não é o que está acontecendo agora”, afirma. Na semana passada, em um dia chuvoso, uma das equipes esteve na residência da representante comercial Ana Lúcia Pereira Monteiro, no Centro, e localizou larvas na água do regador. “Estou bastante preocupada. Já tive Covid-19 e com certeza vou reforçar os cuidados”, comentou Ana.

Casos de dengue são sérios, mas manejo da doença é considerado fácil e barato

Em Porto Alegre, onde os primeiros casos de dengue foram confirmados em 2010, o chamado Índice Médio de Fêmeas de Aedes aegypti (IMFA) está em nível crítico, em consonância com o que o Rio Grande do Sul como um todo apresenta. Até a semana epidemiológica 14, encerrada no último dia 9, foram notificados 1.656 possíveis casos, com 967 confirmações em moradores da Capital, e 964 autóctones, segundo a prefeitura. Para efeitos de comparação, em 2021, no mesmo período, foram 41 notificações, 17 moradores da Capital confirmados com dengue e 12 casos autóctones.

De acordo com o Plano Municipal de Contingência, elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde neste ano, Porto Alegre está atualmente em nível de resposta 2 em uma escala que vai até 3, caracterizando a atual situação como um surto epidêmico. A mudança foi devido à confirmação de um caso grave na Capital, mas o paciente teve boa evolução. O nível 2 prevê, inclusive, quando necessário, “disparar contratação emergencial de médicos e convocação de horas extraordinárias a profissionais da enfermagem”. No entanto, conforme a diretora-geral da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) de Porto Alegre, Fernanda Fernandes, isso ainda não foi necessário. “As unidades básicas de saúde são o primeiro nível de atenção e elas estão conseguindo manejar bem o controle da doença. A dengue é séria, grave, mas seu manejo é fácil e barato. Porém, estamos nos mantendo alertas e vigilantes”, observa a diretora-geral.

CAPITAL TEM PAINEL DE INFORMAÇÕES

A prefeitura de Porto Alegre lançou, em fevereiro deste ano, um novo painel de informações sobre o Aedes aegypti. A intenção é informar, em tempo real, o status de infestação do mosquito transmissor. Ele funciona por cores dispostas no mapa do município conforme o número de fêmeas capturadas nas 910 armadilhas espalhadas em 45 bairros. Há duas semanas, 29 bairros tinham alta infestação de mosquitos e 11 estavam em situação de alerta. Foi uma mudança frente ao Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado de duas a três vezes por ano, e que ainda é muito utilizado em muitas cidades do país. Onde é vermelha a cor exibida pela página, a Saúde concentra ainda mais sua atenção.

O site mostra, por exemplo, que apenas um conjunto de quadras no entorno da Escola Estadual Evaristo Gonçalves Netto, registrou, até o momento, 27 casos autóctones. O maior número de casos confirmados se concentra nos bairros Jardim Carvalho – onde fica a escola –, Bom Jesus e Vila Nova. “Antes, ninguém sabia de casos de dengue. Agora, as pessoas sempre conhecem alguém que pegou a doença, amigos, vizinhos, parentes. E as pessoas buscam mais informações, estão preocupadas”, relata Saulo Campo, supervisor de serviço da Ecovec, empresa dona da tecnologia de armadilhas, que há dez anos trabalha com os agentes de campo em Porto Alegre.

Há uma discrepância entre os números da dengue divulgados pelo governo do Estado e as prefeituras. Por exemplo, em Igrejinha, na última quarta-feira, havia mais de 2,1 mil casos positivos, entre ativos e inativos, enquanto o governo do Estado falava em 705 confirmados e 677 autóctones. De acordo com a coordenadora do PEVCA Carmen Gomes, a diferença nos números se dá conforme as notificações que são lançadas na plataforma do Ministério da Saúde, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Controle vetorial não pode ser negligenciado

Existem quatro sorotipos diferentes de dengue no Brasil: DENV 1, 2, 3 e 4. Cada um deles circula por dois a três anos. Multiplicando-se ambos os índices, o ciclo se fecha a cada 12 anos. Neste contexto, a opinião é de que é preciso sempre ser vigilante, especialmente considerando estes rodízios. “A gente nunca consegue adequadamente fazer um controle de vetor viral. A população pode ter criado algum tipo de imunidade coletiva para aquele sorotipo específico, mas ele para de circular”, esclarece o presidente da SBMT, Julio Croda. E como estar um passo à frente desta sazonalidade? “A medida mais efetiva que temos é trabalhar o controle vetorial, assim como ofertar um tratamento de água de qualidade, para não haver necessidade de as pessoas fazerem grandes estoques, e a fiscalização para eliminar vetores, para, de alguma forma, diminuirmos a carga da doença”, explica o médico.

Este ciclo do mosquito, combinado ao alto número de casos há três anos, fez com que a prefeitura de Porto Alegre esperasse que houvesse um novo crescimento “acima da média” em 2022, segundo afirmou Fernanda Fernandes. A diretora-geral da DVS também alerta que o maior patamar de infecções na Capital em 2022 pode ainda não ter chegado. “Em 2019, o pico foi na semana 22, e agora ainda estamos na 15. Provavelmente, se mantiver a atual condição climática, com um pouco de calor, a gente vai ter ainda mais casos”, diz.

MOSQUITO TEM HÁBITOS DIURNOS

De acordo com a IOC/Fiocruz, o Aedes aegypti é um mosquito de hábitos preferencialmente diurnos, que se alimenta do sangue humano, especialmente ao amanhecer e ao entardecer. Seus criadouros preferenciais são reservatórios de água limpa, onde ocorre a desova, assim como caixas d’água, galões e tonéis, mas também locais pequenos, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, pneus e potes. Uma fêmea pode dar origem a 1,5 mil mosquitos ao longo da vida.

Muitas pessoas recorrem aos repelentes para evitar a aproximação do Aedes aegypti. Pelo menos uma rede de farmácias, a São João, relatou, por meio de sua assessoria de imprensa, um aumento de aproximadamente 20% na procura deste tipo de produtos. Conforme a bióloga e coordenadora do projeto de extensão Combate e Prevenção à Dengue da Universidade Feevale, Caroline Rigotto, há, porém, que se pensar no aspecto social da recomendação de repelentes industrializados. “Existem pessoas que não têm acesso aos produtos comerciais, então, se estiver sendo distribuído o natural, ou algo que possa ser feito em casa, por que não utilizar? Mas é preciso continuar com os outros cuidados”, afirma ela, listando, por exemplo, mosquiteiro para crianças e bebês – que não podem usar repelentes –, o uso preferencial de roupas brancas, que atraem menos a presença dos insetos do que as escuras, além de outras prevenções habituais.

Correio do Povo

Jogo de Formas de Silicone Brinox Glacê 3 Peças

 


Na hora de preparar os mais variados tipos de alimentos, contar com os acessórios adequados para cada ocasião pode fazer toda a diferença não é mesmo? Por isso vale a pena conferir o Jogo de Formas Glacê da Brinox. Trata-se de um jogo de formas feitas de silicone e compostas por 3 peças: uma forma de bolo, uma forma de torta e uma espátula. Em uma charmosa cor vermelha que combina com qualquer ambiente, esse jogo de formas certamente levará muito charme e praticidade a sua cozinha.

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Banco Pan confirma vazamento de dados de clientes

 Vazamento não implicou em risco financeiro ao cliente, diz o banco



O Banco Pan confirmou o vazamento parcial de dados de cartões de seus clientes. De acordo com comunicado do banco, divulgado ontem (15), ocorreu cópia não autorizada de dados cadastrais, de limite disponível e saldo devedor, sem que tenham sido expostos dados completos de cartão, senhas ou qualquer dado que pudesse significar risco financeiro direto para os clientes. Segundo a instituição financeira, não houve comprometimento de dados de conta corrente ou invasão à infraestrutura do banco.

“Detectamos recentemente uma fragilidade na plataforma de um fornecedor de tecnologia, utilizada na Central de Atendimento a clientes do segmento de cartões. Ativamos nossos protocolos de segurança, notificamos a empresa de software para imediata correção da vulnerabilidade e contratamos consultoria especializada independente para uma análise completa”, destaca o comunicado.

No final do ano passado, o banco tinha mais de 17,1 milhões de clientes. A instituição teve lucro líquido de R$775 milhões em 2021.

Agência Brasil e Correio do Povo