domingo, 17 de abril de 2022

Pedra destrói casa e deixa jovem com pernas presas por cinco horas no Rio de Janeiro

 Bombeiros fizeram resgate no Morro do Queto, na Zona Norte

Um casa foi destruída neste sábado, 6, ao ser atingida pelo deslizamento de uma grande pedra no Morro do Queto, no Sampaio, na zona norte do Rio de Janeiro. Um jovem de 18 anos foi resgatado com vida pelo Corpo de Bombeiros por volta das 11h, após cerca de cinco horas de trabalho.

Os bombeiros chegaram ao local, na Avenida Marechal Randon, por volta das 5h40m. Na casa atingida viviam seis pessoas, mas apenas Lucas da Silva estava na residência no momento do deslizamento. Ele foi encontrado com as pernas presas sob uma pedra. Após o resgate, foi levado em estado grave para o Hospital Municipal Salgado Filho.

A Defesa Civil Municipal e o Geo-Rio, órgão responsável pela gestão do risco geológico-geotécnico, foram chamados ao local para verificar o risco de deslizamento de outras pedras. Após avaliação, ao menos duas casas próximas foram interditadas sob risco de rolamento de outras pedras.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve no local do acidente e se pronunciou por meio das redes sociais.


Agência Estado e Correio do Povo


São José vence o Volta Redonda e se recupera na Série C

Vendas aquecidas na temporada de outono

 Na sequência da estiagem, pecuaristas e leiloeiros têm uma visão otimista da comercialização de terneiros nos próximos três meses, mesmo que as médias de preços em feiras e remates sejam mais baixas que as de 2021



Por Patrícia Feiten

Cheio de simbolismos, o outono no agronegócio gaúcho segue um roteiro habitual. Do ambiente festivo das tradicionais feiras regionais aos remates virtuais e negociações diretas entre produtores, a transição para o inverno no Rio Grande do Sul marca a tradicional temporada de vendas de terneiros, que neste ano ocorre na sequência de uma severa estiagem. Assim como a produção de grãos, a pecuária ainda se recupera dos prejuízos da seca e deve apresentar uma oferta de animais mais leves no período. Entre criadores e leiloeiros rurais, a expectativa é de um outono aquecido no mercado de reposição, embora com preços inferiores às médias atingidas na mesma época do passado.

De acordo com levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o preço médio do quilo vivo do terneiro no Estado era de R$ 14,41 em 30 de março, ante os R$ 14,46 verificados ao final do mesmo mês de 2021. No mesmo período, a cotação do boi gordo passou de R$ 9,67 para R$ 11,31. Segundo o professor Julio Barcellos, coordenador do NESPro, o ágio (sobrepreço médio) da arroba do terneiro em relação à arroba do boi gordo atualmente é de 20%, em linha com o patamar histórico dos últimos anos. “O (quilo do) terneiro hoje está em torno de R$ 13,50, o que é um preço bastante valorizado”, avalia Barcellos. 

O retorno da chuva aos campos gaúchos trouxe otimismo aos compradores, e a alta liquidez dos animais aponta boas perspectivas para a comercialização, afirma o professor. “Ainda que o preço do boi não esteja no topo, começou a ter uma reação, e isso estimula a compra de terneiros”, diz Barcellos. Outros fatores podem contribuir para uma valorização ainda maior da categoria, como a previsão de embarques de bovinos vivos a partir de junho e o aumento da demanda de terneiros pelo estado de São Paulo, segundo o professor. O status de zona livre de aftosa sem vacinação, conquistado pelo Rio Grande do Sul no ano passado, deve atrair também mais compradores de Santa Catarina, que detém o reconhecimento há 15 anos. 

O coordenador da Comissão de Exposições, Feiras e Remates da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong, também projeta uma maior presença de pecuaristas de outras regiões do país nas feiras de outono. “Tradicionalmente, os compradores do Centro-Oeste compram bastante. Pararam um pouco com a pandemia, mas no momento em que (a situação sanitária) se normalizar vamos ter novamente saída”, observa. Embora a venda direta tenha ganhado impulso nos últimos dois anos, Schardong acredita que os eventos presenciais se manterão fortes. “Nossa genética de terneiros vai proporcionar boas feiras no Rio Grande do Sul”, prevê.

Para o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do Rio Grande do Sul (Sindiler/RS), Fábio Crespo, os resultados de remates já ocorridos até o momento são prenúncios de um outono favorável para a comercialização de animais. Mesmo em municípios que foram fortemente afetados pela estiagem, como Quaraí, os leilões vêm registrando 100% de vendas. “A pecuária é um negócio rentável e seguro, mesmo com toda esta seca que se enfrentou, a quantidade de mortes (de animais) no campo foi pequena”, observa Crespo. 

Com a expansão dos remates virtuais, Crespo diz que as empresas de leilões se mostram mais profissionalizadas em relação ao ano passado, em termos de tecnologia e atendimento ao cliente. Para possibilitar os eventos durante as fases mais críticas da pandemia, as leiloeiras tiveram de investir em canais de transmissão no YouTube, aquisição de equipamentos e tecnologias de operação. “O pisteiro estava acostumado a trabalhar olhando para o comprador, sentado na arquibancada”, comenta Crespo. “Ele começou a trabalhar pelo Whatsapp, pelo telefone, isso envolveu todo um treinamento, e as empresas se organizaram rápido.”

Seja nos remates ou nas visitas às propriedades rurais, quem estiver à procura de terneiros encontrará animais mais leves que os do outono passado. Segundo o diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, o peso médio dos bovinos ofertados nesta temporada ficará entre 180 e 190 quilos, ante a média de 200 quilos do outono de 2021. Pressionados pela estiagem, no início deste ano muitos pecuaristas optaram pelo desmame precoce e anteciparam a venda de terneiros com até 150 quilos, explica o leiloeiro. “O ano de 2021 foi um ano maravilhoso, principalmente na época da desmama, pois tinha muito pasto e produção de leite”, lembra Silva. Ele estima preços médios 20% inferiores aos do início do outono passado, quando os animais leves chegaram a alcançar R$ 17 o quilo, com ágio de 40%. “O preço normal do quilo era R$ 15, qualquer terneiro valia R$ 3 mil; neste ano, não acredito que isso vá acontecer”, avalia Silva.

Retenção de matrizes dá primeiros resultados

Ciclo da pecuária de corte teve mudança no ano passado com a decisão dos criadores de preservar as fêmeas no campo para aumentar a produção, o que resultou no nascimento de pelo menos 320 mil bovinos a mais




A temporada de feiras, remates e vendas diretas deste outono já reflete os primeiros efeitos de uma guinada no ciclo pecuário iniciada em 2021, com a retenção de matrizes para produção de terneiros. No ano passado, nasceram 2,4 milhões de animais no Rio Grande do Sul, o que equivale a um acréscimo de cerca de 320 mil bovinos – machos e fêmeas – na comparação com 2021, de acordo com dados do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em contrapartida, os abates nos frigoríficos caíram 16,5% no período, para 1,78 milhão de cabeças. Esse movimento de valorização da cria e ampliação dos rebanhos foi motivado pelas altas cotações do boi gordo, explica o professor Julio Barcellos, coordenador do NESPro.

Por se tratar de um fenômeno recente, a retenção de matrizes ainda não resultou em uma “superoferta” de terneiros neste ano e, portanto, não teve repercussão marcante nos preços. “Espero que, para 2023, tenhamos um maior número de terneiros nascidos em decorrência da retenção, o que poderia determinar um ciclo de baixa na produção”, avalia Barcellos. O momento atual, destaca o professor, é caracterizado por intensificação da engorda e diminuição dos abates de animais com idades mais avançadas. “Ou seja, uma pecuária mais moderna, cuja reposição do boi gordo vai se dar muito com a categoria de terneiros, e não de novilhos e bois magros”, explica Barcellos. “Isso continua pressionando a demanda por terneiros e, obviamente, a valorização do produto.”

Além da retenção de matrizes bovinas, a oferta de animais é influenciada pelos estragos da estiagem no Estado. Segundo o consultor Fernando Velloso, da Assessoria Agropecuária FF Velloso & Dimas Rocha, o impacto da falta de chuva poderá ser visto na disponibilidade de gado de reposição de uma maneira geral ao longo deste outono. “Além de terneiros, deve ter mais novilhos, vacas de descarte e novilhas à venda, porque as regiões que ficaram sem alimentação se obrigaram, nos últimos meses, a vender mais gado para outros criadores”, explica. 

Do ponto de vista da demanda, Velloso diz que o ritmo acelerado das exportações brasileiras de carne bovina deve aumentar o interesse pelos terneiros. Nos três primeiros meses do ano, os embarques somaram 545.751 toneladas, um salto de 33% sobre as vendas do primeiro trimestre de 2021. No entanto, observa o consultor, a temporada de feiras e remates ocorre após um período de perdas de mais 50% nas safras gaúchas de verão, e o outono poderá revelar compradores com perfil mais conservador. “Um grande comprador de terneiros é o agricultor produtor de soja, e boa parte deles está descapitalizada”, observa Velloso. 

Núcleos esperam mais público presencial

A estiagem deixou um rastro de prejuízos no setor agropecuário, mas não abalou a confiança dos pecuaristas filiados à Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte (ANPTC-Sul). A entidade espera apresentar 10 mil animais nas oito feiras que promoverá de 19 de abril a 18 de maio, nos municípios de São Sepé, Bagé, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, Piratini, Cachoeira do Sul, Lavras do Sul e Santana da Boa Vista, mantendo a oferta verificada nesses eventos nos dois últimos anos. O presidente da associação, Vinícius Porto, diz que, como os exemplares selecionados pelos núcleos nasceram na primavera – portanto, antes da crise hídrica, que começou a ganhar contornos mais fortes em novembro –, o impacto na oferta dos bovinos ainda não foi percebido. “No ano que vem, será menor o número de terneiros”, prevê. 

Todos os remates terão transmissão virtual, mas, com a melhora no controle da pandemia no país, a ANPTC-Sul também espera ver um público presencial maior nos leilões do que em 2021. “Muitos compradores vão de manhã, olham as mangueiras, revisam os lotes, vão para casa. E depois fazem o negócio”, comenta Porto. Para os preços, a tendência é que se atinjam os níveis do ano passado, avalia o criador. “De uns 40 dias para cá, vimos que nos leilões, em todas as categorias, já se teve um aumento”, afirma.

Na região de Lavras do Sul, a comercialização de terneiros neste ano começou um pouco antes das feiras tradicionais, segundo o produtor Jacques Brasil de Souza, presidente do Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte de Lavras do Sul. Passada a turbulência causada pela estiagem, o mercado já mostra sinais de revitalização, avalia o pecuarista, que prospecta uma oferta de 2 mil animais para a feira do município, em 7 de maio. “Já aparecem as primeiras pastagens de aveia e azevém”, observa Souza. “Aquele ânimo para fazer a pecuária de inverno, ou seja, comprando os terneiros para colocar nas pastagens, começa a aquecer o mercado”, conclui. 

Propriedades capricham na preparação dos lotes

Técnicas pecuárias variadas foram utilizadas por produtores de gado de corte para formar suas ofertas de animais que irão a feiras, remates e leilões programados para diversas regiões do Rio Grande do Sul até junho



À frente da Fazenda Boa Esperança, em Cachoeira do Sul, o pecuarista e advogado Edgar Lima, o Cacaio, não esconde o entusiasmo ao falar das vitórias conquistadas com a genética Limousin. Colecionador de prêmios, em 2021 ele levou para casa pela quarta vez o título de touro mais pesado da Expointer, com o exemplar Guardião da Boa Esperança, de 1.245 quilos. Não por acaso, o porte avantajado é a marca registrada dos animais que pretende apresentar na Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas organizada pela Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte (ANPTC-Sul) no município da Região Central, em 4 de maio. Serão 40 exemplares – dois lotes de machos e dois de fêmeas –, resultantes de cruzamento de touros Limousin com vacas Angus e Brangus, com idades de oito meses e meio a nove meses e peso superior a 300 quilos. “Vou trazer terneiro com 350 quilos”, promete o produtor.

Em um ano que começou sob o signo da estiagem, os números superlativos indicados pela balança refletem a aposta de criador em pastagens anuais de boa qualidade, como azevém, milheto, braquiárias e tifton 85. Para garantir que os bovinos cheguem com bom peso à feira de maio, os terneiros machos atualmente estão sendo alimentados com capim-pangola. “Muitos com que eu tenho falado ficam impressionados que, com toda esta seca, os animais estejam bem”, conta Lima. Ele também comemora os altos índices de prenhez atingidos na fazenda – 97% para as novilhas Devon e 93% para as vacas jovens Red Angus. 

Para a feira de maio, Lima projeta um valor médio de R$ 14 pelo quilo na venda dos terneiros machos e entre R$ 13 e R$ 14 para as fêmeas. Apesar da comodidade proporcionada pelos leilões on-line, nada substitui o bate-papo e a troca de experiências que caracterizam os eventos presenciais, compara o produtor. “É lindo, todo mundo se encontra, o pessoal vê cruzamentos, os pecuaristas reunidos, analisando os animais e anotando os lotes de sua preferência”, destaca. 

Referência em produção de terneiros da raça Devon, a Estância Guajuvira, situada em Pedras Altas, aposta na negociação fora do ambiente das exposições. “Para nós tem sido mais tranquilo, não precisamos ficar até tarde esperando o resultado da feira”, justifica a produtora Lia Tavares Mariante. A propriedade da família tem neste outono uma oferta de 115 terneiros machos e 25 fêmeas e busca negociá-los por preços próximos da média obtida na mesma época do ano passado, de R$ 16 o quilo. A Guajuvira, que registra taxa média de prenhez de 90% das fêmeas, com picos de até 95%, aplica há 25 anos a técnica de desmame precoce. Os animais à venda nesta temporada fazem parte de um grupo de 182 terneiros e terneiras que nasceram no final de 2021 e vêm sendo desmamados desde janeiro deste ano. “Dois meses após o nascimento, costumamos fazer o desmame, e a média (de peso) ficou em torno de 100 quilos”, explica Lia. 

 Lia separa terneiros das mães e os cria em outro espaço, onde recebem suplemento alimenta. Foto: Paulo Mariante / Divulgação / CP

Na propriedade, os terneiros são afastados das 300 vacas de cria após ultrapassarem os 80 quilos. Inicialmente, permanecem na mangueira, recebendo ração especial e milheto. Depois de uma semana, são transferidos para um campo com pasto mais fechado, mas ainda alimentados com ração diária. Somente depois as fêmeas são separadas dos machos. Segundo Lia, a técnica compensa – sem cria ao pé, as fêmeas mantêm uma melhor condição corporal, o que garante nova gestação e favorece a fertilidade. No rebanho da Guajuvira, afirma a pecuarista, há exemplares que deram cria por oito anos seguidos. “Meus compradores confirmam que já houve até 100% de prenhez em vaquilhonas de dois anos”, relata Lia. 

Estabelecidos em Santa Vitória do Palmar, os pecuaristas Vítor Vianna e Cristina Sander Reiser também optam pela venda direta da produção de terneiros da fazenda, que atua em cria, recria e engorda de animais da raça Angus no sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). A oferta de outono, em geral, fica em torno de 100 animais, e a maior parte é destinada a compradores do próprio município. Com o investimento em melhoramento genético, diz Cristina, a propriedade da família vem registrando um aumento no peso do rebanho ao longo dos anos – os terneiros machos recém-nascidos têm em média 35 quilos, e os exemplares ofertados nesta temporada pesam de 250 a 260 quilos. 

Segundo a produtora, esse padrão de tamanho é o diferencial da propriedade, resultado que ela atribui ao manejo do rebanho em rotatividade com a lavoura de grãos. “A gente faz uma temporada de entoure (monta) relativamente curta, para padronizar o nascimento e a venda dos animais”, afirma Cristina, explicando que a estação de monta na fazenda vai da primeira quinzena de novembro até a primeira quinzena de fevereiro. A pecuarista avalia que, hoje, o mercado de terneiros garante uma melhor remuneração aos criadores. “O que se vê é a soja tomando conta (das áreas de pecuária), então a valorização do produtor é importante para o equilíbrio do sistema", ressalta.

Pecuaristas formam estoque para engorda

Estão sendo adquiridos terneiros com menor peso e em quantidade maior do que em 2021, para oferta em remates futuros, garantem criadores tradicionais dos municípios de Lavras do Sul e Uruguaiana



Capitaneada pelo criador Pedro Ducos Torrontegui, a Estância Santa Liliana, de Lavras do Sul, já deu a largada na temporada de compras e deve adquirir de 2 mil a 2,5 mil terneiros até o final do outono em feiras, remates e negociações diretas com outros produtores, ante a média de 1,5 mil animais da mesma época de anos anteriores. Desse total, de 1 mil a 1,5 mil exemplares serão ofertados em um remate em setembro, o quarto leilão anual organizado pela propriedade, que trabalha com as raças Angus, Brangus, Hereford e Braford. 

Para Torrontegui, a estiagem não apenas reduziu o peso dos terneiros à venda como desenhou um cenário de mercado diferente, com oferta ampla e poucos compradores. Diante da falta de alimento para as vacas em lactação, muitos pecuaristas venderam parte de seus terneiros no início do ano, lembra o produtor. E, do lado dos potenciais compradores, a falta de campo para o gado neste momento acaba inibindo investimentos e exige estratégias. “Estou estocando terneiros, com oferta de feno e ração em cima de campo nativo”, diz ele.

Até a primeira semana de abril, a Santa Liliana já tinha adquirido em torno de 400 terneiros, com peso médio de 140 quilos, 30 quilos abaixo da média dos animais comprados em 2021. A expectativa é que os animais cheguem ao remate em setembro pesando de 200 a 230 quilos. “Estou conseguindo comprar terneiros de qualidade boa, só que mais leves, por valor inferior ao que era nesta época do ano passado”, afirma Torrontegui. “Tenho recebido ofertas de R$ 13 a R$ 14 o quilo hoje”, acrescenta. 

Para a venda futura, em setembro, o produtor projeta cotações mais altas. Segundo ele, os lotes ofertados pela propriedade seguem padrões de homogeneidade, raça e tamanho. A estância também oferece garantia de qualidade sanitária e se compromete a ressarcir os clientes caso os bovinos arrematados no leilão apresentem carrapatos ou intoxicação pela planta conhecida como mio-mio, problemas comuns na região da Campanha. “A gente dá essa garantia, consequentemente o nosso remate é um pouco mais valorizado”, explica.

Criador de Angus e Brangus, o produtor Ignacio Tellechea também é um potencial comprador nesta temporada de negócios. Proprietário da Cabanha Rincon Del Sarandy, de Uruguaiana, ele explica que parte dos animais adquiridos neste outono será destinada à engorda, e o restante atenderá às necessidades de reposição em outras fazendas da família. A aquisição de terneiros é baseada em uma estratégia que prioriza a busca de animais oriundos da genética da própria cabanha, diz Tellechea. “Buscamos nossos clientes de touros, de forma a prestigiá-los e adquirir animais com a genética conhecida”, explica.

Da perspectiva de comprador, Tellechea espera que os preços do terneiro se mantenham entre R$ 14 e R$ 16 o quilo, dependendo da qualidade dos lotes. “Tivemos uma situação crítica com a seca, em que vimos um descolamento muito grande do preço do gordo em relação ao preço da reposição”, observa. “No ‘fundo do poço’ deste ano, teve terneiro sendo negociado a R$ 12 ou até um pouco menos”, destaca. Se, por um lado, a estiagem encolheu a safra de verão, acabou deixando uma cobertura residual expressiva principalmente nas áreas de cultivo de soja, o que resultará em pastagens de boa qualidade muito cedo neste ano e contribuirá para a valorização dos animais, avalia o pecuarista. 

Correio do Povo


Ypiranga empata com o Confiança e conquista primeiro ponto na Série C

Conjunto de Jarra 1L e Copos 300ml de Vidro Haus - Pavillion 7 Peças

 


Na hora de servir sua família e amigos com todo requinte e maestria que eles merecem, contar com os utensílios adequados para cada ocasião faz toda a diferença não é mesmo? Por isso vale a pena conferir o Conjunto de Jarra e Copos Pavillion da Haus. Composto por 1 jarra com capacidade de 1 litro e 6 copos com capacidade de 300ml, totalizando 7 peças, trata-se de um conjunto feito de vidro que certamente deixará seus convidados encantados pela delicadeza das peças.

Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/conjunto-de-jarra-1l-e-copos-300ml-de-vidro-haus-pavillion-7-pecas/p/231205600/UD/JARR/?campaign_email_id=3428&utm_campaign=email_140422_qua_ud&utm_medium=email&utm_source=magazinevoce&utm_content=produto-231205600

Bombeiros resgatam jiboia de 1,5m no Centro de Belo Horizonte

 Cobra estava perto de ponto de ônibus, na Avenida do Contorno, altura do Restaurante Popular e Terminal Rodoviário


O Corpo de Bombeiros resgatou, neste sábado (16), uma jiboia de aproximadamente um metro e meio, perto de um ponto de ônibus no Centro de Belo Horizonte (MG). De acordo com os militares, testemunhas avistaram a cobra na Avenida do Contorno, próximo ao Restaurante Popular e Terminal Rodoviário, no hipercentro da capital mineira.

Quando os militares chegaram para o resgate, o animal já estava em um muro que faz divisa com a estação do metrô da Lagoinha. Com a ajuda de uma haste, com um gancho na ponta, a cobra foi resgatada. Ninguém se feriu. A jiboia foi devolvida para uma área verde dentro do Parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul de BH.


R7 e Correio do Povo


Corinthians atropela Avaí em casa com três gols de Róger Guedes

Pais fazem esforço e surpreendem lojistas de Porto Alegre na Páscoa

 Rede de supermercados prevê aumento de até 10% na venda de ovos de chocolate



“Temos que fazer um pouco de sacrifício e manter nossas crianças ainda crianças”. A afirmação é da cozinheira Evandra de Quadros, 44. Apesar da elevação dos preços dos ovos de Páscoa e de opções mais baratas, como barras de chocolate e caixas de bombons, ela insistiu na primeira opção para presentear a filha, de 7 anos de idade. O esforço da mãe para levar o tradicional ovo de chocolate é baseado no simbolismo. “Pela mensagem da Páscoa. A criança ainda acredita em coelhinho”, disse. A compra, feita na véspera, em um supermercado na Capital, não se deve à falta de tempo. Evandra esperou entrar o salário para realizar a aquisição.

O pintor Luis Santos, 34, e a dona de casa Cláudia Rodrigues, 34, têm quatro filhas. Eles garantiram um ovo de chocolate para cada uma, além de comprar complementos como bombons. “Elas gostam. Tem que ter ovo, do contrário não tem graça”, afirmou Luis, na saída de uma loja de departamentos. “Sem o ovinho não é Páscoa. É um esforço que a gente faz e elas ficam felizes da vida”, completou Cláudia. O casal tem gêmeas de 5 anos de idade e outras duas filhas de 11 e 9. O pai frisa que todas ganharão presentes iguais “para não ter briga”.

A Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), prevê que no Estado o volume de vendas desse tipo de produto seja inferior ao ano passado. Conforme os supermercadistas, a venda regular para a data festiva girava em torno de 8 milhões de ovos de chocolate, devendo em 2022 atingir o máximo de 6 milhões de unidades, muito por conta de um aumento de até 15% no preço. No entanto, circulando por Porto Alegre, foi possível constatar que o “sacrifício” e “esforço” descrito pelos pais se confirma na prática.

Gerente de marketing de uma rede de supermercados composta por dez unidades, Leandro Brunetto, 39, diz que a procura pelo item foi de 6% a 10% superior ao ano passado. “O ovo é mais uma questão de presente para as crianças, tendo os outros chocolates como complemento. É o que a criança espera encontrar na cesta de Páscoa”, explica. Ele diz que pela liberação maior de circulação de clientes, a compra dos chocolates foi antecipada, tendo uma procura menor na véspera.

“Fizemos uma compra baseada no ano passado. Na quinta-feira, praticamente já não tínhamos ovos em nossas lojas. Vendeu muito bem. As pessoas levam em média de dois a três ovos”, diz. Ele conta que a rede concentrou o que sobrou nas lojas menores na matriz, localizada próximo ao Camelódromo, devido ao maior movimento. Mesmo assim, o montante não completava a chamada “parreira” onde ficam expostos. Segundo ele, o ticket médio do ovo de chocolate é de R$ 70 e os mais procurados foram aqueles com brinquedo em seu interior.

Houve ainda quem buscasse as lojas especializadas. Em duas delas, na região central, o movimento era intenso. “Optei para fazer a compra na véspera. Não sabia ainda quem presentearia, pois esse ano serão só algumas pessoas específicas”, diz a corretora de imóveis Aline Jorge, 29, que saia de uma das lojas, na rua Uruguai. “Pela qualidade, comparado aos de outras marcas do mercado, o preço está legal. Fui em três lojas até encontrar o que procurava”, conta. 

Eduardo Meneghetti, 38, franqueado há 16 anos da rede de chocolates, afirma que o movimento nitidamente aumentou. O faturamento bruto, em uma das unidades da qual é franqueado, subiu 41,17%.

Correio do Povo


Adolescente é encontrada morta em rio, dentro de sacos com pedras, em Nova Candelária

Ataque russo a fábrica de armas deixa um morto e vários feridos perto de Kiev

 Bombardeio foi retaliação após a Rússia seu principal navio simbólico no Mar Negro



Rússia bombardeou uma nova fábrica militar na área de Kiev neste sábado e cumpriu sua ameaça de intensificar seus ataques à capital depois de perder seu principal navio simbólico no Mar Negro nesta semana em um ataque reivindicado pela Ucrânia. O complexo industrial, localizado no distrito de Darnytsky e onde os tanques são principalmente fabricados, foi alvo de um ataque. Um grande número de soldados e socorristas se reuniram no local, de onde saía uma grande fumaça.

Em Moscou, o Ministério da Defesa confirmou o ataque. "Armas ar-terra de longo alcance e alta precisão destruíram edifícios de uma fábrica de produção de armas em Kiev", disse o ministério em comunicado na rede Telegram.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que havia ao menos um morto no ataque e que várias pessoas ficaram feridas. "Nossas forças fazem o possível para nos proteger, mas o inimigo é insidioso e implacável", disse ele. Na sexta-feira, um ataque russo teve como alvo uma fábrica na região de Kiev que fabricava mísseis Neptune, usados pelo exército ucraniano para afundar o "Moskva", segundo fontes de Kiev.

A Rússia sustenta que o "Moskva" foi danificado pelo fogo após a explosão de sua própria munição e que a tripulação - cerca de 500 homens segundo fontes disponíveis - foi evacuada. Algumas alegações de que um oficial militar ucraniano negou. "Uma tempestade impediu o resgate do navio e a evacuação da tripulação", disse Natalia Gumeniuk, porta-voz do comando militar do sul da Ucrânia.

"Estamos perfeitamente cientes de que eles não nos perdoarão", acrescentou, referindo-se à Rússia e a possíveis novos ataques.

A perda do "Moskva" é um duro golpe para a Rússia porque "garantiu cobertura aérea de outros navios durante suas operações, especialmente para o bombardeio da costa e manobras de desembarque", explicou o porta-voz da administração militar de Odessa, Sergei Brachuk.

Johnson proibido de entrar na Rússia

No campo diplomático, Moscou anunciou neste sábado que proibirá a entrada em seu território do primeiro-ministro britânico Boris Johnson e de várias outras autoridades de seu governo, como resposta às sanções impostas contra a Rússia. "Essa medida foi tomada como uma resposta à desenfreada campanha informativa e política destinada a isolar a Rússia intencionalmente (...) e estrangular nossa economia", disse o ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado.

Apesar das advertências russas, os moradores de Kiev desafiaram as ameaças e saíram às ruas neste sábado para passear pela capital. "Esta é a primeira vez que viemos ao centro, queríamos ver se os transportes estavam funcionando e ver as pessoas. Olhar as pessoas me faz muito bem", disse Nataliya Makrieva, veterinária de 43 anos.

Os ataques russos a Kiev são raros desde o final de março, quando Moscou retirou suas tropas da capital e anunciou que estava concentrando sua ofensiva no leste da Ucrânia. Neste sábado, Klitschko voltou a pedir aos habitantes que deixaram a capital para não regressarem ainda e permanecerem num "lugar seguro".

"As pessoas querem esquecer a guerra, mas logo as sirenes e os bombardeios voltarão e teremos que nos esconder novamente", diz Anna Grishko, de 83 anos, perturbada, sentada em um banco ao sol.

No total e de acordo com a ONU, mais de cinco milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa e mais de 7 milhões se tornaram deslocados internos, de uma população total de 37 milhões de habitantes.

Mais armas para acabar com a guerra

Nesse contexto, o presidente ucraniano Volodimir Zelensky considerou que "o mundo inteiro" deve estar "preocupado" com o risco de que seu homólogo russo, Vladimir Putin, encurralado por seus reveses militares na Ucrânia, use uma arma nuclear tática. Em uma nova mensagem em vídeo, Zelensky reiterou aos países ocidentais que eles podem "tornar a guerra muito mais curta" se fornecerem a Kiev as armas solicitadas.

Mas em nota diplomática, a Rússia alertou os Estados Unidos e a Otan contra o envio de armas "mais sensíveis" para a Ucrânia, julgando que tais equipamentos militares colocam "combustível no fogo" e podem causar "consequências imprevisíveis", segundo o jornal Washington Post. As autoridades ucranianas informaram ao menos 10 mortos, entre eles um bebê de sete meses, e dezenas de feridos em um ataque russo contra um ônibus que evacuava a cidade de Kharkiv (leste).

Por outro lado, o chefe do Centro de Defesa Nacional da Rússia, Mikhail Mizintsev, acusou Kiev de preparar um ataque contra civis ucranianos que fogem desta região e depois acusar os russos do massacre. Em ocasiões anteriores, Moscou culpou Kiev por ataques aparentemente realizados por tropas russas contra civis ucranianos em cidades como Mariupol e Kramatorsk.

Ataques em Donbass

A Rússia, cuja anunciada grande ofensiva em Donbass ainda não começou, tem problemas para controlar totalmente Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov que permitiria ligar Donbass à península da Crimeia, anexada em 2014. A cidade, sitiada por mais de 40 dias, pode ter o pior saldo de perdas humanas nesta guerra. As autoridades ucranianas temem que haja cerca de 20.000 mortos.

Após semanas de cerco à cidade sitiada, as tropas russas encontram resistência especialmente na extensa área industrial da costa. A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que quase 2.900 civis foram transferidos de Mariupol e da vizinha Berdyansk para Zaporizhzhia, controlada por Kiev.

Mais de cinco milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

AFP e Correio do Povo

Kit Lixeira Inox com Pedal e Tampa 3L e 12L - 2 Peças Brinox Standard

 


Dentre um universo que engloba cesto, balde e latas de lixo cada vez mais modernos, uma pequena lixeira ainda é uma boa opção para acondicionar o lixo que produzimos diariamente em casa, assegurando a limpeza dos ambientes. O kit lixeira Standard da Brinox é fabricada em aço inox durável, higiênico e de fácil limpeza. O conjunto é composto por duas peças, sendo uma de 12L e outra de 3L que podem ser usadas em diferentes espaços. Além disso, possui balde removível, pedal, tampa e uma prática alça para facilitar o transporte. O acabamento alto brilho dá charme e destaque à peça. Uma combinação perfeita de praticidade e requinte para sua casa ou escritório!

Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/kit-lixeira-inox-com-pedal-e-tampa-3l-e-12l-2-pecas-brinox-standard/p/146110100/UD/UDLI/?campaign_email_id=3428&utm_campaign=email_140422_qua_ud&utm_medium=email&utm_source=magazinevoce&utm_content=produto-146110100

Homem é preso ao exigir R$ 300 mil para não divulgar imagens íntimas da ex em Porto Alegre

 Agentes da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (1ª Deam) efetuaram detenção no bairro Azenha



A 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (1ª Deam) de Porto Alegre efetuou a prisão preventiva de um homem, de 42 anos de idade, que exigia cerca de R$ 300 mil em dinheiro da ex-companheira em troca de não divulgar fotos e vídeos íntimos dela.

A detenção do suspeito, realizada pela equipe da delegada Cristiane Machado Pires Ramos, ocorreu na última quinta-feira, véspera de feriadão, no bairro Azenha.

Residente no bairro Humaitá, o indivíduo é investigado pelo delito de extorsão. Ele já possui antecedentes criminais por furto, lesão corporal, injúria, ameaça e estelionato.

Conforme apuração preliminar dos fatos, o suspeito ameaçava exibir as imagens da vítima ao ex marido e amigos dela se não houvesse o pagamento do valor.

Correio do Povo

Busca por chocolates e almoço de Páscoa movimenta Mercado Público

 Na área da confeitaria, incremento nas vendas chegou a 10%, conforme Ascomepc



Além das lojas de chocolate, supermercados e lojas de departamentos, o Mercado Público é opção para quem quer garantir os presentes de Páscoa na véspera ou garantir o almoço de domingo em família. Embora algumas bancas ofertem ovos prontos, há quem busque insumos para preparar esse, que é o carro-chefe da data, em casa mesmo. “Vim comprar barras de chocolate para fazer ovos de Páscoa para meus três netos. Esse ano está muito caro, não tem como comprar. Vou fazem em casa que é mais barato”, disse a auxiliar de serviços gerais, Lúcia Helena dos Santos, 49. 

Ela gastou R$ 57,80, valor inferior a, dependendo do peso e modelo, um ovo de chocolate em lojas tradicionais. “Sai mais em conta. Muitos levam os de cobertura fracionada, que já têm gordura vegetal, mais fáceis de trabalhar para quem não é confeiteiro. É só derreter e colocar na forminha”, explica Gabrielli Marques Peçanha, atendente de uma das bancas de confeitaria. Ela e as colegas usavam tiaras com orelhas de coelho, chamando atenção, principalmente das crianças. 

Patrícia Moreira Vidal, 52, que é confeiteira, recorreu ao Mercado Público para a compra de insumos pois tinham entregas a realizar entre o sábado e o domingo. Trabalhando com kits de mini ovos, com barras de chocolate e cone trufado, ela afirma sempre comprar material no local pela variedade de opções entre chocolates, decoração e embalagens. “Circulo por todas as bancas. Nesta época, todas as confeiteiras trabalham com isso. Às vezes falta em uma banca, corro na outra”, explica. Patrícia avalia que houve uma procura maior neste ano em relação ao ano passado. 

Ela diz que com a pandemia e lojas fechadas em outros anos, os clientes passaram a recorrer às confeiteiras. “Agora as pessoas já conhecem e valorizam o trabalho artesanal”, explica. Conforme a presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Adriana Kauer, que também é permissionária de banca da área da confeitaria, houve um incremento de 10% nas vendas deste tipo de item em 2022 na comparação com a Páscoa do ano passado.

Depois da busca pelo peixe da sexta-feira, a véspera da data festiva tem por parte dos clientes o foco em carnes para o churrasco. A dona de casa Ângela Maria Gomes, 66, foi até a banca que já costuma comprar a tradicional costela para essas ocasiões. “Compro aqui e só aqui. Ainda levo os ossos para os cachorros. Já vou fazer um pedaço no forninho e no domingo é no espeto”, conta, frisando que o churrasco fica por conta do esposo. O motoboy Ricardo Bubicz, 50, optou pela carne de porco. “Vamos fazer uma costela de porco assada para a família. Vai ser só o pessoal de casa, mas a casa já é um tumulto (risos). Serão cerca de 12 pessoas. Está garantido o almoço”, disse.

Correio do Povo

Russos ampliam ofensiva e atacam oito regiões da Ucrânia

 Refinaria de petróleo foi bombardeada na cidade de Lysychansk


Forças russas lançaram ofensiva em oito regiões da Ucrânia nas últimas 24 horas, informou o gabinete presidencial ucraniano neste sábado (16). Os ataques com mísseis e bombardeios ocorreram em Donetsk, Luhansk e Kharkiv no leste, Dnipropetrovsk, Poltava e Kirovohrad no centro da Ucrânia e Mykolaiv e Kherson no sul. Os ataques reforçaram a percepção de que todo o país permanece sob ameaça, apesar dos movimentos russos mais intensos em direção ao leste ucraniano, onde se teme uma nova ofensiva.

Em Luhansk, os russos bombardearam uma refinaria de petróleo na cidade de Lysychansk neste sábado, provocando um grande incêndio, informou o governador regional, Serhiy Haidai. Segundo ele, não foi a primeira vez que a refinaria foi atacada. Haidai acusou os russos de tentar "esgotar" os serviços de emergência locais. Ele destacou que não havia combustível na refinaria no momento do ataque e "os restos de borra de petróleo" estavam queimando.

Em Kharkiv, nove civis foram mortos e mais de 50 ficaram feridos na sexta-feira, enquanto na região mais ampla, dois foram mortos e três feridos, segundo o relatório.

A região sul de Mykolaiv foi atingida na sexta e no sábado. De acordo com o gabinete presidencial, os ataques aéreos de sexta-feira mataram cinco e feriram 15. A chefe da legislatura regional, Hanna Zamazeyeva, disse no sábado que 39 pessoas ficaram feridas nas últimas 24 horas. Segundo ela, os alvos incluíam vários blocos residenciais "onde não há instalações militares".

Na capital, Kiev, o prefeito Vitali Klitschko, disse que uma pessoa morreu e várias ficaram feridas em ataques aéreos de sábado de manhã no distrito de Darnytski. "Nossas forças de defesa aérea estão fazendo tudo o que podem para nos proteger, mas o inimigo é insidioso e implacável", disse Klitschko no aplicativo de mensagens Telegram. O Ministério da Defesa da Rússia informou que os ataques tinham como alvo uma fábrica de veículos blindados na capital ucraniana.

Klitschko pediu aos ucranianos que não retornem a Kiev ainda, alertando que os ataques na capital provavelmente continuarão e seus subúrbios estão equipados com explosivos. "Não estamos descartando mais ataques na capital", disse Klitschko. O prefeito acrescentou que, por causa das minas, os moradores de Kiev estão impedidos de visitar parques e florestas nas áreas do nordeste que fazem fronteira com territórios anteriormente ocupados pelos russos.

Já no oeste ucraniano, na região de Lviv - longe da fronteira russa e uma área há muito vista como uma zona segura -, o governador Maksym Kozytskyy relatou ataques aéreos por aeronaves russas que decolaram da vizinha Bielorrússia. Segundo ele, o sistema de defesa aérea da Ucrânia derrubou quatro mísseis de cruzeiro. Ele não forneceu detalhes sobre possíveis vítimas ou danos. Fonte: Associated Press.


Agência Estado e Correio do Povo