domingo, 3 de abril de 2022

Bolão acerta sozinho a Mega-Sena acumulada de quase R$ 123 milhões

 


Um bolão realizado na cidade de Santos (SP) acertou sozinho todas as seis dezenas do concurso nº 2.467 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (2) e que estava acumulado havia três concursos. O prêmio é de R$ 122,6 milhões, que serão divididos entre os 44 participantes da aposta coletiva (quase R$ 2,79 milhões para cada um). Números: 22, 35, 41, 42, 53 e 57.

Outros 267 prognósticos acertaram a quina da modalidade, fazendo jus a um prêmio de R$ 34,1 mil. Já na quadra foram 20.734 contemplados, cada um levando R$ 628.

Para o sorteio da próxima quarta-feira (6), o prêmio é de de R$ 3 milhões. A aposta tem preço mínimo de R$ 4,50 para o jogo básico de seis dezenas e pode ser realizada no site oficial caixa.gov.br ou em qualquer agência lotérica conveniada.

O horário de segunda a sexta-feira vai geralmente das 9h às 18h, sendo que nos estabelecimentos de shopping centers e supermercados o expediente o horário pode se estender até as 19h. Aos sábados, as lotéricas “de rua” costumam fechar as portas ao meio-dia, enquanto as de centros comerciais e afins costumam atender até o início da noite.

O Sul

O ASSASSINATO POLÍTICO DE LEITE, O SUICÍDIO DO PSDB E A DESISTÊNCIA DE MORO

 

O vice do Lula tem um recadinho para você

 

Cozinha Compacta Pequim 9 Portas MP2933 Multimóveis Preto

 


A Cozinha Compacta com Armário e Balcão com Tampo Pequim Multimóveis tem um excelente custo benefício e um amplo espaço interno. Os módulos são individuais (exceto o nicho para fogão/geladeira que é anexo ao armário aéreo) e você pode montar da maneira que se adaptar melhor ao seu ambiente. Produzida em MDP com acabamento acetinado (cerca de 20% de brilho), que garante maior durabilidade e resistência, possui corrediças metálicas (mais leveza no manuseio), pés com regulagem de altura de 17 a 20cm (permitem um perfeito nivelamento dos módulos), puxadores em ABS com acabamento cromado e tampos em MDP 15mm com pintura de alta resistência. O balcão possui tampo removível (compatível apenas com pia sob medida). Para deixar sua cozinha mais bonita e organizada, possui compartimento especial para utensílios mais altos e módulo aéreo com nichos.


Conteúdo da Embalagem:

1 (um) armário aéreo com nicho lateral e horizontal de 166cm

1 (um) paneleiro duplo de 62cm

1 (um) balcão com tampo de 105cm


Dimensões do produto montado:

Cozinha - Altura: 184cm - Largura: 228cm - Profundidade: 27cm (aéreos e paneleiro) - 44,5cm (balcão com tampo)

Espaço do nicho para fogão/geladeira - Altura: 162cm - Largura: 61cm

*Você pode consultar as medidas internas na imagem técnica do produto.


Disponível nas cores:

Preto Acetinado Texturizado - Madeirado - Madeirado/Preto Acetinado Texturizado - Preto Acetinado Texturizado/Lacca Fumê Brilho

*As cores do produto podem sofrer variações de tonalidade de acordo com as configurações do seu dispositivo.


Imagem meramente ilustrativa. Decoração e eletros não acompanham o produto.


Produto NOVO - acompanha nota fiscal, manual de montagem e certificado de garantia.


O produto será entregue desmontado e a Multimóveis não disponibiliza o serviço de montagem.

Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/p/cozinha-compacta-pequim-9-portas-mp2933-multimoveis-preto/cj4360db62/?utm_source=magazinevoce&utm_medium=email&utm_campaign=email_310322_qui&utm_content=produto-cj4360db62&campaign_email_id=3418

Governo deixa de exigir quarentena a não vacinados que desembarcarem no Brasil

 Decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União



O Brasil deixou de exigir a quarentena de cinco dias para não vacinados e a obrigatoriedade de testes de Covid-19 para vacinados que entrarem no País por via aérea. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DUO) desta sexta-feira, 1º.

Conforme o texto, ainda segue autorizado o comprovante de vacinação, impresso ou em meio eletrônico do viajante de procedência internacional nos aeroportos, mas a exigência passa a não se aplicar para os brasileiros e estrangeiros residentes no território brasileiro que não estejam completamente vacinados.

Além disso, somente os não imunizados deverão apresentar à companhia aérea responsável o resultado negativo ou não detectável para o novo coronavírus. O procedimento precisará ter sido realizado um dia antes do momento do embarque.

Pelas regras publicadas em dezembro de 2021, os viajantes aéreos brasileiros ou estrangeiros que chegassem ao Brasil em voo internacional eram obrigados a apresentar comprovante, impresso ou eletrônico, de vacinação contra Covid-19 ou fazer quarentena de cinco no local de destino.

As novas medidas começam a valer a partir da publicação, dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 660 mil vítimas da doença. A portaria de fronteiras é resultado de uma medida conjunta dos Ministérios da Casa Civil; Justiça e Segurança Pública; Saúde; e Infraestrutura.

As determinações para o transporte terrestre e aquaviário também foram atualizadas. Em ambos os casos, passam a valer as mesmas condições de passageiros de voos internacionais: comprovante de vacinação ou teste negativo.

Contudo, a operação dos cruzeiros marítimos com transporte de passageiros, nos portos nacionais, fica condicionada à edição prévia de Portaria pelo Ministério da Saúde, que deve definir as normas ou não para o cumprimento da quarentena de passageiros e embarcações.

Agência Estado e Correio do Povo

Bolsonaro encontra com motociclistas em Brasília neste sábado

 Depois de fazer um passeio de moto até Goiás, o presidente foi em um encontro no Sudoeste

Depois de tirar a manhã de sábado (2) para passear de moto no Distrito Federal e no Entorno, o presidente Jair Bolsonaro foi em um encontro de motocilistas no Sudoeste, em Brasília, no início da tarde.

Ele ficou no local por alguns minutos, tirou fotos com apoiadores, mas não discursou. As images foram feitas pelo repórter cinematográfico Fábio Varela, da Record TV.

Pela manhã, Bolsonaro foi até o bairro Jardim Céu Azul, no município de Valparaíso de Goiás. Ele parou em um comércio de rua para falar com os apoiadores.



R7 e Correio do Povo


Sob olhar de Autuori, Carlos de Pena participa de treino do Inte

Moro e Eduardo Leite se reúnem e discutem opções para a terceira via

 Durante o encontro neste sábado, Moro destacou a necessidade de união do centro, liderada no União Brasil por Luciano Bivar


O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) se reuniu neste sábado (2), em São Paulo, com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) para discutir as eleições. Os dois tentam construir uma candidatura na chamada "terceira via" para a disputa presidencial deste ano. Enquanto Leite precisa convencer o PSDB a deixar João Doria de lado para ser o candidato tucano, Moro vai ter que mostrar ao União Brasil que é a melhor aposta, o que não é o entendimento hoje da legenda. 

"Conversei com Eduardo Leite sobre o momento político do país e sobre a necessidade de união do centro que está sendo liderada no União Brasil por Luciano Bivar”, disse Sergio Moro. Bivar é o presidente nacional do União Brasil. 

Há uma articulação por parte da equipe de Moro para que, não sendo candidato à Presidência, ele seja candidato a vice em uma chapa encabeçada por Leite. As tratativas giram em torno de uma possível aliança liderada por Leite e que envolveria o União Brasil, o PSDB e o MDB. A equipe de Leite, no entanto, não descarta tentar uma aliança que tenha o nome da senadora e pré-candidata do MDB à Presidência da República Simone Tebet (MS) no cargo.

Em busca de alianças, Moro se reuniu na última sexta-feira (1º/4), também em São Paulo, com Simone Tebet. Na ocasião, ele disse que "democratas não podem se conformar com os autocratas Lula/Bolsonaro."


R7 e Correio do Povo


Fluminense empata com o Flamengo e volta a ser campeão carioca após 10 anos


Rack para TV até 75 Polegadas Madesa Reims 2 Portas 1 Gaveta

 


Se você quer renovar a sua sala de estar, o Rack Madesa Reims Branco é a escolha certa para deixar sua casa ainda mais bonita e organizada!


O móvel possui um design super moderno, com destaque para seus pés de madeira maciça na cor marrom que, além de proporcionarem uma ótima sustentação, trazem um charme a mais para qualquer ambiente.


O Rack Madesa Reims é ideal para TVs de até 75 polegadas e tem espaço de sobra! Com duas portas laterais e uma gaveta com corrediças metálicas, é perfeito para armazenar e organizar aparelhos eletrônicos, livros, objetos decorativos, DVDs e muito mais.


Seu acabamento branco e amadeirado é feito em pintura poliéster ecológica, um processo exclusivo da Madesa que não emite vapores para a atmosfera. Também possui 7 camadas de proteção, garantindo a maior durabilidade do produto.


Medidas:

- 180 cm de largura

- 40 cm de profundidade

- 50 cm de altura


Itens inclusos:

- Um (1) Rack para TV até 75 Polegadas Madesa Reims 2 Portas e 1 Gaveta Branco


Código do produto: 691709ACP


Obs.:

- Imagens meramente ilustrativas.

- A Madesa não disponibiliza serviço de montagem.

- O produto segue com manual de instalação e todas as ferragens necessárias para sua montagem.


1-O produto é novo ou usado?

R.: Todos os produtos da Madesa são novos, enviados da nossa fábrica diretamente para as casas de nossos clientes.


2-O produto vem montado? Se não, vocês realizam a montagem?

R.: A Madesa não disponibiliza serviço de montagem. Todos os produtos seguem com manual de instalação e as ferragens necessárias. Alguns produtos possuem vídeo explicando o passo a passo da montagem.


3-Vocês possuem loja física? Posso retirar meu produto em mãos?

R.: Não possuímos loja física, apenas loja virtual. Confira as opções de envio ao colocar o seu CEP.


4-Qual é o valor do envio? Posso pagar separadamente?

R.: O valor do envio é calculado com base no peso e volume do produto, e no CEP de destino. Você pode calcular o valor e prazo de entrega no simulador.


5-A Madesa entrega em todo Brasil? Como é feita a entrega?

R.: Sim, entregamos no Brasil inteiro através de transportadoras parceiras.


6-O produto acompanha Nota Fiscal?

R.: Sim, todos os produtos são entregues com suas respectivas notas fiscais.


7-Os produtos possuem garantia?

R.: Sim. A Madesa oferece 3 meses de garantia para defeitos de fabricação.

Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/p/rack-para-tv-ate-75-polegadas-madesa-reims-2-portas-1-gaveta/kj3gf787b7/?utm_source=magazinevoce&utm_medium=email&utm_campaign=email_310322_qui&utm_content=produto-kj3gf787b7&campaign_email_id=3418

Eduardo Leite é o único que não olha adversário como inimigo, diz ex-presidente do PSDB José Anibal

 João Doria, que renunciou ao governo de SP para disputar Presidência, não tem condições de liderar terceira via, diz tucano



O ex-presidente do PSDB José Anibal classificou de “desastre” a estratégia do ex-governador João Doria para lançar sua pré-candidatura à Presidência da República nesta quinta-feira (31). Para ele, Doria não tem condições de unificar a chamada terceira via, embora tenha vencido as prévias do PSDB contra Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul, mas ainda não anunciou para qual cargo pretende concorrer. “Ele ganhou, mas não levou. Continua com 2 pontos e com alto grau de rejeição”, disse Anibal. O ex-presidente tucano diz ver em Leite qualidades que, segundo ele, faltam a Doria. “Não trata adversário como inimigo. Ele é o único candidato que olha para frente, e não para trás.” Veja abaixo os principais trechos da entrevista ao R7.

O que o senhor achou da estratégia do ex-governador de São Paulo João Doria?

Um desastre. Terminado o dia, o que nós tivemos? Tudo igual. Ele conseguiu um bom holofote da mídia para o ato final de governo e uma carta do presidente do partido dizendo que ele é o candidato indicado pelas prévias. Olha, o que ele queria era uma carta assinada também pelo MDB, pelo União Brasil e pelo Cidadania, que estão no mesmo universo que nós. Ele queria eram manifestações do PSDB de todo o Brasil em favor dele, mas não teve nenhuma. Foi um jogo que não teve impacto. E acho que do ponto de vista da posição eleitoral dele, das intenções de voto, também não mudou nada. Ele vai ter pela frente dois, três meses para tentar melhorar. Depois das prévias, passaram-se quatro meses e ele não moveu nada das intenções de voto. Continua com 2 pontos e com alto grau de rejeição.

O senhor acha que João Doria reúne condições para liderar um movimento de unificação da terceira via?

Não teve e não tem. E acho difícil de ter. De qualquer maneira, ele terá alguns meses pela frente para circular pelo Brasil. Uma coisa que sempre me impressionou, que sempre me mostrou que o Doria não estava no caminho virtuoso, é que ele ganhou a indicação na prévias em novembro e, passados quatro meses, nunca houve reunião de adesão à candidatura. O que se percebeu, logo após a vitória nas prévias, que ele ganhou, mas não levou. Que não havia adesão a ele. Não havia entusiasmo com a candidatura.

O futuro do PSDB corre algum risco com esse racha que parece interminável e com a falta de apoio ao candidato que venceu as prévias?

Eu acho que em junho o PSDB tem condições de se unir. Por que ele [Doria] ou o Eduardo Leite vão aparecer em pesquisas, circular pelo Brasil e conversar com a sociedade. Quando chegar em junho, os outros aliados, como o União Brasil, MDB, Cidadania e a candidatura da Simone Tebet, que está crescendo pouco a pouco – e deve crescer mais porque é uma excelente candidata –, vão todos pensar. Bom, quem é o melhor candidato? É quem estiver mais bem posicionado nas pesquisas. E quem tiver demonstrando mais capacidade de agregação e de diálogo com a sociedade brasileira, que está tão sofrida.

Qual deve ser a movimentação do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite a partir de agora? Segundo o R7 apurou, ele deve se encontrar amanhã com o ex-juiz Sergio Moro. Esse é o caminho?

O Eduardo fez um excelente governo. Você pode olhar as pesquisas lá no Rio Grande do Sul e ele está muito bem avaliado. O que o Eduardo fez? Um pacto com a Assembleia Legislativa de transparência em torno das reformas. Duas destacadamente: a previdenciária e a administrativa. O Rio Grande do Sul estava pagando salários em duas parcelas. Uma no dia 10 e outra no dia 20. Estava pagando 13° em 12 parcelas e não tinha nenhuma capacidade de investir. Aí ele chamou os deputados e disse: ‘Olha, se nós votarmos essas reformas, a situação vai melhorar para todos nós que estamos partilhando desse processo, mas vai ser melhor para a população do Rio Grande do Sul. O que aconteceu? As reformas foram votadas em janeiro de 2020 e no final do ano o estado tinha voltado a investir. Colocou todas as contas em dia. E no ano passado o estado cresceu 12%.

Além disso, o Eduardo tem uma característica importante: ele não é polarizador, não fica dizendo que o problema do Brasil é fulano, beltrano, Lula ou Bolsonaro. Ele aponta para os desafios do país e diz que, para vencer esses desafios, é preciso agregar forças políticas e sociais, construir um parlamento que realmente esteja disposto a votar políticas públicas, que não fique somente trocando votos com o Executivo em troca de emendas. Portanto, ele tem um discurso apaziguante. Não trata adversário como inimigo. Ele é o único candidato que olha para frente, e não para trás.

O Eduardo Leite reúne condições de promover convergência entre partidos como PSDB, Podemos, Cidadania, União Brasil e MDB?

Não tenho a menor dúvida disso. Veja que a carta que nós divulgamos há 14 dias pedindo ao Eduardo que ficasse no PSDB foi assinada por todos os ex-presidentes, eu inclusive, pelo Bruno Araújo, o atual presidente, por 23 ou 24 dos 32 deputados federais. Por cinco dos seis senadores e por todos os pré-candidatos a governador pelo PSDB. Todos ali manifestavam o desejo de ele permanecer. Foi uma adesão real, e esse pessoal está no mesmo pensamento agora e não abriu a boca para defender a postura do Doria ontem. Pelo contrário, vejo hoje muitas críticas dizendo que foi puro marketing.

Qual a avaliação que o senhor faz da postura do presidente do PSDB, Bruno Araújo, no episódio de ontem?

O Bruno está muito tensionado. O Doria fica em cima, pressiona, constrange. O Bruno durante a semana tinha dado declarações que o candidato deveria sair de uma coligação de partidos, priorizando quem estivesse mais bem colocado, que a situação ainda não estava fechada e que o Eduardo Leite também poderá se colocar, viajar, conversar, aparecer em programas de televisão etc., e isso levou o Doria ao desespero.

R7 e Correio do Povo


Atlético-MG vence Cruzeiro por 3 a 1 e conquista tricampeonato Mineiro

Rumo ao carbono neutro

 


Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que produção de soja no Brasil pode alcançar redução máxima das emissões de gases do efeito estufa até 2030, mas adoção de práticas sustentáveis precisa ser intensificada

Por

Danton Júnior

A adoção de práticas que visam reduzir a emissão de gases de efeito estufa está em alta no setor agropecuário, principalmente após a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), ocorrida em Novembro. Principal commodity agrícola produzida no país, a soja possui um potencial de mitigação que começa a ser percebido pelo mercado. Um estudo publicado no início deste ano aponta que a produção da oleaginosa no Brasil pode atingir o nível de carbono neutro até 2030. Para que o objetivo seja alcançado, é preciso intensificar práticas sustentáveis nas lavouras e superar desafios. 

A conclusão faz parte do estudo “Potencial de Mitigação de Gases de Efeito Estufa das Ações de Descarbonização da Produção de Soja até 2030”, do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que está disponível no site da instituição. Responsável por 27% do Produto Interno Bruto e por 48% das exportações do país, o agronegócio contribui com 28% das emissões totais de gases de efeito estufa do Brasil, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), citado pela pesquisa. 

Por outro lado, o setor é considerado fundamental quando se fala em estratégias de mitigação. Entre as atividades previstas pelo plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Ministério da Agricultura (Mapa), o estudo da FGV destaca o potencial da integração lavoura-floresta (ILF), do sistema de plantio direto (SPD) e da fixação biológica de nitrogênio. Conforme o estudo, em grande parte das lavouras o plantio direto não tem sido manejado da forma adequada, o que tem ocasionado problemas como a compactação de solo, que afeta o desenvolvimento de raízes e os fluxos de água. 

“O potencial de remoção de emissões da produção de soja, ou seja, a capacidade da produção em acumular carbono no solo, depende diretamente da qualidade do plantio direto aplicado à produção”, informa a pesquisa. Segundo o estudo, as emissões são derivadas principalmente da aplicação de insumos no solo e da decomposição de resíduos da lavoura. A capacidade de remoção da tecnologia SPD é calculada em 1,83 mil toneladas de CO² equivalente para cada mil hectares de soja. No caso do plantio direto simples, esse número cai para 0,92 mil toneladas. 

A economista Talita Priscila Pinto, pesquisadora do Observatório de Bioeconomia da FGV, destaca a necessidade de que o plantio direto seja pensado como um sistema. “São três premissas básicas: o mínimo revolvimento do solo, cobertura permanente do solo e rotação de culturas. O sistema de plantio direto atinge todo o seu potencial quando essas três premissas são obedecidas”, explica. De acordo com ela, os dados mostram que o sistema não é executado em sua totalidade em cerca de 90% da produção brasileira, o que faz com que o potencial de mitigação não seja atingido plenamente. 

Hoje a cultura da soja é responsável pela emissão de 9 milhões de toneladas de CO² equivalente a cada ano, o que significa 1,5% de todas as emissões da agropecuária no país. Mantendo a trajetória, a produção seria classificada como de baixo carbono, segundo Talita, mas ainda distante da neutralidade. “Se os princípios do sistema de plantio direto forem amplamente difundidos, já seria suficiente para inverter o sinal das emissões da soja e tornar a cultura carbono neutro”, diz. 

Embora o avanço do SPD seja considerado suficiente para se chegar à neutralidade nas emissões, outras práticas também são incentivadas. Segundo a pesquisadora da FGV, o potencial de mitigação é amplificado quando é adicionado o componente florestal. A implementação de florestas em integração com a soja sequestraria 10 milhões de toneladas de CO² para cada 1 milhão de toneladas emitidas pela oleaginosa. A adoção do sistema ILF em 20% da área cultivada de soja representaria uma remoção líquida média de 81 milhões de toneladas de CO² equivalente ao ano. 

O estudo da FGV surge num cenário em que a descarbonização das atividades produtivas é cada vez mais valorizada pelo mercado. Talita cita como exemplo a discussão sobre taxação de carbono em determinados países. “Ou seja, aqueles produtos que emitem vão ser taxados por isso. De certa forma, é uma barreira às exportações”, observa. Com base no estudo recém publicado, ela afirma que a soja brasileira tem potencial para não sofrer esse tipo de sanção, entrando no mercado internacional com o selo de carbono neutro. A projeção da FGV é de que a produção brasileira de soja chegue a 176,4 milhões de toneladas em 2030. 

Embrapa trabalha em nova certificação

Programa Soja Baixo Carbono irá disponibilizar parâmetros para que o sojicultor tenha como atestar que o grão foi produzido em sistema que contribui para combater o aquecimento global, agregando valor ao produto nacional


Uma iniciativa da Embrapa Soja, lançada em abril de 2021, tem como finalidade embasar certificações da oleaginosa produzida em sistemas de baixa emissão. O Programa Soja Baixo Carbono (SBC) irá dar origem a uma metodologia baseada em protocolos científicos validados internacionalmente, visando agregar valor ao grão produzido em sistemas que sejam competitivos e contribuam para combater o aquecimento global. A criação de uma marca já está em andamento junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). A adesão à certificação será voluntária e o protocolo deverá estar pronto para a safra 2023/2024. 

O programa irá permitir a identificação da soja produzida sob um conjunto de práticas culturais e de tecnologias que tornam o processo mais eficiente, por unidade de carbono equivalente emitida, em relação ao que existe disponível no mercado global. “Não basta dizermos que somos sustentáveis. Precisamos provar, e essas provas vêm através desse monitoramento”, defende o pesquisador Marco Antonio Nogueira, da Embrapa Soja. De acordo com ele, a busca por sistemas produtivos de baixa emissão tem sido uma tendência crescente no mercado internacional, o que exige que sejam organizadas as bases técnicas e científicas que comprovem a sustentabilidade. 

Segundo Nogueira, a soja produzida em sistema de plantio direto é uma ferramenta primordial na busca pela redução de gases, que proporciona não somente a possibilidade de diminuir a emissão, mas também de aprisionar carbono no solo. Porém o plantio direto não é a única prática prevista. Outro exemplo é a não utilização de fertilizantes nitrogenados na lavoura, a partir do uso da fixação biológica do nitrogênio. Com isso, deixa-se de contabilizar os gases emitidos por eventual uso destes insumos. “Cada quilo de fertilizante nitrogenado utilizado no sistema de produção acaba resultando em quase 10,5 quilos de equivalente em CO²”, explica o pesquisador. Entre as práticas sustentáveis citadas estão ainda o manejo integrado de pragas (MIP), de doenças (MID) e de plantas daninhas (MIPD) e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). 

Embora um dos objetivos seja agregar valor à soja produzida sob sistemas sustentáveis, Nogueira afirma que ainda é difícil mensurar em quanto pode chegar a diferença de preço. “É um mercado que ainda está em estruturação, então não temos ainda em mãos os valores que isso pode atingir”, resume. De acordo com ele, a valorização irá depender muito do que exige o mercado consumidor externo. “Se todo mundo que comprar a nossa soja ou seus derivados exigir que ela seja produzida de uma maneira certificada quanto à produção sustentável, o exportador vai ter que arrumar uma maneira de atender a esse requisito”, observa. Em muitos casos, segundo ele, o bônus poderá recair sobre a imagem do produtor, o que abriria a possibilidade de exportar para novos mercados. 

A sustentabilidade da produção não está dissociada da busca por aumento de produção das lavouras brasileiras. “Nossa preocupação é utilizar mais eficientemente os recursos de produção aumentando a produtividade, e isso é possível”, analisa Nogueira. Ele cita estudo da própria Embrapa que mostra que 40% dos fertilizantes aplicados no sistema de produção acabam não sendo utilizados pelas plantas. Técnicas simples de melhoria do sistema produtivo, como por exemplo de manejo de solo, contribuiriam para aumentar a eficiência de uso do fertilizante em 10%. A ideia do SBC, inclusive, é desenvolver um processo de certificação que ateste a sustentabilidade por tonelada de grão de soja. “Então, quanto mais eu conseguir produzir numa mesma área com menos recursos, eu vou diluir esse efeito das emissões necessárias”, explica. 

A certificação não significa deixar de utilizar os insumos convencionais, porém, segundo Nogueira, trata-se de usá-los com mais critério, racionalidade e eficiência de uso. Um exemplo citado pelo pesquisador é o caso do fósforo, insumo utilizado na forma de fertilizante. Por meio de algumas práticas de uso e manejo de solo, é possível aumentar a eficiência de uso deste produto. 

“Então é possível até, em algumas situações, uma menor frequência de aplicação”, explica o especialista. Também é incentivada a adoção de estratégias que tragam mais precisão à aplicação de fertilizantes, inclusive por meio da agricultura de precisão, que aponta com mais detalhes a demanda por nutrientes em um determinado talhão da lavoura. “Isso pode resultar inclusive em diminuição de emissões”, complementa o pesquisador da Embrapa. Até o momento, não há uma meta em termos de números de hectares a serem abrangidos pela certificação. “Vai depender muito da demanda do mercado consumidor”, explica Nogueira. 

Projeto piloto valoriza boas práticas

Fazenda da Taipa, em Condor, integra iniciativa da multinacional Bayer e desenvolve técnicas conservacionistas como a rotação de culturas, o uso de culturas de cobertura, a adubação orgânica e o sistema de plantio direto



Uma iniciativa pioneira localizada em uma propriedade de Condor, no Noroeste do Estado, está contribuindo para o sequestro de carbono no solo a partir da adoção de práticas agronômicas sustentáveis. A Fazenda da Taipa, berço da produção da Strobel Sementes, faz parte de um programa adotado em parceria com a multinacional Bayer. O projeto consiste na adoção de boas práticas visando o sequestro do carbono atmosférico, incorporando-o ao solo em forma de matéria orgânica. A Bayer, então, avalia o quanto a lavoura conseguiu sequestrar de carbono. Posteriormente, os créditos de carbono são comercializados no mercado internacional. 

O projeto parte do entendimento de que a intensificação de práticas sustentáveis não apenas reduz as emissões, mas também remove o carbono da atmosfera. A Bayer e uma rede de parceiros irá acompanhar o acúmulo de matéria orgânica nos talhões participantes pelos próximos anos. Segundo o engenheiro agrônomo Thiago Strobel, responsável técnico da Strobel Sementes, o manejo conservacionista já é praticado pela empresa há 30 anos. Entre as práticas adotadas estão a rotação de culturas, o uso de culturas de cobertura e a adubação orgânica, dando forma ao que ele chama de um plantio direto “bem estabelecido”. Esse conjunto de práticas ajuda no incremento da presença de matéria orgânica no solo, que vai culminar com o sequestro de carbono. 

Durante o inverno, nem toda a área é ocupada com culturas comerciais, como o trigo. Algumas plantas, então, são adotadas como cobertura de solo com o objetivo de ocupar esse espaço, sequestrando carbono e evitando a erosão. “Colocamos várias culturas combinadas dentro de um mesmo talhão, tentando simular algo próximo do que acontece na natureza”, explica Strobel. Entre as culturas de cobertura utilizadas estão aveia, centeio, nabo, ervilhaca, capim-sudão e milheto. A adubação orgânica é feita a partir de excrementos de animais. 

A parceria surgiu depois que Strobel soube do projeto da Bayer pelos meios de comunicação e se interessou pela iniciativa. A multinacional, por sua vez, entendeu que a empresa tinha potencial para desenvolver a atividade em sua produção de sementes. A Bayer ainda fará a medição do volume de carbono sequestrado pela lavoura. O projeto está em sua segunda safra. 

Para Strobel, o agronegócio brasileiro, tem potencial para se tornar também uma referência no sequestro de carbono.

Cobertura de solo evita impacto do vazio outonal

Segundo o pesquisador Tiago Hörbe, da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), o ponto-chave para reduzir as emissões é aportar carbono no solo, o que é feito através da palhada. Por isso é recomendada a adoção do sistema de plantio direto com o solo coberto durante todo o ano. 

A transição entre a colheita de verão e a implantação da lavoura de inverno acaba por gerar o “vazio outonal”. Isso porque, a cada safra, a soja começa a ser colhida mais cedo. O solo acaba por ficar descoberto durante períodos de 60 até 90 dias. “Quando tu colocas uma planta de cobertura nesse meio, então tu aportas mais carbono, e aí tu tens uma soja carbono neutro”, resume Hörbe. 



Entre as plantas de cobertura de outono, ele cita o nabo forrageiro e o milheto, mas ressalta a importância de leguminosas como a ervilhaca, que favorece o aporte de nitrogênio no solo. 

A busca pela sustentabilidade nas lavouras de soja não está dissociada do aumento de produtividade. “Além de proteger o solo e contribuir com o meio ambiente, o agricultor vai produzir mais, pois há uma sinergia entre essas ações”, afirma o pesquisador. O manejo correto pode levar, inclusive, à otimização do uso dos insumos, já que as boas práticas, por exemplo, diminuem a presença de plantas daninhas, reduzindo a necessidade de defensivos. 

Entre os desafios para alcançar um maior sequestro de carbono nas lavouras, Hörbe cita o fato de que, em muitas áreas, o produtor é arrendatário, e não proprietário do terreno. “Então muitas vezes ele não faz alguns investimentos no solo porque não tem a garantia de que no ano seguinte vai continuar na mesma área”, explica o pesquisador. Além disso, ele destaca o problema da oscilação dos custos de produção e as frustrações de safra, a exemplo do que ocorreu no ciclo 2021/2022, em função da estiagem. 

Preocupação faz surgir mercado promissor

Comercialização de créditos de carbono desperta interesse do mercado e conta com potencial para movimentar até 72 bilhões de dólares por ano, mas no Brasil ainda é necessário criar metodologia de avaliação e certificação



A busca pela sustentabilidade nos processos produtivos deu origem a um novo mercado, ainda pouco explorado no Brasil: os créditos de carbono. Segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), os ganhos do Brasil têm potencial para chegar a 72 bilhões de dólares por ano até 2030. O cálculo é de que, no país, haja pelo menos 500 milhões de toneladas de carbono equivalente que podem ser monetizadas pelo agronegócio. 

Para que esse novo mercado possa deslanchar, alguns objetivos ainda precisam ser alcançados. Segundo o coordenador da Comissão de Meio Ambiente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Velho Lopes, o primeiro deles é a criação de uma metodologia nacional para avaliação de como se dará o sequestro de carbono. A questão está sendo discutida por um grupo de trabalho capitaneado pelo Ministério da Agricultura (Mapa). “Temos que ter uma metodologia que tenha reconhecimento e que seja o padrão oficial de avaliar e quantificar o sequestro”, explica o dirigente. O segundo passo é discutir a certificação, com reconhecimento internacional, para que esses créditos possam se habilitar a serem negociados na bolsa – caso contrário, o trabalho não poderá ser monetizado. A discussão estendeu-se também ao âmbito legislativo, já que o pagamento por serviços ambientais está previsto em lei, mas ainda precisa ser regulamentado. 

Com a consolidação desse mercado, o próprio produtor rural poderá fazer a comercialização dos créditos de carbono, obtendo mais uma fonte de renda. Por isso, afirma Lopes, há a necessidade de uma metodologia que possibilite calcular quantas toneladas de carbono são sequestradas em cada caso. “Isso precisa ser certificado por uma metodologia que comprove que os processos sejam bem feitos, e aí sim ele vai poder negociar na bolsa de valores”, observa. 

Por ser um país agrícola, o Brasil apresenta um grande potencial para reter carbono a partir destas atividades. Lopes ressalta que, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), em novembro do ano passado, foi ratificado que a atividade agrossilvipastoril e a recuperação de nascentes e áreas protegidas fazem parte da solução para a redução da emissão de gases do efeito estufa. “A atividade, se bem feita, sequestra carbono”, resume. 

Correio do Povo


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