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terça-feira, 1 de março de 2022
Itamaraty diz que 80 brasileiros já deixaram a Ucrânia; 100 estão em lista de espera
O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste domingo (27) que 80 brasileiros já conseguiram sair da Ucrânia, país que está sendo alvo de invasão por parte da Rússia. Segundo o Itamaraty, esses brasileiros conseguiram ir para países fronteiriços, sobretudo Polônia e Romênia, com a ajuda da embaixada brasileira em Kiev, a capital ucraniana. A embaixada continua prestando assistência aos brasileiros que ainda estão no país.
Um plano de contingência atualizado em janeiro deste ano “prevê a possibilidade de resgate quando as condições permitirem”, segundo o Itamaraty. “Nos primeiros dias, ante a falta de condições de segurança, estamos implementando a evacuação segura e ordenada”, informou. Na semana passada, o governo informou que a comunidade brasileira registrada na Ucrânia, antes do conflito, era estimada em aproximadamente 500 pessoas.
O número de brasileiros que se registraram foi bem inferior. Ainda constam, segundo o Itamaraty, cerca de 100 brasileiros registrados na lista da embaixada brasileira em Kiev que continuam em solo ucraniano.
“O GT (grupo de trabalho) Brasileiros na Ucrânia e a Embaixada em Kiev seguem buscando localizar e contatar brasileiros ainda na Ucrânia, com o apoio da Embaixada em Varsóvia, com vistas a verificar a situação pessoal de todos, condições de segurança nos locais onde estão abrigados e possibilidade de eventual evacuação”, informou.
O Itamaraty frisou que há funcionários da embaixada brasileira em Chernivtsi, perto da fronteira ucraniana com a Romênia.
“Diplomata da embaixada do Brasil na Romênia também se deslocou para a fronteira para auxiliar o traslado, em ônibus providenciado pela embaixada, de brasileiros para a capital Bucareste. A embaixada também estabeleceu posto avançado na fronteira com a Moldova (caminho entre Kiev e Romênia) para recepcionar os brasileiros que porventura cheguem de forma avulsa àquela região fronteiriça”, explicou.
Já na Polônia, a Embaixada do Brasil em Varsóvia está em contato direto com brasileiros que se encontram próximos de Lviv, na Ucrânia. “Já estão naquela área ônibus providenciados pela embaixada brasileira para traslado à capital. Ademais, representantes do governo brasileiro se encontram na fronteira em contato regular com autoridades polonesas”, informou.
O Sul
Fifa proíbe a Rússia de disputar Eliminatórias e Copa do Mundo
A Fifa suspendeu a Federação de Futebol da Rússia (RFU). O que significa que o país está proibido de disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar – e consequentemente do próprio Mundial.
A decisão, que foi tomada em conjunto com a Uefa, envolve todas as seleções russas, incluindo seleções de base, masculinas e femininas, além dos clubes do país. O Spartak Moscou, por exemplo, foi eliminado da Liga Europa. A Rússia pode recorrer da decisão ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte). As sanções podem cair em caso de acordo de paz entre as nações.
A federação de futebol da Rússia se manifestou sobre a exclusão das equipes nacionais e dos clubes das competições internacionais. A entidade “discorda categoricamente” da suspensão.
“Acreditamos que essa decisão vai contra as normas e princípios das competições internacionais, assim como contra o espírito do esporte. Ela tem óbvio caráter discriminatório e prejudica um largo número de atleta, técnicos, funcionários, clubes e seleções e, mais importante, milhões de Rússia e torcedores estrangeiros”, declarou a RFU.
As medidas foram tomadas pelo Bureau do Conselho da Fifa, instância da entidade que inclui os presidentes das seis confederações continentais de futebol, e pelo Comitê Executivo da Uefa – órgão que toma todas as decisões mais importantes do futebol europeu. A Uefa também anunciou a rescisão do contrato de patrocínio com a empresa estatal russa Gazprom.
A dura medida ocorre no mesmo dia em que o COI (Comitê Olímpico Internacional) recomendou às federações de cada modalidade que excluam atletas de Rússia e Belarus de todas as competições internacionais.
A Rússia disputaria uma partida pela repescagem das Eliminatórias para a Copa no dia 24 de março, contra a Polônia – que se recusava a participar do jogo e enfrentar a Rússia em qualquer circunstância. A mesma posição era compartilhada por República Tcheca e Suécia, que também se enfrentam pelas Eliminatórias – num jogo cujo vencedor pegaria quem ganhasse entre Rússia e Polônia.
A tendência é que a seleção polonesa seja considerada vencedora e avance. Caberá a Uefa a decisão.
No domingo, a Fifa anunciou um primeiro pacote de punições contra a Rússia, que incluía a proibição de jogar em seu território e de usar símbolos como bandeira e hino.
Polônia e Suécia criticaram as punições aplicadas pela Fifa, e reafirmaram sua intenção de não jogar contra a Rússia em nenhuma hipótese. Também houve condenações à Rússia por parte da Associação de Futebol da Inglaterra e da Fifpro, o sindicato mundial de jogadores de futebol.
Rússia fora da Euro feminina
Como a suspensão da Rússia é em todas as categorias, a seleção russa não poderá disputar a Eurocopa Feminina, em julho, na Inglaterra. O substituto não foi anunciado, mas deve ser Portugal, que perdeu para a Rússia nos playoffs das eliminatórias.
O Sul
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Mortes violentas de crianças no Brasil caíram 40% nos últimos dois anos
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, discursou nesta segunda-feira (28) durante 49ª sessão anual do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, onde fez uma balanço de ações do governo e disse que o governo “sempre defendeu a paz para todos os países e para todos os continentes”.
Damares também apresentou posição contrária ao aborto, pedindo uma união internacional pelos direitos dos nascituros. “Defendemos a liberdade e a vida, desde a concepção, como os direitos mais fundamentais do ser humano”, disse a ministra.
Entre outros pontos, a ministra Damares destacou dados como a redução nas mortes violentas de crianças e adolescentes no Brasil, que segundo último relatório do Data SUS caiu em média 40% no biênio 2019-2021, no comparativo com o biênio anterior.
Outro índice destacado pela ministra foi uma queda de 18% nos registros de gravidez na adolescência. Ela frisou investimentos de R$ 600 milhões no combate no Plano Nacional de Combate ao Feminicídio.
Em dado momento do discurso, que durou cerca de sete minutos, Damares Alves disse que “o governo Bolsonaro sempre promoveu e defendeu a paz”. A ministra não citou nenhum conflito específico.
A atual guerra entre Rússia e Ucrânia tem sido o centro das manifestações durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos, diante das preocupações com as vítimas civis e os deslocados pelo conflito.
O Sul
Porto Alegre mantém vacinação Contra covid em cinco postos de saúde nesta terça-feira
Rio Grande do Sul registra maior temperatura de sua história com 42,9 ºC
Com o temperatura de 42,9 ºC em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, o Rio Grande do Sul atingiu neste domingo (27) sua maior marca da história do Estado, de acordo com a MetSul Meteorologia. O recorde anterior era de 42,6 ºC registrado em 19 de janeiro de 1917 em Alegrete e em 1º de janeiro de 1943 em Jaguarão.
“O registro é extraordinário do ponto de vista histórico na climatologia do Rio Grande do Sul porque se trata da maior temperatura máxima já observada oficialmente no estado desde que tiveram início as medições regulares entre os anos de 1910 e 1912”, informou a MetSul, que também lembrou que a marca também é a maior da história gaúcha para o mês de fevereiro.
Os motivos do calor
O calor foi intenso em grande parte do Rio Grande do Sul neste domingo, mas as marcas extremas na rede oficial ocorreram no Oeste, especialmente em Uruguaiana com 42,9ºC (novo recorde estadual) e Quaraí com 40,3ºC. De acordo com a MetSul Meteorologia, em outras regiões, as marcas sequer chegaram perto dos valores anotados durante a onda de calor de janeiro deste ano. Em Porto Alegre, por exemplo, a máxima foi de 36,0ºC.
O calor extraordinário de Uruguaiana não se repetiu em outras regiões gaúchas pela presença de muitas nuvens altas e médias que se formavam com o calor e com a presença de áreas de instabilidade trazendo chuva no Sul do Estado desde cedo da manhã.
O Sul
Rússia acha “inaceitável” presença de armas nucleares americanas na Europa e exige retirada
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, condenou nesta terça-feira (1º) a existência de armas nucleares dos Estados Unidos na Europa e voltou a exigir garantias de segurança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
“Para nós, é inaceitável que, contrariamente às disposições fundamentais do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares, as armas nucleares dos Estados Unidos sigam estando no território de vários países europeus”, afirmou o chanceler.
“Já é hora de as armas nucleares americanas voltarem para casa e que a infraestrutura associada na Europa seja desmantelada por completo”, completou.
Embaixador russo diz que guerra foi provocada pela Ucrânia
Vasily Nebenzya, embaixador russo na ONU, fez um pronunciamento nesta segunda (28), na sede das Nações Unidas, em Nova York, e afirmou que “não fomos nós que começamos a guerra. Ela foi o final de uma guerra começada pela Ucrânia”. Segundo ele, a relação entre os dois países mudou em 2014, quando houve o que Nebenzya considera um golpe contra o então presidente Victor Yanukóvich, alinhado a Vladimir Putin.
O embaixador russo afirmou ainda que a Ucrânia decidiu cancelar e abandonar o Tratado de Minsk e, junto a isso, o Ocidente passou a fortalecer o Estado ucraniano com armamento letal, além do envio de soldados americanos para a Polônia e a Alemanha, o que aconteceu no início de fevereiro. “Foi por isso que Putin tomou a decisão de reconhecer as duas repúblicas [Lugansk e Donetsk] e também por isso que começamos a operação militar em Donbass e, depois, na Ucrânia.”
Outra medida contra a Rússia revelada por Nebenzya é que os Estados Unidos exigiram que doze diplomatas deixem o país até o dia 12 de março. Para o embaixador russo, “isso é uma demonstração grosseira que a nação-sede da ONU tem”. Respondendo à pergunta de um jornalista, Nebenzya disse não saber qual é o motivo alegado pelos EUA para a expulsão dos diplomatas.
O Sul
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Brasileiros que conseguiram deixar a Ucrânia desembarcam em São Paulo
Um grupo de 40 brasileiros que estava na Ucrânia conseguiu sair do país que está sob ataque da Rússia desde o dia 24 e desembarcou na manhã desta terça-feira (1º) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana.
Para escapar da guerra, eles fizeram um trajeto de trem até a Romênia, onde conseguiram voo para retornar ao Brasil.
Segundo afirmou à uma emissora de TV Maria Laura da Rocha, embaixadora do Brasil na Romênia, o grupo embarcou, na tarde da segunda (28), em um voo da Air France na cidade de Bucareste.
Entre os passageiros estão jogadores de futebol do Shakthar Donetsk (Júnior Moraes, naturalizado ucraniano, que corria o risco de ser convocado para a guerra, Dodô, Pedrinho, Fernando, Marco Antônio, Gustavo e Vitão, além do fisioterapeuta do Shakhtar, Luciano Rosa) e do Dínamo de Kiev (Vitinho e o uruguaio Carlos Dapena).
O Shakhtar tem sede em Donbass, no Leste da Ucrânia, uma área controlada por separatistas apoiados pelo presidente russo Vladimir Putin.
Os atletas estavam abrigados num bunker em um hotel de Kiev e embarcaram de trem rumo à cidade de Chernivtsi, no Oeste da Ucrânia. Lá pegaram outro trem para a Romênia. A saída de Kiev de trem foi uma solução proposta pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty. A Federação Ucraniana de Futebol fez uma escolta para assegurar a segurança do grupo até a estação de trem.
Brasileiros que “ficaram para trás”
Os brasileiros que permanecem no hotel no Centro de Kiev, na Ucrânia, à espera de resgate para sair do país deveriam ter deixado o local na manhã desta segunda-feira (28). Segundo o engenheiro de Coqueiral, Sul de Minas, David Abu-Gharbil, já há um plano de fuga sendo feito com a embaixada brasileira. Há um toque de recolher na cidade que começou no início da noite de sábado e vai até a manhã desta segunda-feira.
O mineiro David Abu-Gharbil e mais dois amigos, os jogadores de futsal Jonatan Bruno Santiago, de 30 anos, de Santa Catarina e Matheus Ramires, do Rio Grande do Sul, estavam desde sexta-feira (25) no hotel com um grupo de mais 50 brasileiros, entre familiares e jogadores do Dínamo e do Shakhtar Donetsk.
No entanto, na tarde de sábado (26), os jogadores deixaram o hotel e os três brasileiros ficaram para trás.
“Ficou eu, um jogador e mais um brasileiro. Só ficou a comissão técnica deles, que são todos italianos. Foi todo mundo embora. A gente estava o tempo todo junto, e eles simplesmente esqueceram da gente e foram embora”, relatou Jonatam Santiago.
Além dos três brasileiros, há um outro amigo deles que está em um bairro de Kiev, a cerca de 30 quilômetros do hotel. Ele não chegou a ir para o local porque foi parado pelo Exército ucraniano e foi orientado a voltar para casa. Segundo o mineiro David, os amigos não vão deixar ninguém para trás.
“Tem outro amigo nosso brasileiro, o Rony. Nós combinamos que ninguém vai sair deixando alguém para trás, nós vamos todo mundo embora daqui, começamos em quatro, vamos nós quatro até o final, ninguém vai ficar para trás.
Assim que o plano de fuga for executado, os brasileiros devem pegar um trem que irá para Chernivtsi, cidade no oeste do país, a 535 km da capital ucraniana, nas proximidades das fronteiras com a Romênia e a Moldávia.
Conflito
A Rússia iniciou uma operação de invasão da Ucrânia na madrugada da última quinta-feira (24). Desde então, os brasileiros passaram dias de angústia até conseguirem deixar o país.
O Ministério das Relações Exteriores informou neste domingo (27), em nota, que 80 brasileiros já deixaram a Ucrânia e foram para países fronteiriços. Ainda, segundo o Itamaraty, cerca de 100 brasileiros registrados na embaixada do Brasil em Kiev ainda estavam em solo ucraniano. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o órgão nesta terça (1º) para atualizar esse número.
A Rússia exige que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) interrompa sua expansão em direção ao leste. Putin disse considerar inaceitável a filiação da Ucrânia à aliança militar comandada pelos Estados Unidos.
Segundo Putin, a Rússia se viu sem escolhas a não ser se defender contra o que ele classificou como ameaças da Ucrânia – um estado democrático com uma população de 44 milhões de pessoas.
O Sul