domingo, 6 de fevereiro de 2022

Projeto retoma e divulga a tradição da lã

 Iniciativa identifica e expõe pessoas que seguem trabalhando na produção artesanal na perspectiva de manter viva a atividade e mostrá-la a todos que desejarem conhecê-la em centros de referência e roteiros turísticos



Projeto criado em 2019 pela museóloga e gestora cultural Letícia de Cássia Costa de Oliveira e executado com apoio de prefeituras e do governo do Estado, o Lãs do RS ganhou velocidade da metade do ano passado para cá com ações como a inauguração do Centro de Referência em Artesanato, em Bagé, em setembro, e a distribuição de 3 mil exemplares de livros infantis com histórias de artesãs gaúchas para escolas e bibliotecas, em janeiro.

A criação de outros centros, em Dom Pedrito, Pinheiro Machado, Hulha Negra e São Gabriel, está prevista para este ano, assim como a oferta de uma série de oficinas, que terá sua agenda divulgada em março. A iniciativa preserva e promove uma prática tradicional do Estado e coloca as novas gerações em contato com ela.

Com esse objetivo, o Lãs do RS inclui exposições, cursos, oficinas, produção de material educativo e organização de rotas turísticas. A iniciativa é do escritório de gestão cultural de Letícia, Pangea Cultural, com financiamento da Lei Aldir Blanc e do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-RS). O Centro de Referência em Artesanato de Bagé, que fica em um imóvel da prefeitura na avenida Santa Tecla, tem exposições e oferece informações sobre a tradição da lã no Rio Grande do Sul, além da possibilidade de contato com artesãos e compra de suas confecções quando há feiras, oficinas e cursos.

O Lãs do RS engloba outros programas, como o Fio da Meada, com ações destinadas a difundir conhecimento sobre a lã crua como patrimônio cultural imaterial do Estado; a criação do Museu da Lã; a Rede Centro de Referência em Artesanato Lãs do RS; e a Rota da Lã, um circuito de turismo em desenvolvimento que vai passar por fazendas de criação de ovelhas, centros de artesanato e outros locais relacionados aos fazeres da lã. O objetivo é criar espaços para fruição, capacitação e sensibilização a respeito do processamento tradicional da lã.

Essa prática está vinculada à própria geografia do Estado e a alguns fatos históricos. O campo aberto característico dos pampas tornou o Rio Grande do Sul um ambiente propício para a criação de ovelhas. Embora tivesse um rebanho maior no passado, o Estado ainda hoje é responsável por 98% da produção de lã do país. “Os ovinos vieram da Europa, através do Peru, do império espanhol, e (quando chegaram) houve necessidade de começar a trabalhar (a lã)”, explica Letícia, destacando que “as ovelhas foram levadas por colonizadores aos locais onde se estabeleceram para uso de sua carne e da lã”. 

 Centros de Referência contarão com exposições de equipamentos e produtos da lá de ovelha em pelo menos cinco municípios da Metade Sul do Estado. O de Bagé já está em funcionamento. Foto: Letícia de Cássia / Divulgação / CP

O trabalho com a lã deu origem a uma tradição com diferentes técnicas e peças de artesanato próprias do Estado, que o Lãs do RS reuniu e catalogou, unindo artesãos para o desenvolvimento de atividades como palestras, cursos e compartilhamento de histórias. “Quando começamos a juntar as pessoas, vimos que há muitos artesãos esparramados por todo o Rio Grande do Sul”, relata Eliane Simões, assessora de projetos da Associação Pampa Gaúcho de Turismo (Apatur), parceira da Pangea na Rede Centro de Referência. “Mas também percebemos que não há renovação, essas pessoas são aquelas que já faziam, que aprenderam com os avós, que aprenderam na Campanha”, complementa.

“O patrimônio tem que ser experienciado, ele não pode só existir, não dá para ter um prédio só e ficar dizendo que aquilo é patrimônio se aquilo não tem relação com as pessoas”, sustenta Letícia, referindo-se ao propósito da criação da Rede Centro de Referência em Artesanato Lãs do RS. “A proposta da rede é criar esses centros nos locais onde vivem essas artesãs e aí poder experienciar esse patrimônio”, complementa.

O projeto adquire equipamentos para os centros, como rocas, cardas (máquina que prepara a lã para a fiação), fogareiros e panelas para o tingimento, entre outros. Esses equipamentos, além de serem expostos juntamente com peças de artesanato, são utilizados para o desenvolvimento de oficinas, que estrearam em setembro. 

“As pessoas ficam fascinadas pelo universo da lã, pelo universo da ovelha, tanto pelo animal quanto pelo produto, então a gente teve uma recepção fantástica”, diz Eliane. A assessora de projetos relata que o interesse pela lã gaúcha foi despertado nos europeus e já há previsão de uma parceria com a ONG Kollektion der Vielfalt, voltada à preservação de raças de ovelhas nativas da Alemanha.

De acordo com Eliane, o Fio da Meada e a Rede Centro de Referência em Artesanato Lãs do RS são os primeiros passos para a construção do Museu da Lã, em Bagé. Segundo a assessora de projetos, o museu será o único da região dedicado ao assunto. “Ele vai ser um museu que a gente chama ‘de fronteira’: que vai abrigar o Uruguai, a Argentina e o Chile”, explica.

Criação e artesanato como heranças familiares

Participantes do Lãs do RS recordam suas origens campeiras e narram histórias que remetem ao passado e à manutenção, para o futuro, de um conhecimento legado pelos gaúchos

 Peças expostas em ambiente rural devem ser uma das atrações das rotas turísticas da lã na Metade Sul do Estado. Foto: Divulgação / CP

Clair Schneid é uma das mestras artesãs que atuam como agentes do patrimônio no Centro de Referência em Artesanato Lãs do RS em Bagé. Ela utiliza técnicas de tecelagem, feltragem (entrelaçamento de fibras da lã para formar uma espécie de tecido), lavagem, cardagem, tricô e crochê para criar peças como tapetes, xergões (mantas grossas colocadas sobre a sela do cavalo), ponchos, sapatilhas e decorações. Clair conta que começou a lidar com a lã quando tinha cerca de quatro anos. Sua avó era artesã e a ensinou a trabalhar com a lã bruta.

A artesã entende que é eficaz o trabalho feito pelo Lãs do RS. “Vejo como um resgate da nossa tradição. Nos eventos que compareço, geralmente alguém comenta que há um membro da família que trabalhou com a lã, portanto observo que há muitas famílias que desejam cultivar esta tradição, responsável pelo desenvolvimento do Estado e pela independência financeira de muitos artesãos”, comenta. 

 Clair Schneid foi ensinada pela avó a trabalhar com a lã bruta. Foto: Divulgação / CP

Segundo Clair, a divulgação que o projeto faz do trabalho dos artesãos coloca-os em contato com possíveis compradores e possibilita o aperfeiçoamento de técnicas por meio de oficinas. Ela está entre as mestras que já ministraram oficinas de tecelagem (em tear de prego, de pente liço e em tear primitivo), de feltragem (molhada e agulhada) e de peças decorativas e vestuário em crochê e tricô.

No sangue

A veterinária Clara Vaz diz que a criação de ovelhas para lã é uma tradição familiar, que ela segue mantendo. “Produzir lã está no sangue”, ressalta. “Meus avós eram criadores, meus pais também. Vendiam a lã para a indústria, através de cooperativas e depois por barracas.”

Entre as raças criadas por Clara estão a Merino Australiano, que produz lã fina, de maior qualidade, e a Crioula, com lã naturalmente colorida em diferentes tons e utilizada em peças de decoração e artigos de tapeçaria. “As fibras produzidas pela raça Crioula são longas. O conjunto de fibras forma mechas individuais utilizadas para produzir o cochonilho (tapeçaria utilizada para substituir o pelego usado nas montarias pelo gaúcho). Meu avô mandava elaborar cochonilhos brancos para uso de Borges de Medeiros nas revoluções entre Chimangos e Maragatos”, relata a produtora, que já sabia fiar e ajudar na limpeza e preparo da lã aos quatro anos e, aos 10, aprendeu a fazer tricô. Para Clara, além de fonte de renda, o trabalho com a lã desperta a criatividade e a memória. “(A lã) traz toda a história das mulheres pampeanas que dependiam dessa atividade para vestir seus filhos, proteger o marido das intempéries e colaborar nas revoluções que moldaram nosso Estado”, afirma.

 Filha e neta de criadores de ovelhas, Clara Vaz aprendeu a fiar aos quatro anos. Foto: Hamilton Vaz / Divulgação / CP

Segundo Clara, a indústria da lã enfrenta dificuldades, mas a procura pelo produto diferenciado, para uso artesanal, é crescente. Ela diz que os consumidores de matéria-prima têm tido acesso a lãs com mais qualidade e a troca de lã por outros bens (escambo) está sendo eliminada. Já para o consumidor final, o mercado está se organizando melhor e oferecendo produtos de mais qualidade. “O grande beneficiado nisso tudo é o Estado, pois um artesanato organizado sob a ótica do conhecimento tradicional, usando uma matéria-prima que faz parte da cultura gaúcha, abre fronteiras para o turismo rural”, conclui.

Correio do Povo

Novas normas para o trabalho já estão em vigor

 Aplicada desde o final de janeiro, NR-31 consolida regras voltadas exclusivamente para as atividades rurais no país


Desde o dia 27 de janeiro auditores fiscais do trabalho podem autuar empregadores com base na nova Norma Regulamentadora 31 (NR-31), que estabelece regras de segurança e saúde no trabalho rural. Das exigências do texto, só uma foi adiada e ainda não submete as infrações a sanções. É a que trata da utilização de tratores com cabine fechada para aplicação de agrotóxicos com utilização de atomizador.

A norma entrou em vigor no dia 27 de outubro de 2021, mas estava em um período de 90 dias de “dupla visita”, em que auditores fiscais do trabalho podem apenas orientar o empregador a respeito das exigências, sem aplicar sanções. 

Ao todo, existem 36 Normas Regulamentadoras que tratam da saúde e segurança no trabalho, mas apenas a NR-31, criada em 2005, é aplicada ao meio rural. “O intuito é facilitar. Basta olhar a NR-31 para saber o que fazer”, destaca Rodrigo Hugueney, assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e coordenador da bancada dos empregadores no Grupo de Trabalho que discutiu a norma. 

Segundo Hugueney, uma das questões tratadas no GT é que não estava claro que a NR-31 era a única aplicável ao meio rural, o que fazia com que muitos auditores fiscais do trabalho exigissem o cumprimento de outras normas, do meio urbano. “Agora essas interpretações são evitadas”, ressalta o assessor jurídico. “A NR-31 tem todas as situações que poderiam ser semelhantes às urbanas”, emenda. “Isso traz mais segurança jurídica”.

Uma das principais mudanças trazidas pela nova NR-31 tem relação com as áreas de convivência. “O capítulo anterior era obscuro, não deixava claras as obrigações para cada situação”, afirma Hugueney. Segundo ele, a NR-31 traz mais clareza e adequa os tipos de estrutura à realidade do campo. Por exemplo, a norma anterior estabelecia ao menos um metro de distância entre uma cama e outra, não deixando margem para arranjos alternativos, como em “L”. Agora, a norma estabelece a distância de três metros quadrados. Para os beliches, a altura estabelecida entre as camas era de 1,10 metro. Agora, a obrigação é que haja um espaço seguro para a movimentação do trabalhador. 

Outro item refere-se aos alojamentos e condições sanitárias para trabalhadores itinerantes. Agora não é necessário o fornecimento de instalações sanitárias e de alimentação próprias da frente de trabalho, desde que seja garantido ao trabalhador, por qualquer meio de deslocamento, o acesso a elas.

Também houve avanços nos direitos dos empregados. De acordo com Gabriel Bezerra Santos, presidente da Confederação dos Trabalhadores Assalariados Rurais (Contar), a nova NR-31 incluiu questões importantes para os trabalhadores, como a disponibilização obrigatória de protetor solar para aqueles que trabalham expostos ao sol, garantia de banho para quem trabalha com agrotóxicos e possibilidade de melhor definição de tempo de pausa para descanso. Na avaliação de Santos, o único ponto negativo do processo foi o fim da Comissão Permanente Nacional Rural, na qual empregadores, trabalhadores e governo debatiam a NR-31. “Era um espaço criado para permitir que se fizesse alterações pontuais na norma”, justifica. “Há pontos da norma sobre os quais já há questionamentos e simplesmente não há espaço para fazer esse processo de revisão.” 

Tanto Santos quanto Hugueney acreditam que a nova norma foi um sucesso, mas admitem que há desafios pela frente. Para Hugueney, o principal agora é fazer com que os auditores fiscais do trabalho baseiem-se apenas na NR-31 para questões do meio rural. “O auditor fiscal tem uma autonomia, ele não tem uma hierarquia, então cada um autua de acordo com sua convicção”, afirma o assessor jurídico. “Estamos sempre sujeitos a equívocos e vamos ter acesso a recursos se o produtor considerar a decisão injusta.”

Já para Santos, “o maior desafio agora é disseminar o conteúdo da NR-31”. Ele destaca que a pandemia dificulta esse processo, pois limita as possibilidades de capacitações presenciais. Além disso, o presidente da Contar ressalta as dificuldades de fiscalização ao afirmar que a NR-31 é uma norma que oferece o básico num país que tem alto índice de informalidade. “Podemos afirmar que um empregador que não assina a carteira do trabalhador dificilmente vai observar o que está previsto na NR-31. Então outro gargalo é a ausência de fiscalização de cumprimento de leis trabalhistas, que a gente sabe que vem se deteriorando a cada ano”, enfatiza. 

Para facilitar o acesso à informação, a nova norma também prevê, para empregadores de até 50 pessoas, que a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT) crie ferramentas gratuitas de avaliação de riscos para estruturar o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural e elaborar planos de ação, a partir da elaboração de relatórios.


Correio do Povo

Cozinha Completa Compacta Xangai Plus Multimóveis Branco/Fumê

 


A Cozinha Completa Compacta Xangai Plus Multimóveis tem um excelente custo benefício e um amplo espaço interno. Os módulos são individuais e você pode montar da maneira que se adaptar melhor ao seu ambiente. Produzida em MDP com acabamento acetinado (cerca de 20% de brilho), que garante maior durabilidade, resistência e facilidade na limpeza, conta com corrediças telescópicas em aço (maior durabilidade e travas de segurança para evitar acidentes), pés com regulagem de altura (permitem um perfeito nivelamento dos módulos), puxadores em ABS com acabamento cromado e tampos em MDP 15mm com pintura de alta resistência. O balcão possui tampo removível (compatível apenas com pia sob medida). Para deixar sua cozinha mais bonita e organizada, possui compartimento especial para utensílios mais altos e portas embutidas que proporcionam um visual de cozinha planejada.


Conteúdo da Embalagem:

1 (um) nicho horizontal

1 (um) armário aéreo de 105cm

1 (um) paneleiro duplo

1 (um) balcão com tampo de 105cm


Dimensões do produto montado:

Cozinha: Altura: 191cm | Largura: 231cm | Profundidade: 27,5cm (aéreos e paneleiro) - 45cm (balcão com tampo)

Espaço do nicho para fogão/geladeira: Altura: 168cm - Largura: 63cm

*Você pode consultar as medidas internas na imagem técnica do produto.


Disponível nas cores:

Branco - Branco/Preto Acetinado Texturizado - Branco/Lacca Fumê Alto Brilho - Madeirado - Madeirado/Branco

*As cores do produto podem sofrer variações de tonalidade de acordo com as configurações do seu dispositivo.


Imagem meramente ilustrativa. Decoração e eletros não acompanham o produto.


Produto NOVO - acompanha nota fiscal, manual de montagem e certificado de garantia.


O produto será entregue desmontado e a Multimóveis não disponibiliza o serviço de montagem.

Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/cozinha-completa-compacta-xangai-plus-multimoveis-brancofume/p/15955040/MO/MOCZ/

Nasa diz que Estação Espacial Internacional será desativada em 2030

 Agência americana pretende fortalecer parcerias com o setor privado para investimentos na investigação espacial



A Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou o plano de desativar a Estação Espacial Internacional (EEI) ao final de 2030. Lançada em 1998, a estação deve entrar em combustão quando atingir a atmosfera da Terra, e seus restos serão direcionados ao Point Nemo, um ponto afastado de civilizações no Oceano Pacífico. Até lá, porém, a Nasa pretende fortalecer parcerias com o setor privado para investimentos na investigação espacial.

Segundo um relatório divulgado pela agência na última segunda-feira, os principais objetivos da EEI pelos próximos nove anos serão: permitir a exploração do espaço profundo, conduzir pesquisas para beneficiar a humanidade, inspirar a nossa espécie, liderar e incentivar a cooperação internacional e ajudar a indústria de voos espaciais privados dos EUA a ganhar mais impulso.

Com o tamanho aproximado de um campo de futebol americano (109,7 m de comprimento por 48,9 m de largura), a EEI é habitada continuamente por astronautas desde 2000. Quando lançada, esperava-se que ela tivesse apenas 15 anos de vida útil, mas o prazo foi continuamente renovado com reparos e investimentos.

Agora, a Nasa afirma que "há grande confiança de que a vida útil" possa ser estendida até 2030, mas isso ainda depende de novas análises. A agência segue investigando problemas técnicos na porção russa do laboratório espacial, reportados inicialmente em setembro do ano passado.

"Estamos ansiosos para aumentar os retornos da estação espacial a partir de 2030, enquanto planejamos a transição para as destinações espaciais comerciais que seguirão", afirmou Robyn Gatens, diretor da EEI na sede da Nasa.

A ideia é que exista pelo menos uma estação de investigação espacial privada ativa e operando até que a EEI seja totalmente desativada. Assim, a transição não causaria nenhum prejuízo às pesquisas já em curso. Um dos planos mais ambiciosos da Nasa inclui, por exemplo, o envio da primeira missão humana a Marte, prevista inicialmente para a década de 2030.

Cemitério espacial

O que restar da EEI ao ser desativada e entrar na atmosfera da Terra será destinado ao Point Nemo, a 2,7 mil km de qualquer território humano, no meio do Pacífico. O espaço é conhecido como um "cemitério espacial" e já abriga pelo menos outros cinco equipamentos desativados desde 1971.

A Nasa descreve o Point Nemo como um "polo oceânico de inacessibilidade" ou "área desabitada do Oceano Pacífico Sul", conhecida por sua total falta de atividade humana e ser praticamente o lugar mais distante de qualquer civilização da Terra.

Agência Estado e Correio do Povo

EUA envia reforços à Polônia para tranquilizar aliados preocupados com a Rússia

 Avião com soldados da 82ª divisão aerotransportada pousou em Jesionka

A mobilização de reforços americanos à Polônia, enviados para tranquilizar os aliados preocupados com as tensões russo-ucranianas, "começou", declarou neste sábado (5) à AFP um porta-voz do Exército polonês. "Os primeiros militares chegaram ao aeroporto de Jesionka" (sudeste), declarou o major Przemyslaw Lipczynski, acrescentando que as principais forças de um contingente americano de 1.700 soldados planejam desembarcar "em breve".

O major Lipczynski afirmou que os preparativos logísticos "começaram desde a semana passada". Neste sábado, um avião com soldados da 82ª divisão aerotransportada pousou em Jesionka.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira o envio de 3.000 soldados adicionais ao leste da Europa para defender os países da Otan "contra qualquer agressão", em meio aos esforços diplomáticos para convencer a Rússia de retirar as tropas estacionadas na fronteira com a Ucrânia.

As novas tropas americanas somam-se aos 8.500 militares colocados em estado de alerta no final de janeiro pelo presidente Joe Biden para serem enviados na força de reação rápida da Otan em caso de necessidade.

A Rússia mobilizou dezenas de milhares de soldados na fronteira com seu país vizinho há meses, o que para os ocidentais é uma demonstração clara de que há um plano militar iminente. Moscou nega as acusações e se diz ameaçada pela Otan, a quem pede que não se amplie e, portanto, que não inclua a Ucrânia e se retire da área do leste da Europa.


AFP e Correio do Povo


Grêmio vence Cruzeiro por 2 a 0 e está na semifinal da Supercopa do Brasil Feminina

Argentina paga ao FMI US$ 370 milhões de juros do empréstimo de 2018

 Novo acordo estabelece uma redução do déficit fiscal progressiva até cair a zero em 2025



A Argentina pagou nesta sexta-feira (4) aproximadamente 370 milhões de dólares em juros do empréstimo de 44,5 bilhões de dólares, concedido em 2018 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O órgão já concordou com o governo em substituir este crédito por outro de prazo maior, informaram à AFP fontes oficiais.

O governo pagou há uma semana uma cota de capital de US$ 700 milhões do empréstimo stand-by de 2018, após acordar, em sua substituição, um novo programa de facilidades estendidas com o FMI, também de 44,5 bilhões de dólares e pagamentos entre 2024 e 2032.

"O pagamento de juros é de cerca de 370 milhões de dólares", detalhou uma das fontes. O desembolso foi notificado ao final do dia no total de reservas internacionais do Banco Central, que caíram a 37,189 bilhões de dólares. Conforme o acertado em 2018, durante o governo liberal do presidente Mauricio Macri (2015-2019), a Argentina devia reembolsar mais de 40 bilhões de dólares em 2022 e 2023.

O novo acordo estabelece uma redução do déficit fiscal progressiva até cair a zero em 2025 e outras metas de inflação, arrecadação de impostos, subsídios à energia, emissão monetária e ajuste da taxa de câmbio, que estão sendo debatidas com uma abordagem "pragmática", informou na quinta-feira a diretora do FMI, Kristalina Georgieva.

"Nosso enfoque principal é tirar a Argentina deste caminho muito perigoso de inflação alta", disse Georgieva. Nos primeiros 11 meses de 2021, a economia argentina cresceu 10,3%, mas a inflação acumulada do ano inteiro foi de 50,9%.

Deixar de depender

Os termos dos memorandos de entendimento serão negociados pelo governo e as autoridades do Fundo durante as próximas semanas e o cumprimento das metas será revisto pelo FMI a cada três meses. Na Rússia, onde estava em visita oficial, o presidente Alberto Fernández disse na quinta-feira que "a Argentina tem que deixar essa dependência tão grande que tem com o FMI", que dedicou cerca de 20 programas ao país desde 1998, com o último intervalo em 2006-2018.

O empréstimo tomado por Macri em 2018, de 57 bilhões de dólares - do qual o governo de centro-esquerda de Fernández recusou pegar as parcelas restantes - concentrava os vencimentos entre 2022 e 2024. O acordo, que precisa ser ratificado pelo Congresso argentino e a direção-executiva do FMI, estipula que os próximos vencimentos serão financiados com fundos do novo programa.

Em 2020, o governo Fernández tinha reestruturado cerca de 66 bilhões de dólares de dívida com credores privados internacionais.

Inflação alta

Segundo o boletim Relevamiento de Expectativas (REM), divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central, a economia argentina atravessará 2022 com uma inflação superior a 50%, um crescimento de 3% e uma desvalorização do peso perante o dólar na taxa de câmbio nominal superior a 40%.

Analistas consultados pela entidade para o boletim projetaram que a inflação varejista para 2022 ficará em 55%, elevaram a previsão da inflação de 2023 para 45% e confirmaram sua previsão de 35% para 2024.

O boletim espera um crescimento real do PIB para 2022 de 3%, contra os 10,3% nos primeiros 11 meses de 2021 registrados pela economia argentina. O REM foi elaborado com base nas previsões de 39 consultorias, centros de pesquisa e entidades financeiras nos dias em que a Argentina anunciou o acordo com o FMI.

AFP e Correio do Povo


Com dobradinha de Giroud, Milan vence de virada clássico contra líder Inter

Mascara KN95 Pacote com 10 Unidades - SUVARN

 


Kit com 10 unidades

Possui 4 camadas.Composição: Confeccionado em quatro camadas, sendo: camada externa de fibra sintética de polipropileno; camada meio de fibras sintética estrutural; camada filtrante de fibra sintética com tratamento eletrostático, camada interna de fibra sintética de contato facial. Com tirantes de cabeça de elástico para sustentação da peça facial e tira metálica para ajuste sobre o septo nasal. Materiais atóxicos e hipoalergênicos. Cor: Branca.


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Bolsonaro comemora venda da fábrica de fertilizantes da Petrobras

 UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas (MS) é alvo de contrato com grupo russo Acron, informou estatal


O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo da Petrobras com o grupo russo Acron para a venda da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas (MS). O tema, inclusive, será tratado na viagem da comitiva brasileira à Rússia neste mês de fevereiro.

"Dez anos depois a Petrobras anuncia sua venda para iniciativa privada. Brevemente produzirá fertilizantes para a agricultura, diminuindo nossa dependência externa", escreveu o mandatário nas redes sociais.

A publicação foi compartilhada pela ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em outro post, a titular comentou sobre a venda da UFN3. "O grupo russo Acron fechou a compra da unidade. Ótima notícia que o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, nos deu hoje. A UFN3 terá capacidade de produção de ureia e amônia. Nosso agro tem muito a ganhar", disse.




Segundo a ministra, o tema será tratado com a Acron durante visita da comitiva brasileira à Rússia nos próximos dias – a viagem ocorre em meio às tensões e rumores de iminente invasão. "Temos reunião marcada com vários produtores de fertilizantes e eles estão nessa lista. Teremos notícias lá de quando isso vai acontecer, quando eles chegam aqui", destacou.

Em comunicado, a Petrobras informou que chegou a um acordo para as minutas contratuais para a venda de 100% da UFN3, com o grupo russo. A estatal esclarece que a assinatura do contrato depende, ainda, da tramitação na governança da empresa, após as devidas aprovações governamentais.

A UFN3 é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizados no município mato-grossense. A construção teve início em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014. Após ser concluída, terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 toneladas por dia e 2.200 toneladas por dia, respectivamente. A conclusão, contudo, será de responsabilidade do comprador.

R7 e Correio do Povo


Santos dá parabéns a Neymar e craque diz que caminho dos dois ainda vão se cruzar

Brasil entra em grupo criado pela OMS para discutir pandemias

 País foi escolhido por consenso para representar as Américas. "Apoiaremos firmemente", disse ministro Marcelo Queiroga



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, neste sábado, que o Brasil foi escolhido por consenso para representar as Américas no grupo criado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para discutir projetos relacionados às pandemias. África do Sul, Egito, Holanda, Japão e Tailândia também participam da equipe.

"Apoiaremos firmemente o acesso justo e equitativo a medicamentos e demais tecnologias de saúde, em especial por meio da expansão das capacidades produtivas nacionais e regionais", disse. "Seguiremos também engajados a favor de medidas para fortalecer as capacidades nacionais de resposta a emergências, sempre com base em sistemas nacionais da saúde fortes e resilientes", acrescentou.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil foi escolhido para representar as Américas no órgão que coordenará os trabalhos do Grupo de Negociação Intergovernamental (INB), criado pela OMS para discutir projeto de instrumento internacional sobre pandemias.

As reuniões do INB começarão neste mês de fevereiro, ainda segundo a pasta. No fim do processo, em 2024, espera-se chegar a novo instrumento que fortaleça a capacidade global para enfrentar futuras emergências sanitárias.

"O Brasil trabalhará em estreita colaboração com os países da região, buscando representar nossos interesses conjuntos de forma equilibrada e transparente", diz o comunicado.

"Trata-se de mais um reconhecimento internacional às contribuições do Brasil aos grandes debates mundiais, depois das eleições para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, para a Comissão de Direito Internacional e para a presidência da Conferência-Geral da Unesco, além do início formal do processo de acessão à OCDE."


R7 e Correio do Povo

Prefeitura oferece gestão de quiosque à família de congolês assassinado no Rio

 Projeto de transformar dois quiosques em memorial também foi sugerido


A família do refugiado congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte aos 24 anos na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, poderá assumir a gestão do quiosque onde ocorreu o crime. A oferta foi feita no início da manhã deste sábado, 5, pela Secretaria de Fazenda e Planejamento da prefeitura carioca, responsável pela concessão da operação dos quiosques para a empresa Orla Rio. 

O prefeito Eduardo Paes (PSD) foi às redes sociais reforçar a iniciativa: "a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque! Não a banalização da barbárie!", escreveu, em sua conta no Twitter. 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Álvaro Quintão, que atua no apoio jurídico à família de Moïse, informou que os familiares da vítima veem a proposta com bons olhos e deverão aceitá-la. 

Eles participariam de uma reunião com a concessionária Orla Rio para entender melhor a proposta ainda na tarde deste sábado, 5, conforme Quintão. 

A ideia de oferecer a operação do quiosque aos familiares de Moïse veio junto de um projeto de transformar dois quiosques "em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana". 

A iniciativa foi divulgada à imprensa acompanhada de imagens de croquis de como os quiosques poderão ficar, decorados com temas gráficos de inspiração africana, de manhã cedo neste sábado, 5. Segundo Quintão, familiares de Moïse receberam um telefonema informando sobre a proposta praticamente ao mesmo tempo. 

O projeto, segundo a Secretaria municipal de Fazenda e Planejamento, foi elaborado em parceria com a Orla Rio, que administra todos os quiosques dos calçadões da orla da capital fluminense. 

A proposta inclui a reforma dos quiosques Tropicália e Biruta, que dividem a mesma estrutura física, além de apoio e capacitação para a gestão de bares e restaurantes, com auxílio do Senac e entidades dedicadas ao acolhimento de refugiados, disse o secretário de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo. 

O crime ocorreu no Tropicália, que será oferecido à família de Moïse, mas o complexo cultural incluirá também o quiosque vizinho, a ser gerido por outro empreendedor - possivelmente uma organização da sociedade civil, disse Pedro Paulo. 

A concessionária Orla Rio administra 309 quiosques espalhados por 34 quilômetros de praias, nas zonas sul e oeste. A concessão começou em 1999 e vai até 2030, após ser renovada, informou a secretaria. 

A empresa cuida da manutenção e de obras de melhoria, explorando a publicidade exibida nos espaços. Os estabelecimentos administrados pela concessionária podem ser alugados para comerciantes, que prestam os serviços aos clientes finais. 

O assassinato chamou a atenção para possíveis problemas na administração dos quiosques. Segundo a família de Moïse, o crime, que ocorreu no último dia 24, teria entre suas motivações o fato de o jovem ter ido ao quiosque cobrar o pagamento de diárias atrasadas por seu trabalho - o congolês trabalhava informalmente como atendente; tanto os suspeitos pelo crime quanto os donos do estabelecimento negam qualquer dívida com a vítima. 

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) abriu inquérito civil para apurar as condições de trabalho a que era submetido Moïse. A Orla Rio informou que o locatário de um dos quiosques concedeu de forma ilegal a administração do estabelecimento a um cabo da Polícia Militar (PM) e, por isso, a concessionária move um processo para a reintegração de posse do quiosque. 

Segundo a concessionária, as irregularidades envolvem também a não comprovação da regularização dos funcionários, desrespeito a regras sanitárias e inadimplência. 

Pedro Paulo lembrou que não cabe ao poder municipal fiscalizar relações trabalhistas, nem mesmo no âmbito do contrato de concessão com a Orla Rio. Segundo o secretário, a concessão pressupõe que a empresa cuide da manutenção dos quiosques, mas a prefeitura não tem responsabilidade sobre a seleção dos inquilinos. 

Os comerciantes que alugam os espaços são responsáveis pela contratação de funcionários. E a fiscalização do cumprimento de normas trabalhistas cabe às Delegacias do Trabalho do governo federal, lembrou Pedro Paulo. À prefeitura cabe a emissão de alvará de funcionamento, a fiscalização do uso do estabelecimento conforme a com destinação autorizada e a verificação de vigilância sanitária, como em todos os bares e restaurantes. 

Pedro Paulo reconheceu que a administração dos quiosques da orla é complexa. "No dia a dia com a Orla Rio, temos lá nossos momentos de altos e baixos, mas, na média, a empresa tem administrado essa complexidade que são os quiosques da orla", afirmou o secretário, frisando que, "a princípio", nada desabona a Orla Rio na condução da concessão. 

"A principio, eles têm respeitado o que reza o contrato, inclusive na regularização de pagamentos a prefeitura", disse Pedro Paulo. O secretário ressaltou que a prefeitura continuará "fazendo a fiscalização" do contrato da concessão, mas descartou a necessidade de reforços por causa de eventuais irregularidades trabalhistas.


Agência Estado e Correio do Povo


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