Mandatário afirmou que fechou acordo com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para fazer a indicação
Em entrevista à Record TV, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, que fechou acordo com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para escolher o nome do vice na chapa da reeleição para as eleições deste ano. Segundo Bolsonaro, o indicado para a vaga "é do meio (político do presidente)."
"A gente vai escolher aos 48 [segundos] do segundo tempo, porque se escolher agora causa turbulência. Têm algumas pessoas que estão esperando serem convidadas, e a decisão, acertada com o presidente do PL, o Valdemar, é que eu escolherei", afirmou Bolsonaro.
"Então vamos esperar um pouco mais, porque temos algumas coisas a passar no Parlamento ainda, e não pode ter turbulência. Uma dessas questões é a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] dos combustíveis", acrescentou.
Questionado sobre o perfil do vice, Bolsonaro disse que, uma vez anunciado, "não será novidade, porque é do nosso meio". Um dos nomes cogitados para a vaga é o de Braga Netto, atual ministro da Defesa do governo.
Durante a entrevista, o chefe do Executivo voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas e defendeu "eleições limpas". Bolsonaro mencionou que as Forças Armadas foram convidadas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] para participar do processo eleitoral.
"Mandaram técnicos e especialistas para o TSE. Foram levantadas mais de uma dezena de inconsistência e peticionaram ao ministro [Luís Roberto] Barroso sobre essas vulnerabilidades. Não nos respondeu em tempo hábil, dizendo estava em recesso, e foi reiterada essa questão", destacou.
"Agora, (precisam) mostrar e comprovar que estão certos, ou então poderão corrigir essas inconsistências. O que mais queremos, e não abrimos mão, são eleições limpas no corrente ano", detalhou o presidente.
O tema havia sido abordado por Bolsonaro durante coletiva de imprensa após receber alta hospitalar, no início do mês, em São Paulo. Na ocasião, o mandatário foi internado para tratar de um quadro de obstrução intestinal.
"Estamos aguardando a resposta do TSE, pode ser que ele nos convença, pode ser que estejamos errados, agora, se nós não estivermos errados, pode ter certeza que algo tem que ser mudado no TSE", disse à época.
A reportagem questionou o Ministério da Defesa sobre as supostas inconsistências apontadas por Bolsonaro na época, mas não obteve retorno.
R7 e Correio do Povo