sexta-feira, 3 de setembro de 2021

DNIT credencia sete Pontos de Parada e Descanso (PPD) em Minas Gerais

 

Ator Sérgio Mamberti morre, aos 82 anos, em São Paulo

 


O ator Sérgio Mamberti morreu na madrugada desta sexta-feira (03), aos 82 anos, em São Paulo, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O artista estava intubado em um hospital com infecção nos pulmões.

Em julho, Mamberti havia sido hospitalizado para tratar de uma pneumonia e chegou a ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Após cerca de 15 dias, ele se recuperou e recebeu alta.

O ator colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor, do “Castelo Rá-tim-bum”. Também participou de produções da TV Globo como “A Diarista” e “Os Normais”.

Estreou no cinema em 1966 com a comédia “Nudista à Força”, de Victor Lima. Depois, emplacou inúmeros sucessos: “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela” (1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987). Também estrelou filmes infantis como “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili” (2006).

Nas novelas, um de seus primeiros papéis de destaque foi como João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970). Depois disso, atuou também em “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta” (2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).

Mamberti nasceu em 22 de abril de 1939, na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Em 1964, casou-se com Vivien Mahr, com quem teve três filhos. A esposa morreu em 1980.

Depois disso, teve um companheiro por 37 anos, Ednaldo Torquato, que morreu em 2019. Ao publicar sua autobiografia em abril de 2021, o ator falou abertamente sobre a bissexualidade.

O Sul

Rodoviários da Carris decidem entrar em greve a partir desta sexta em Porto Alegre; Justiça determina que pelo menos 65% da frota deve operar

 


Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (2), rodoviários da Carris, em Porto Alegre, consolidaram posição e decidiram entrar em greve a partir desta sexta-feira (3). O motivo da paralisação é o conjunto de projetos na Câmara Municipal da Capital envolvendo a privatização da companhia e a extinção gradual de cobradores de ônibus. A desestatização deve ser votada ainda em setembro.

O encontro ocorreu em frente à sede da companhia, na Rua Albion, no bairro Partenon, na Zona Leste de Porto Alegre. À tarde, os funcionários saíram em protesto em caminhada pelo corredor de ônibus da avenida Bento Gonçalves. A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) orientou o fluxo na região.

Em reunião realizada pela manhã, parte dos trabalhadores já tinha votado pela greve. Os ônibus da empresa circularam nesta quinta-feira com 65% da frota, conforme foi acordado com a Justiça. Alguns coletivos deixaram a garagem com uma faixa preta no para-brisa.

Mínimo de 65% da frota operando

A Justiça do Trabalho determinou, na noite desta quinta-feira, que os trabalhadores da Carris mantenham, no mínimo, 65% da frota operando nesta sexta-feira. A decisão, do desembargador federal do Trabalho Francisco Rossal do Araujo, determina ainda multa diária de R$20 mil ao sindicato da categoria em caso de descumprimento.

A medida atendeu parcialmente pedido do município de Porto Alegre e da Carris diante do anúncio de paralisação total das atividades.

“É evidente que a não prestação de serviço de transporte coletivo pode colocar em risco a população de Porto Alegre, quanto ao acesso à saúde, em momento tão delicado no que diz respeito à pandemia causada pela Covid-19, bem como para os deslocamentos do dia a dia, que possibilitam o acesso da população aos seus locais de trabalho, a fim de que mantenham a sua subsistência”, ressaltou o magistrado.

A prefeitura de Porto Alegre informou que vai monitorar a operação do transporte coletivo desde as primeiras horas da manhã.

Informações serão divulgadas em tempo real no twitter da @eptc_poa.

O Sul

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TV afegã grava programa com talibãs armados no estúdio

 Imagem gravada no fim de semana mostra o âncora conduzindo a atração cercado por pelo menos oito homens com fuzis


Um grupo de militantes do Talibã entrou no estúdio de uma televisão no Afeganistão durante a transmissão de um telejornal no último fim de semana e vigiaram o âncora enquanto ele falava que o grupo não deveria ser temido após a saída dos EUA. As cenas, que viralizaram em redes sociais, receberam críticas de jornalistas de diversos países.

Na primeira imagem, dois homens armados aparecem imediatamente atrás do jornalista, que lê o texto pedindo cooperação da população com o novo regime. Em seguida, aparece outra imagem, que mostra pelo menos outros seis talibãs, todos armados, dentro do estúdio.

A jornalista Yalda Hakim, da BBC, compartilhou o vídeo em seu perfil no Twitter. "Surreal. Essa é a cara do debate político na televisão afegã agora, soldados do Talibã vigiando o âncora. O apresentador fala sobre a queda do governo Ghani e diz que o Emirado Islâmico (novo governo do país) diz que o povo afegão não deve ter medo", diz o texto.





Outro vídeo, um pouco mais longo, foi publicado no perfil de outro jornalista da emissora britânica, Kian Sharifi. Essa versão mostra o âncora, Mirwais Heidari Haqdoost, entrevistando um dos talibãs presentes no estúdio. Os homens armados seriam a escolta do entrevistado.

Em outro post, Sharifi esclarece que o vídeo foi no estúdio da TV Afghanistan, o apresentador passa bem e o programa, chamado Pardaz, já teve outra edição, discutindo o futuro do Afeganistão após o fim da intervenção dos EUA, encerrada na madrugada da última terça-feira. Nessa outra edição, não aparecem homens armados.


R7 e Correio do Povo


Bolívia busca empate com a Colômbia em abertura da rodada das Eliminatórias


WimBelemDon recebe certificação internacional


Luís Carlos Cardoso é prata na canoagem nas Paralimpíadas


Voo da Virgin Galactic ao espaço em julho teve problemas em sua rota


Tóquio: Nathan Torquato é 1ºcampeão de parataekwondo da história


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Atacante do Chile abandona concentração antes de jogo contra o Brasil

Soyuz XI: o mistério das únicas três pessoas que morreram no espaço

 Soyuz XI é o nome da primeira missão espacial tripulada a habitar uma estação espacial, a Salyut I, onde permaneceu por 22 dias. Lançada em 6 de junho de 1971, a missão retornou à Terra no dia 29 do mesmo mês, superando, até então, o recorde de permanência no espaço. Durante o retorno, a nave soviética colocou em funcionamento seu mais recente sistema automático de aterrissagem, o que tranquilizou os engenheiros na base terrestre, apesar de terem perdido contato com a tripulação durante os últimos minutos da manobra. Os cosmonautas Vladislav Vólkov, Gueorgui Dobrovolski e Viktor Patsayev estavam, finalmente, a um passo de voltar para casa, porém ninguém imaginava que, naquele instante preciso, nascia um dos maiores mistérios da história aeroespacial.

Mesmo sem contato direto entre a base e a nave, todos os sistemas indicavam um procedimento normal de entrada na ionosfera, e a tripulação aterrissava como o previsto. No entanto, uma vez em terra, os técnicos se surpreenderam quando, ao abrir a escotilha, encontraram os três cosmonautas mortos. A partir daí, surgiram sucessivas e múltiplas hipóteses para tentar explicar por que a tripulação da Soyuz XI morreu apesar de todas as condições parecerem normais durante a aterrissagem.
Mas o que realmente teria acontecido com eles? Tom Stafford, chefe do corpo de astronautas da NASA, acreditava que o estresse fisiológico causado pelo longo voo teria causado a tragédia. Já um médico da Agência Espacial dos EUA especulou que alguma substância tóxica contaminou o módulo de aterrissagem.
A teoria mais aceita diz que uma válvula rompida fez com que os homens morressem de descompressão. A queda violenta da pressão do ar teria feito com com que o ar nos pulmões se expandisse e rasgasse o delicado tecido dos órgãos vitais. A descompressão também vaporizaria a água nos tecidos moles do corpo, produzindo um certo inchaço.




Fonte: https://www.facebook.com/culturaemdoses/posts/1301221960293140

Câmara aprova MP que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear

 Autarquia vai regular e fiscalizar atividades e instalações do setor



A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (2) a medida provisória que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), autarquia federal que vai monitorar, regular e fiscalizar as atividades e instalações nucleares no Brasil. O texto segue para o Senado.

O texto, editado pelo governo federal em maio, também tem como finalidade a proteção radiológica e a das atividades nucleares, bem como de instalações e materiais nucleares e fontes de radiação no território nacional, nos termos do disposto na Política Nuclear Brasileira e nas diretrizes do governo federal.

A nova empresa deverá estabelecer normas sobre segurança nuclear e proteção radiológica; controlar os estoques e as reservas de minérios nucleares; conceder autorizações para a transferência e o comércio de minerais radiativos; e licenças para usinas nucleares e reatores de pesquisa.

A proposta aprovada pelos deputados prevê sabatina do Senado Federal para a nomeação do diretor-presidente e dos dois diretores da diretoria colegiada da ANSN. Os membros da diretoria exercerão mandatos de cinco anos não coincidentes, sendo vedada a recondução. Para o relator, deputado Danilo Forte (PSDB-CE), o país está atrasado nas atividades de regulação e fiscalização do setor nuclear e a separação das demais atividades do setor nuclear já é adotada em países desenvolvidos.

"No caso dos Estados Unidos, país que detém o maior número de reatores nucleares para geração de energia elétrica no mundo, a regulação do uso civil de materiais nucleares é exercida pela Comissão de Regulação Nuclear – NRC (Nuclear Regulatory Commission), agência independente do governo federal americano, instituída pela Lei de Reorganização do Setor de Energia de 1974, que iniciou suas atividades em 1975. Da mesma forma, as atividades de regulação e fiscalização do setor nuclear são exercidas por entidades independentes na França, Reino Unido, Canadá e, atualmente, no Japão", argumentou.

Pela MP, a nova autarquia terá patrimônio próprio, autonomia administrativa, técnica e financeira, Sua sede e foro serão na cidade do Rio de Janeiro e sua atuação será em todo o território nacional. A ANSN não exercerá atividades de regulação econômica, comercial e industrial, nem desenvolverá pesquisas ou levantamentos para esse fim.

Agência Brasil e Correio do Povo


Equador marca duas vezes no fim e vence o Paraguai pelas Eliminatórias

Câmara dos Deputados reduz para 15% cobrança sobre lucros e dividendos em reforma do IR

 Projeto foi enviado em junho pelo governo ao Congresso como parte da reforma tributária



A Câmara dos Deputados reduziu nesta quinta-feira de 20% para 15%, a taxação sobre lucros e dividendos com a aprovação de um destaque (pedido de sugestão) ao texto-base da reforma do Imposto de Renda que tinha recebido o aval na noite de quarta-feira. Os dividendos são isentos de impostos no Brasil desde 1995. A mudança é uma das bandeiras da oposição.

Ficam isentos da cobrança os lucros e dividendos distribuídos por empresas que estão no Simples Nacional e por empresas optantes do regime de lucro presumido que faturam até R$ 4,8 milhões. Até mais cedo nesta quinta eram 26 destaques protocolados, mas, segundo o líder do governo Ricardo Barros (Progressistas-PR), esse número deve cair para 14, já que partidos irão retirar os pedidos. 

O projeto foi enviado em junho pelo governo ao Congresso como parte da reforma tributária. Para as pessoas físicas, as principais mudanças são o reajuste na tabela do IR e a ampliação da faixa de isenção. 

O relator da matéria, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), atendeu a demandas de deputados para chegar a um consenso - como a retirada do limite de renda de quem pode fazer declaração simplificada do Imposto de Renda. 

O primeiro destaque em votação nesta quinta-feira foi um pedido do Novo para isentar de tributação dividendos acumulados, apelidado pela líder do PSol, Talíria Petrone (RJ), de "destaque da Faria Lima". Sabino afirmou que essa alteração teria um impacto de R$ 100 bilhões aos cofres públicos. O destaque foi rejeitado por 300 votos contrários e 51 a favor.

Oura mudança que também foi vetada foi a sugestão do PT para ampliar de 20% para 25% a taxação cobrada sobre lucros e dividendos. O placar foi de 295 a 110. 

A Câmara também rejeitou, por 294 a 113 votos, uma mudança no texto para instituir uma alíquota progressiva a ser cobrada sobre tributos e dividendos distribuídos à pessoa física. Hoje, esses rendimentos são isentos de IR, mas a reforma propõe cobrar 20%.

O destaque do PSol buscava implementar uma tabela progressiva, de isenção a 27,5%, semelhante à cobrança já feita hoje sobre rendimentos do trabalho. 

O vice-líder do PSol na Casa, deputado Ivan Valente (SP), afirmou que a medida aplicaria a tributação de forma mais equânime, ao observar a capacidade contributiva e a progressividade do sistema. 

O relator da reforma defendeu a derrubada do destaque. Embora tenha dito reconhecer o mérito da proposta, o tucano disse que a alíquota de 20% foi alinhada "para que possa ser aceita" por empresários e pessoas que investem. Ele disse ainda que a tabela progressiva não teve o impacto inicialmente calculado no projeto. 

Agência Estado e Correio do Povo


Peru e Uruguai empatam em jogo das Eliminatórias da Copa

Dólar se descola de emergentes e fecha perto da estabilidade com reforma do IR

 Moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,18


A deterioração aguda dos ativos domésticos ao longo do período da tarde desta quinta-feira, com aprofundamento das perdas do Ibovespa e a escalada dos juros futuros, acabou respingando no mercado de câmbio e impediu que o real se beneficiasse de forma mais abrangente da onda global de enfraquecimento da moeda norte-americana, na véspera da divulgação do relatório de emprego (payroll) de agosto nos Estados Unidos.

Segundo operadores, à medida que avançavam as votações dos destaques da reforma do Imposto de Renda (aprovada na quarta à noite de supetão na Câmara), crescia a percepção de aumento da fragilidade das contas públicas. A avaliação preliminar é a de que os ganhos com a taxação de dividendos (que caiu de 20% para 15% em votação dos destaques ao texto-base) não vão compensar a perda de receita com os cortes de alíquotas de IR para pessoas jurídicas. Isso em meio à busca de uma solução para o imbróglio dos precatórios e de espaço no Orçamento de 2022 para o reajuste do Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil.

Ao desgaste provocado pela votação da reforma do IR soma-se uma postura mais cautelosa dos agentes à medida que se aproxima o feriado de 7 de setembro, em que estão marcadas manifestações populares a favor do governo Jair Bolsonaro. Teme-se que haja um recrudescimento das tensões institucionais, com novos ataques ao Supremo Tribunal Federal, e declarações populistas de Bolsonaro.

O dólar chacoalhou pela manhã e chegou até a operar em alta, correndo até a máxima de R$ 5,2006. Mas perdeu força ainda na etapa matutina, seguindo a maré positiva para emergentes, e desceu até a mínima de R$ 5,1431. Depois de passar a maior parte da tarde em queda firme, a moeda norte-americana se recuperou e acabou fechando a R$ 5,1832 (-0,03%).

O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, observa que o mercado se sente mais confortável para trabalhar com o dólar próximo de R$ 5,20 e acaba corrigindo excessos no fim do dia, com realização de lucros e recomposição de posições defensiva.

"A tendência seria de dólar para baixo com o exterior e o fluxo que está vindo. Mas o dólar não cai mais porque existe essa apreensão com a questão política e tem gente já ajustando posições de olho no feriado de 7 de setembro", afirma Galhardo, acrescendo que ainda há certo receio de que haja um embate dentro do Congresso que prejudique o andamento das reformas, após a derrota do governo na quarta no Senado na MP da minirreforma trabalhista. "Gera muita dúvida no mercado essa dinâmica de morde e assopra. A Câmara está empenhada em avançar nas reformas, mas o Senado dá uma paulada no governo", diz.

Além do revés na minirreforma trabalhista, o governo também foi derrotado no projeto de revogação de mudanças em planos de saúde de estatais, o que pode ser um empecilho à privatização dos Correios. Não bastasse os problemas no Senado, a reforma administrativa, em tramitação na Câmara, deve manter a estabilidade dos servidores público, ao contrário do pretendido pelo Planalto.

O diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, vê esses fatos como negativos e alerta sobre a importância de acompanhar as votações no Senado, "uma casa pouco amistosa com Bolsonaro", mesmo com a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos próceres do Centrão, para a Casa Civil.

Para o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia, a dinâmica de preços dos ativos domésticos está totalmente ligada à aprovação inesperada, na quarta à noite, da reforma do IR, que é "extremamente populista" e torna o sistema tributário ainda mais complexo. "A taxa de câmbio não está reagindo tão negativamente porque ainda existe a esperança de que o Senado breque este texto", afirma Miraglia, acrescentando que a reforma do IR, do jeito que está, diminui o crescimento potencial da economia brasileira. "Temos um cenário muito desafiador para os ativos domésticos, com revisões para baixo do PIB e para cima de inflação, a crise hídrica e essa instabilidade institucional, com o 7 de setembro."

No exterior, o índice DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - operou em queda de mais de 0,20% ao longo do dia, na casa de 92,200. A moeda norte-americana também apanhou em relação à maioria dos emergentes, à exceção do rand sul-africano, que vinha de um forte rali de alta e acabou cedendo nesta quinta.

Nos Estados Unidos, os pedidos de auxílio desemprego tiveram queda de 14 mil na semana encerrada em 28 de agosto, para 340 mil, abaixo da previsão dos analistas, de 345 mil. A grande expectativa, contudo, é para o payroll de agosto, já que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou, em diversas ocasiões, que a recuperação do mercado de trabalho é fator fundamental para definição tanto do início quanto do ritmo de redução de compra de títulos.

Juros

As preocupações fiscais não dão trégua para a curva de juros e a ponta longa voltou subir nesta quinta-feira, refletindo a leitura negativa das votações no Congresso. Após a dupla derrota no Senado na quarta-feira, o governo não conseguiu no período da tarde desta quinta emplacar na votação dos destaques à reforma do Imposto de Renda (IR) na Câmara a proposta de taxação de dividendos de 20% defendida pelo ministro Paulo Guedes, que acabou sendo reduzida para 15%. A avaliação é de impacto negativo sobre a arrecadação, dado que a alíquota de cobrança do IR da Pessoa Jurídica já havia sido cortada. Ainda que em menor magnitude, as taxas curtas também subiram. A queda da produção industrial de julho maior do que a esperada não foi capaz de trazer alívio de prêmios nem de suavizar a apostas no orçamento da alta da Selic.

A maioria das taxas fechou a sessão regular nas máximas. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2027, referência entre os longos, voltou a encerrar nos dois dígitos, a 10,20% (máxima), de 9,974% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2023 subiu de 8,53% para 8,665%, e a do DI para janeiro de 2022, de 6,825% para 6,86% (máxima). O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 9,78% (máxima), de 9,565%.

O mercado já amanheceu azedo pelos eventos da quarta no Senado. A MP 1.045, da minirreforma trabalhista, não passou, inviabilizando as pretensões de Guedes e do ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, que viam no projeto potencial de criação de ao menos 2 milhões de empregos. A proposta de limitação dos gastos com planos de saúde de estatais também foi rejeitada e pode travar a privatização dos Correios.

Além desses reveses do governo, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa, atribuiu o ganho de inclinação da curva nesta quinta também ao agravamento do quadro fiscal com a votação da reforma do IR, que deve resultar em expressiva perda de receita, num momento de elevada pressão para aumento de gastos. Além de o governo não conseguir emplacar os 20% para taxação de dividendos, haverá queda de arrecadação com a redução das alíquotas do IRPJ e com o fim da restrição ao uso do desconto simplificado na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). "Tudo isso ficou sem compensação do outro lado", destacou o economista.

Os deputados encerraram a votação dos destaques no período da tarde e o texto segue agora para o Senado, onde pode ser ainda mais desfigurado na medida em que naquela Casa o governo tem maior rejeição.

Um dia após a decepção com o PIB do segundo trimestre, o IBGE informou nesta quinta que a produção industrial teve retração de 1,3% em julho na margem, refletindo a crise de oferta de insumos, recuo da demanda em meio ao desemprego e queda, inflação e redução no valor do auxílio emergencial. A queda foi maior do que previa a mediana das estimativas, negativa em 0,7%.

"É um cenário de estagflação", pontuou Camargo Rosa, da SulAmérica. Para ele, apesar do resultado fraco da indústria, na curva prevalece a aposta de perpetuidade dos fatores que estão pressionando os preços. "Não alivia o ônus do BC. Agora é ver o quanto o PIB terá de ser sacrificado", disse.

Bolsa

Enquanto Nova York caminhava em passo moderado para novos recordes, mesmo tendo sido inundada na madrugada pelas águas trazidas por Ida, o Ibovespa patinava e caía desde cedo com as surpreendentes derrotas colhidas pelo governo na noite anterior, especialmente no Senado. Pela manhã veio pitada adicional de cautela, com a leitura abaixo do esperado sobre a produção industrial em julho (-1,3%, na margem), no dia seguinte ao anúncio de leve retração de 0,1% no PIB do segundo trimestre, que havia resultado em revisões sobre a expectativa de crescimento e também de inflação.

Nesta quinta-feira, o índice da B3 fechou em queda de 2,28%, aos 116.677,08 pontos, entre mínima de 116.534,32 e máxima de 119.396,59, saindo de abertura aos 119.394,46 pontos.

O giro financeiro foi de R$ 34,0 bilhões na sessão e, na semana, o Ibovespa amplia as perdas a 3,32%, com 1,77% de baixa nestes dois primeiros dias de setembro - no ano, mais uma vez o índice oscila para o negativo (-1,97%).

Foi a primeira vez desde 20 de agosto que a referência da B3 voltou a operar abaixo de 117 mil pontos no intradia, atingindo nesta quinta o menor fechamento desde 18 de agosto (116.642,62), que havia sido o pior desde 1º de abril (115.253,31). Em porcentual, foi a maior queda desde 30 de julho (-3,08%).

Nem a recuperação do petróleo, em alta em torno de 2%, contribuiu para que Petrobras (PN -1,63%, ON -1,73%, esta na mínima do dia no fechamento) mitigasse perdas que se espalharam por empresas e setores na B3, principalmente à tarde, quando o mercado acompanhou 'pari passu' a votação dos destaques à reforma do IR.

Na ponta negativa do Ibovespa, setores com exposição à economia doméstica, como Cielo (-6,47%), Via Varejo (-6,13%) e Lojas Americanas (-5,86%), refletindo também os fracos dados. No lado oposto, poucas empresas se descolaram do sentimento negativo, entre as quais Assaí (+2,99%), Engie (+1,03%) e PetroRio (+0,75%).

Entre os maiores perdedores do dia, os bancos, caindo "no fato", pressionados pelo "fim do JCP (juros sobre capital próprio) e o corte menor do que o esperado da CSLL", observa Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Entre as maiores instituições, destaque para queda de 5,23% na Unit do Santander, de 4,14% para BB ON e de 3,81% em Bradesco ON.

A decepção do mercado com a aprovação do relatório do deputado Celso Sabino (PSDB-PA) se acresce à derrubada de minirreforma trabalhista no Senado, com a qual o governo pretendia estimular a geração de empregos, e a aprovação de mudança em planos de saúde de estatais, que pode dificultar privatizações como a dos Correios.

O conjunto da obra contribui para reforçar a percepção de dificuldade do governo em dar direção à agenda, perdendo precedência sobre o Congresso, como também visto em episódios recentes, como o da inclusão de 'jabutis' na MP da Eletrobras.

"Democracia é isso: você chega com uma proposta e ela sofre alteração", disse nesta quinta o ministro da Economia, Paulo Guedes, já antecipando que a reforma tributária também deve ter "um ajuste ou outro" quando for ao Senado.

Para o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, o risco fiscal sentido pelo mercado, que afeta condições financeiras e previsões para atividade, resulta de um conjunto de fatores, como a questão dos precatórios, a fonte de financiamento do Bolsa Família e a reforma do Imposto de Renda.

Segundo ele, o "desvio da rota" na reforma do IR e no projeto que permitiu a privatização da Eletrobras decorre da falta de esforço do governo para chegar ao desenho correto.


Agência Estado e Correio do Povo


Brasil registra 764 mortes e 26,2 mil novos casos em 24h

DOM PEDRO II ENVELHECEU MUITO EM POUCO TEMPO

 As responsabilidades e as enfermidades pesaram muito sobre o corpo do imperador brasileiro, que tinha aspecto de ser muito mais velho do que realmente era. Dom Pedro II faleceu em 1891, quando acabara de completar 66 anos, mas tinha a aparência de um octogenário. Nas imagens, o monarca em dois períodos de sua vida: a primeira foto é de 1876, a segunda, de 1888.

(Fonte: Historeando)





Fonte: https://www.facebook.com/culturaemdoses/posts/1300533013695368