domingo, 1 de agosto de 2021

Partidos pedem ao Tribunal Superior Eleitoral que exija explicações de Bolsonaro sobre fraudes em eleições

 


Onze partidos protocolaram neste sábado (31) representação pedindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exija explicações do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre declarações feitas contra a lisura das eleições com urnas eletrônicas.

Em live na quinta-feira (29), Bolsonaro admitiu que não tem provas para afirmar que há risco de fraude no sistema atual de urnas eletrônicas – ou que as últimas eleições realizadas no país tenham sido fraudadas.

A transmissão se estendeu por mais de duas horas e Bolsonaro tratou de diversos temas não relacionados às eleições. Em vez de provas, no entanto, o presidente apresentou uma série de notícias inverídicas e vídeos que já foram desmentidos diversas vezes por órgãos oficiais.

Assinam o requerimento o MDB, Solidariedade, PT, PDT, PSDB, PSOL, REDE, Cidadania, PV, PSTU e PCdoB. O Planalto ainda não se manifestou sobre o pedido.

Segundo os partidos, o que se observou na live, que pretendia trazer provas das fraudes, “foi um ato estritamente político, com críticas expressas a partidos de oposição, deputados e senadores que se manifestam de maneira contrária aos interesses do presidente Jair Bolsonaro, seguido de inúmeras ofensas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, cuja atuação foi colocada sob suspeita por ‘estranhamente’ convencer um grande número de pessoas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas”.

O requerimento afirma também que o presidente “busca desmerecer os pilares democráticos e uma forma de eleição cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um século, garantindo a alternância democrática em estrito reflexo da vontade popular”.

As siglas pedem providências da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral e que o presidente seja interpelado a prestar esclarecimentos.

Live

Bolsonaro convocou veículos de imprensa e usou a emissora pública de televisão para uma transmissão em tempo real na qual, segundo anunciou, seriam mostradas “provas” das fraudes.

Bolsonaro esteve ao lado de um “especialista” apresentado por ele apenas como “Eduardo, analista de inteligência”. Questionada inicialmente, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) disse não ter a identificação completa do homem.

Ao fim da “live”, o governo informou tratar-se de Eduardo Gomes da Silva, coronel do Exército e ex-assessor especial do ministro Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil. Segundo Bolsonaro, o coronel trabalha justamente na Secretaria de Comunicação.

“Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que ele não é fraudável”, declarou Bolsonaro em determinado momento. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”, disse, minutos depois.

“Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa. Por que não?”, apontou em um terceiro momento.

O Sul

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Espanha retoma voos com o Brasil, mas mantém isolamento de dez dias devido o coronavírus

 


A Espanha vai suspender as restrições para voos procedentes de Brasil e África do Sul, mas impor uma quarentena de dez dias para estes viajantes, informou um decreto publicado no Diário Oficial deste sábado (31). Os viajantes deverão ainda apresentar cartela de vacinação completa, um teste negativo, ou prova de contágio recente. A medida passa a valer a partir do dia 3 de agosto.

Apesar de não estarem mais submetidos a restrições tão severas como há alguns meses, os dois países ainda estão classificados como “alto risco para covid-19”, afirma o decreto.

Brasil e África do Sul juntam-se à lista de países submetidos à quarentena desde 27 de junho e na qual também constam Argentina, Colômbia, Bolívia e Namíbia.

Desde fevereiro, a Espanha proibiu a chegada de voos do Brasil e da África do Sul, exceto para cidadãos espanhóis e de Andorra, para os residentes estrangeiros na Espanha e Andorra e passageiros em trânsito internacional para um país fora do espaço Schengen com uma escala de menos de 24 horas (obrigados a permanecer no aeroporto).

A Espanha sofre uma nova onda de casos de covid há várias semanas (687 casos a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, segundo dados de sexta-feira) e várias regiões reinstauraram restrições.

Esses casos são menos graves do que os das ondas anteriores, graças ao avanço da campanha de vacinação: cerca de 57% da população está completamente vacinada e 67% recebeu pelo menos a primeira dose, segundo os últimos dados oficiais.

O Sul

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Governador gaúcho participa do ato de início de novos voos regionais pelo Rio Grande do Sul nesta segunda-feira

 


O Rio Grande do Sul ficará ainda mais conectado a partir desta segunda-feira (2). Quatro meses após o anúncio do governador Eduardo Leite de que a Azul ampliaria seus voos, a empresa aérea iniciará a operação de oito novos destinos no interior do Estado. Com o início das novas rotas da Azul, o Rio Grande do Sul se tornará o Estado brasileiro com o maior número de voos regionais. Serão 16 rotas, superando Bahia, Ceará e Paraná.

Às 9h, decolará do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o primeiro voo com destino a Bagé. Antes disso, o governador, secretários, deputados e representantes da companhia área e da concessionária Fraport participam da solenidade que inaugura as rotas regionais.

Ao longo da semana, a Azul inicia suas operações nas cidades de Alegrete, Erechim, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, São Borja e Vacaria, com ligações diretas até a capital. Além das novas bases, Canela, na Serra, também volta a receber aeronaves da companhia.

Durante a cerimônia, prevista para começar às 7h30, a Azul oficializará cinco novos mercados partindo da capital gaúcha, que devem entrar em operação a partir de outubro: Maringá e Londrina, no interior do Paraná, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, além de São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, no interior paulista.

Passo Fundo

Na semana passada, o governador Eduardo Leite pousou na nova pista do aeroporto Lauro Kortz, em Passo Fundo. Ainda em obras de ampliação e modernização, foram investidos R$ 49 milhões no terminal, o que possibilitará que ele receba aeronaves maiores e haja mais oferta de destinos para rotas dentro e fora do Rio Grande do Sul. Passo Fundo terá o segundo maior aeroporto do RS depois das obras.

“Essas obras dão a Passo Fundo uma outra condição para a aviação regional e para conexão da região norte gaúcha com grandes centros do país. Região essa que é destaque no agronegócio e na indústria de implementos agrícolas, por isso precisa de um aeroporto do tamanho do fôlego que ela tem do ponto de vista econômico“, destacou o governador.

Iniciadas em novembro do ano passado, as obras no Lauro Kortz avançam em ritmo acelerado, tanto que a entrega, inicialmente prevista para novembro de 2022, deve ser antecipada para fevereiro. Os recursos investidos são oriundos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, com contrapartida de R$ 7,5 milhões do governo do Estado.

“Certamente entregaremos um aeroporto de referência, com capacidade para aeronaves maiores e mais segurança nas operações de voo, o que resultará em novas opções de linhas aéreas para a população”, ressalta o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella. “A economia de Passo Fundo, inclusive, já está girando em razão das obras, e novos investidores já começam a projetar negócios na cidade.”

A reforma da pista já foi concluída, incluindo a instalação de novos equipamentos de segurança, como o sistema de balizamento luminoso que auxilia a navegação área e permite a operação por instrumentos.

O cronograma prevê reformas no pátio das aeronaves, que comportará de quatro a cinco aeronaves, o dobro da capacidade atual, e um novo terminal de passageiros, que passará dos atuais 300 metros quadrados para mais de 2 mil metros quadrados, incluindo edificações acessórias.

O Sul

Lei Ge­ral de Pro­te­ção de Da­dos en­tra em vi­gor neste domingo: au­to­ri­da­des po­de­rão ad­ver­tir em­pre­sas e ór­gãos pú­bli­cos e apli­car mul­tas

 


A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor no Brasil em setembro do ano passado, mas só agora as sanções previstas com as novas regras começarão a valer. A partir deste domingo (1º), empresas de todo o Brasil que não se adequaram podem sofrer punições, que incluem advertências, bloqueios e multas de até R$ 50 milhões.

Essa nova fase é uma das mais importantes dentro do processo de implantação da LGDP, que visa garantir a qualquer pessoa o direito sobre os próprios dados pessoais.

Segundo as regras, multas diárias podem chegar a 2% do faturamento líquido no ano anterior de empresas, limitadas a R$ 50 milhões por infração, caso seja decidido esse tipo de punição. A organização também pode ter o próprio banco de dados bloqueado por até seis meses, o que poderia inviabilizar suas operações.

Os direitos fundamentais à privacidade e a proteção contra o uso indevido dos dados pessoais de terceiros estão na Constituição de 1988, mas a LGPD reforça a importância da proteção de dados efetiva.

“Ela vem para regular terminologias, definir questões inerentes aos direitos dos titulares dos dados pessoais e estabelecer punições ao tratamento indevido deles”, afirmou o promotor de justiça João Santa Terra Junior, também professor de direito. Isso não quer dizer que as empresas não possam usar nossos dados pessoais.

A diferença agora é que elas precisam pedir consentimento antes de tratá-los e devem usá-los apensar na finalidade que motivou a coleta — e quando acabar essa finalidade, o dado deve ser excluído.

“O dado é seu. Quem tem acesso ao dado pessoal está manejando algo que não lhe pertence e precisa dar o tratamento ético e lícito. E, após o uso para a finalidade específica para a qual recebeu o consentimento do titular (ou da hipótese em que tal consentimento é dispensado), deve cessar o tratamento”, acrescenta Santa Terra.

Um levantamento feito pela empresa de pesquisas jurídicas Juit Rimor mostra que, em um período de nove meses, cerca de 600 sentenças judiciais foram baseadas nas determinações da LGPD em todo o país. Com o início da possibilidade de sanções, a tendência é que processos assim aumentem.

Cultura de proteção de dados

A LGDP estabelece diretrizes para coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. Obviamente, a primeira preocupação são os meios digitais. As grandes empresas já têm investido em sistemas de segurança da informação, firewalls, criptografia e outras soluções tecnológicas para se defender de ataques cibernéticos. Sites e redes sociais também têm atualizado a política de privacidade e criado avisos de cookies (de rastreio usado em navegadores), por exemplo.

Mas vale ressaltar que a LGPD não trata apenas de dados eletrônicos. “A lei é sobre dados pessoais, em qualquer meio. Vale ficha impressa, texto em guardanapo, gravado em fita VHS ou em um HD do servidor”, ressalta Marcelo Bulgueroni, advogado especialista em direito digital.

Por isso, para se adequar à lei, as empresas devem estar atentas a todos os processos que envolvem dados pessoais, especialmente os sensíveis (aqueles que ajudam a identificar pessoas, como biometria).

O Sul

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Capitais registram manifestações em apoio a Bolsonaro e ao voto impresso

 


Capitais registram protestos em apoio a Bolsonaro e ao voto impresso
Apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniram neste domingo em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, São Luís e Belém. Outras cidades do país têm protestos programados para a tarde.
Foto via @em_com















Brasil registra a menor média de mortes por coronavírus desde fevereiro

 


O total de vidas perdidas para a covid-19 subiu para 555.460 no Brasil. Em 24 horas, foram confirmadas 963 mortes em decorrência da doença. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.013 – a mais baixa desde 7 de fevereiro (1.004). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -15% e aponta tendência de estabilidade.

Já a soma de pessoas que pegaram covid-19 desde o início da pandemia cresceu para 19.880.273. Entre quinta-feira (29) e esta sexta-feira (30), as autoridades de saúde registraram 40.904 novos casos de covid-19.

Ainda havia 729.433 casos em acompanhamento até esta sexta. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 18.595.380.

Os dados estão na atualização diária sobre a pandemia do Ministério da Saúde, divulgada pela pasta nesta sexta-feira. O balanço reúne os registros levantados pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19.

Estados

No topo do ranking de mortes por Estado estão São Paulo (138.702), Rio de Janeiro (59.110), Minas Gerais (50.346), Paraná (35.156) e Rio Grande do Sul (33.289). Os Estados com menos mortes são Acre (1.798), Roraima (1.854), Amapá (1.906), Tocantins (3.502) e Alagoas (5.797).

O total de casos e mortes nos Estados pode ser maior devido à atualização constante das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Vacinação

Até esta sexta-feira (30), 40 milhões de pessoas com mais de 18 anos haviam recebido as duas doses ou dose única da vacina contra a covid-19 no Brasil. O número corresponde a mais de 25% do público alvo do Programa Nacional de Imunização (PNI), que inclui 160 milhões de pessoas. Se considerada a população total do país, foram vacinados 18,7% dos habitantes.

Até esta sexta, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram aplicadas 140 milhões de doses de imunizantes, sendo 99,5 milhões da primeira dose. Foram aplicadas 1,673 milhão de doses em 24 horas.

Quando levado em consideração os números absolutos de doses, o Brasil ocupava nesta sexta-feira a quinta posição entre os países que aplicaram as duas doses, atrás de China (1ª), Estados Unidos (2º), Índia (3ª) e Alemanha (4ª).

No ranking da BBC, que toma a aplicação do total de doses, independentemente se primeira ou segunda, o Brasil estava na quarta posição, atrás de Estados Unidos (1º), China (2ª) e Índia (3ª). As informações são da Agência Brasil.

O Sul

A OBLITERAÇÃO DA LINGUAGEM

 Eis a verdade: uma elite 'progressista' tem tentado impor o uso desses termos sem sentido por questões ideológicas e para sinalizar falsa virtude.

“O convite para reinauguração do Museu da Língua Portuguesa abre com ‘todes’, termo usado por idiotas e que não existe na língua portuguesa. A maior parte do povo das ciências humanas e letras prova que a estupidez pode ter doutorado. Essa é a estupidez de cátedra.” Esse foi o desabafo do filósofo Luiz Felipe Pondé nas redes sociais contra o uso da tal “linguagem neutra” pelo governo de São Paulo.
Já o secretário de Cultura do governo Doria, Sérgio Sá Leitão, politizou o assunto e aproveitou para atacar os adversários: “A abertura do novo Museu da Língua Portuguesa fez aflorar novamente (e de modo intenso) o autoritarismo, a intolerância e o ódio à cultura que Bolsonaro e seus acólitos cultivam com orgulho. Não aceitam que em São Paulo o governo estadual preze a arte, a ciência e a democracia”. Fica a dúvida: o que “todes” tem a ver com arte, ciência ou democracia?
Eis a verdade: uma elite “progressista” tem tentado impor o uso desses termos sem sentido por questões ideológicas e para sinalizar falsa virtude. O sujeito fala “todes” e já se sente descolado, moderno, inclusivo e tolerante, olhando com desprezo para os “preconceituosos” que insistem no uso correto da língua. Fosse apenas um modismo qualquer, não mereceria maior atenção. O problema é que palavras importam. No começo era o Verbo!
Confúcio teria feito um alerta importante: “Quando as palavras perdem seu significado, as pessoas perdem sua liberdade”. O uso adequado das palavras é essencial para a compreensão da realidade, para nosso próprio raciocínio. Sem isso, entramos em um pântano perigoso. Se o que é dito não tem sentido claro, então o cinismo acaba corroendo tudo.
A linguagem “serve para que os homens se entendam e se aproximem”, escreveu o prêmio Nobel de Literatura peruano, Mario Vargas Llosa. Por isso mesmo, aqueles que desejam inviabilizar o pensamento límpido costumam escolher como principal alvo os conceitos das palavras, ou destruir as próprias palavras. Os manipuladores deturpam a linguagem para lançar uma nuvem de poeira no raciocínio de suas vítimas.
Em sua clássica distopia 1984, George Orwell chamou de duplipensar “a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias e aceitá-las ambas”. O objetivo das autoridades seria a destruição do pensamento independente: “O poder está em se despedaçar os cérebros humanos e tornar a juntá-los da forma que se entender”. Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força. Tudo é todes, daria para acrescentar hoje.
Para Orwell, uma linguagem com regras aceitas e mutuamente compreendidas era condição indispensável a uma democracia aberta. Karl Popper era outro que defendia como um dever de todo intelectual “o cultivo de uma linguagem simples e despretensiosa”. E foi além: “Quem não pode falar de modo simples e claro deve calar-se e continuar trabalhando até que possa fazê-lo”. Se todos entendem o que se quer dizer com “todos”, por que raios deveríamos adotar o “todes”, que não quer dizer nada?
Para Isaiah Berlin, a meta da filosofia é sempre “ajudar os homens na compreensão de si mesmos e assim operar na claridade, e não loucamente, no escuro”. Em seu livro A Força das Ideias, Berlin resume: “Uma retórica pretensiosa, uma obscuridade ou imprecisão deliberada ou compulsiva, uma arenga metafísica recheada de alusões irrelevantes ou desorientadoras a teorias científicas ou filosóficas (na melhor das hipóteses) mal compreendidas ou a nomes famosos, é um expediente antigo, mas no presente particularmente predominante, para ocultar a pobreza de pensamento ou a confusão, e às vezes perigosamente próximo da vigarice”.
Seja na escolha deliberada pela prosa confusa, seja no uso de palavras sem sentido nítido, mas com cores ideológicas, esse tipo de ataque à linguagem acaba prejudicando a população e ameaçando a própria liberdade. Não é paranoia. Não foram poucos os que encontraram elo entre uma língua clara, rica e objetiva e o progresso dos povos. Sir Winston Churchill mesmo, o maior estadista do século 20, tem um livro chamado Uma História dos Povos de Língua Inglesa, e foi com suas palavras em seus discursos que ele conseguiu mobilizar os britânicos para a defesa da civilização ocidental. O político britânico Daniel Hannan, nascido no Peru, em seu livro Inventing Freedom, sustenta a tese de que não é coincidência a liberdade individual ter prosperado nos territórios dominados pelo inglês.
“A língua inglesa tem sido tanto um veículo como um garantidor da liberdade ao longo dos séculos”, afirma o autor. A solidez e o pragmatismo do inglês têm bastante ligação com a forma como ele evoluiu. Para Hannan, os que falavam inglês sempre encararam sua língua da mesma forma como enxergam suas instituições políticas e legais, como uma propriedade do povo e não do Estado. Assim como o “common law”, que evoluiu de baixo para cima caso a caso, sem supervisão central, assim aconteceu com a língua inglesa. Está mais para uma formação rochosa do que para um constructo deliberado e imposto por uma elite intelectual.
A língua é viva, mas prática, adapta-se, mas de forma orgânica, natural. Com isso, o inglês sempre atendeu aos objetivos dos povos, facilitando negócios, enriquecendo o debate com uma quantidade incrível de palavras e permitindo a expressão dos pensamentos da maneira mais clara possível. Enquanto a França tinha a Academia Francesa controlando os aspectos linguísticos desde sua fundação pelo cardeal Richelieu, em 1635, e a Espanha fazendo o mesmo com a Real Academia Espanhola criada por Filipe V em 1714, não se encontra uma mesma entidade no mundo anglo-saxão. O mais perto que se chega disso é o dicionário Merriam-Webster nos Estados Unidos, criado em 1828 por Noah Webster, e o Oxford English Dictionary, publicado em 1928, ambos iniciativas privadas.
O inglês, assim, é livre, voraz, voluntário. Possui duas vezes mais palavras que o francês e três vezes mais que o espanhol. O inglês moderno emergiu de uma sociedade misturada com várias línguas, com fortes pitadas do velho inglês, da elite francesa, do latim escrito. Mas o principal fator de seu relativo sucesso é a ausência de regulação, podendo assimilar o que considera útil, pela ótica dos próprios usuários da língua. Portanto, um típico conservador norte-americano não será contra mudanças na língua; ele será contra mudanças impostas por elites políticas e burocratas por razões ideológicas, o que é bem diferente.
E é exatamente isso que a patota da ideologia de gênero vem tentando fazer, com apoio de Hollywood, boa parte da imprensa e da academia. Não é algo em que o povo tenha qualquer interesse. É por isso que soa tão artificial. A elite “progressista” brasileira adora copiar só aquilo que não presta dos Estados Unidos. É assim que um jornalista ou estudante universitário diz “todes” sentindo-se a alma mais bondosa do planeta, enquanto não passa de um instrumento nesse esforço deliberado de destruir a linguagem para escravizar mentes. Todos com sensatez percebem isso. “Todes” os outros não.
Por: Rodrigo Constantino
Fonte: Revista Oeste


Fonte: https://www.facebook.com/culturaemdoses/posts/1287000571715279?__cft__[0]=AZUeZp0glfuMhooZrueeDuTgDItunmmnHIxmPM6WYNEc4pTS34MBkoLDYCq-uhe21QlrzBfKQ80H4DcQHBstR86zcVdkYKmhkr2m6csdI8JnFCHrTH0UPth6AgyW0AhiKt8G0oiF2_fHm_K4yJmjnnzj&__tn__=%2CO%2CP-R