domingo, 1 de agosto de 2021

Alexandre de Moraes determina ‘retomada imediata’ do inquérito que investiga interferência de Bolsonaro na PF; a decisão ocorre um dia após o presidente realizar uma live para mostrar fraudes nas eleições.

 

Milhões de norte-americanos correm o risco de serem despejados

 Eles não puderam pagar o aluguel por meses por causa da crise e correm o risco a partir deste sábado, quando expira a moratória que os protegia



Milhões de famílias estadunidenses, que não puderam pagar o aluguel por meses por causa da crise, correm o risco de ser despejadas de suas casas a partir deste sábado (31), quando expira a moratória que os protegia. Os congressistas da Câmara não chegaram a um acordo na sexta-feira para dar tempo adicional aos inquilinos em dificuldades. Isso, apesar do fato da a variante Delta do coronavírus estar causando um novo surto de casos de Covid-19.

Uma comissão parlamentar propôs estender a moratória até 31 de dezembro, mas não obteve apoio suficiente, nem mesmo nas fileiras democratas. "Infelizmente, nem um único republicano apóia esta medida. (...) É muito decepcionante que os republicanos na Câmara e no Senado tenham se recusado a trabalhar conosco nessa questão", lamentou a presidente democrata da câmara baixa, Nancy Pelosi, em um comunicado.

Uma fonte do Congresso disse que a proposta também está longe de ter o apoio unânime da bancada democrata. "Este é um problema de saúde pública", disse Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, na sexta-feira durante a coletiva de imprensa diária.

Os parlamentares da Câmara começaram suas férias até o final de agosto, no sábado, e serão seguidos pelos senadores em uma semana, afastando qualquer esperança de um acordo rápido. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) ordenou a suspensão dos despejos em setembro de 2020, já que a maior economia do mundo havia perdido mais de 20 milhões de empregos devido aos fechamentos durante a pandemia. O CDC argumentou que o aumento da falta de moradia aumentaria o contágio de Covid-19.

Agora, mais de 10 milhões de pessoas estão com o aluguel atrasado, estima o CBPP, um instituto de pesquisa independente. E cerca de 3,6 milhões de inquilinos acreditam que correm o risco de serem despejados em dois meses, de acordo com um estudo do Escritório de Estatística realizado no início de julho com 51 milhões de inquilinos.

O presidente Joe Biden pediu ao Congresso na quinta-feira que prorrogasse a medida, depois que uma decisão da Suprema Corte em junho determinou que a Casa Branca não poderia fazê-lo. Mas muitos o censuram por ter esperado até o último momento.

AFP e Correio do Povo


Brasil vence a França em jogo cheio de adrenalina no vôlei masculino


EUA anuncia que Simone Biles não disputará final do solo na ginástica


Corredora quebra recorde nacional, mas Brasil tem quatro atletas eliminados no atletismo


EUA sai do zero nos revezamentos com ouro no 4x100m medley masculino


Brasil é eliminado nas quartas do feminino por equipes do tênis de mesa


Domingo olímpico tem bronze de Fratus e vitória tensa do vôlei em Tóquio


Ana Patrícia e Rebecca vencem chinesas e estão nas quartas de final do vôlei de praia


Guga, Meligeni e Oncins vibram com medalha histórica de Laura e Luisa


Robert Scheidt termina classe Laser em oitavo na Tóquio 2020


Padre Cícero aos 80 anos, 1924. Fotografia de Benjamin Abraão.

 Cícero Romão Batista foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular, é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço. Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa do Ceará bem como do Nordeste.

Nascimento: 24 de março de 1844, Crato, Ceará
Falecimento: 20 de julho de 1934, Juazeiro do Norte, Ceará




Fonte: https://www.facebook.com/culturaemdoses/posts/1287121981703138?__cft__[0]=AZVFYeRHtuQfctxgPm07k3zpRIgnYtUjMfzih8RFYmCAp9GTI67HaevaeOObJ2dDZknWbX6sggrbuRUH0TbUdHNjy3lNWWmfZE-ukgJGGCzKW-vAoMm1nhMsPJfkGMzXZMF1bfAxOCOWNKCKUcHxSrCk&__tn__=%2CO%2CP-R

UE multa Amazon em 746 milhões de euros por violações relacionadas à publicidade

 Segundo o órgão, o gigante da tecnologia teria infringido as regras de proteção de dados



A gigante de tecnologia e do comércio on-line Amazon anunciou nesta sexta-feira (30) que Luxemburgo impôs à empresa uma multa de 746 milhões de euros por descumprimento, no país, das normas da União Europeia (UE) sobre a privacidade dos usuários de Internet.

Na origem desta multa está a associação de defesa das liberdades La Quadrature du Net, que apresentou cinco denúncias à Cnil (órgão francês encarregado de proteger os dados pessoais) contra a Amazon, Apple, Google, Facebook e Microsoft no final de maio de 2018, após a entrada em vigor da regulamentação RGPD. A Amazon tem sua sede em Luxemburgo, por isso a Cnil levou o processo para lá.

A empresa foi multada em meados de julho pela Comissão de Proteção de Dados de Luxemburgo (CNPD), mas a sanção foi anunciada nesta sexta-feira em um documento da bolsa de valores da Amazon. A Comissão "afirma que o processamento de dados da Amazon não cumpre os regulamentos de proteção de dados da União Europeia", disse a empresa americana.

Esta condenação é "infundada", reagiu o grupo em um comunicado, informando depois, em outra nota divulgada em separado, que pretende "recorrer" da decisão. "Não houve vazamento de dados, e os dados dos clientes não foram divulgados para terceiros", acrescenta o grupo.

A Amazon já havia sido condenada pela equivalente francesa da CNPD, a CNIL, no final de 2020, a pagar uma multa de 35 milhões de euros por descumprimento da legislação sobre os cookies, os marcadores publicitários. Mais tarde, outro gigante americano, o Google, também foi multado em 100 milhões de euros.

Estas empresas são regularmente criticadas pela forma como usam os dados pessoais de seus usuários. Bruxelas tentou colocar ordem na jurisdição europeia, ao impor seu Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) em 2018. A norma se estabeleceu como uma referência mundial.

As companhias devem buscar o consentimento dos cidadãos, na hora de solicitarem seus dados pessoais, assim como informá-los sobre seu uso e lhes permitir apagar estes dados. As infrações podem ser punidas com multas pesadas.

De acordo com a nova normativa europeia sobre serviços digitais, as plataformas não poderão mais usar os dados coletados através de vários serviços para se dirigir a um usuário contra sua vontade. Também devem fornecer às empresas clientes acesso aos dados que gerarem.

Fora da União Europeia, a Justiça americana impôs, em 2020, uma multa de US$ 5 bilhões ao Facebook por não proteger os dados pessoais dos usuários.

785 multas 

O último relatório da Comissão Europeia de junho de 2020 sobre a implementação da nova normativa registrou 785 multas emitidas por 22 entidades de proteção de dados na UE entre 25 de maio de 2018 e 30 de novembro de 2019. Os valores são, geralmente, muito mais baixos do que a multa anunciada pela Amazon.

Consultada pela AFP, a CNPD afirmou que "não está autorizada a comentar casos individuais", mas confirmou que emitiu uma decisão sobre a Amazon em 15 de julho, vinculada à regulamentação sobre os dados dos internautas.

"Essa sanção histórica atinge o cerne do sistema predatório dos GAFAM (ndlr: sigla referente às empresas Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) e deve ser aplaudida", reagiu La Quadrature du Net em um comunicado enviado à AFP.

Faturamento

A Amazon, que apresentou seus resultados trimestrais na quarta-feira, caía mais de 7% na bolsa de Wall Street nesta sexta-feira ao meio-dia.

A empresa de comércio online e serviços de Internet obteve 7,8 bilhões de dólares de lucro líquido no segundo trimestre do ano, 48% a mais que no mesmo período do ano passado, sobre um faturamento que ficou em 113 bilhões de dólares nesse período

Agência Estado e Correio do Povo

Anvisa recebe pedido da UFMG para testar vacina contra Covid-19

 Expectativa é que aproximadamente 300 pessoas participem do estudo com o imunizante que tem potencial contra a variante delta



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou neste sábado que recebeu o pedido para realização de estudo fase 1 e 2 da vacina SpiNTec. A agência informa que a solicitação foi enviada na sexta-feira. Elas acontecem ao mesmo tempo e têm o objetivo de avaliar a segurança da vacina. Com isso, será possível saber, por exemplo, se a vacina da UFMG provoca ou não efeitos adversos e se ela induz a produção de anticorpos contra a Covid-19.

De acordo com o CT Vacinas, laboratório responsável pela pesquisa, a fase 1 conta com a participação de 40 voluntários. Já a fase 2 terá entre 150 e 300 voluntários. Caso os resultados sejam positivos, a previsão é que a fase 3, que abre o teste para a população em geral, terá início no primeiro semestre de 2022, dependendo da disponibilização de recursos.

"A análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais", destacou a Anvisa.

Segundo a UFMG, os testes iniciais, realizados em animais, indicaram boa eficácia da Spintec. A expectativa é que o medicamento também tenha boa performace contra as variantes identificadas atualmente, inclusive a delta.


R7 e Correio do Povo

Estiagem aumenta alerta de risco de racionamento de energia

 Após exatamente duas décadas, o alerta soou novamente em relação à possibilidade de um racionamento energético no país. A justificativa é o baixo volume nos índices dos reservatórios hídricos da região Sudeste, que sozinhos representam 70% do total do Brasil. Porém, ao contrário de 2001, quando a crise e o racionamento foram concretos em apenas parte do país, dessa vez o Rio Grande do Sul pode ser afetado, caso a situação se agrave, por fazer parte do Sistema Nacional Interligado (SNI). Apesar de os especialistas ainda estarem confiantes no fato de que as medidas discutidas no âmbito federal serão capazes de evitar o desabastecimento, o alerta permanece e exige cautela.

O mais recente boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostra que a expectativa é de que haja aumento do consumo de energia em função do aquecimento da economia em setores como comércio e serviços, além de depender do ritmo da indústria nos próximos meses. Essa projeção de elevação de demanda, associada ao baixo volume dos reservatórios de água, que fazem funcionar as hidrelétricas (onde está a maior parte da matriz energética do país), pode resultar em déficit de energia e, portanto, no risco real de racionamento. A curto prazo, julho termina com os índices de capacidade armazenada nos reservatórios do Sul e do Sudeste inferiores a 50%. A preocupação existe porque o chamado período de seca se prolonga até novembro. Assim, é uma época em que as hidrelétricas receberão volumes de água abaixo do necessário. Após, são esperados bons volumes de chuvas, para o período úmido, que vai até abril de 2022.

Mas por que ainda dependemos tanto das chuvas e como isso impacta no nosso bolso? Parte da resposta passa pela formação da matriz energética brasileira. “O nosso sistema elétrico é hidrotérmico de grande porte. Ele depende muito da água para a produção da energia. Para teres uma ideia, a potência hídrica instalada no Brasil é de cerca de 60%. No Rio Grande do Sul é de 50%", pontua o coordenador do Departamento de Energia da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Eberson Silveira. Assim, a dependência das chuvas é severa e se complica no cenário de escassez.

Segundo o ONS, o país enfrenta um cenário hidrológico crítico, com as menores vazões desde 1930, quando teve início o registro dos dados. A situação não é atual, mas vem em processo de agravamento nos últimos sete anos. “A nossa dependência das águas ao longo dos anos é muito severa. Acontece que estamos no sétimo ano consecutivo de chuvas abaixo da média de longo termo, que é a média histórica. Assim, os reservatórios vêm recebendo volumes de água inferiores à média histórica, não permitindo que o sistema recupere os níveis adequados de armazenamento. Cada ano ele termina pior que o ano anterior. Sempre no negativo”, alerta Silveira.

É neste contexto de seca e grande demanda que as atenções se voltam para a região Sudeste, mais especificamente para os reservatórios da bacia hidrográfica do Rio Paraná, com seus afluentes Paranaíba, Grande, Tietê e Paranapanema. Segundo o SIN, a área abrange Paraná e São Paulo e tem os principais reservatórios de água do país. Além desses reservatórios, o país tem um conjunto de usinas que são chamadas de fio d’água, que geram energia sem reservatório, o que reduz a capacidade de planejamento e de acúmulo de água.

Segundo o coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Edilson Deitos, é fundamental que sejam feitos projetos hidrelétricos firmes, com grandes reservatórios. “Erramos em uma política de usinas a fio d'água, que não têm grandes reservatórios. Na hora em que você precisa, não tem água reservada. Pecamos”, reconhece.

 O ONS aponta que a expectativa é de que haja aumento do consumo de energia em função do aquecimento da economia em setores como comércio e serviços, além de depender do ritmo da indústria. Foto: Guilherme Almeida

Há motivos que justificam que a maior parte da geração ainda venha da água. E eles passam pelos custos. Há um investimento alto e um impacto grande na construção da usina, muitas vezes causando reflexos ambientais e sociais, como desapropriações. Porém, após, o seu custo reduz. “É uma solução economicamente baixa. Inicialmente (o investimento) é alto, mas depois reduz. Ao mesmo tempo, (as usinas) são mais sensíveis às mudanças climáticas. E quando não chove o suficiente, não há o que armazenar”, pontua o coordenador do Laboratório de Eficiência Energética da Faculdade de Engenharia da PUCRS, Odilon Duarte.

A dependência do sistema hídrico, no entanto, já foi superior. Em 2001, quando houve a crise energética mais forte, as hidrelétricas respondiam por mais de 80% da capacidade gerada de energia. Atualmente, ficam em torno de 60%. Para Duarte, a diversificação da matriz energética foi um grande aprendizado das dificuldades enfrentadas em 2001. E, como resposta, houve melhora significativa nos investimentos da geração de energia eólica e térmica de fontes renováveis, que são menos poluentes do que o carvão. A diversificação passa pela utilização de outras fontes, especialmente as térmicas, que usam gás e óleo. “Apesar de mais caras (outras fontes), elas dão uma segurança”, ressalta Odilon Duarte.

Em pronunciamento há cerca de um mês, o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, defendeu a diversificação da matriz energética, com a expansão das usinas de fontes limpas e renováveis, como a eólica, solar e biomassa, além de termelétricas a gás natural e nucleares. Apesar da defesa, não é um processo rápido e simples.

O segmento eólico é um dos que ganhou mais espaço nas últimas décadas. As usinas eólicas representam atualmente 10% da capacidade instalada de geração. “Temos um potencial eólico muito grande e interessante. Por outro lado, essa fonte de energia também está condicionada a questões climáticas. É bom, mas você não tem a hora que bem entende. É algo complementar”, pondera o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Maicon Ramos.
A energia solar fotovoltaica também tem crescido no país em investimentos e representa 2% da matriz em capacidade instalada, em um total de 4GW, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo dados atualizados deste mês, a fonte solar reúne mais de R$ 49,8 bilhões em investimentos privados, desde 2012. Uma das iniciativas que pode impulsionar a geração de energia solar é o Projeto de Lei 5.829, de 2019, que prevê o marco legal de energia fotovoltaica no país e está em discussão no Congresso Nacional.

Além da defesa da diversificação da matriz energética, Deitos também ressalta que o país deve aproveitar e aprovar projetos que estão “represados”. E, inclusive, cita o caso de duas termelétricas de carvão no Rio Grande do Sul. Para o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, as térmicas de carvão mineral podem ser uma alternativa na discussão da segurança energética. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina são responsáveis por 90% das reservas de carvão mineral do país, segundo Zancan. A principal crítica, porém, aos projetos de carvão são no âmbito de impacto ambiental.

Compartilhando geração e defasagem

Há mudanças relevantes na comparação dos cenários de 2001 e de 2021. A principal delas é que o sistema energético nacional passou a ser totalmente integrado, com exceção do estado de Roraima, que por muitos anos dependia do fornecimento de energia da Venezuela. O SIN permite a transferência de energia entre os quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da Região Norte.

Assim, todas as regiões colaboram com o mesmo sistema, mas também compartilham as suas dificuldades. Em 2001, quando não havia essa integração, o Rio Grande do Sul contribuiu com a redução do consumo de energia, mas não chegou a ser impactado pelo racionamento, como ocorreu em São Paulo. “Comparado com 2001, o sistema elétrico brasileiro evoluiu bastante em termos de interconexão. A interlocução permite que todos os subsistemas possam usufruir da energia gerada em outro subsistema através do sistema interligado, mas também permite que todos contribuam para uma redução de energia em um possível racionamento”, pondera Ramos. Esse é um ponto diferente em relação a 2001, porque o Rio Grande do Sul hoje tem condições de contribuir, mesmo que não seja um Estado autossuficiente.

Apesar da integração, os subsistemas correspondem a volumes diferentes na capacidade total. Por exemplo, o Sudeste/Centro-Oeste representa 70,1% do total, mas, atualmente, o percentual de armazenamento é de 30,4%. É essa discrepância que faz com que o sistema como um todo entre em alerta.

Além disso, neste sistema interligado há dois problemas, pondera Ramos, o elétrico e o energético. O energético é quando há falta de geração. “O próprio sistema interligado tem uma segurança para garantir que siga funcionando”, enfatiza. Assim, quando há um problema de falta de energia, todo mundo tem condições de contribuir reduzindo o consumo, para que as máquinas que estão gerando (hidráulica, térmica, eólica, solar) consigam abastecer o sistema, explica Ramos. Já o problema elétrico é quando há limitações nas linhas de transmissão, que mandam energia de um sistema para o outro. “Podes ter geração sobrando, por exemplo, em determinada região, mas tu não consegues transmitir através do subsistema de transmissão, porque existe uma limitação”, enfatiza o professor, complementando que há casos em que há uma combinação dos dois fatores. “Uma demanda muito alta e déficit de geração, que é o que se fala hoje. Se você tiver baixa geração no Sudeste e precisar importar boa parte para o Sudeste, por meio das interconexões, pode ser que tenha restrições, mesmo existindo capacidade de geração”, detalha o especialista.

Impacto no bolso

Como a falta de chuvas e a diversificação da matriz energética impacta no nosso bolso? Na prática, para evitar que a situação fique mais crítica nas usinas hidrelétricas em função dos baixos níveis dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema passa a controlar a produção hidrelétrica e até abrir mão da utilização delas. Porém, ao migrar para outras fontes, como a termelétrica, ocorre a elevação dos custos. E boa parte deles é repassado ao usuário. O exemplo mais prático de entender isso são as bandeiras tarifárias. Elas passaram a ser adotadas em janeiro de 2015 e preveem o repasse imediato ao consumidor de eventual aumento de custos na geração de energia elétrica.

Em outras palavras, quando a energia torna-se mais cara, a bandeira fica mais cara. Elas são divididas em três cores, similares aos semáforos. A verde é quando há condições favoráveis para a geração de energia e sem cobrança adicional, a amarela quando as condições ficam menos favoráveis e a tarifa passa a sofrer acréscimo, e a vermelha quando a produção torna-se mais cara e a tarifa tem acréscimo maior. Diante do panorama atual, a conta dos consumidores está em bandeira vermelha, que é a faixa mais alta. E, no final de junho, a Aneel adotou a bandeira vermelha patamar 2, reajustando o valor dessa classificação em 52%, passando de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.

A justificativa para a elevação foi o aumento do uso das usinas termelétricas. Segundo o professor Maicon Ramos, o sistema de bandeira traz vários alertas, como o de que o custo da energia está mais cara e que o usuário precisa ficar atento ao consumo. Com as projeções recentes da ONS, que reforçam o nível preocupante dos reservatórios, a previsão é que os valores das bandeiras aumentem ainda mais no próximo período.

Porém, não é somente na conta de luz que sentimos o peso do custo da energia. Por ser essencial, impacta em toda a linha de produção, serviços, entre outros. Recentemente, a energia se tornou a “vilã” da inflação. Em junho, a inflação oficial (medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA) aumentou 0,53%, sendo, segundo o IBGE, a maior variação de preços para o mês desde 2018. Com as projeções de novas elevações, o índice deve seguir em alta. Isso porque a energia elétrica responde por 4,24% da cesta de consumo, que são os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para formular o índice.

Agora, se há o aumento do custo da energia para os usuários, o valor também impacta toda a economia. O segmento industrial é um dos que têm acompanhado de perto a evolução da crise hídrica no país, assim como as medidas adotadas e projetadas. À frente do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Edilson Deitos diz que o monitoramento é constante. Reconhece, porém, que a crise energética pode vir a ocorrer no momento em que a economia começa a dar sinais concretos de aquecimento. No caso da indústria, a situação que mais preocupa são os chamados “horários de ponta”. Por característica específica, no Rio Grande do Sul esse período é das 14h às 16h. É o mesmo horário onde há o pico do calor e de consumo, com o uso de equipamentos como ar-condicionado, no caso de dias quentes. Em complemento, Ramos pontua que, se a economia brasileira estivesse a pleno, talvez “novembro fosse agora”, fazendo uma relação com o que seria necessário ter nos reservatórios para dar conta da demanda. Ele relembra que situação similar nos reservatórios ocorreu em 2015, quando o país vivia uma recessão e o consumo de energia estava menor. “Não ocorreu (naquele momento), mas poderia ter ocorrido”, ressalta.

Consumo responsável e eficiência

 A diversificação da matriz é umas das formas de se promover mais segurança energética. Foto: Mauro Schaefer

Como alternativa para preservar os reservatórios de energia, estão os trabalhos de mobilização junto com a sociedade. As medidas passam pelo uso consciente da energia e da água, mas também por ações práticas. “O uso consciente e responsável de água e energia, reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada", afirmou o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.

É verdade que o aumento do poder aquisitivo das famílias ao longo das últimas duas décadas e a grande disponibilidade de eletroeletrônicos faz com que a energia elétrica seja mais essencial do que nunca. Ao mesmo tempo, houve uma grande atenção para a eficiência dos produtos eletrônicos, como o selo Procel de eficiência energética, que vem anexado aos eletrodomésticos no momento da compra. Com classificação a partir do A, o marcador busca identificar aqueles itens que são mais eficazes.

Para o professor Odilon Duarte, o selo representou uma grande conquista para a sociedade. Entre outros fatores, porque, mesmo mais caros, são itens que terão melhor desempenho e que consomem menos energia. Outra mudança cultural recente foi a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes. O primeiro modelo é mais barato, mas dura menos e o seu gasto de energia é maior. O segundo tipo, é o oposto, com durabilidade e preços medianos, mas menor consumo. E, em um processo mais recente, as de modelo led estão ganhando mais espaço, por, mesmo sendo mais caras, terem durabilidade e consumo menores. Mesmo assim, os especialistas são unânimes ao defenderem campanhas contínuas para alertar sobre o consumo de energia. “É um processo que precisa ser contínuo”, defende Duarte.

Ações contra o racionamento

Uma série de ações está em debate no âmbito nacional. Entre elas, a flexibilização das restrições hidráulicas; o aumento da geração térmica (operando a pleno); a importação de energia da Argentina e do Uruguai; e a campanha do uso consciente da água e da energia. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), flexibilizar as restrições hidráulicas é importante para preservar os volumes dos reservatórios, de maneira que a água possa ser utilizada, gradualmente, no período seco e evitar situação mais crítica nos meses futuros, evitando que eles se esvaziem. Atualmente, a flexibilização se dá de forma controlada, monitorando seus efeitos e gerenciando os impactos. Assim, o caminho acaba sendo o de ampliar o uso das termelétricas, que tiveram usinas acionadas em outubro de 2020.

Sobre os riscos de racionamento, Maicon Ramos, da Ufrgs, cita o boletim mais recente da ONS, que faz o alerta sobre a situação preocupante, mas não prevê restrição. “Pela nota, o ONS vai fazer todo o esforço do ponto de vista de geração térmica, de importação de energia para que não tenhamos o problema até novembro”, pontua. Ao mesmo tempo, ressalta que o panorama está baseado em algumas projeções de níveis dos reservatórios, que estão condicionadas à ocorrência de chuva ou não. “Agora, se me pergunta se tem risco de um possível racionamento? Diria que sempre tem. Porque estamos em uma situação complicada. Mas existem mecanismos para que a gente possa contornar esse problema”, assegura.

Ramos destaca que o ONS prevê cenários para que a gente passe por esse período. Entre eles, a flexibilização dos limites de transmissão de algumas linhas. Na prática, algumas linhas vão poder operar acima da sua capacidade, para que se possa escoar a geração entre os subsistemas. “Essa flexibilização é algo que o operador está prevendo fazer. Terá que ser transmitida mais energia dessas linhas, acima da capacidade, e não diz quanto. É bom operar acima da capacidade? Nunca é bom. Mas não significa que não possamos operar por um determinado período”, avalia.

Além do alerta à população, há outras frentes que o governo tem trabalhado para afastar o risco de racionamento no Brasil, há uma outra série de medidas que são pensadas e desenvolvidas no país. Uma delas, segundo Bento Albuquerque, que deverá ser aplicada em breve, é um programa voluntário que incentiva as empresas e indústrias a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os de menor demanda, sem afetar a sua produção. Outra ação foi a criação de uma Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, para discutir medidas emergenciais. A intenção do governo, segundo o ministro, é garantir agilidade nas decisões.

O RS em busca da autossuficiência

 Atualmente o sistema energético nacional é totalmente integrado, com exceção do estado de Roraima. Foto: Mauro Schaefer

No panorama nacional, o Rio Grande do Sul ainda é deficitário em relação à geração de energia. Assim, precisa importar para dar conta da quantidade necessária. Atualmente, o Estado importa cerca de 34% da energia que consome, levando em consideração a média anual de 2016 a 2019. Para mudar essa realidade, tornar o Estado exportador de energia, contribuindo com a produção nacional de eletricidade, há uma série de projetos na área de geração e transmissão.

A matriz elétrica do RS tem 9,4 GW instalados, cerca de 80% provém de fontes renováveis (hidrelétricas 49,2%; eólica 19,5%; fotovoltaica 8,2%; termelétricas à biomassa 3,8%); e cerca de 15 GW em projetos de empresas privadas em algum estágio de licenciamento ambiental, aguardando oportunidade de comercialização no mercado regulado ou no livre. Esse percentual está dividido em 10,9 GW de eólica, 390 megawatts em hídrica, 2,2 GW da hidrelétrica binacional Garabi-Panambi e mais dois projetos de termelétrica a carvão que somam 1,33 GW. “São projetos em várias regiões do Estado. Temos um potencial de fontes renováveis e de projetos para seu uso. Por exemplo, o RS tem o maior potencial eólico individual entre os estados brasileiros (103GW em terra firme, a 100 metros de altura, mais 114 GW no oceano e lagoas)”, pontua Eberson Silveira, da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura. Na mesma linha, Edilson Deitos, da Fiergs, acredita que o Estado está, apesar da crise, em um “movimento positivo” com o início de importantes projetos no setor energético, ao citar os leilões previstos e os investimentos em pequenas usinas elétricas.

Segundo o relatório anual de conformidade do setor elétrico de 2020, que foi divulgado há poucos dias e mostrou o panorama hidrelétrico, no Rio Grande do Sul atualmente existem 59 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 17 Usinas Hidrelétricas (UHE) têm outorga para uso de água. Desses empreendimentos, 58% estão em operação.

Ao olhar para os outros segmentos, são boas as possibilidades de aumento da oferta de gás natural, que está há muitos anos com demanda reprimida em decorrência da abertura do mercado deste segmento e de energia solar, cuja capacidade indica que é possível instalar em apenas 2% da área não urbana, 23 GW de energia fotovoltaica e produzir o equivalente ao consumo de eletricidade do mercado gaúcho. “Temos um potencial de fontes renováveis. Importante salientar que a grande diferença da solar para a eólica é que, na solar, tu consegues fazer projetos de qualquer tamanho, em qualquer lugar onde tenha sol. Já a eólica precisa de espaços maiores e mais selecionados”, pondera Silveira.

Outro ponto que precisa ser levado em consideração é sobre a capacidade da Metade Sul, onde, segundo o diretor da Sema, estão 89% do potencial eólico do Estado e 89% das reservas brasileiras de carvão. “Além das renováveis, precisamos fortalecer a nossa matriz com gás”, destaca, citando que estão paradas as termelétricas UTE de Uruguaiana, por falta de gás, que tem capacidade de 639 MW, e a UTE Canoas (249 MW), que opera com óleo diesel. Ele ressalta ainda o fato de que há, atualmente, sendo implementados no Estado, nove lotes de transmissão de energia elétrica. Eles representam R$ 6,5 bilhões de investimentos, com 3,2 mil quilômetros de linhas e 8,8 giga volts-ampères de capacidade. “Assim, nenhum projeto hoje deixa de acontecer (no RS) por falta de conexão, como aconteceu há um tempo”, ressalta Silveira. Como resultado, na avaliação dele, o Estado está em situação extremamente privilegiada.

Como economizar

  • Coloque lâmpadas led na sua casa, elas são mais econômicas. 
  • Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando. Chuveiro consome muita energia e muita água ao mesmo tempo. 
  • Tome banhos curtos. 
  • Abra as janelas para a luz do sol entrar e apague as lâmpadas.
  • Desligue os equipamentos antes de sair de casa. Aparelhos em stand-by também consomem energia. O melhor é tirar da tomada. 
  • Pense no que vai pegar antes de abrir a geladeira. Toda vez que a porta se abre, o ar frio escapa e o motor tem que trabalhar de novo. 
  • Coloque a geladeira longe do fogão e não deixe exposta ao sol. 
  • Verifique se as borrachas de vedação da geladeira estão boas. Prenda uma folha na porta. Se ela sair com facilidade, as borrachas precisam ser trocadas. 
  • Não guarde alimentos quentes na geladeira. O calor força a geladeira a trabalhar e isso consome mais energia. 
  • Tire o videogame da tomada quando não estiver jogando. Tanto o console quanto a televisão podem ser desligados após o jogo. 
  • Jogue fora suas extensões e benjamins. Ligar muitos aparelhos na mesma tomada é perigoso e desperdiça energia. - Desligue a chave geral da casa quando ficar fora por um longo tempo. Esvazie a geladeira e desligue tudo para não ter nenhum consumo de energia. 
    Fonte: Ministério de Minas e Energia

Correio do Povo

Mega-Sena/Concurso 2395 (31/07/21)

 


Porto Alegre imuniza contra Covid-19 pessoas com 29 anos nesta segunda-feira

 Neste sábado, aplicação de doses para faixa etária de 30 anos ou mais teve movimento tranquilo



A vacinação contra a Covid-19 para pessoas a partir dos 29 anos ou mais será realizada na segunda-feira em Porto Alegre. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a ampliação da campanha para uma nova faixa etária será possível em função da chegada de mais doses que chegaram ao Rio Grande do Sul neste sábado - 166.140 doses da Pfizer e 137.400 da Coronavac.

Neste sábado, a imunização foi realizada em cinco locais para homens e mulheres com 30 anos ou mais  - três unidades de saúde e dois drive-thrus atenderam o público que foi fazer a aplicação da primeira e da segunda dose. O drive-thru do BarraShoppingSul teve uma intensa movimentação de veículos que aguardavam para entrar no estacionamento. Mesma situação ocorreu no Shopping Bourbon Wallig, que atendeu pedestres e veículos. 

No BarraShoppingSul, a secretária Elizete Schmidt, 30 anos, disse que estava muito feliz por ter realizado a vacinação contra a Covid-19. O técnico em administração Júlio Campos, 30 anos, afirmou que estava contente por ter feito a imunização. "Que venha a segunda dose", comemorou ao lado da namorada Priscila. O auditório da escola Júlio de Castilhos (referência para o Centro de Saúde Modelo), a Clínica da Família Álvaro, no bairro Restinga e a unidade de saúde São Carlos, no bairro Partenon, tiveram uma movimentação tranquila. Não houve filas e nem aglomeração de pessoas.

No domingo, será mantida a imunização para pessoas com 30 anos ou mais e das faixas etárias já contempladas. A vacinação no domingo será realizada na unidade móvel de Saúde no bairro Hípica. O serviço será instalado na escola Cesi, na avenida Juca Batista, das 9h às 13h. Não será feita a vacinação para adolescentes com comorbidades, gestantes e puérperas. Este grupo será retomado na segunda-feira. 

A imunização continuou no sábado para os públicos já contemplados anteriormente na campanha: profissionais de saúde e de apoio à saúde, pessoas com deficiência a partir de 18 anos, pessoas com comorbidades a partir de 18 anos, funcionários das escolas municipais, estaduais e particulares de ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior, cuidadores de crianças ou adolescentes com deficiência permanente e lactantes (que estejam amamentando bebês com até 12 meses).

Para receber a primeira dose, todos os públicos devem apresentar documento de identidade com CPF e comprovante de residência em Porto Alegre. Para profissionais de saúde ou da educação, é preciso documento que comprove o vínculo de trabalho em Porto Alegre. Para o grupo das comorbidades e deficiências, é necessário comprovar a condição (exceto Síndrome de Down).

A segunda dose está disponível para todos que estão com o esquema vacinal em atraso da Coronavac e quem recebeu AstraZeneca há pelo menos dez semanas. Não haverá aplicação de segunda dose Pfizer, pois não existem pessoas com doses com prazos determinados para o período. Segundo determinação do Ministério da Saúde, desde 14 de junho o intervalo entre a primeira e segunda dose do imunizante Pfizer é de dez semanas. Para segunda dose, é necessário levar identidade com CPF e carteira com registro da primeira aplicação.

Correio do Povo


Operação Inverno de Porto Alegre acolhe 532 pessoas em vulnerabilidade social

Mourão nega renúncia e diz que segue no governo Bolsonaro “até o fim”

 Vice teria sido a aconselhado por general da reserva a deixar o cargo



O vice-presidente Hamilton Mourão foi às redes sociais neste sábado para afastar a possibilidade de renunciar ao cargo e dizer que segue o governo Jair Bolsonaro "até o fim", apesar das críticas do chefe do Planalto.

"Desde 2018 tenho viajado pelo Brasil e muitas pessoas falam que votaram na chapa JB-Mourão por confiar em mim. Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim", escreveu Mourão no Twitter.


Na última segunda-feira, Bolsonaro fez críticas à atuação do vice e afirmou que "por vezes" ele atrapalha o governo. Em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba, o presidente disse que a função de vice é similar a do cunhado: "Você casa e tem que aturar, não pode mandar embora", afirmou.

Conforme a CNN informou, Mourão foi aconselhado por um general da reserva próximo a ele no início desta semana a renunciar ao cargo. Mourão teria respondido que não seria ainda o momento para deixar o governo. O vice-presidente, escolhido por Bolsonaro para compor a chapa da candidatura presidencial em 2018, tenta agora emplacar uma candidatura ao Senado no próximo ano e já flertou com a possibilidade de se lançar ao governo do Rio Grande do Sul.

A relação entre o presidente e o vice ficou mais complicada após Bolsonaro anunciar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) como ministro-chefe da Casa Civil, levando um dos caciques do Centrão para o Palácio do Planalto. Na semana passada, ao comentar a escolha, Mourão disse que parte dos eleitores de Bolsonaro, aqueles que teriam votado no presidente por uma questão programática, "podem até se sentir um pouco confundidos".

No Executivo, o vice-presidente ficou responsável por conduzir as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, após pressão internacional sobre o Brasil, mas viu sua função ficar esvaziada. Em abril, a operação Verde Brasil, coordenada por ele, foi encerrada. Além disso, Mourão ficou de fora das reuniões ministeriais promovidas por Bolsonaro no Planalto, até voltar a ser chamado para as conversas no início do mês.


Agência Brasil e Correio do Povo

Trilhos de 154 anos são descobertos enterrados no Centro Histórico de Porto Alegre

 Eles eram usados por uma vagoneta do Exército Brasileiro que abastecia os navios que partiam para a Guerra do Paraguai



Um achado histórico aconteceu na manhã deste sábado no Centro Histórico de Porto Alegre. Durante um serviço de rotina na rua Sete de Setembro, uma equipe do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) encontrou ao acaso uma relíquia sob a terra, nos fundos do Museu do Comando Militar do Sul.

Tratam-se dos trilhos de uma vagoneta utilizada pelo Exército Brasileiro para abastecer de insumos, como armas, munições, fardamentos e equipamentos, os navios que partiam das águas do Guaíba para a Guerra do Paraguai. A vagoneta saía do prédio construído a partir de 1864 como extensão do Arsenal de Guerra,  abrigando agora o próprio museu militar.

Fabricadas em 1867, os trilhos têm 154 anos de idade. Uma amostra de cerca de dois metros foi cortada. Após receber os devidos cuidados, a peça substituirá a réplica exposta no Museu do Comando Militar do Sul. 

“É uma descoberta fantástica para a pesquisa e o estudo histórico”,  declarou o diretor do Museu do Comando Militar do Sul, coronel Ílio Araújo de Oliveira Júnior. Ele observou inclusive a presença de areia junto dos trilhos enterrados, confirmando a pesquisa da própria instituição sobre a existência de um aterro na área onde chegavam as águas do Guaíba no local.

Correio do Povo