segunda-feira, 1 de março de 2021

TJ-RS nega pedido de Aceguá contra classificação de bandeira preta

 Presidente da corte salientou gravidade da situação hospitalar no Estado



O Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargador Voltaire de Lima Moraes, rejeitou neste domingo pedido de reabertura do comércio em Aceguá, no Sul do Estado. A prefeitura fronteiriça com o Uruguai ingressou com pedido contra o decreto do governador Eduardo Leite relativo ao estabelecimento de bandeira preta do sistema de Distanciamento Controlado.

O Município alegou que Aceguá conta com somente quatro casos confirmados na pandemia, com nenhuma morte até agora, e sem o registro de internação hospitalar relacionada à doença nos últimos 15 dias. Nesse sentido, conforme a Prefeitura, autorizaria a aplicação da bandeira de cor laranja à região. A cidade tem população estimada em 4,9 mil habitantes.

O Executivo municipal também argumentou a peculiaridade do local, que faz fronteira seca com a cidade uruguaia de Alcadia de Aceguá, de modo a possibilitar aos seus residentes a opção de facilmente atravessá-la e utilizar o comércio e serviços do país vizinho, onde há mais casos confirmados da doença.

No despacho, o desembargador destacou que o Município de Aceguá “não trouxe qualquer documento técnico a fim de corroborar suas alegações” e lembrou ainda da “gravidade da situação hospitalar do Estado”.


Rádio Guaíba e Correio do Povo

Eduardo Leite é mais do mesmo

 


Irã considera que momento 'não é apropriado' para reunião sobre acordo nuclear

 União Europeia havia proposto no mês passado uma reunião informal entre Irã e Estados Unidos, aceita, a princípio, pelo novo presidente americano, Joe Biden



O Irã declarou neste domingo que não considera o momento atual apropriado para uma reunião informal sobre o acordo nuclear de 2015 proposta pela Europa com a participação dos Estados Unidos, que se retiraram do pacto em 2018. "Levando em conta as posições recentes e ações dos Estados Unidos e dos três países europeus, o Irã não considera o atual momento apropriado para a realização da reunião informal proposta pelo coordenador europeu" do acordo, indicou a chancelaria iraniana em comunicado.

A União Europeia havia proposto no mês passado uma reunião informal entre Irã e Estados Unidos, aceita, a princípio, pelo novo presidente americano, Joe Biden. Após a eleição do democrata, Washington e os países europeus que fecharam o acordo nuclear com o Irã (França, Alemanha e Reino Unido) tentam salvar o tratado de Viena, bastante enfraquecido após a saída dos americanos, decidida por Donald Trump.

"Não houve nenhuma mudança na posição e no comportamento dos Estados Unidos", justificou o porta-voz da chancelaria iraniana, Saeed Khatibzadeh. "Washington sequer anunciou sua vontade de honrar suas obrigações." Segundo o porta-voz, os Estados Unidos "devem levantar as sanções ilegais e unilaterais e retomar seus compromissos. Para isso, não são necessárias negociações ou resoluções."

Na última semana, entrou em vigor no Irã uma lei que limita as inspeções da Organização Internacional de Energia Atômica. "Da mesma forma que o Irã voltará a honrar suas obrigações à medida que as sanções forem levantadas, responderá da mesma forma a ações e comportamentos hostis", assinalou Khatibzadeh.

AFP e Correio do Povo


Municípios do Vale do Rio Pardo registram aglomerações e festas clandestinas

Governo vai reabrir renegociação de dívidas tributárias de empresas

 Proposta tenta mitigar efeitos da retração econômica com fechamentos da Covid-19

Com o endurecimento de medidas restritivas para tentar conter o avanço da Covid-19 no Brasil, o governo federal vai reabrir o programa que permite aos contribuintes renegociar dívidas tributárias. A ideia é proporcionar um alívio no caixa das empresas no momento em que governadores decretam o fechamento de estabelecimentos não essenciais devido ao colapso nos sistemas de saúde, em meio à demora no avanço da vacinação, com dificuldades da União para obter doses.

A nova rodada de negociação será mais ampla e poderá ter descontos em multas e juros para contribuintes que comprovarem baixa capacidade de pagamento. A portaria que reabre o chamado Programa de Retomada Fiscal deve ser publicada na edição desta segunda-feira (1.º de março) do Diário Oficial da União.

A expectativa é negociar de R$ 70 bilhões a R$ 90 bilhões em débitos. O valor, porém, é tido como conservador porque será possível incluir um rol bem maior de dívidas, o que deve atrair mais adesões.

Na última edição do programa, encerrada no fim de dezembro, só era possível incluir os débitos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU) entre março e dezembro de 2020, período da calamidade pública pela covid-19. Nesse formato, os acordos envolveram R$ 81,9 bilhões em dívidas, e os descontos somaram R$ 25,6 bilhões. Os prazos de pagamento ficaram entre 84 e 145 meses.

Agora, a negociação será mais abrangente e poderá incluir débitos anteriores a março de 2020, além dos que vierem a ser inscritos na Dívida Ativa até 31 de agosto deste ano. Ao estender o horizonte dos débitos para incluir até mesmo aqueles que ainda serão inscritos nos próximos meses, o governo tacitamente reconhece que as empresas começarão a enfrentar dificuldades severas. A adesão vai até 30 de setembro.

A negociação alcança apenas débitos de até R$ 150 milhões inscritos na Dívida Ativa, cuja cobrança é de responsabilidade da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Quem deve acima disso precisa partir para um acordo individual.

No ano passado, o governo garantiu uma arrecadação de R$ 1,7 bilhão com o programa. Em 2021, a previsão é de R$ 4 bilhões, somados os pagamentos dos acordos antigos e a previsão de novas adesões.

De acordo com uma fonte que participa das discussões, a Receita Federal também prepara uma negociação especial para débitos em fase administrativa de cobrança e que envolvem "teses tributárias", quando há dúvida jurídica sobre a incidência do tributo. Nesses casos, a lei permite a oferta de um acordo para encerrar a disputa.


Agência Estado e Correio do Povo

Vagas de emprego em Porto Alegre - 01.03.2021

 

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Postura de Bolsonaro sobre Covid-19 é certeza de colapso no longo prazo, diz Maia

 Ex-presidente da Câmara afirmou que atitudes podem funcionar no curto prazo, "para ele manter a base de radicais unida"


O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltou a criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro, pela postura do chefe do Planalto na crise de Covid-19. Para Maia, há "certeza de colapso" no longo prazo diante do comportamento de Bolsonaro. Neste domingo, um grupo de pessoas protestou em frente à casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), contra as novas medidas de isolamento, decretadas para conter o avanço do novo coronavírus .

Bolsonaro ainda compartilhou o vídeo da manifestação nas redes sociais com o grupo falando "queremos trabalhar". "Onde houver consenso, Bolsonaro estará fora. Vacina salva vidas? Bolsonaro ataca. Máscara previne? Ele tripudia. Isolamento evita o contágio? Bolsonaro vai pra rua. SUS colapsado? Bolsonaro debocha", escreveu o ex-presidente da Câmara no Twitter.



E acrescentou: "No curto prazo pode até funcionar para ele manter a base de radicais unida. No longo, é certeza de colapso".



Agência Estado e Correio do Povo


Conselho dos EUA endossa recomendação de vacina da Johnson & Johnson contra Covid-19


Agravamento da Covid-19 ocupa 100% dos leitos de UTI especiais em Caxias

Leite: "Se situação continuar se agravando pode ser inevitável adotar algo próximo do lockdown"

 Governador decretou a implementação dos protocolos da bandeira preta do Modelo de Distanciamento Controlado



No momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul até agora, o governador Eduardo Leite fala sobre as estratégias adotadas após quase um ano de enfrentamento à Covid-19 e do risco de colapso na Saúde. Revela quais os indicadores que mais chamam atenção na fase atual e informa quais as alternativas estudadas pelo Palácio Piratini para garantir ampla cobertura vacinal à população gaúcha. O governador decretou a implementação dos protocolos da bandeira preta do Modelo de Distanciamento Controlado em todas as regiões do Rio Grande do Sul e, apesar da pressão de diversos prefeitos, ele ainda suspendeu o modelo de cogestão que vinha sendo adotado.

Por que esse está sendo considerado o momento mais crítico da pandemia no Rio Grande do Sul?

Todo momento é o mais crítico até que venha um que supere a criticidade do anterior. Vivemos momentos críticos no passado, mas sempre com fôlego e estrutura hospitalar para atender todos que precisavam. Foi assim no início do inverno, quando estávamos em plano processo de expansão dos leitos hospitalares, e também foi assim entre o final de novembro e início de dezembro, tínhamos uma estrutura, mas havia receio com relação às festas de fim de ano e por isso fomos mais restritivos naquele momento. E as restrições também acabam acontecendo sempre porque está crescendo o contágio e a demanda por leitos, não sabemos quanto vai aumentar e por quanto tempo vai continuar crescendo, estamos lidando com algo desconhecido e nunca sabemos como vai ser o comportamento do vírus. Agora é o momento em que verificamos que mais rapidamente está crescendo a ocupação dos leitos hospitalares, o que indica uma taxa de contágio mais acelerada do que nunca, os nossos leitos clínicos e de UTIs tiveram um salto de ocupação em 15 dias. No final da primeira semana de fevereiro, eram mais de 20% e agora já são mais de 54% de leitos clínicos ocupados. Nos leitos de UTI, a ocupação era de 75%, em média, e agora são mais de 94%, e isso aconteceu em 15 dias. Não tem como acompanhar na estruturação do sistema de saúde essa velocidade e, além disso, está se verificando um aumento da letalidade dos que são internados em leitos de UTI. As pessoas acham que leito de UTI é a cura, leito de UTI salva 40% dos pacientes que chegarem, 60% vai morrer. Ficar nessa ilusão de que abrir leito de UTI e “vida que segue” é uma total ilusão. A gente expande porque dá alguma chance de sobrevida, 40% não é pouco, mas está distante de ser o que as pessoas parecem acreditar.

O senhor disse que todos devem fazer a sua parte, mas pelas festas que aconteceram no Carnaval ou outras aglomerações que se têm visto, parece que muitas pessoas não vão fazer sua parte, inclusive foi o que levou todo o Estado à bandeira preta. O senhor cogita tomar medidas ainda mais duras, como lockdown, por exemplo?

Nós torcemos para que isso não seja necessário. Se houver adesão da população às restrições já estabelecidas, é possível que a gente possa pensar em restrições menores logo ali na frente, mas nada pode ser descartado neste momento. O lockdown aqui é menos possível. Visualizo menor chance de se fazer pelo nosso ordenamento jurídico, há uma dificuldade de se implementar uma medida que significasse o bloqueio da circulação das pessoas Isso ainda encontra obstáculo na própria consciência coletiva. O lockdown deve encontrar a compreensão das pessoas de que o momento é crítico. Se a situação continuar se agravando pode ser inevitável que adotemos algo próximo dele. É por isso que precisamos do apoio de toda a sociedade. Não se trata de buscar quem é o culpado (pela piora do contexto da pandemia), não é o restaurante, a academia. Entendo cada um dos representantes desses setores, que olham para si e para suas vidas e sofrem com isso se angustiam com isso, entendo e não se trata mesmo de buscar culpados. Trata-se (a restrição) de buscar impactar na vida das pessoas para que elas percebam que as coisas não estão no seu normal e que precisamos, portanto, mudar hábitos, mudar a cultura coletiva aqui para reduzir ao máximo a circulação. Vamos permanecer estudando e buscando identificar medidas que impactem nesse sentido, que é de certa forma alterar a rotina das pessoas para que elas possam ficar em casa o máximo possível e entendam, pela sua rotina alterada, que as coisas não estão em um nível normal.

Quais têm sido os principais desafios na implementação do Modelo do Distanciamento Controlado? Como estão sendo os trabalhos para as definições das bandeiras por região e os ajustes nos protocolos?

O Modelo do Distanciamento Controlado se propõe a dar maior objetividade na definição do nível de risco de contágio do novo coronavírus, para não ficar apenas na percepção de cada um, o que seria altamente subjetivo. A proposta é retirar essa subjetividade e dar objetividade. São 11 indicadores que a gente acompanha para entender o nível de risco e fica claro de que forma calculamos esse nível de risco para que seja transparente, compreensível e assim não tendo subjetividade na definição das restrições, retirar carga e pressão política. Assim, é possível entender por que se “mandou fechar” determinado setor. Isso também vem subsidiar a decisão do governador, porque (o Modelo do Distanciamento Controlado) orienta qual o nível de risco e assim a gente pode dar protocolos proporcionais em cada uma das regiões. Esse é o papel do Modelo e, com o passar do tempo, vamos identificando se o peso de um indicador ou outro está sendo subestimado ou superestimado. Isso ajuda a dar regras mais uniformes para o Estado, que definem o risco, ou seja, estamos avaliando o risco das regiões pela mesma ótica. Analisamos toda semana os números relacionados às síndromes respiratórias, hospitalizações, número de óbitos, expectativa para o futuro de óbitos. Para que, a partir disso, a gente possa ter algo objetivo que nos permita resistir às pressões. O que vai fechar, o que vai abrir, o modelo analisa matematicamente. Não significa que o governador goste de um ou outro, seja amigo de um ou de outro, o Modelo se propõe a fazer essa análise, de tudo que é objetivo em uma pauta tão polêmica. Acho que ajuda bastante para que a gente possa conduzir esse processo da melhor forma possível.

Em caso de colapso do sistema de saúde, com falta de vaga nas UTIs, que já vem sendo verificada, e até mesmo em leitos clínicos, quais são as alternativas?

Há uma zona cinzenta sobre esse colapso do sistema de saúde, porque ele começa dentro do hospital, onde tem um paciente que se agrava e não tem um leito de UTI naquele mesmo espaço, então tem que procurar outro hospital para ele. A partir daí, vai para a Central de Regulação, entra em lista de espera até achar outro hospital e aí começa a ficar difícil achar atendimento. Tem leito? Tem, mas a pessoa vai em um hospital que não tem disponibilidade porque estão todos ocupados, começa a ficar difícil encontrar a disponibilidade do leito, começa a ser uma batalha achar estrutura que socorra aquele paciente, que está agravando. Já estamos em situação que se encaminha para o colapso do sistema de saúde, como acontece em Santa Catarina, no Paraná e também parece estar começando a acontecer em estados como Ceará, São Paulo e Bahia, por exemplo. Os governadores (de Santa Catarina e do Paraná) já estão apresentando medidas muito semelhantes às nossas no sentido de estabelecer restrições. Temos um plano de contingência hospitalar, de emergência, que prevê níveis de acionamento do nosso sistema e que começa pela suspensão de cirurgias eletivas e vão alterando a lógica do funcionamento da estrutura hospitalar do Estado para que tenha capacidade de absorver a demanda da Covid-19. É importante dizer que isso acontece em prejuízo de outras demandas de saúde, não são cirurgias supérfluas que não precisam ser feitas, são aquelas em que não há risco de vida no paciente. Então, isso vai ficar represado e também o diagnóstico de outras doenças vai ficar represado e começa a gerar outros problemas de saúde para outras complicações. Imagina se seu pai ou sua mãe infarta e vai buscar leito em uma estrutura de saúde totalmente comprometida com atendimento da Covid-19. É muito ruim para todos, qualquer doença, qualquer enfermidade. Seguimos na lógica de expansão, buscando caminhos possíveis para continuar ampliando dentro das nossas possibilidades, mas temos uma estrutura limitada e que chegará ao seu limite. Portanto é fundamental ter ajuda da população para reduzir a circulação do vírus e o contágio.

Como o senhor avalia a agilidade do processo de vacinação? Com qual estimativa o governo trabalha para que tenhamos ampla cobertura vacinal no Estado?

Houve grande confusão gerada pela vacina no debate político e ideológico que se travou ao redor dela. O presidente infelizmente colocou em xeque a credibilidade da vacina, disse que não ia se vacinar, disse que quem se vacinasse poderia virar jacaré, toda uma crítica sobre a vacina que não colabora em nada, ainda mais nesse momento em que precisamos que a população busque a vacina. As manifestações geram especulações de que o cronograma foi atrasado pelos ataques do presidente sobre a vacina. A compra dessas vacinas está acontecendo, mas está muito lenta, então estamos estabelecendo contatos no sentido de o próprio Estado adquirir as vacinas. Estamos em contato direto com os laboratórios e também com o Fórum dos Governadores, buscando caminhos que se apresentem possíveis para adquirir as vacinas. Já temos negociações que acontecem ainda sob sigilo e não são fáceis, pois os laboratórios priorizam a venda ao Ministério da Saúde. Então estamos nessas pendências, buscando caminhos e alternativas.

Correio do Povo

O BRASIL FALANTE NÃO CONHECE O BRASIL - Percival Puggina

 http://www.puggina.org/.../o-brasil-falante-nao-conhece-o...




Fonte: https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=2882806018621553&id=1426229014279268

Satélite Amazonia 1 chega à órbita com sucesso e inicia transmissão de dados

 Objetivo da missão 100% brasileira é monitorar desmatamento no Norte do país e a agricultura em todo o território nacional



Em apenas 17 minutos após o lançamento, ocorrido à 1h54 (horário de Brasília), o satélite Amazonia 1 alcançou o destino a 752 quilômetros de altitude da superfície da Terra. O lançamento ocorreu a partir do Centro Espacial Satish Dhawan, na cidade de Sriharikota, na província de Andhra Pradesh, na Índia

Atualmente, outros dois satélites brasileiros de sensoriamento remoto já estão em operação no espaço: o CBERS-4 e o CBERS-04A, lançados em 2014 e 2019, respectivamente. Diferentemente do Amazônia -1, no entanto, ambos os equipamentos de exploração espacial foram desenvolvidos em parceria com a China, em uma proporção de 50% para cada país. "O Amazônia-1 é o primeiro satélite exclusivamente brasileiro, tendo sido integralmente concebido, projetado, desenvolvido, integrado, testado, e em breve, operado pelo Brasil", afirma a diretora substituta do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Mônica Rocha.

"A importância do feito passa por duas principais questões: a capacidade do Brasil de realizar uma importante tarefa de forma totalmente autônoma e de ter o domínio do ciclo completo de produção de um satélite desse porte — 640 quilos e 2,5m de altura —, o que coloca o país em um grupo de menos de 20 países com essa competência", completa.

Isso inclui integrar, testar e acompanhar o lançamento, realizar as manobras iniciais para o posicionamento do Amazônia-1 na órbita correta, verificar o funcionamento adequado de todos os equipamentos e subsistemas, realizar a operação durante a vida útil do satélite — que é de pelo menos quatro anos — e, por fim, promover sua retirada de órbita, ao término da missão.

A importante tarefa do novo satélite é monitorar desmatamento na região amazônica e o desenvolvimento da agricultura em todo o território nacional. Para isso, o equipamento de exploração espacial será colocado em uma órbita sol-sincrona — isto é, que permite passagens sucessivas sobre o mesmo ponto da Terra à mesma hora solar — a uma altura de 760km e cruzará a Linha do Equador no sentido Norte-Sul às 10h30 do horário local, viajando a uma velocidade de quase 27 mil quilômetros por hora.

A essa velocidade, o satélite levará apenas cem minutos para dar uma volta na Terra, permitindo com que ele obtenha imagens de qualquer ponto do planeta a cada cinco dias. Conjuntamente, o CBERS-4 e CBERS-04A irão promover imagens recorrentes do território brasileiro a cada dois ou três dias. "Os dados estarão disponíveis gratuitamente para a comunidade científica, órgãos governamentais, empresas e quaisquer usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre", diz a diretora substituta do Inpe.

Mônica ressalta que, em razão da política brasileira de livre distribuição de imagens de satélites, que tem sido praticada desde o início dos anos 2000, o Brasil é hoje um dos maiores distribuidores de imagens de satélites gratuitas do mundo.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, acompanhou desde o Centro Espacial de Satish Dhawan, na Índia. O primeiro astronauta brasileiro festejou o sucesso do lançamento. "Este é o resultado do esforço de muitas pessoas, que por muitos anos trabalharam no desenvolvendo do satélite Amazônia-1", afirmou.

"O lançamento de hoje representa para o Brasil o início de uma nova era para a indústria de produção de satélites e para o desenvolvimento aeroespacial", completou o ministro Marcos Pontes.



R7, Agência Brasil e Correio do Povo


"Veterano" dos jovens do Inter, Pedro Henrique revela expectativa alta por Gauchão


Torcida do Grêmio atende recomendações e não se aglomera na final da Copa do Brasil


Paulo Luz manifesta confiança em Grêmio renovar com Renato

Porto Alegre registra demanda acima de 100% em UTIs no final de semana

 Pelo boletim divulgado pela prefeitura, neste domingo, a taxa de ocupação chegou a 100,12%



Por dois dias seguidos, a Capital ultrapassou a marca de 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva ocupados, conforme dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Pelo boletim divulgado pela prefeitura, neste domingo, a taxa de ocupação chegou a 100,12%. Dos 862 leitos operacionais, 11 estavam bloqueados, enquanto 867 pacientes eram tratados. Desse contingente, 467 tinham diagnóstico positivo para o coronavírus e outros 58 eram considerados casos suspeitos.

Considerada a mais crítica durante a pandemia, a semana terminou com 142 pessoas com Covid-19 na emergência aguardando uma vaga na UTI. O número de pacientes internados em UTIs em Porto Alegre só vem aumentando desde o domingo anterior, 21 de fevereiro, quando somavam 340. Dos 17 hospitais monitorados pela Secretaria da Saúde, oito operaram no domingo com lotação completa nas UTIs (Ernesto Dornelles, São Lucas, Divina Providência, Mãe de Deus, Cristo Redentor, Fêmina, Restinga e Santa Ana).

Três instituições receberam mais pacientes do que a capacidade prevista: Hospital de Clínicas (103%), Vila Nova (110%) e Moinhos de Vento, com 115,15%. Outros quatro estabelecimentos trabalham com mais de 90% da demanda. São eles: Independência (95%), Instituto de Cardiologia (95,74%), Nossa Senhora da Conceição (97,33%) e Complexo Hospitalar Santa Casa (98,59 %). Apenas os Hospitais Pronto Socorro e Porto Alegre registraram ocupações menores de 90%, mas ainda consideradas altas, 87,5% e 85,71%, respectivamente.

Os hospitais buscam soluções para enfrentar a demanda acentuada. No Hospital de Clínicas, que chegou a ter uma ocupação de mais de 140%, incluindo todos os leitos críticos, foram usados leitos extras de contingência em relação à capacidade disponível. Para dar conta da necessidade, 43 pacientes em enfermaria estavam, ontem, em suporte ventilatório que, na realidade, são pacientes de cuidado intensivo. Para a ocupação acima de 100% está montada uma estrutura de leitos utilizando equipamentos realocados de outras áreas. Profissionais estão atuando muito além do limite de horas extras que seria adequado, cuidando ao mesmo tempo de um número excessivo de pacientes.

Já o Grupo Hospitalar Conceição deliberou ampliação dos leitos de UTI, passando de 39 para 44 a partir de hoje, 1º de março. Foi estabelecida uma mobilização das estruturas dos hospitais Fêmina e Cristo Redentor para receber pacientes não covid, dentro da orientação da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Foram suspensas, ainda, as férias do mês de março dos profissionais da assistência e áreas de apoio.

De acordo com o balanço mais recente da SMS, Porto Alegre já superou a marca de 103 mil casos de Covid-19. A doença causada pelo coronavírus está relacionada a 2.385 óbitos na cidade. No Rio Grande do Sul, a taxa de ocupação de leitos de UTI é 97,2% (2.660 pacientes para 2.736 leitos). São 1.600 pacientes confirmados com a doença e 231 casos suspeitos.


Correio do Povo


Quase todos os leitos do Litoral Norte estão ocupados