sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Estados têm perda de R$ 34 bilhões em arrecadação no 2020 da pandemia

 por João Pedro Pitombo

Perdas foram compensadas por medidas como suspensão de dívidas e auxílio da União aos estados

No ano marcado pela grave crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, os estados brasileiros registraram uma perda de R$ 34,6 bilhões em arrecadação própria comparado ao ano anterior.

 

Levantamento da Folha com base nos relatórios de execução orçamentária aponta que 18 estados, além do Distrito Federal, registraram queda na arrecadação própria em 2020 na comparação com 2019.

Ao todo, os estados tiveram uma receita com impostos, taxas e contribuições de R$ 537 bilhões entre janeiro e dezembro de 2020 contra R$ 571,6 bilhões no mesmo período de 2019, em valores atualizados pela inflação. Trata-se de uma queda de 6%. 

Em geral, a retração na arrecadação foi compensada pelas medidas de suspensão temporária de dívidas e pelo auxílio financeiro aos estados concedidos pelo governo federal no pacote de enfrentamento à crise da pandemia.

De acordo com levantamento do economista do Insper e colunista da Folha Marcos Mendes, o socorro às 27 unidades da Federação chegou a R$ 68 bilhões até setembro de 2020, sendo R$ 16,1 bilhões em suspensão do pagamento de dívidas à União e R$ 51,9 bilhões em repasses diretos.

O programa de socorro, contudo, apresentou resultados desiguais entre os estados, segundo estudo da Rede de Pesquisa Solidária. O levantamento reúne conclusões de pesquisadores de instituições como a Universidade de São Paulo, o Cebrap e a Fundação Getúlio Vargas.

A perda da receita das unidades da federação foi resultado direto da queda da atividade econômica. O pico das perdas se concentrou em abril, maio e junho de 2020, meses em que a maioria dos estados adotou medidas restritivas para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Neste período, foi registrada forte perda de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) em comparação com o mesmo mês no ano anterior. Foi o que ocorreu, por exemplo, no Ceará, que teve uma perda de 38% no ICMS em maio de 2020 na comparação com maio de 2019.

Em alguns estados, além da redução da atividade econômica, medidas como o parcelamento e descontos de tributos dados para alguns setores mais atingidos pela pandemia também impactaram a arrecadação, mas de maneira pontual.

Dentre as 27 unidades da federação, o Ceará foi o estado que teve a maior queda de receita própria em 2020, registrando uma perda real de 6,8% da sua arrecadação.

O estado possui cerca de 70% da sua matriz econômica baseada no comércio, serviços e turismo, setores que foram os mais impactados pelo isolamento social.

Dois fatores tornaram o cenário no Ceará ainda mais complicado: o primeiro foi o motim dos policiais, em fevereiro de 2020, que também impactou a atividade econômica. O segundo foi o colapso no sistema de saúde, em abril e maio de 2020, que forçou o estado a adotar medidas restritivas duras.

“A pandemia da Covid-19 foi bastante agressiva no Ceará. As medidas adotadas limitaram a atividade empresarial porque houve a necessidade de colocar as pessoas em isolamento. O impacto no comércio e serviços foi enorme”, explica a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba.

Ela ainda afirma que o estado vinha de uma base alta de arrecadação em 2019, ano em que registrou um desempenho acima do previsto. E destaca que, mesmo com as perdas, o Ceará conseguiu manter o nível de investimento em um patamar alto –foram investidos R$ 1,8 bilhão em 2020.

A Bahia enfrentou um cenário semelhante, registrando uma queda real da arrecadação de 3,56% em 2020. O mês de maio foi o mais crítico, com uma redução de 30% na arrecadação do ICMS.

A recuperação veio no segundo semestre, puxada principalmente pelo dinheiro injetado na economia do com o auxílio emergencial. O benefício refletiu no desempenho do comércio baiano, setor cuja arrecadação com ICMS fechou o ano com um crescimento de 10,6%

Por outro lado, houve perda na arrecadação em setores como serviços e indústria. A arrecadação com a indústria caiu 4,5%, sendo que os principais recuos aconteceram nos segmentos de açúcar, álcool e petróleo.

O secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, diz estar preocupado com o cenário econômico previsto para este ano, já que há incerteza quanto à continuidade do auxílio emergencial e de mecanismos de proteção do emprego. Para completar, o estado sofreu um baque na sua economia com o fechamento da fábrica da Ford em Camaçari.

“O ano de 2021 será ainda mais desafiador, já que o cenário econômico e social no país tende a se agravar, assim como permanece crescente a demanda por despesas de combate à pandemia, com forte impacto nos cofres estaduais”, diz. 

Em Goiás, a queda real na arrecadação de tributos em 2020 foi de 4,52%, valor equivalente à inflação do ano anterior. Com os repasses de cerca de R$ 2 bilhões do governo federal para o estado, além de cortes nas despesas, as finanças se mantiveram equilibradas. Os recursos que sobraram foram usados para quitar parte do déficit da Previdência em janeiro deste ano.

“Ficamos no zero a zero. Não tivemos um desempenho maravilhoso, mas também não tivermos perdas horríveis”, afirma a secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, que destaca o papel do governo federal como determinante para melhoria da situação fiscal.

Para Schmidt, a vacinação deve ser encarada como prioridade máxima em 2021 para garantir a retomada da economia. Ela também defende a prorrogação do auxílio emergencial para a população mais vulnerável, mas de uma forma que seja fiscalmente responsável. “Ninguém quer que a União vá à bancarrota."

Na contramão da maioria das unidades da Federação, oito estados brasileiros registraram crescimento real na arrecadação de tributos em 2020 na comparação com 2019. São eles Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e Alagoas.

Estados que têm a agropecuária como protagonista da economia tiveram melhor desempenho. Mato Grosso do Sul, por exemplo, teve um incremento de 10,7% na arrecadação de tributos em 2020.

 

O desempenho foi puxado por uma alta de 41% na arrecadação de ICMS na agropecuária e agroindústria. A pecuária, soja, milho, madeira e cana de açúcar são os carros-chefe da produção local.

“Esses segmentos tiveram um desempenho muito favorável no ano passado. Houve aumento no preço dos produtos, crescimento da área plantada e maior eficiência na produção” afirma Felipe Mattos, secretário da Fazenda de Mato Grosso do Sul.

A alta na arrecadação fez com que o estado mantivesse o ritmo dos investimentos mesmo em meio à pandemia. Ao todo, foram investidos R$ 901 milhões em obras e equipamentos no ano passado. Para 2021 e 2022, governo estadual preparou um pacote de R$ 3 bilhões em obras públicas. ?

Fonte: Folha Online - 03/02/2021 e SOS Consumidor

Restaurante deve indenizar consumidor que encontrou porca de parafuso em refeição

 O Restaurante Giraffas Vip foi condenado a indenizar um consumidor que achou um objeto metálico em uma refeição. O juiz do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Samambaia entendeu que, além de causar repulsa, o fato extrapola os aborrecimentos do dia a dia.    

Narra o autor que, ao iniciar a refeição preparada pelo estabelecimento, sentiu que havia mordido algo rígido. Relata que, ao cuspir, se deparou com uma porca de parafuso. Assevera que houve negligência da ré, o que colocou sua vida em risco. Para o autor, o vício de qualidade tornou o produto inadequado para o consumo. Assim, requer indenização por danos morais.    

 

Em sua defesa, o restaurante argumenta que não praticou ato ilícito e defende que não há dano moral a ser indenizado.  No entanto, ao julgar, o magistrado observou que as imagens “demonstram de forma inequívoca o objeto misturado à comida”, o que respalda a indenização por dano moral.  

“Nesse contexto, há clara indicação de que a ingestão de comida com parafuso em seu interior evidencia o potencial lesivo à saúde, além de causar repulsa, repugnância e desgaste emocional que extrapolam a esfera do mero aborrecimento, a respaldar o dano moral indenizável”, destacou.

O magistrado explicou ainda que o Código de Defesa do Consumidor dispõe que o fornecedor responde, independente de culpa, pela reparação dos danos causados por defeitos relativos à má prestação dos serviços. Dessa formaa ré foi condenada a pagar ao autor a quantia de R$ 2 mil a título de danos morais.  

Cabe recurso da sentença. 

PJe: 0710125-89.2020.8.07.0009 

Fonte: TJDF - Tribunal de Justiça do Distrito Federal - 03/02/2021 e SOS Consumidor

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84% dos brasileiros nunca checaram como empresas usam seus dados pessoais, diz pesquisa

 por Isabela Bolzani

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Média internacional é de 78%; levantamento foi feito com 24 mil pessoas em 11 países

Mais de 84% dos brasileiros nunca entraram em contato com alguma empresa para checar como a companhia usa seus dados pessoais ou se utiliza essas informações de maneira responsável, aponta pesquisa feita pela OpenText. A média internacional é de 78%.

 

A pesquisa foi feita pela internet e ouviu 24 mil pessoas em 11 países. Foram 12 mil entrevistados em abril e maio de 2020 na França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Canadá, Cingapura e Austrália. Outras 12 mil pessoas foram ouvidas de 11 a 25 de novembro no Brasil, Índia, Japão e Itália. No Brasil, foram 2.000 entrevistados.

A garantia legal de acesso e transparência sobre o uso dos dados aos cidadãos foi trazida pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), implementada em setembro de 2020.

Com ela, o cidadão poderá exigir das empresas públicas e privadas informações claras sobre quais dados ela coletou, como os armazena e para quais finalidades os usa, além de poder pedir cópia desses dados e solicitar que sejam eliminados ou transferidos.

Ainda segundo a pesquisa da OpenText, 70% dos brasileiros não têm conhecimento nenhum ou têm apenas uma vaga ideia sobre o que essa lei trata.

Segundo o vice-presidente para a América Latina da companhia, Roberto Regente Junior, os números refletem a implantação ainda incipiente da LGPD.

“Outro dado importante da amostragem aponta que 38% dos entrevistados acredita que a adesão à LGPD vai acontecer, mas não agora. Toda essa percepção vem pela LGPD ser algo ainda muito novo. Muitas das pessoas e empresas ainda não têm noção de quais sanções serão aplicadas e como essa lei se desenrola”, disse.

Ainda segundo o levantamento, apenas 14,8% dos brasileiros afirmam confiar em empresas para manter seus dados pessoais seguros ou privados. Outros 49,2% dizem confiar mais em algumas companhias do que em outras.

Para Regente Junior, a preocupação em relação a como as empresas usam e armazenam dados tende a se intensificar ao longo deste ano, não apenas no Brasil, mas no mundo.

“A pandemia trouxe um novo significado do que significa trabalhar digitalmente. A vida, que já era digital do ponto de vista social e de conveniência, agora também passa a ser digital pelo lado profissional. Vários dados estão na mesma conexão ou, às vezes, até mesmo na mesma máquina”, afirmou o executivo.

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos brasileiros afirma que mantém seus dados seguros e com privacidade em aplicativos, contas de e-mails e redes sociais, adotando, por exemplo, configurações de privacidade e desligando funções de georreferenciamento.

Cerca de 61% afirmaram adotar tais medidas –acima da média internacional, de 57%. Além disso, 53% dos entrevistados afirmam que sabem, mais ou menos, quantas empresas usam, armazenam ou têm acesso aos seus dados pessoais, frente os 44% da média internacional.

Segundo Regente Junior, a expectativa é que cada vez mais a LGPD seja considerada uma bandeira corporativa importante.

“Assim como sustentabilidade e diversidade, os temas voltados para a LGPD e privacidade de dados precisam ser evoluídos e exigidos como carros-chefes entre as corporações, principalmente porque a responsabilidade com essas informações é muito grande e pode ter grandes efeitos na vida das pessoas quando não levadas a sério”, afirmou.

Fonte: Folha Online - 03/02/2021 e SOS Consumidor


Número de endividados no país chega a maior patamar em 11 anos

 


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Em 2020, o percentual fechou em 66,5%, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

O percentual de endividados no país fechou 2020 em 66,5%, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É o maior patamar de endividamento familiar em 11 anos. Em 2019, por exemplo, os endividados eram 63,6% das famílias brasileiras.


As famílias inadimplentes, ou seja, com contas ou dívidas em atraso, chegaram a 25,5% no ano passado, acima dos 24% de 2019. Já as famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso somaram 11% em 2020, percentual também superior ao ano anterior, de 9,6%.

O percentual de pessoas que se disseram muito endividadas subiu de 13,3% em 2019 para 14,9% em 2020. As principais fontes de dívidas são cartão de crédito (78,7%), carnê (16,8%), financiamento de carro (10,7%), financiamento de casa (9,5%) e crédito pessoal (8,5%).

O tempo médio de comprometimento das famílias com dívidas no ano passado chegou a 7,2 meses, acima dos 6,9 meses no ano anterior.

Fonte: O Dia Online - 30/01/2021 e SOS Consumidor