quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

STF começa a julgar o "direito ao esquecimento"

 Ministro Dias Toffoli, relator do caso, iniciou a leitura de seu voto, mas deixou a conclusão para a sessão desta quinta-feira



O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta quarta-feira o julgamento que determinará se existe no país o chamado "direito ao esquecimento", no qual uma pessoa poderia proibir a exibição ou publicação de um fato ou acontecimento antigo, ainda que verdadeiro, para preservar a sua intimidade. O caso tem repercussão geral e poderá criar precedentes em relação à liberdade de acesso à informação e à atividade da imprensa, além de modular as decisões judiciais sobre o assunto em todo o país.

O ministro Dias Toffoli, relator do caso, iniciou a leitura de seu voto, mas deixou a conclusão para a sessão de quinta-feira. Durante a sua fala, Toffoli fez uma avaliação histórica sobre o tema e não indicou seu posicionamento.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra o reconhecimento do direito ao esquecimento. "Se o que hoje é livre de se dizer, o tempo passará e essa liberdade caducará? Como se ela tivesse prazo de validade em uma sociedade livre e democrática?", questionou o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros.

O caso concreto envolve a ação movida pela família de Aída Curi, assassinada em 1958 no Rio de Janeiro. O crime foi amplamente noticiado à época e, em 2004, o programa Linha Direta, da TV Globo, reconstituiu os acontecimentos. Inicialmente, a família de Curi solicitou que o episódio não fosse ao ar e, após a sua exibição, acionou a Justiça em busca de indenizações e pelo "direito ao esquecimento" do caso.

O debate, porém, esbarra na liberdade de expressão, direito à informação e à atividade da imprensa. Organizações que discutem estes temas se manifestaram no Supremo pelo risco de que o direito ao esquecimento, uma vez reconhecido, seja usado por políticos e figuras públicas para retirar conteúdos negativos sobre suas carreiras por meio de ações judiciais.

"Caso o direito ao esquecimento seja reconhecido, a decisão irá beneficiar as pessoas que tentam esconder informação da população", afirmou a advogada Taís Gasparian, que falou em nome da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O advogado que representa a família Curi, Roberto Algranti Filho, afirmou que o programa sobre o caso Aída Curi disse que a família busca não ter o crime relembrado sob risco de causar "perpetuação de uma dor". "Refuto o argumento baseado de que políticos tentarão apagar seus malfeitos. Eles poderão até tentar, mas dificilmente conseguirão o direito ao esquecimento dada a relevância social e política do controle das atividades políticas por parte da imprensa", afirmou.

O advogado Gustavo Binenbojm, que representou a TV Globo, afirmou ao Supremo que o reconhecimento do direito ao esquecimento equivaleria a uma "amnésia coletiva". "A Constituição prevê a liberdade de informar e de ser informado, independente de censura ou licença de quem quer que seja, de vítimas ou algozes, de autoridades públicas ou de pessoas privadas", afirmou.

A sessão será retomada hoje com o voto de Toffoli e dos demais ministros da Corte. O ministro Luís Roberto Barroso já se declarou suspeito e não se manifestará no caso. O ministro Marco Aurélio Mello, que está internado após passar por uma cirurgia no ombro, também não deverá participar da sessão.

Durante o julgamento, entidades de direito defenderam o reconhecimento do "direito ao esquecimento" no Brasil. Segundo Anderson Schreiber, do Instituto Brasileiro de Direito Civil (IBDCivil), a ausência de uma decisão do Supremo deixaria o direito à privacidade "sem qualquer proteção". Ele citou o caso de pessoas que são denunciadas e, no final do processo, inocentadas e absolvidas pela Justiça.

Direito ao esquecimento e criação de precedentes

O direito ao esquecimento diz respeito às pessoas que buscam, por meio da Justiça, terem seus nomes ou imagens apagadas de páginas, sites ou mecanismos de busca na internet, alegando constrangimento ou sofrimento.

Apesar de o ordenamento jurídico brasileiro não possuir uma norma específica sobre o assunto, os cidadãos que desejam ser "esquecidos" citam um trecho da Constituição Federal segundo o qual é assegurado "o direito à intimidade, à vida privada e à imagem das pessoas".

Em 2004, o programa Linha Direta Justiça, da TV Globo, reviveu a história de Aída Curi (foto), jovem de 18 anos que foi abusada sexualmente e morta ao ser atirada de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 1958. Após serem avisados pela rede de televisão de que a história iria ao ar, a família da vítima notificou a empresa pedindo a não exibição do episódio, mas o apelo não foi atendido. De acordo com o advogado da família, o programa reabriu "feridas emocionais muito profundas".

A discussão na Corte é norteada pelo caso de Aída, cujo julgamento dos acusados teve grande repercussão. Mais de seis décadas depois, a família da vítima defende o "esquecimento" do episódio. O relator do caso no tribunal é o ministro Dias Toffoli.

O debate sobre o assunto, no entanto, esbarra no conflito entre liberdade de expressão e liberdade de acesso à informação e o direito à intimidade e à privacidade. Um dos questionamentos feitos é se deve haver um "limite" para o dever de informar.

Em um dos casos mais emblemáticos sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça ordenou, em 2018, que buscadores desvinculassem o nome de uma promotora de Justiça do Rio a notícias sobre uma fraude em um concurso para o Tribunal de Justiça do Estado. Como a promotora foi inocentada, o STJ considerou que as informações tiveram a relevância "superada pelo decurso do tempo".


Agência Estado e Correio do Povo

Governo negocia compra de mais 30 milhões de doses de vacina contra Covid-19

 Discussão será sexta-feira com fabricantes da Sputnik V e da Covaxin



Representantes do Ministério da Saúde, do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputnik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin, reúnem-se na próxima sexta-feira (5) para negociar a aquisição de mais 30 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

Segundo o Ministério da Saúde, o avanço nas negociações foi decidido depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o novo protocolo com simplificação do processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas, dispensando a realização de estudos clínicos de Fase 3. O ministério espera ter acesso aos imunizantes ainda neste mês.

No encontro, serão discutidos também os termos contratuais, de acordo com as minutas de contrato solicitadas nesta quarta-feira (3), incluindo as bases das negociação, além do cronograma de entrega e dos valores das doses dos imunizantes.

A farmacêutica russa Gamaleya, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, adiantou ao Ministério da Saúde que, havendo acordo com a pasta, terá condições para entregar 10 milhões da Sputnik V, que serão importadas da Rússia, nos meses de fevereiro e março. A empresa russa informou que, a partir de abril, passará a produzir mensalmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e 8 milhões de doses no Brasil.

O laboratório indiano Bharat Biotech também disse acreditar no êxito das negociações com o governo brasileiro. Caso isso se viabilize, poderá entregar mais 8 milhões de doses da Covaxin ainda neste mês. A empresa afirmou ter condições de entregar mais 12 milhões de sua vacina em março.

Agência Brasil e Correio do Povo

Marco Aurélio envia notícia-crime contra Bolsonaro à PGR

 Ação responde pedido do PDT contra compra de leite condensado, refrigerantes e chicletes pelo Poder Executivo em 2020



O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, notícia-crime protocolada pelo PDT contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por gastos de R$ 1,8 bilhão em alimentos pelo Executivo em 2020.

Como compete ao procurador-geral da República investigar e propor eventual ação penal por crime comum atribuído ao presidente da República, caberá a Aras a adoção das medidas que entender necessárias para a elucidação dos fatos.

Na ação, o PDT afirma que os gastos na compra de produtos alimentícios supérfluos seriam desproporcionais. Diante disso, sustenta que os fatos devem ser objeto de investigação, para que se verifique a ocorrência de superfaturamento ou condutas corruptivas.

De acordo com a argumentação, ao direcionar e permitir gastos exorbitantes com esses itens alimentícios, em vez de destinar as quantias ao combate e à prevenção à Covid-19, Bolsonaro teria incorrido, também, no delito de prevaricação.

O governo federal afirmou que a compra de leite condensado, item que consumiu mais de R$ 15 milhões dos órgãos do Executivo federal no ano passado, atende 370 mil militares e é usado também em programas de alimentação via Ministério da Cidadania e Ministério da Educação.


R7 e Correio do Povo


Patrick exalta recorde de vitórias do Inter no Brasileirão, mas alerta: "Nada está decidido"



Sputnik V no Brasil?; Dois anos depois, Vale pode fazer acordo; Intelbras estreia

 

A expectativa pela confirmação de um acordo da Vale com o governo de Minas Gerais é um dos temas do dia nesta quinta-feira. A Desperta destaca ainda as novas regras da Anvisa que podem facilitar a aprovação da Sputnik V e o IPO da Intelbras. Boa leitura.

Ruínas em Brumadinho (MG): Vale pode fechar acordo com Minas Gerais | Germano Lüders/EXAME
1 - ACORDO DA VALE

A Vale foi um dos destaques do último pregão, em meio a expectativa por um acordo com Minas Gerais pela tragédia de Brumadinho. As atenções seguem voltadas ao tema nesta quinta-feira, com audiência marcada para hoje. Segundo fato relevante da companhia, faltam apenas “entendimentos finais”. O valor da reparação seria de 37 bilhões de reais, segundo fontes – 32% menor do que o valor pedido por Minas Gerais. No mercado, o acordo é visto como uma redução das incertezas sobre a companhia e uma maior probabilidade de a empresa seguir pagando dividendos, bloqueados após o estouro da barragem. Somado a balanços positivos de bancos e otimismo no exterior, o Ibovespa pode chegar nesta quinta-feira a seu quarto dia consecutivo de alta. Ontem, após os presidentes do Congresso reafirmarem compromisso com o teto de gastos e reformas, o Ibovespa subiu 1,26%. Leia mais


2 - VETERANA NA BOLSA

Ainda nos mercados, a quinta-feira terá a estreia da Intelbras na B3 (sob o ticker INTB3). Focado na produção de equipamentos de segurança, como câmeras, alarmes e outros dispositivos, o grupo catarinense captou 1,3 bilhão de reais no IPO, com ação precificada a 15,75 reais, pouco acima do piso da faixa indicativa. A empresa foi fundada em 1976 por José Francioni de Freitas como parte de um grupo familiar, e está hoje presente em 98% das cidades brasileiras, com mais de 370 distribuidores e 80.000 revendedores. A estreia da Intelbras na bolsa está cercada de expectativa em meio ao bom momento do mercado para IPOs de tecnologia nos últimos meses, que levaram a altas de empresas como Locaweb, Enjoei, Méliuz (em tempo: o Méliuz, que já dobrou de valor desde o IPO, teve ontem o preço-alvo elevado em 110% pelo Bradesco). Leia mais


3 - CONGRESSO COMEÇA

Com os trabalhos oficialmente abertos no Congresso, o Senado se reúne nesta quinta-feira para discutir projetos pendentes. Na primeira sessão deliberativa do ano, os senadores devem analisar a Medida Provisória 998, que remaneja recursos no setor elétrico para evitar que aumentos na tarifa de energia. Se não for votado até o dia 9, o texto perde a validade. A conta de luz teve reajuste médio de quase 4% com aumento de tarifas de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decididas no ano passado e cobrança adicional com a volta das bandeiras. Enquanto isso, na Câmara, foram oficializados os deputados que farão parte da nova mesa diretora. Os partidos do bloco de apoio ao presidente Arthur Lira ficaram com quatro das seis vagas de titulares. Uma expectativa para os próximos dias é a definição de comissões importantes - ontem, o possível nome de Bia Kicis na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) gerou críticas. Leia mais


4 - BRASILEIROS E A AMAZÔNIA

O Ibope apresenta nesta quinta-feira uma pesquisa que analisa a opinião do brasileiro sobre as mudanças climáticas. O levantamento ouviu cerca de 2.600 pessoas, em todas as regiões, e foi encomendado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio), em parceria com o programa de mudanças climáticas da Universidade de Yale, dos Estados Unidos. A pesquisa também trará percepções dos brasileiros sobre queimadas na Amazônia e a preservação ambiental. Segundo outro estudo, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 90% dos entrevistados avaliam que o aumento recente do desmatamento é preocupante, e 94% consideram a preservação da floresta essencial para a identidade nacional. No final do ano, o Brasil registrou o maior índice de desmatamento na Amazônia dos últimos 12 anos, somada à destruição de mais de 12% do Pantanal no ano passadoLeia mais.
 
O Brasil registrou 1.209 óbitos pela covid-19 no boletim desta quarta-feira, completando oficialmente duas semanas com média móvel acima de 1.000 mortes. Também ontem, o mundo chegou a maior número de doses de vacina aplicadas do que casos de covid-19, um marco no combate ao vírus. 

O governo de São Paulo suspendeu a regra adicional da quarentena que fechou restaurantes, shoppings e comércio aos finais de semana mesmo em regiões na fase 2 laranja, como a capital paulista. Veja o que muda

A Anvisa retirou a regra que exigia que testes da fase 3 de vacinas fossem feitos localmente no Brasil antes de conceder autorização emergencial. A mudança pode facilitar a entrada da vacina russa Sputnik V e de outras, como a americana Moderna e, no futuro, a indiana Covaxin, do Barath Biotech (que ainda não concluiu os testes). 

Ainda ontem, o governo anunciou que negocia a compra da Covaxin e da Sputnik V. A farmacêutica brasileira União Química espera viabilizar a importação de 10 milhões de doses prontas e depois produzir a vacina localmente. Veja os países que já aprovaram a Sputnik

O presidente Jair Bolsonaro abriu os trabalhos no Congresso em cerimônia na quarta-feira e foi recebido entre vaias e aplausos. No discurso público, citou a agenda de reformas e privatizações. Mais cedo, em reunião com os novos presidentes das casas, Bolsonaro entregou também uma lista com 35 propostas e, neste caso, mais ênfase na pauta de costumes, como acesso a armas e ensino domiciliar. 

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, convocou uma reunião com os principais reguladores financeiros dos EUA para discutir o caso GameStop. Como mostrou EXAME IN, as regras americanas dão mais margem para que um movimento deste tipo aconteça do que no Brasil (veja aqui). A expectativa é que a reunião possa acontecer ainda nesta quinta-feira.  

O Bradesco superou as expectativas e anunciou lucro de 6,8 bilhões no quarto trimestre (alta de 2,3%), somado a forte redução de despesas. O banco disse que adotou "austeridade total" e terminou 2020 com 1.083 agências físicas e quase 8.000 funcionários a menos.  

E se você é microempreendedor individual (MEI), não se esqueça: a partir desse mês, com o reajuste do salário mínimo, a contribuição do MEI também aumenta e passa a ser de 61 reais.
 
Os efeitos do megavazamento de dados no Brasil vão durar anos, dizem especialistas

EXAME lança curso sobre análise gráfica

As ações que pagam dividendos mais indicadas para fevereiro


Conta que rende 210% do CDI: é pegadinha? Vale a pena aplicar?

Pão de Açúcar vende cervejas especiais com 50% off (há rótulo por R$ 2,35)

Burger King lança programa de fidelidade com prêmios e descontos

E as 15 profissões em alta para 2021 
 
HOJE | Xangai / -0,44%
Tóquio / -1,06%
Londres / +0,02% (às 7h)


ONTEM | Ibovespa / +1,26%
S&P 500 / +0,10%
Dólar / 5,37 reais (+0,29%)

Como previsto, a Netflix dominou as indicações do Globo de Ouro, anunciadas nesta quarta-feira. A série com mais indicações é "The Crown", que concorre em seis categorias. Entre os filmes, uma ausência sentida foi a do brasileiro "Bacurau" na categoria de produções estrangeiras. Veja a lista

Olivia Colman em cena de The Crown
Olivia Colman: intérprete da rainha Elizabeth concorre ao prêmio de melhor atriz | Foto: Netfilx/Divulgação

Mesa diretora é eleita na Câmara dos Deputados

 Marcelo Ramos, do PL, será vice-presidente na Casa



O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) foi eleito nesta quarta-feira como primeiro vice-presidente da Câmara pelos próximos dois anos. Único candidato ao cargo, o parlamentar recebeu 396 votos. Também foram eleitos o segundo vice-presidente, quatro secretários e quatro suplentes. A Mesa Diretora é responsável por decisões administrativas e até políticas.

Como primeiro vice-presidente, Ramos terá a função de substituir o presidente da Casa em casos de ausências, elaborar pareceres sobre requerimentos de informações e projetos de resolução. O parlamentar integrou o bloco que apoiou a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) e foi presidente da comissão especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê prisão após condenação na segunda instância.

A eleição aconteceu após Lira (PP-AL) recuar por pressão de partidos da oposição e aceitar um novo acordo sobre a divisão dos cargos na Mesa Diretora. Após desconsiderar os nomes apresentados pelo bloco que apoiou a candidatura derrotada de Baleia Rossi (MDB-SP), Lira foi alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF), movida pelo PDT, e acabou voltando atrás.

O acordo feito estabeleceu que o PSD ficasse com a segunda vice-presidência da Casa. O deputado André de Paula (PE) foi eleito com 270 votos. Já o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE), será o primeiro secretário da Câmara com 298 votos. O posto tem o controle do "caixa" da Casa.

A segunda secretaria da Câmara será disputada em segundo turno pelos deputados Marília Arraes (PT-PE) e João Daniel (PT-SE), que tem a bênção do partido. Mesmo sem o apoio da legenda, Marília anunciou cedo que iria concorrer ao cargo. O resultado quebra o acordo firmado entre os deputados, que estabeleceram não apoiar candidaturas avulsas.

Foram eleitas também as deputadas Rose Modesto (PSDB-MS) e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ) como terceira e quarta secretárias, respectivamente.

Foram eleitos os deputados: 

• 1º Vice: PL, deputado Marcelo Ramos (AM), com 396 votos
• 2º Vice: PSD, deputados André de Paula (PE), com 270 votos
• 1º Secretário: PSL, deputados Luciano Bivar (PE), com 298 votos
• 2º Secretário: PT, deputados Marília Arraes (PE) disputa segundo turno com João Daniel (SE) 
• 3º Secretário: PSB, deputada Rose Modesto (MS), com 398 votos
• 4º Secretário: Republicanos, deputada Rosângela Gomes (RJ), com 418 votos 

O processo de votação para os integrantes da Mesa foi presencial e secreto. No total, 21 urnas eletrônicas foram distribuídas pelo plenário e pelos salões Verde e Nobre, todos com acesso restrito aos parlamentares. Ao entrar na cabine, cada deputado registrou todos os votos de uma só vez. 

À tarde, após a realização da eleição, está marcada a sessão solene de abertura do ano legislativo, que marca o início dos trabalhos no parlamento. A cerimônia é presidida pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Durante a sessão será realizada a leitura das mensagens enviadas ao Legislativo pelo Poder Executivo e pelo Judiciário.


R7 , Agência Estado e Correio do Povo

Força-tarefa da Lava Jato de Curitiba é dissolvida

 Medida atende a portaria assinada em dezembro de 2020 pela Procuradoria-Geral da República



O Ministério Público Federal no Paraná anunciou que a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba deixou de existir a partir de 1.º de fevereiro deste ano. Quatro de seus integrantes passarão a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com mandatos até agosto de 2022, para garantir a continuidade das investigações em curso. Os casos que faziam parte do acervo da Lava Jato serão conduzidos por procuradores alocados no Gaeco, sem dedicação exclusiva.

A medida atende a uma portaria assinada em dezembro de 2020 pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A extinção do modelo de forças-tarefa é proposta pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, desde que ele foi alçado ao cargo, em setembro de 2019. Crítico da Lava Jato, Aras já declarou que iria impor uma "correção de rumos" nas forças-tarefa do Ministério Público, com a adoção de um novo modelo de investigação sem métodos "personalistas" nem "caixas-pretas".

Integrantes do MPF de diferentes alas avaliam que os movimentos de Aras expõem suas intenções de concentrar poder na cúpula da PGR, em uma ameaça à independência funcional dos procuradores.

A principal ofensiva de Aras sobre o modelo das forças-tarefa se deu em junho do ano passado, quando ele enviou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, chefe dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, a Curitiba para colher dados da operação. Os procuradores da força-tarefa paranaense reagiram e, em nota enviada à PGR e à Corregedoria do órgão, manifestaram "estranhamento" pela "busca informal" de dados das investigações em curso.

Em julho, durante o plantão do STF, o ministro Dias Toffoli determinou às forças-tarefa da Lava Jato - em Curitiba, São Paulo e no Rio de Janeiro - que enviassem à PGR "todas as bases da dados estruturados e não estruturados utilizadas e obtidas em suas investigações". Com o retorno das atividades do tribunal, entretanto, o ministro Edson Fachin - relator da ação - derrubou o entendimento de Toffoli, expondo as divisões internas do Supremo sobre os métodos de investigação da Lava Jato.

No mês passado, durante café com jornalistas, Aras disse que o banco de dados da Lava Jato de Curitiba seria colocado à disposição de integrantes do MPF. Ainda em janeiro, ele assinou uma portaria que facilita o compartilhamento interno de informações no âmbito do MPF, inclusive os dados sigilosos levantados pelas forças-tarefa da Lava Jato.

Foi a primeira vez que PGR regulamentou o recebimento, armazenamento e compartilhamento de dados obtidos por procuradores. De acordo com a PGR, a medida "deve simplificar" o trabalho possibilitando "atuação mais célere e efetiva nas investigações, e otimizar a gestão do conhecimento dos dados recebidos pela instituição".

Legado

Desde março de 2014, a Lava Jato apresentou 130 denúncias que resultaram em 278 condenações, entre políticos - como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral - e grandes empresários, como Marcelo Odebrecht (mais informações nesta página).

Nos últimos anos, no entanto, a operação perdeu força e seus principais protagonistas deixaram a condução dos trabalhos. Em setembro de 2018 o então juiz responsável pelos casos em primeira instância, Sérgio Moro, se aposentou para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública a convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro. Em setembro de 2020, o procurador Deltan Dallagnol deixou a coordenação da Lava Jato de Curitiba alegando motivos pessoais.

"O legado da força-tarefa Lava Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira", afirmou em nota o procurador Alessandro José de Oliveira. Ele assumiu a direção da força-tarefa em setembro seguirá como coordenador do núcleo da Lava Jato no Gaeco.


Agência Estado e Correio do Povo

Nova linhagem da Covid-19 de Manaus ainda não foi detectada no RS

 Doze linhagens estão em circulação no Estado



A P.1, nova linhagem da Covid-19 encontrada em Manaus (AM),  ainda não se manifestou no Rio Grande do Sul. A afirmação é possível por meio do boletim genômico elaborado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) no dia 1º de fevereiro. 

O resultado teve como base a análise de pelo menos 200 amostras,  de indivíduos de ambos os sexos e idade variada (até 86 anos) de 53 municípios diferentes, enviadas pelo Estado à Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O documento emitido pelo Cevs foi produzido em conjunto com a Fiocruz  e indicou a existência de sete tipos principais de linhagens do novo coronavírus no Brasil (denominadas  B.1, B.1.1.119, B.1.1.28, B.1.1.33,  Outros,  P.1 e P.2) sendo que quatro se manifestaram no Rio Grande do Sul (B.1.1.119, B.1.1.28, Outros e P.2).O Estado tem 12 linhagens em circulação até o momento, número que pode sofrer variação. 

O território gaúcho jpa recebeu 32 pacientes vindos de Manaus, com Covid-19. O primeiro grupo tinha 17 pessoas,  chegou no dia 1º e ficou em hospitais de Porto Alegre e Canoas. O segundo, com 15 enfermos,  veio no dia 2, e foi para Santa Maria. A diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos do Cevs disse que ainda não tem resultados desses pacientes para diagnosticar se estão com essa linhagem, e afirma que “ teoricamente, ela está presente em vários estados". Ela esclarece que ainda não há como prever a gravidade e o poder de contágio da P.1, que é muito resistente. “Por isso, criamos o boletim para acompanhar de perto esse processo”, explica.

A gestora ressalta que não dá para classificar a P.1 como uma cepa, o que não é sinônimo de linhagem e nem de variante. Segundo Cynthia,a definição de uma linhagem acontece a partir de uma combinação de mutações que permanecem ao longo do tempo, situação propícia para surgirem as variantes, que vão se dividindo como se fossem galhos de  uma árvore. “Essas várias variantes são da mesma linhagem porque tem um ancestral em comum”, pontua.  Já a cepa seria uma linhagem diferente, que começa a sair do grupo de origem devido às características muito distintas. São essas especificações que inviabilizam a definição da P.1 como cepa. “ Seria como colocar em uma caixa algo que está em cima do muro”, elucida. Por essa razão, ela prefere classificar como linhagem.  

A diretora destaca que não há um respaldo científico claro sobre o que determina o surgimento de linhagens em diferentes locais geográficos, como ocaso da cepa P.1 que foi diagnosticada em Manaus, mas não está no Rio Grande do Sul.Sobre a linhagem  classificada como “Outros”,  ela relata que é composta por subtipos que ainda não têm características suficientes para formar uma linhagem própria e por isso ficam reunidos em um grupo.


Correio do Povo

Doria e suas contradições

 




Fonte: https://www.instagram.com/tv/CK2TbqsC0mI/?utm_source=ig_web_copy_link

Governo do Estado prevê recursos para aquisição de vacinas contra Covid-19

 Executivo enviou projeto à Assembleia prevendo possível remanejo de recursos. Porém, sem definição de valores



Entre os projetos considerados prioritários pelo governo do Estado para discussão na Assembleia Legislativa está o que prevê a possibilidade de remanejo de recursos para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. A medida integra o projeto que trata da atualização da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. 

A proposta não define detalhes e nem projeta valores, uma vez que depende da necessidade efetiva. A previsão de recursos foi ponto acertado entre o governador e a bancada do PT, no final do ano passado, para conseguir apoio na votação da manutenção da majoração da alíquota do ICMS. 

Além disso, o novo projeto também prevê uma meta atualizada de resultado primário para 2021, que passa a ser um superávit de R$ 190 milhões, ao invés do déficit primário de R$ 3,9 bilhões previsto na lei atual. Entre os ajustes técnicos, está a redução do déficit das contas públicas, que passou de R$ 8,1 bilhões para R$ 3,6 bilhões.  

O projeto integra as sete propostas apresentadas pelo governador do Estado Eduardo Leite (PSDB) para o início de 2021. Do conjunto, quatro são novas e três são do ano anterior. Todas receberão regime de urgência. 


Correio do Povo

Formação de ciclone na costa provoca temporais no RS nesta quinta

 Extremo Sul tem maior risco de chuva forte



Um ciclone intenso e atípico se forma sobre o Atlântico a partir desta quinta-feira. A frente fria associada a ele avança, com chuva e temporais isolados, especialmente pela manhã. Ao longo do dia, no entanto, o sol pode começar a aparecer.

De acordo com a MetSul Meteorologia, o maior risco de chuva forte acontece no Extremo Sul, com rajadas de vento mais intensas. O ar mais frio ingressa já no fim do dia, quando serão registradas as mínimas. 

Em Porto Alegre, sol aparece, mas deve haver chuva. A mínima na Capital é de 20°C, e a máxima fica na casa dos 26°C.

Mínimas e máximas no RS

Santa Maria 19°C / 26°C
Passo Fundo 18°C / 24°C
Vacaria 15°C / 22°C
Torres 21°C / 29°C
Erechim 18°C / 24°C


MetSul Meteorologista e Correio do Povo



Renato reclama de critérios da arbitragem contra o Grêmio

Dirigente fala em dois pesos e duas medidas do VAR


Anvisa muda regra que dificultava uso emergencial da Sputnik V