segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Debandada do DEM; Governo aposta em greve "fraca" dos caminhoneiros; O que esperar da bolsa em fevereiro

 

A eleição no Congresso e a expectativa pela dimensão da greve dos caminhoneiros marcam o começo da semana. A Desperta destaca ainda as expectativas para a bolsa em fevereiro, o início da temporada de balanços dos bancos e o andamento do aguardado leilão do 5G. Boa leitura.

Lira e Rossi: disputa pela liderança da Câmara e de temas cruciais nos próximos dois anos | Montagem/EXAME
1 - ELEIÇÃO NA CÂMARA

Depois de semanas de campanha (em parte ignorada pela população), as eleições para a presidência da Câmara e do Senado acontecem nesta segunda-feira, a partir das 14h no Senado e das 19h na Câmara. Os principais nomes no Senado são Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiado pelo Planalto, e Simone Tebet (MDB-MS). Já os favoritos na Câmara são Arthur Lira (PP-AL), governista, e Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os vencedores comandarão as Casas pelos próximos dois anos, podendo ser os responsáveis por pautas como auxílio emergencial, reformas e um eventual impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os deputados, a disputa está acirrada e deve ir para o segundo turno (são necessários 257 dos 513 votos para vencer ainda hoje). Como os votos são secretos, a eleição deve ser marcada por traições. Na noite de ontem, o DEM retirou apoio a Baleia Rossi e liberou a bancada. Leia mais


2 - BOLSA EM FEVEREIRO

A bolsa brasileira embarcou em uma montanha-russa no primeiro mês de 2021. Logo na primeira semana do ano, o Ibovespa renovou seu recorde histórico de fechamento para 125.076,63 pontos — e depois começou a despencar, chegando a seis dias consecutivos de perdas no mês e encerrando janeiro com recuo mensal de 3,32%. No exterior, o americano S&P 500 teve na semana passada a maior queda semanal desde outubro, recuando 3,31%. Diante desse desfecho, o que esperar do segundo mês do ano na bolsa? Parte das respostas vem da análise dos fatores que ajudaram a derrubar o Ibovespa em 8% desde o recorde no início do mês: são temporários ou seguirão no curto e médio prazo? Entre os riscos estão as incertezas nos estímulos nos EUA, temor sobre uma bolha nos preços e, no Brasil, atraso na vacinação, risco fiscal e estatais (as ações da Eletrobras lideraram as perdas no mês). A EXAME ouviu analistas para entender o que esperar da bolsa em fevereiro.


3 - BALANÇO DO ITAÚ

O banco Itaú divulga nesta segunda-feira os resultados do quarto trimestre e do ano completo de 2020, e abre a temporada de balanços dos grandes bancos. A expectativa do mercado é de que o Itaú apresente queda no lucro, seguindo a tendência do setor, cujos resultados foram afetados pelas provisões para lidar com possíveis perdas devido à pandemia (veja aqui). Enquanto isso, a concorrência com fintechs é outro momento de alerta para o setor - pesquisa recente do banco JPMorgan mostra que o NPS de fintechs (como banco Inter e Nubank) está melhor que o dos bancões. Também na agenda desta segunda-feira nos mercados, a rede de salões de depilação EspaçoLaser, com 514 lojas, estreia na B3. A ação foi precificada no meio da faixa indicativa, a 17,90 reais. Na frente política, a eleição no Congresso e a atenção para o tamanho que tomará a greve dos caminhoneiros são outros dos temas do dia nos mercados. Leia mais


4 - LEILÃO DO 5G

O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve se reunir nesta manhã para deliberar sobre o edital de licitação de radiofrequências da tecnologia 5G, um primeiro passo para que o aguardado leilão do 5G seja realizado no país. Se aprovado, o texto segue para análise da área técnica da Anatel e, em seguida, para o Tribunal de Contra da União, em processo que pode levar até cinco meses. A reunião ocorre em um momento em que o governo federal se vê pressionado para liberar a participação da chinesa Huawei e evitar mais atritos com a China que possam atrapalhar o envio de vacinas. Em outra frente, a Feninfra, federação que representa 57.000 empresas que fazem instalações de internet, pediu ao governo federal que a reunião na Anatel fosse adiada ou que não deliberasse sobre o tema. Segundo a federação, as diretrizes para o leilão até agora trazem muitas responsabilidades às empresas e precisam ser melhor detalhadas. Leia mais.
 
Entidades ligadas aos caminhoneiros mantiveram paralisação a partir desta segunda-feira, por tempo "indeterminado". O principal questionamento é sobre o tamanho da paralisação, e duas das maiores entidades disseram que não irão aderir. Veja o que se sabe até agora.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse acreditar que a greve será um "movimento fraco". Neste domingo, áudio de uma conversa entre o ministro e caminhoneiros circulou no WhatsApp, no qual Freitas afirma não ter possibilidade de atender aos pedidos da categoria.

Após a Justiça proibir e voltar atrás na última sexta-feira, São Paulo, que tem o maior número de alunos do Brasil, retoma as aulas presenciais nesta segunda-feira. Por ora, estão autorizadas escolas particulares e municipais, enquanto a rede pública estadual volta em 8 de fevereiro. Além de SP, outros 12 estados deverão retomar as aulas presenciais em fevereiro.

Estão prontos para embarque no aeroporto de Pequim, na China, os 5,4 mil litros do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para o Instituto Butantan. O insumo é suficiente para fabricar mais de 8,6 milhões de doses da Coronavac e a previsão do governo de São Paulo é que chegue ao Brasil na quarta-feira, 3.

Autoridades sanitárias do Amazonas investigam a morte de um idoso de 83 anos no sábado, após ter recebido dois dias antes uma dose da vacina de AstraZeneca/Oxford. Segundo a família, ele estava gripado antes de ser vacinado. Ainda não se sabe se há relação entre a vacina e o óbito. 

As Forças Armadas de Mianmar tomaram o poder no país nesta segunda-feira e detiveram a líder de fato do governo, Aung San Suu Kyi. Seu partido acusa um golpe de Estado, e líderes mundiais condenaram a ação.

A Rússia prendeu mais de 5.000 pessoas após protestos nacionais neste domingo em defesa do opositor Alexei Navalny. Navalny foi preso neste mês ao voltar de tratamento na Europa, após ter sido envenenado. 

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rompeu neste sábado com alguns de seus principais advogados de defesa antes do julgamento de impeachment no Senado. O rompimento surpreendeu o Partido Republicano

Os senadores americanos Bernie Sanders e Elizabeth Warren pediram neste domingo providências contra o que chamaram de abusos de Wall Street com o frenesi da GameStop. “Precisamos de uma investigação da SEC”, disse Warren à CNN, mencionando a reguladora do mercado de ações. Leia aqui

Além de consolidar a operação em México e Colômbia, uma das metas do Nubank para o ano é passar a oferecer um cardápio mais amplo de produtos de investimento, disse o presidente David Velez à EXAME. Isso deve ocorrer tão logo a aquisição da corretora Easynvest, anunciada em setembro, seja aprovada pelo Banco Central (o Cade já deu sinal verde). Leia a entrevista
 
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O icônico esportivo da Ford que deve seguir no topo da categoria no Brasil
 
HOJE | Xangai / +0,64%
Tóquio / +1,55%
Londres / +0,80% (às 7h)


SEXTA | Ibovespa / -3,21%
S&P 500 / -1,93%
Dólar / 5,47 reais (+0,71%)

Em um ano muito difícil para a economia brasileira, o mercado de vinhos foi na direção oposta e deu um salto histórico em 2020. O consumo per capita subiu 30% no país em meio ao isolamento social, e o movimento também beneficiou os vinhos feitos no Brasil. Veja aqui

Vinho rosé: pandemia fez consumo saltar no Brasil | Foto: MarkSwallow/Getty Images

Antiquário - Relíquia vinda do Uruguai à venda na loja

 




Valor: R$ 350,00

Mais informações:

Judite Sandra La Cruz
(51) 9 8502.8080 
Teia de Aranha
Endereço: Av. João Pessoa, 1040 -  Porto Alegre - RS, 90040-001
A loja funciona de quarta a  domingo a partir das 10 horas.

Após ser abandonado por DEM e PSDB Maia ameaça com impeachment contra Bolsonaro

 

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Quebrando as narrativas e mostrando a verdade sobre o Min Pazuello e gestão da pandemia em Manaus

 

Polícia russa prende mais de 4,4 mil pessoas em protestos pró-Navalny

 Nos centros de Moscou e São Petersburgo, muitos policiais e agentes da Guarda Nacional foram mobilizados


A polícia russa prendeu, neste domingo, mais de 4,4 mil pessoas e fechou o acesso ao centro de Moscou durante novas manifestações em todo o país para exigir a libertação do opositor Alexei Navalny. Milhares de pessoas ignoraram as advertências do governo e tomaram as ruas de várias cidades russas, de Vladivostok a São Petersburgo, no segundo fim de semana de protestos contra a prisão do principal opositor do presidente Vladimir Putin.

Pelo menos 4.407 pessoas foram presas em todo o país, incluindo 1.365 em Moscou, segundo o último relatório divulgado pela ONG OVD-Info, especializada no monitoramento das manifestações. Em outras metrópoles russas, como São Petersburgo, Krasnoyarsk (Sibéria) e Vladivostok (Extremo Oriente), também ocorreram centenas de prisões, segundo a mesma fonte.

A esposa de Navalny, Yulia Navalnaya, foi presa a caminho de uma manifestação, relataram vários meios de comunicação da oposição. Essas manifestações seguem um primeiro dia de mobilização, no sábado da semana passada, que reuniu dezenas de milhares de manifestantes e resultou em mais de quatro mil prisões, além da abertura de cerca de vinte processos.

Nos centros de Moscou e São Petersburgo, muitos policiais e agentes da Guarda Nacional foram mobilizados. "Putin é um ladrão!", "Liberdade!", gritavam dezenas de manifestantes ao passarem pelo centro da capital russa, tendo o local da reunião sido alterado no último minuto devido às restrições da polícia, que limitou o acesso a várias ruas no centro e fechou estações de metrô, uma decisão rara.

No Twitter, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, criticou a repressão às manifestações por meio do "uso persistente de táticas brutais" e instou a "libertar aqueles que foram presos, incluindo Alexei Navalny".



O ministério das Relações Exteriores russo foi rápido em denunciar essas acusações como "interferência grosseira nos assuntos internos" da Rússia. Essas novas manifestações acontecem tendo como pano de fundo a apresentação de Alexei Navalny perante os juízes, prevista para a próxima semana. O opositor é alvo de vários processos judiciais desde seu retorno à Rússia em 17 de janeiro.

Segundo o seu advogado, ele corre o risco de "cerca de dois anos e meio" de prisão pela violação das condições de uma pena suspensa de três anos e meio de prisão, que foi infligida em 2014.

AFP e Correio do Povo


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Deputados elegem novo presidente da Câmara nesta segunda-feira

 



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São necessários 257 votos para que um candidato seja eleito. Caso o número não seja alcançado, será realizado segundo turno entre os dois mais votados.











Pobreza extrema no Brasil é maior em janeiro do que no começo da década passada

 Neste mês de janeiro, 12,8% dos brasileiro passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês; fim do auxílio colaborou



A taxa de pobreza extrema no Brasil começa 2021 em alta com o fim do auxílio emergencial em dezembro. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo deste domingo informa que o país tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia e em relação ao começo da década passada, em 2011.

Neste mês de janeiro, 12,8% dos brasileiro passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), linha de pobreza extrema calculada pela FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e covid-19, informa o jornal. No total, segundo projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão nessa condição neste começo de ano - mais que a população da Austrália. A taxa neste começo de década é maior que a do início da anterior (12,4%) e que a de 2019 (11%).

Trata-se de um aumento significativo na comparação com o segundo semestre de 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial a cerca de 55 milhões de brasileiros chegou a derrubar a pobreza extrema, em agosto, para 4,5% (9,4 milhões de pessoas) - o menor nível da série histórica. O efeito negativo da pandemia sobre a renda dos mais pobres já tenderia a ser prolongado levando-se em conta a recuperação difícil que o Brasil tem à frente (quase sem espaço no Orçamento público para novas rodadas de auxílio emergencial), o aumento das mortes pela Covid-19 e o atraso no planejamento da vacinação. 

O pagamento do auxílio emergencial custou cerca de R$ 322 bilhões, a maior despesa do Orçamento de Guerra contra a Covid-19. Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 6,6 trilhões - ambos recordes que levaram à deterioração no perfil de refinanciamento. Mas, além do aumento da pobreza no presente, a pandemia deve impor perdas futuras de renda aos mais jovens, sobretudo os pobres, que acabaram perdendo boa parte do ano escolar de 2020.

No geral, os jovens, os sem escolaridade, os nordestinos e os negros foram os que mais perderam renda do trabalho na pandemia. Hoje, cerca de 35% dos jovens brasileiros nem trabalham nem estudam - os chamados "nem nem" eram 25% no final de 2014.


Agência Estado e Correio do Povo


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Carreata em Porto Alegre pede impeachment de Bolsonaro e vacina para todos brasileiros

 Cerca de 50 veículos participaram da manifestação, percorrendo diversas ruas da Capital



Com cartazes, faixas e adesivos de "O Brasil precisa respirar, Fora Bolsonaro e Vacina para todos Já", cerca de 50 veículos participaram de uma carreata, neste domingo, pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Organizada pela Associação Mães e Pais pela Democracia, a carreata partiu do estacionamento do Estádio Beira Rio, na avenida Padre Cacique e percorreu diversas ruas das zonas Sul, Leste e Centro da Capital.

Durante o trajeto, houve buzinaços e repetidos gritos de "Fora Bolsonaro genocida e Vacina Já". Nas ruas e prédios houve manifestações de apoio ao protesto. "Chegou a hora de tirarmos esse presidente do poder. O povo já não aguenta mais tanta incompetência", disse o motorista Eduardo Braz de Oliveira, 35 anos.

De acordo com a presidente da Associação, Aline Kerber, a carreata tem como objetivo mostrar a insatisfação com o governo Bolsonaro e mostrar a união do povo para o impeachment. "Essa é a nossa segunda carreata. Queremos agrupar mais pessoas para explicar à população sobre a necessidade de tirar Bolsonaro do poder. Com ele os brasileiros ainda estão sem vacína e o país entrou no mapa da fome", afirmou a presidente.

Ela lembrou também que todos os brasileiros devem se vacinar contra a Covid-19. A manifestação ocorreu de forma pacífica e teve a participação de representantes de partidos políticos e sindicatos. Durante a carreata, a grande maioria dos participantes fez o uso da máscara como forma de prevenção contra o coronavírus.


Foto: Alina Souza


Correio do Povo

Tarcísio de Freitas crê em greve de caminhoneiros "fraca" e "sem adesão"

 Ministro da Infraestrutura disse que tem dialogado com as principais lideranças do setor



O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, minimizou o movimento grevista de caminhoneiros que promete fazer paralisações nesta segunda-feira. Em entrevista ao Estadão, Freitas disse que tem dialogado com as principais lideranças do setor e que não haverá adesão da maior parte dos trabalhadores.

"Vai ser um movimento fraco, não vai ter adesão. As empresas de transporte não vão parar, os principais sindicatos não vão parar. Tenho recebido mensagens de apoio de diversos líderes de caminhoneiros. Eles não querem parar, querem trabalhar. É o sentimento geral", disse o ministro.

No domingo, o áudio de uma conversa entre Freitas e uma liderança de caminhoneiros circulou em grupos de WhatsApp, na qual o ministro afirma não ter como atender alguns dos pedidos do segmento. Freitas confirmou a autenticidade do áudio e disse que a conversa ocorreu neste domingo e se tratava de uma tentativa de esclarecer o papel do governo em cada demanda.

Os dois principais pedidos da categoria são a redução de cobrança de PIS e Cofins sobre o óleo diesel, para reduzir o preço do combustível na bomba, e o aumento da tabela de fretes.

"Sobre o PIS/Cofins, se você tira R$ 0,01, são R$ 800 milhões a menos na arrecadação. E o governo federal já zerou a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). O PIS/Cofins, que era R$ 0,46, hoje está a R$ 0,33. Então, estamos fazendo o que está ao alcance do Ministério da Infraestrutura. Se isso ocorre, é preciso ter fonte compensatória, e isso vai significar onerar alguém. Estamos na iminência de uma reforma tributária", disse.

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que foi "em cima da Petrobras" para tentar reduzir o preço, "mas não é fácil". Bolsonaro disse que ouviu do presidente da empresa, Roberto Castello Branco, que a cotação acompanha o valor internacional e que a gasolina local é mais barata dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). "Fui em cima da Petrobras, mas não interferimos", disse, acrescentando que pediu redução de PIS/Cofins à Receita, mas que entendeu que não tem como.

Tarcísio de Freitas reafirmou a posição. "O PPI (Preço de Paridade de Importação) da Petrobras, por exemplo, não podemos atender. Tem como acabar com essa paridade de preço internacional da Petrobras? Não tem. Seria interferir na vida da empresa", afirmou.

O ministro falou ainda sobre a tabela de frete, criada após a paralisação de 2018. A tabela foi imposta pelo setor, que queria estabelecer preços mínimos para prestação dos serviços. "Sobre a tabela de frete, a gente já fiscalizou. Foi efetivo? Não, porque nunca tabela de frete vai funcionar", disse. "O governo não tem culpa. A solução para o transporte é a economia crescer. Isso é mercado que regula."

Medidas

O ministro destacou algumas ações que a pasta tem tomado. "Estamos revisando normas de pesagem, por exemplo. As novas concessões de rodovias terão obrigação de ter postos de parada operados pelas empresas e isso será incluído nos preços de pedágio", disse.


Agência Estado e Correio do Povo


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