quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Obama pede que eleitores de Biden ignorem pesquisas e votem em massa

 


O ex-presidente americano Barack Obama convocou nesta quarta-feira os apoiadores do candidato presidencial democrata, Joe Biden, a participar das eleições de 3 de novembro e não se acomodar com as pesquisas favoráveis, durante um discurso em que também criticou seu sucessor, Donald Trump.

"Não podemos ficar confiantes. Não me importo com as pesquisas", disse Obama durante um comício na Filadélfia, estado da Pensilvânia. Biden supera Trump em nove pontos percentuais em nível nacional, segundo a média de pesquisas da RealClearPolitics.

Em sua primeira aparição na campanha para apoiar Biden, Obama lembrou que, em 2016, "houve um monte de pesquisas" favoráveis à candidata democrata, Hillary Clinton, "e não funcionou, porque muita gente ficou em casa, ficou com preguiça e confiante. Desta vez, não. Não nesta eleição."

Obama criticou o desempenho do governo Trump e seu estilo provocativo, que contrasta com o de Biden, vice-presidente durante seus oito anos na Casa Branca. "Isto não é um reality show, é a realidade. E o restante de nós teve que viver com as consequências de ele ter se mostrado incapaz de levar o trabalho a sério."

"Nossa democracia não irá funcionar se as pessoas que deveriam ser nossos líderes mentem todos os dias e simplesmente inventam coisas. E nos tornamos insensíveis a isso", lamentou o ex-presidente.

Mais cedo, Obama participou de uma mesa-redonda com líderes da comunidade negra da Filadélfia e criticou o desempenho de Trump na pandemia. "Teria sido difícil para qualquer presidente, nunca vimos algo assim em 100 anos. Mas o grau de incompetência e desinformação, o número de pessoas que poderiam ter se salvado se tivéssemos feito o básico... Não podemos permitir mais quatro anos disso. Estamos em um abismo profundo", lamentou o ex-presidente, 59.

Estilos diferentes de campanha 

Pelo terceiro dia consecutivo, Biden, 77, não tinha atividades públicas programadas, enquanto o presidente Trump, 74, continuava a viajar pelos Estados Unidos, na véspera do segundo e último debate presidencial.

Mais de 40 milhões de cidadãos já votaram pelo correio ou pessoalmente, o que representa cerca de 30% da participação total em 2016. Naquele ano, Trump venceu com muita força na Pensilvânia, um estado potencialmente crucial ao qual ele voltou na noite de terça-feira após dois comícios no Arizona.

"Tudo o que ele (Biden) faz é ficar em casa", disse Trump na cidade de Erie. Ele está em um hiato de "cinco dias", exagerou para seus apoiadores.

Depois de visitar a Carolina do Norte no domingo, Biden voltou a seu reduto, em Wilmington, Delaware. Ele cumprimentou apoiadores e deu uma entrevista, mas depois se distanciou dos jornalistas, exceto para fazer declarações à imprensa local de estados-chave.

Sua companheira de chapa, a senadora Kamala Harris, de 56 anos, foi à Carolina do Norte nesta quarta-feira para mobilizar eleitores.

Último debate 

Biden e Trump ficarão cara a cara novamente nesta quinta-feira no segundo e último debate em Nashville, Tennessee. O primeiro, realizado no final de setembro, foi uma batalha estridente. E nada indica que o amanhã será diferente. Pelo contrário.

Recusando-se a ser considerado presidente de um único mandato, Trump tem se dedicado nos últimos dias a atacar a integridade de seu adversário. Sem fornecer fatos concretos, ele diz reiteradamente que os Biden são "uma família do crime". Trump fala sobre os negócios de Hunter Biden na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Obama (2009-2017).

Altamente sensível a ataques à família, e às vezes perdendo a paciência, Biden deve estar preparado para suportar os golpes.

Para evitar o caos do primeiro debate, quando um candidato estiver falando, o microfone de seu oponente será silenciado. Essa regra foi considerada "injusta" por Trump.

Assim como em 2016, Trump busca se mostrar como um candidato que não foge da luta e que faz isso pelos americanos.

Questionado sobre várias pesquisas que o mostram atrás de Biden, Trump diz que está confiante em sua capacidade de mobilizar multidões. "Nunca vimos comícios com tanto amor e tantas pessoas", disse.


AFP e Correio do Povo

Pandemia pode reduzir oferta de vagas temporárias no natal, projeta CNC

 Oferta deve ficar quase 20% abaixo da registrada no ano passado



A crise provocada pela pandemia da Covid-19 pode fazer com que a oferta de vagas temporárias no comércio para o período das festas de natal e fim de ano seja menor desde 2015, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a CNC, neste fim de ano, o comércio deverá contratar 70,7 mil trabalhadores temporários para atender ao aumento sazonal das vendas. O número é 19,7% menor do que o registrado em 2019 (88 mil). O natal é a principal data comemorativa do varejo e deve movimentar R$ 37,5 bilhões em 2020.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que, mesmo impulsionado pelo e-commerce (comércio eletrônico), o varejo ainda sente os efeitos das condições de consumo em meio à pandemia. Ele destacou que a intensificação das ações de venda on line tem ajudado na recuperação gradual do varejo nos últimos meses e também será um dos impulsionadores das vendas para o natal. "Porém, apesar de o comércio eletrônico ter crescido bastante, as vendas em shopping centers vêm registrando retração, e isso impacta diretamente no número de temporários contratados, em especial os vendedores.”

As lojas de roupas e calçados, que historicamente respondem pela maior parte dos empregos temporários neste período do ano, deverão ofertar 30,7 mil vagas em 2020. Segundo o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC, o total equivale a pouco mais da metade dos 59,2 mil postos de trabalho criados em 2019.

“Esse ramo do varejo vem apresentando mais dificuldades para recuperar o nível de vendas anterior ao início do surto de Covid-19”, disse Bentes. Somados ao ramo de vestuário, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,7 mil) e os hipermercados  e supermercados (13,4 mil) deverão responder por quase 82% das vagas oferecidas pelo varejo no Natal.

Remuneração aumenta

A CNC estimou em  R$ 1.319 o salário médio de admissão para as vagas temporárias no natal, 4,6% acima da remuneração para esse tipo de emprego no ano passado. Os maiores salários são esperados nas lojas especializadas em produtos de informática e comunicação (R$ 1.618) e de artigos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos (R$ 1.602). Tais segmentos, contudo, deverão responder por apenas 7% das vagas.

Fábio Bentes ressaltou que a taxa de efetivação dos temporários após as festas de natal e fim de ano deverá ser a menor dos últimos quatro anos. Segundo o economista, a queda é explicada pela incerteza quanto à capacidade da economia e do consumo de sustentar o ritmo de recuperação nos próximos meses. “É um cenário distinto daquele observado até 2014, quando, em média, 30% dos trabalhadores contratados costumavam ser efetivados.”


Agência Brasil e Correio do Povo

BDRs liberados para pequeno investidor; 2º round Trump e Biden; Balanço da Intel

 

A partir de hoje os pequenos investidores brasileiros passam a poder negociar na bolsa local BDRs de centenas de empresas estrangeiras. É uma pequena revolução, que permite diversificar a carteira. É uma opção especialmente valiosa para lidar com a volatilidade. Hoje tem também o último debate entre Trump e Biden nos EUA, evento decisivo para os mercados. Entenda os movimentos e se antecipe. Boa leitura.

Eleições americanas: Joe Biden e Donald Trump se enfrentam pela segunda vez nesta quinta-feira (22) | Foto: Montagem EXAME

1 - UM MUNDO QUE SE ABRE

A partir de hoje os pequenos investidores brasileiros vão poder negociar na bolsa local os BDRs (Brazilian Depositary Receipts, valores mobiliários que representam ações estrangeiras) de empresas estrangeiras como a varejista Amazon, a farmacêutica Pfizer e a plataforma de transporte Uber. Até agora, só podiam comprar e vender esses papeis os chamados investidores qualificados – que têm aplicações financeiras de pelo menos 1 milhão de reais. Os papeis são uma boa ferramenta para diversificação da carteira de investimentos, segundo Bernardo Carneiro, analista da EXAME Research, a unidade de análise de investimentos da EXAME. "Mas o investidor deve ter o dobro de atenção", afirma.


2 - O SEGUNDO ROUND

O segundo e último debate da campanha presidencial americana acontece na noite de hoje com uma novidade importante: os candidatos terão dois minutos de fala ininterrupta no início de cada segmento. Essa foi a solução encontrada pelos organizadores para impedir uma repetição do caos que marcou o primeiro encontro entre Joe Biden e Donald Trump, há três semanas.  Enquanto Biden estiver respondendo, o microfone de Trump ficará cortado, e vice-versa. Passado esse período inicial de cada um dos blocos (serão seis), os microfones voltam a ficar abertos para discussão. O desempenho de Trump pode ser sua última oportunidade para tentar conquistar algumas parcelas importantes do eleitorado.


3 - O FUTURO DA INTEL

A Intel divulga hoje o resultado do terceiro trimestre sob grande expectativa. O anúncio pode trazer pistas sobre o futuro da tradicional fabricante de microchips. Dias antes da divulgação dos resultados, a Intel anunciou a venda da divisão de armazenamento de dispositivos em flash (os SSD) para a coreana SK Hynix por 9 bilhões de dólares. Com a venda, a Intel continua o movimento de focar em seu negócio principal, além do negócio de data centers — um mercado vencedor durante a pandemia de coronavírus. Mas a competição nunca foi tão ferrenha. Entenda.
 

4 - NOVAS REGRAS PARA O GÁS

O senado deve votar hoje o PL 6407, que trata do novo marco regulatório do setor de gás natural. Considerado uma energia de transição para as renováveis, por gerar menos emissões do que outros combustíveis fósseis, o gás é a grande aposta do governo para baratear o custo da energia. O projeto faz parte do plano Novo Mercado de Gás, com o qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende promover o que ele chama de “choque de energia barata” para incentivar uma reindustrialização do país. Entre outras medidas, o PL acaba com o monopólio da Petrobras neste segmento. A estatal já decidiu deixar o negócio de distribuição de gás para viabilizar a abertura do mercado nos estados. Saiba mais
 

GUINADA À VISTA?


Favorito na eleição americana, o democrata Joe Biden promete uma mudança na economia. Donald Trump, caso vença mas perca o Congresso, também terá de ceder. Saiba como isso afeta você. A edição 1.221 da EXAME já está disponível em todas as plataformas online. Clique aqui para ver todas as reportagens e, se ainda não é assinante, assine a partir de R$ 15,90 para ter acesso ilimitado. 

O Brasil registrou 571 mortes e 25.832 novos casos de covid-19 no boletim de quarta-feira. Após uma semana, a média móvel de mortes ficou acima de 500 pelo terceiro dia seguido, em 526.

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, está com covid-19. O ministro realizou o teste para doença provocada pelo novo coronavírus após apresentar quadro febril.

Menos de 24 horas depois de o Ministério da Saúde anunciar a compra da vacina da chinesa Sinovac contra covid-19, Bolsonaro disse que a vacina não será adquirida por seu governo.

Ainda sobre a vacina contra a covid-19, o diretor-presidente da Anvisa afirmou que não haverá qualquer influência externa na avaliação pelo órgão regulador de candidatas a vacinas.

O plenário do Senado aprovou, por 57 votos a 10, a indicação de Kassio Marques para o STF. Primeiro nome indicado por Bolsonaro à Corte, o desembargador assumirá a vaga deixada por Celso de Mello, que se aposentou após 31 anos no cargo.

A Tesla divulgou os resultados financeiros do 3º trimestre e a receita cresceu quase 40%. Companhia de Elon Musk já triplicou de valor desde janeiro.

Eleição americana e ESG: Para a BlackRock, maior gestora do mundo com US$ 8 trilhões em ativos, agenda sustentável só deve acelerar daqui para a frente, mas a eleição americana muda muita coisa. Saiba mais.
 

Buscas pelo jogo “Among Us” crescem 5.900% em dois meses. Dos 100 milhões de downloads mundiais do jogo de espionagem que vem explodindo na quarentena, 17 milhões foram feitos por brasileiros.

Aos 14 anos, a adolescente Anika Chebrolu pode ter descoberto uma molécula capaz de impedir infecções pelo novo coronavírus — um avanço e tanto para a ciência.

Na Netflix, Enola Holmes tem uma grande lição de inglês. Professora destaca algumas frases memoráveis do filme para sua lição de inglês. Saiba mais.

A empresa de venture capital Canary lançou o Takeoff, programa gratuito voltado para quem quer empreender no Brasil, em negócios com grande potencial de mercado.
Bolsa
HOJE | Xangai / -0,38%
Tóquio / -0,70% 
Londres / -0,53% (às 7h)
Petróleo Brent / 41,85 dólares (+0,29%)

ONTEM | Ibovespa / +0,01%
S&P 500 / -0,22%
Dólar / 5,61 reais (+0,12%)
Quieto entre a fazenda e a residência na região nobre de Londres em Saint John Wood, Paul McCartney trabalhou duro na quarentena. Sem anunciar em redes sociais, o cantor estava gravando um álbum com muitas chances de se tornar uma daquelas paradas obrigatórias em sua longeva discografia. Em McCartney III, ele toca todos os instrumentos e assina todas as composições. Leia mais.
 McCartney: cantor fez um texto em suas redes sociais, falando do novo trabalho | Foto: Jim Dyson/Getty Images

Aprovação de Marques deve-se à biografia e conversas com senadores, diz Alcolumbre

 Nome do desembargador foi aprovado com 57 votos favoráveis e 10 contrários no Senado



O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na noite desta quarta-feira, que a votação expressiva para a indicação do desembargador Kassio Marques para cargo no Supremo Tribunal Federal (STF) deve-se "a biografia e história" dele e conversas com os senadores. O nome foi aprovado mais cedo pelo Senado por 57 votos a favor, 10 contra e uma abstenção. Para ser confirmado no cargo, eram necessários 41 votos.

"O desembargador já é um magistrado com quase 10 anos. Naturalmente tem todas as condições, como teve para receber a confiança do presidente Jair Bolsonaro em sua indicação, e a confiança do Senado com 57 votos favoráveis", afirmou. "Tivemos um dia muito importante para essa Casa, que tem assegurada pela Constituição a obrigação de sabatinar o indicado para cargo de ministro do STF."

Logo após deixar o plenário da Casa, Alcolumbre afirmou que as visitas aos gabinetes de parlamentares, conversas de apresentação e jantares também "credenciaram" Marques para ter apoio do plenário nesta quarta-feira.

Chico Rodrigues

Questionado sobre quando assinará a autorização para que o suplente assuma o lugar do senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca, Alcolumbre afirmou que não está pensando no assunto agora. A vaga pode ser ocupada pelo próprio filho do parlamentar, Pedro Arthur Rodrigues, que tem 30 dias para decidir se quer assumir o posto.


Agência Estado e Correio do Povo

Justiça defere liminar ao Cpers e suspende aulas presenciais em escolas estaduais sem EPIs

 

Estado pode recorrer e deve analisar decisão nesta quinta-feira


O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deferiu, em parte, um pedido liminar do Cpers Sindicato que pode levar à suspensão das aulas presenciais, conforme a entidade, em toda a rede estadual. A decisão decorre de ação civil pública impetrada pelo Cpers na segunda-feira passada.

O sindicato sustenta a “completa ausência dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) prometidos pelo Estado e ainda na falta crônica de profissionais para efetuar a higienização das escolas” para que haja um retorno seguro do ensino presencial em meio à pandemia de coronavírus.

Nesta quarta-feira, o juiz Cristiano Vilhalba Flores determinou que o Estado autorize ao retorno do ensino presencial apenas nos locais onde houver declaração de conformidade sanitária e a disponibilização de todos os equipamentos de proteção individuais aos trabalhadores. As aferições devem ser feitas por um agente técnico especializado da área.

O parecer também determina que as escolas devem ter o Plano de Contingência para Prevenção Monitoramento e Controle do Coronavírus elaborado pelo Comitês operacionais de emergência de cada escola (COE-E) e aprovado pelo respectivo COE-Regional ou Municipal.

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, avaliou a decisão como extremamente positiva. “O fiasco do governo em prover condições mínimas para o retorno às aulas presenciais foi constatado por todos no dia marcado para a reabertura. Essa decisão escancara o descaso do governo Eduardo Leite com as nossas vidas”, comentou.

Segundo o Cpers, não existe escola que cumpra com todos os requisitos de proteção, já que o Estado colocou sob a responsabilidade das direções das instituições as adequações necessárias as novas normas pós-pandemia.

No processo, o sindicato também pedia a anulação da transferência de atribuições, que imputa às equipes diretivas e aos educadores (as) a responsabilidade pela segurança do ambiente escolar sem qualquer compromisso de apoio ou fiscalização. O objetivo era tentar impedir a abertura de qualquer escola nessa terça-feira, mas o juiz deu prazo de 24h para o Estado responder.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) podem agora recorrer da decisão, mas a pauta só vai ser analisada, com um posicionamento oficial posterior, na manhã desta quinta-feira, em reunião do Gabinete de Crise do Coronavírus.

Na avaliação da assessoria jurídica do Cpers, a liminar gera efeito imediato enquanto não houver decisão em contrário. “A liminar não suspendeu as aulas, mas reconheceu que os planos de contingência devem ser fiscalizados por um responsável técnico, que a conformidade sanitária não pode ser assinada pelos professores , mas deve ser feita por alguém com capacidade técnica, e que sem EPIs não abre de forma alguma”, explica o advogado Pedro Buchabqui.

De acordo com o Cpers, não há notícia de que alguma escola estadual tenha a certidão sanitária emitida por técnico capacitado, até o momento.


Rádio Guaíba e Correio do Povo

Marca de picolé de Sapiranga (RS) é suspeita de causar surto alimentar

 Representante da fábrica descarta risco, mas admite que produto pode ter sido revendido por terceiros

A Secretaria da Saúde do Estado, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), divulgou nesta quarta-feira um alerta sobre o consumo de picolés da marca FrutiBom, com sede em Sapiranga e que não possuía licença para a produção do alimento. O picolé é suspeito de causar surto alimentar em consumidores que tiveram sintomas de náusea, vômitos, dor abdominal e diarreia. 

Os primeiros relatos de mal-estar após o consumo foram na última sexta-feira e até o momento, cerca de 200 casos já foram identificados em Sapiranga e Xangri-lá, além de ocorrências ainda não contabilizados nas cidades de Canela e Gramado. Todas pessoas foram atendidas ambulatorialmente, sem necessidade de hospitalização. Amostras do produto e da água utilizada na produção foram encaminhadas para análise laboratorial, assim como exames de pessoas com sintomas para a identificação da doença. Assim que tiver um resultado sobre o produto, feito com o objetivo de verificar se há relação entre o consumo do picolé e os sintomas nos consumidores, o mesmo será tornado público.

A partir da notificação, o Programa Estadual de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Cevs iniciou a investigação da situação na segunda-feira. A Vigilância Sanitária do Estado também solicitou a interdição cautelar de todos os produtos gelados comestíveis da empresa Caliston Otoniel Oliveira, marca FrutiBom. As vigilâncias em saúde municipais deverão notificar à vigilância epidemiológica do Cevs todos os casos identificados. 

Aos consumidores, a orientação é que, caso tenham ingerido o produto e apresentado sintomas como os até agora relatados, como náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia, entrem em contato imediatamente a vigilância em saúde de seu município ou ligue para o Disque-Vigilância do Cevs, através do fone 150. Caso necessário, procure atendimento médico. Se a pessoa ainda tiver o produto, deve mantê-lo na embalagem original, fora do alcance de crianças.

Não há até o momento mais informações de quais outras cidades podem ter tido o produto comercializado e buscas ativas foram orientadas às vigilâncias municipais. A fiscalização do município na empresa já identificou que, além da falta da autorização, a empresa não realizava a pasteurização dos produtos. 

Empresa afirma que picolé pode ter sido revendido

Segundo Cáliston Otoniel Oliveira, filho da proprietária da Frutibom e representante da empresa, picolés da marca são vendidos somente em Sapiranga. “Nosso picolé nem chega nas cidades do Litoral Norte. Não temos o controle de quem compra nossos produtos e revende em outros municípios”, afirma ele, destacando que foi feita uma coleta dos produtos utilizados para a produção dos picolé e um laudo laboratorial deve sair até esta sexta-feira. 

Ainda segundo Cáliston, a empresa está sendo responsabilizada já que é a única que tem todos os dados, como telefone de contato e endereço, nas embalagens dos produtos revendidos. “Vamos reverter essa situação com o laudo que sairá nesta sexta-feira pois tenho certeza que nosso produto não é o causador de tudo isso”, finaliza ele.


Correio do Povo

OS CONSERVADORES E A PROTEÇÃO DA FAMÍLIA E DA INFÂNCIA

 Por PERCIVAL PUGGINA

Simpa irá recorrer de decisão de retorno do ensino em Porto Alegre

 Justiça determinou que professores municipais retornem ao trabalho



O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) irá recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que determinou que os professores municipais de Porto Alegre retornem às atividades. As aulas presenciais na Capital retornaram gradativamente em 5 de outubro e ainda não estão em sua totalidade.  

Simpa havia decidido pela greve no município por conta da decisão da prefeitura de voltar às aulas na Capital. A entidade alega não haver condições sanitárias seguras para a retomada do ensino em meio à pandemia de Covid-19. A paralisação foi iniciada na última segunda-feira. 

Em nota, o Sindicato afirmou estar reunindo documentação que mostra a realidade da rede municipal de ensino. Das 98 escolas, 80 informaram não ter condições sanitárias de garantir um retorno seguro às atividades. 

Para o órgão, a situação coloca em risco a saúde e a vida de toda a comunidade escolar. O Simpa afirma que irá continuar denunciando o governo municipal que, na avaliação do órgão, age de "maneira irresponsável" para autorizar as aulas em Porto Alegre.

Correio do Povo

Em debate, candidatos ignoram polêmicas sobre vacinas e escolas

 

Evento promovido pelo colégio Anchieta reuniu oito dos 12 postulantes à prefeitura da Capital




Para diferentes áreas, sobraram promessas dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre no debate promovido no final da manhã desta quarta-feira pelo colégio Anchieta. O encontro, dividido em seis blocos, reuniu, de forma virtual, durante pouco mais de duas horas, oito dos 12 postulantes ao Paço: Manuela D’Ávila (PCdoB), José Fortunati (PTB), Sebastião Melo (MDB), Fernanda Melchionna (PSol), João Derly (Republicanos), Valter Nagelstein (PSD), Gustavo Paim (PP) e Montserrat Martins (PV). O critério de participação, conforme a escola, foi de inclusão daqueles que obtiveram 3% ou mais de intenções de voto na pesquisa Ibope divulgada em 5 de outubro. Ainda de acordo com a organização, como ocorreram desistências, foram feitos convites para mais candidatos. O prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e a deputada Juliana Brizola (PDT), que tiveram pontuação superior a 3%, não compareceram. A assessoria da campanha de Marchezan informou que foi necessário fazer uma opção entre agendas. A mesma justificativa foi dada pela assessoria de Juliana.

No evento, Manuela disse que vai transformar Porto Alegre na capital nacional da sustentabilidade, que criará uma empresa pública para solucionar a questão envolvendo o Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) e que vai retomar uma câmara de compensação tarifária para tratar do transporte coletivo. José Fortunati (PTB) anunciou investir fortemente em tecnologia da informação e se comprometeu a adotar uma posição muito clara contra a instalação da Mina Guaíba. O mesmo compromisso foi assumido por Montserrat Martins (PV), que prometeu ainda retomar o programa Pró-Guaíba. Sebastião Melo (MDB) se comprometeu a suspender os aumentos do IPTU e “acabar com a papelada do alvará”.

Fernanda Melchionna (PSol) disse que vai aumentar o número de centros de referência para mulheres vítimas de violência, instituir um secretariado paritário e ampliar a lei Maria da Penha nas escolas. João Derly (Republicanos) prometeu a criação de um aplicativo para tratar dos serviços de zeladoria e de uma rede de observatórios da cidade. Valter Nagelstein (PSD) anunciou um programa no qual mulheres serão municiadas com um dispositivo eletrônico para acionarem em caso de violência, que denominou de ‘botão do pânico’, e disse que vai regularizar 457 vilas da Capital. Gustavo Paim (PP) se comprometeu com o fim de alvarás para atividades de baixo risco e com o estabelecimento de prazos máximos nas tramitações em órgãos municipais.

O assunto do dia, a sucessão de posições contraditórias do governo federal a respeito da compra da vacina Coronavac, não foi abordado pelos candidatos. O mesmo aconteceu com a polêmica sobre a reabertura das escolas. E, ainda, com a judicialização de ambos os temas.

Para além das falas dos candidatos, os cenários escolhidos chamaram a atenção. Montserrat tinha, ao fundo, além da tradicional estante de livros, uma parede na qual aparecia uma réplica da Monalisa, de Leonardo Da Vinci. Fortunati participou de um estúdio de gravação no qual o destaque ficou por conta do monitor onde se lia o slogan + Porto-Alegrista. Manuela estava em uma sala com livros, fotos com a filha, desenhos e um cartaz de seu livro Revolução Laura. Melo se encontrava em uma sala residencial. Melchionna tinha ao fundo muitos livros e o slogan de campanha Poa Pede Coragem. Paim também ficou à frente de uma estante com livros. Derly e Nagelstein optaram por ter ao fundo banners de suas candidaturas.

Correio do Povo

Prefeitura de Porto Alegre aguarda posição mais clara do governo federal sobre vacinas

 Marchezan disse que Capital tem orçamento para aquisição da primeira vacina que for aprovada


O prefeito Nelson Marchezan manifestou-se na tarde desta quarta-feira sobre o cancelamento da compra de doses da vacina chinesa Coronavac pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a Prefeitura de Porto Alegre espera uma posição mais clara do governo federal sobre as decisões que levaram a suspensão do imunizante um dia após o Ministério da Saúde ter confirmado a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac. 

"A nossa expectativa é que tenhamos o Programa Nacional de Imunização em relação ao Covid-19. A expectativa da Prefeitura, e imagino de todos os prefeitos e governadores conscientes, é que governo federal lidere isso e faça as aquisições de todas as vacinas daqueles fornecedores validados e as distribuições de acordo com ordens técnicas e critério científico, como faz com a vacina da Influenza", disse através de uma live no Facebook na tarde desta quarta-feira.

Ontem, o Ministério da Saúde realizou uma reunião em que estavam presentes o governador Eduardo Leite e o secretário de saúde municipal, Pablo Sturmer. Na ocasião foi divulgada a inclusão da Coronavac no Programa Nacional de Imunização, algo mudou hoje.   

Marchezan ainda destacou que caso o governo federal não siga com o Programa Nacional de Imunização, a Prefeitura possui orçamento para aquisição da primeira vacina que for aprovada contra a Covid-19 através do Fundo Municipal de Combate ao Coronavírus (Funcovid-19), que conta com R$ 150 milhões. A lei complementar 887, que criou o fundo, foi sancionada em agosto pelo Executivo e serve para ações contra a doença. “Se o governo federal não realizar uma campanha, seja ele por motivo ideológico ou partidário, nós entendemos que é importante para a sociedade iniciar a imunização. Nós vamos buscar a vacina que seja validada cientificamente”, afirmou. 

Stümer, que também participou da live com o prefeito, estimou que, com todas as iniciativas já iniciadas para a vacinação, Porto Alegre deve contar com algo suficiente para imunizar entre 600 mil e 700 mil pessoas contra a Covid-19. “É muito próximo do contingente que recebemos da vacina contra a Influenza.” 





“Análise técnica e não política”

O governador gaúcho, Eduardo Leite, também se posicionou sobre a decisão do governo federal nesta quarta-feira. Leite defendeu que o medicamento precisa ter “análise eminentemente técnica (e não política!)” e que a inclusão de vacinas contra o novo coronavírus no Programa Nacional de Imunização só pode ser feita observando “viabilidade, segurança e agilidade para atender a população”.

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