terça-feira, 20 de outubro de 2020

Alasca é atingido por pequenas ondas após alerta de tsunami por forte terremoto

 Moradores da costa chegaram a ser evacuados das zonas de risco

Um terremoto de magnitude 7,5 perto da costa do Alasca provocou nesta segunda-feira pequenas ondas de tsunami, de acordo com autoridades norte-americanas, que não registraram vítimas ou danos. A agência nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) rebaixou o nível do alerta para menos severo, indicando que as áreas afetadas "não devem esperar uma inundação generalizada".

Residentes da área em alerta - que incluía boa parte da costa sul deste remoto estado dos Estados Unidos- foram evacuados e levados para regiões com maior altitude. Foram registradas ondas de 60 cm na pequena cidade próxima a Sand Point, a 100 km do epicentro do terremoto, que ocorreu a 40 km de profundidade.

A zona de risco se estendeu por centenas de quilômetros ao nordeste, até a enseada de Cook, mas não atingiu a maior cidade do Alasca, Anchorage. O terremoto foi seguido por pelo menos quatro réplicas, com magnitude 5 ou superior.

O Alasca está situado no Círculo de Fogo do Pacífico, que tem atividade sísmica. O estado foi atingido por um terremoto de 9,2 graus na escala Richter em março de 1964, o mais forte já registrado na América do Norte.

O terremoto devastou Anchorage e provocou um tsunami que atingiu o Golfo do Alasca, a costa oeste dos Estados Unidos e o Havaí. Mais de 250 pessoas morreram.


AFP e Correio do Povo

Butantã afirma que vacina chinesa é a com menos efeitos colaterais

 Instituto confirmou que imunização contra Covid-19 foi a única sem efeitos nível três, mais severos


O Instituto Butantã informou nesta segunda-feira que os testes brasileiros da vacina Coronavac, conduzidos em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, mostram que o imunizante é o mais seguro entre todos os que estão em fase final de testes no mundo por apresentar o menor índice de efeitos colaterais. Os dados consideram o acompanhamento de 9 mil voluntários brasileiros já vacinados no País. No monitoramento feito após sete dias da aplicação, os pesquisadores observaram apenas efeitos colaterais leves, como dor no local e na cabeça. Não houve registro de eventos adversos graves nem febre alta.

"Fizemos o comparativo desses dados com o que está disponível na literatura científica das vacinas que estão sendo testadas. A vacina do Butantã é a mais segura. Todas tiveram efeitos colaterais grau três, que são os mais importantes. A vacina do Butantã não teve. Febre é outro indicativo importante, e na do Butantã foi de apenas 0,1%. Em febre acima de 38 graus, foi zero. É a vacina mais segura neste momento, não só no Brasil, mas no mundo", disse Dimas Covas, diretor do instituto.

De acordo com dados apresentados pelo Butantã, a incidência de eventos adversos entre os voluntários foi de 35%, ante ao menos 70% em outros imunizantes. A comparação foi feita com dados das pesquisas de Moderna, Pfizer/BioNTech, AstraZeneca e CanSino. "O sintoma mais frequente foi dor no local, num patamar de 18% entre todos os que receberam placebo ou vacina. O outro foi dor de cabeça, que pode estar relacionada com a vacina ou não. E os demais efeitos, como mialgia, fadiga, calafrios, são menores que 5%", completou o cientista.

Embora os testes no Brasil comprovem a segurança da Coronavac, os dados de eficácia do imunizante só devem sair no fim do ano. Depois da conclusão dos testes, o Butantã terá de enviar os resultados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o registro do produto. O órgão tem até dois meses para emitir um parecer, o que torna improvável que a vacinação tenha início ainda em 2020, como já prometido pelo governador João Doria (PSDB).

Anteriormente, Doria havia anunciado que a previsão era iniciar a imunização no Estado no dia 15 de dezembro, com profissionais de saúde. Na coletiva de imprensa desta segunda-feira, os representantes do governo afirmaram que não é possível dar uma nova data para início da vacinação, pois dependem da inscrição de mais voluntários, que devem chegar a 13 mil, e do contato desses participantes com o vírus, para confirmar que o imunizante protege de fato. "Houve uma diminuição no número de voluntários incluídos nas últimas semanas, daí a necessidade de reforçar que mais voluntários se inscrevam", ressaltou Covas.

João Gabbardo, do Centro de Contingência contra a Covid-19, afirmou que outro entrave para a finalização do estudo é atingir o número mínimo de infectados pela covid-19 entre o grupo de voluntários para saber se a incidência da doença foi maior entre o grupo placebo do que entre o grupo vacinado, o que comprovaria o caráter protetor do produto. Os voluntários dos testes da Coronavac são todos profissionais de saúde, justamente por estarem mais expostos ao vírus.

No entanto, como a circulação do vírus diminuiu em São Paulo e no País nas últimas semanas, chegar ao número mínimo de infectados para a comprovação de que o imunizante funciona se torna mais difícil e demorado. Para a primeira análise de eficácia da Coronavac, são necessários 61 casos de contaminados entre os voluntários. "Queremos aumentar a velocidade (de pessoas contaminadas entre os voluntários para checar eficácia), mas a transmissibilidade tem diminuído entre os profissionais de saúde justamente por causa das medidas efetivas que tem sido adotadas. Então isso joga contra", afirmou Gabbardo.

Podem participar dos testes da Coronavac profissionais de saúde que estão na linha de frente de atendimento, sem limite de idade. A inscrição deve ser feita diretamente com o hospital ou instituto de pesquisa participante. São 16 espalhados pelo País.


Agência Estado e Correio do Povo

Slogans ganham força em campanha curta e restrita

 Em Porto Alegre, candidatos mesclam tática tradicional com expressões para conquistar a identificação com os eleitores



A campanha curta e pontuada de restrições está fazendo com que, em Porto Alegre, os candidatos a prefeito apostem ainda mais no poder de engajamento de slogans e na multiplicidade de expressões que funcionam como slogans auxiliares, diversificando as possibilidades de identificação por parte dos eleitores. Entre os 13 que disputam a prefeitura da Capital, a maioria reforça a conhecida técnica de marketing, de repetir uma frase, o slogan principal da campanha, em todas as peças do candidato: na propaganda no rádio e na TV, nas redes, no material impresso.

Mas praticamente todos, de forma mais ou menos diversificada, trabalham com o que os responsáveis pelo marketing político denominam de comandos auxiliares. São frases e expressões usadas de forma complementar. Elas servem para destacar atividades ou ações específicas; aproveitar a multiplicidade propiciada pelas redes sociais; fixar o número do partido; e, muito, para atribuir aos candidatos características que ou traduzem um sentimento constante de parte do eleitorado, como a transparência; ou já se mostraram decisivas em pleitos, como a simplicidade.

O slogan principal, lembram os estrategistas de campanha, precisa sintetizar o que o candidato propõe e, ao mesmo tempo, buscar identificação dos eleitores. Porque, além da empatia que resulta em preferência por um dos corredores no decorrer da disputa, também tem potencial para provocar uma definição de indecisos na hora em que eles vão registrar seus votos na urna eletrônica. Em Porto Alegre, na campanha atual, estes slogans seguem o padrão tradicional de alusões ao momento, a características dos candidatos e a cidade.

Os comandos auxiliares, contudo, vem ganhando espaço importante, em campanhas definidas por estrategistas de marketing como mais contemporâneas. Além de multiplicar possibilidades de identificação, eles diminuem o impacto de eventuais ajustes nos bordões. Se um candidato aposta tudo em uma única frase, mas ela não gera engajamento, por exemplo, e precisa ser alterada, é bem mais fácil fazer isto quando já existem expressões auxiliares, que podem ser reforçadas de acordo com a preferência do eleitorado.

“O desafio é gerar empatia, identificação e engajamento. Foi-se o tempo em que se ficava preso a um único comando de comunicação. Isso deixa a campanha muito estática. Nós temos vários comandos auxiliares”, explica o coordenador de marketing da campanha de Manuela D’Ávila (PCdoB), Juliano Corbellini. Estratégia semelhante move a campanha de José Fortunati (PTB), cuja coordenação de marketing está a cargo de Marcos Martinelli. “A publicidade manda repetir o mesmo lema, mas um slogan só, além de ser cansativo, não consegue contar toda a história para um eleitorado diversificado”, resume Martinelli.

O que eles estão usando

Fernanda Melchionna (PSol)

Porto Alegre Pede Coragem!

Se Já Fez como Deputada, Imagina como Prefeita!

A Esperança Pede Passagem!

Gustavo Paim (PP)

Deu de Crise!

Deu de Crise, Porto Alegre!

Pra Ti, Pra Mim, é Gustavo Paim!

João Derly (Republicanos)

Porto Alegre Agora!

A Hora é Agora!

José Fortunati (PTB)

É Hora de Ser Porto-Alegrista!

É do Fortunati, É de Porto Alegre!

Fala, Magrão!

Fortunati Fez e Faz Acontecer!

Número 1 nos Próximos 4 Anos!

Juliana Brizola (PDT)

Porto, Alegre de Novo!

Eu, Você, Juliana Brizola!

Porto Alegre do Povo!

Júlio Flores (PSTU)

Porto Alegre Precisa de Uma Alternativa Socialista e Revolucionária!

Escolas Fechadas, Vidas Preservadas!

Luiz Delvair (PCO)

Não há slogans específicos da candidatura. O destaque são jargões usados pelo partido.

 Manuela D’Ávila (PCdoB)

Agora é Manuela!

Mudança é com Ela!

Porto Alegre Pode Mais!

Me Chama Que Eu Vou!

Fala com Ela!

Montserrat Martins (PV)

Por Uma Porto Mais Alegre e Sustentável!

Onda Verde!

Nelson Marchezan Júnior (PSDB)

Por Porto Alegre, Vale a Pena!

Sem Conchavo, Sem Esquema!

Eu Sou Marchezan!

Primeiro a Gente Faz, Depois a Gente Fala!

Rodrigo Maroni (Pros)

Vote Pelos Animais!

Sebastião Melo (MDB)

‘Tamo’ Junto, Porto Alegre!

Reage, Porto Alegre!

Porto Alegre Tem Problemas, Mas Porto Alegre Tem Solução!

Valter Nagelstein (PSD)

A Gente Quer Porto Alegre Diferente!

Vai Ter Valter!

Voltar Não!


Correio do Povo

Este escritor acredita que o futuro será terrível para os cristãos

 


Foto de 6 de janeiro de 2020 mostra a Catedral de Notre-Dame em Paris, que foi parcialmente destruída quando um incêndio atingiu-lhe o telhado em 15 de abril de 2019. )| Foto: Philippe LOPEZ / AFP


Três anos atrás, o jornalista e escritor Rod Dreher provocou um intenso debate no meio conservador dos Estados Unidos com o seu livro A Opção Beneditina, cuja tese central é a de que os cristãos americanos devem começar a construir suas próprias comunidades em vez de tentar reverter uma tendência geral antirreligiosa que, em sua opinião, é irreversível no curto ou no médio prazo.

Agora, ele volta ao tema com a obra Live Not By Lies [Não viva por mentiras], ainda sem tradução para o português. A mensagem não é animadora: os conservadores devem se preparar para um novo tipo de totalitarismo que une governos e grandes corporações para punir quem discorda da ideologia vigente em temas como família e sexualidade.

No livro recém-lançado, ele entrevista ex-dissidentes do regime soviético para obter lições práticas de como se proteger e resistir nesses novos tempos. Em entrevista à Gazeta do Povo, Rod Dreher rebate a fama de pessimista, diz que a eleição de políticos conservadores não é suficiente para reverter essa tendência e afirma que o Brasil não deve se considerar imune a um futuro semelhante. Leia aqui a entrevista com Rod Dreher: “A política é resultado da cultura, e a cultura é pós-cristã”

O tema da Cristofobia, aliás, ganhou ainda mais força após o presidente Jair Bolsonaro citar a perseguição a cristãos em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Aqui na Gazeta do Povo colunista Rodrigo Constantino já revelou por que é importante falar sobre o tema e a jornalista Madeleine Lacsko apresenta v árias faces da Cristofobia . Um de nossos correspondentes em Brasília, Olavo Soares conversou com parlamentares sobre o assunto, incluindo representantes da bancada evangélica. 

Gazeta do Povo

Brasil tem 147,9 milhões de eleitores aptos a votar nas Eleições de 2020

 Mulheres somam 77.649.569 eleitores (52,49%) do total, enquanto os homens são 70.228.457 (47,48%) e outras 40.457 pessoas não declararam o gênero


Mulher, com ensino médio e de 35 a 59 anos é o perfil majoritário do eleitor que votará nas eleições de 2020, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Neste ano, 147.918.483 pessoas estão aptas a votar, um crescimento de 2,66% em relação às eleições municipais de 2016. O contingente elegerá novos prefeitos e vereadores em 5.569 municípios em 15 de novembro. Não participam da votação neste ano os eleitores do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, que não têm prefeito, e os brasileiros registrados no exterior, que só podem votar em trânsito nas eleições gerais a cada quatro anos.

Biometria

Por causa da pandemia de Covid-19, a Justiça Eleitoral excluiu a biometria como meio de identificação nas eleições deste ano. Mesmo assim, a coleta dos dados biométricos continuou a aumentar em 2020. Em dezembro do ano passado, pouco mais de 113,5 milhões de pessoas tinham feito o procedimento, o equivalente a 76% do eleitorado. Em agosto deste ano, quando foi encerrado o registro para as eleições municipais, 117.594.975 pessoas estavam identificadas pela biometria, 79.5% do eleitorado.

Perfil

Na divisão por gêneros, as mulheres somam 77.649.569 eleitores (52,49%) do total. Os homens totalizam 70.228.457 eleitores (47,48%). Outras 40.457 pessoas não declararam o gênero, representando 0,03% do eleitorado. Um total de 9.985 pessoas usarão o nome social no título de eleitor, prática autorizada pela Justiça Eleitoral desde 2018.

Em relação ao grau de instrução, a maior parte dos eleitores informou ter o ensino médio completo, com 37.681.635 (25,47%) pessoas nessa condição. A faixa de menor escolaridade, com ensino fundamental incompleto, vem em segundo lugar, com 35.771.791 eleitores (24,18%), seguida pelo contingente com ensino médio incompleto, com 22.900.434 (15,48%). Somente 10,68% do eleitorado, que somam 15.800.520 pessoas, têm nível superior completo.

Um total de 1.158.234 eleitores se declararam com alguma deficiência em 2020. O número representa aumento de 93,58% na comparação com as 598.314 pessoas que haviam afirmado ter alguma limitação física em 2016. Segundo o TSE, o aumento não significa necessariamente alta na participação de pessoas com deficiência, porque as estatísticas se baseiam em autodeclarações do cidadão no momento do registro eleitoral.

Estados e municípios

Na comparação com 2016, o estado com maior incremento no eleitorado foi o Amazonas, cujo número de eleitores ativos subiu 7,88%, para 2.503.269. O único estado com redução no total de eleitores foi o Tocantins, com queda de 0,17% nos últimos quatro anos, de 1.037.063 para 1.035.289. Maior colégio eleitoral do país, o estado de São Paulo tem 33.565.294 eleitores aptos a votar em 2020, alta de 2,69% em relação a 2016. Na comparação por municípios, a capital paulista concentra o maior número de eleitores, com 8.986.687 no total. 

O menor colégio eleitoral do país é Araguainha (MT), com 1.001 eleitores. A cidade, que estava nas mesmas condições na votação de 2016, havia perdido o posto para Serra da Saudade (MG) nas eleições gerais de 2018. Em 2020, o município recuperou o título. Também em Mato Grosso, o município de Boa Esperança do Norte escolherá prefeitos e vereadores pela primeira vez.

Voto facultativo

Nestas eleições, 14.538.651 pessoas têm a opção do voto facultativo, permitido a eleitores com 16 e 17 anos e a idosos a partir de 70 anos. Desse total, 1.030.563 são jovens, 8.784.004 têm entre 70 e 79 anos, e 4.658.495 têm entre 80 e 99 anos. Existem 65.589 idosos com mais de 100 anos aptos a votar em 2020.

Mais informações podem ser obtidas no censo do TSE com o perfil do eleitorado brasileiro em 2020. O tribunal compilou os principais dados neste documento. Também é possível acessar o Repositório de Dados Eleitorais (RDE), que permite baixar tabelas com todos os dados do eleitorado e fazer cruzamentos estatísticos.


R7 e Correio do Povo

Saiba quem são os candidatos da sua cidade

 Veja o passo a passo para consultar no site do TSE as informações dos postulantes às prefeituras e câmaras legislativas



Esse ano, os eleitores irão às urnas decidir quem ficará à frente das prefeituras e das câmaras legislativas. Mas você sabe quem está correndo para cada cargo em sua cidade? A equipe do Correio do Povo reuniu um passo a passo sobre como consultar quem são os candidatos a prefeito, vice e vereadores da sua cidade. A pesquisa é feita através do site especial do TSE, de maneira fácil e rápida. Confira:

PASSO 1: acesse o site do http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/ (do TSE) 


PASSO 2: selecione a sua região e clique em candidatos.


PASSO 3: insira o nome do seu município e selecione ele.


PASSO 4: na tela inicial aparecerá primeiro os candidatos a prefeitos


PASSO 5: no menu à esquerda, você poderá escolher se deseja ver os prefeitos, vices ou vereadores. 


PASSO 6: agora você terá acesso às informações do candidato, suas propostas, certidões e informações sobre arrecadação financeira e gastos.



Correio do Povo

Grêmio envia ofício à CBF pedindo informações sobre reunião com São Paulo e áudios do VAR

 Advogado do Tricolor, Leonardo Lamachia vê anulação da partida como um passo adiante



A segunda-feira foi de trabalho intenso para o departamento jurídico do Grêmio. O clube redigiu e no início da tarde enviou à CBF o ofício requerendo transparência nos fatos que envolveram o jogo contra o São Paulo, sábado, no Morumbi. Não só dentro das quatro linhas, mas também no dia que antecedeu à partida, quando dirigentes do clube paulista foram à CBF solicitar uma troca na escala de arbitragem, e conseguiram.

“Nós requeremos, entre outras providências, informações sobre a reunião entre São Paulo e CBF, e também os áudios das conversas de toda a equipe de arbitragem durante o jogo (incluindo o VAR). Ao que tudo indica não teve conversa”, diz Leonardo Lamachia, advogado do Grêmio. O pedido de anulação da partida é um passo adiante: “A eventual anulação dependerá dos elementos que teremos acesso”, explica. 

Mesmo ciente de que a anulação da partida é algo improvável, o Grêmio visa se posicionar de maneira firme diante de uma situação na qual se julga injustiçado. “Eu acho muito difícil anular um jogo de futebol, é uma situação muito rara. Mas o que aconteceu no jogo também é raro. Além disso, houve uma reunião atípica, apenas com uma das partes (São Paulo) e a cúpula da arbitragem na CBF. E isso ainda resultou em troca na equipe que deixou de atuar em quatro lances capitais”, argumenta o advogado do Grêmio. 

Os dirigentes foram fortes em suas manifestações, principalmente o vice de futebol, Paulo Luz, que falou em “assalto” no Morumbi. De acordo com Lamachia, a CBF também errou ao não procurar o clube. “O Grêmio deveria, no mínimo, ter sido consultado e participado dessa reunião, dando isonomia e transparência ao processo”, comenta.

“Eu tenho dúvidas nessa atitude da CBF. Se ela confia no seu quadro de arbitragem, por que fazer a troca? Agora cada clube usará seus mecanismos para solicitar esse tipo de mudança, uns com mais e outros com menos poder político”, completa Lamachia, afirmando que a entidade abriu um precedente “muito perigoso” ao acatar a solicitação do São Paulo.

Correio do Povo

"Jair Messias Bolsonaro pode ter vários defeitos, mas quando se trata de defesa da Liberdade, Moro e Amoedo não estão qualificados nem para polir-lhe os sapatos." (Fred Rodrigues)

 




Fonte: https://www.facebook.com/biakicisoficial/photos/a.523546011145299/1783868631779691/?type=3&source=48

São Paulo aciona STJD para tentar anular jogo contra o Atlético-MG

 Partida válida pela sétima rodada acabou em 3 a 0 para os mineiros


A diretoria do São Paulo acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta segunda-feira, para pedir a anulação da partida contra o Atlético-MG. Na partida, válida pela 7ª rodada, a equipe mineira venceu por 3 a 0, no Mineirão, no dia 3 de setembro. O clube paulista argumenta que houve "erro de direito" na anulação do gol, via árbitro de vídeo (VAR), marcado por Luciano.

O pedido de anulação, e consequente remarcação da partida, foi feito através de uma Medida Inominada, encaminhada ao presidente do STJD, Otávio Noronha. No documento, o São Paulo também pede o afastamento definitivo dos árbitros Rafael Traci, José Washington da Silva, Michael Stanislau, Mikael Silva de Araújo, Igor Luciano Amaral Miranda e Hilton Moutinho Rodrigues das futuras partidas do clube.

A Medida Inominada tem como base a entrevista concedida por Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, na semana passada. Ao canal SporTV, ele admitiu que o VAR foi utilizado de forma equivocada naquela partida.

O polêmico lance aconteceu no primeiro tempo. Luciano abriu o placar, mas o árbitro de vídeo anotou impedimento, contestado pelo São Paulo. Após a anulação do gol, o time paulista caiu de rendimento na partida e o Atlético aproveitou para anotar seus gols e vencer o confronto.

"Não se trata aqui de mero erro factual, pois o árbitro assistente vídeo conhecia a regra e marcou o ponto correto do corpo do atleta do Atlético Mineiro. No entanto, na hora de marcar o ponto no corpo do atleta do São Paulo Futebol Clube, foi aplicada outra regra, que diversa na utilizada no mesmo lance e daquela determinada pelo protocolo do VAR. Há, na verdade, uma deliberada opção do árbitro de vídeo utilizar critério de apuração da distância do atleta de forma contrária a regra, marcando posição no braço do atleta do São Paulo, de forma contrário ao determinado", argumenta o São Paulo.

"Em outras palavras, em um mesmo lance, o árbitro de vídeo utilizou da regra do jogo na marcação do ponto do corpo do atleta de uma equipe e não se utilizou na marcação para o atleta da outra equipe, havendo um evidente desequilíbrio esportivo na decisão e um erro de direito."

Na mesma Medida Inominada, o clube paulista pede que Gaciba apresente esclarecimentos sobre o caso e que a CBF permita o acesso aos arquivos de áudio de vídeo da comunicação entre os árbitros, principalmente os responsáveis pelo VAR, daquela partida.


Agência Estado e Correio do Povo

Botafogo e Goiás empatam sem gols no Engenhão

 Alviverde segue na lanterna do Brasileirão 2020


Apesar de ter feito um bom primeiro tempo e uma etapa complementar nem tão intensa, o Botafogo não saiu de um empate sem gols diante do lanterna Goiás na noite desta segunda-feira, no encerramento da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube carioca chegou à décima igualdade no torneio.

O time goiano, com o resultado, leva um ponto fora de casa, mas continua na lanterna, com apenas 11 pontos, com duas vitórias, cinco empates e oito derrotas. Já são sete jogos sem triunfar. O Botafogo, por outro lado, soma 19 e figura no 13º posto da tabela.

O Botafogo foi muito superior ao Goiás no primeiro tempo. Teve mais de 60% de posse de bola e dominou no quesito finalização, mas não conseguiu converter esse bom momento em gol. A equipe alvinegra não foi eficiente e deixou a oportunidade de ir para o intervalo com um placar elástico, muito por causa do goleiro Tadeu.

Ele novamente foi um dos destaques do time esmeraldino. Aos 17, Rhuan invadiu a área e chutou. A defesa do Goiás cortou em cima da linha e a bola sobrou para Honda. O japonês exigiu grande defesa de Tadeu, que salvou, logo na sequência, uma cabeçada de Pedro Raul.

As aparições no ataque do Goiás foram raras. O nervosismo pela má fase era evidente. A melhor oportunidade foi aos 27 minutos. Vinícius puxou contra-ataque e deu para Daniel Bessa. Ele chutou para boa defesa de Diego Cavalieri. A tática de Enderson Moreira era atuar por uma única bola.

O segundo tempo começou muito movimentado. Logo de cara, Pedro Raul jogou rente à trave. Vinícius respondeu para o Goiás e colocou Diego Cavalieri para trabalhar. Do outro lado, Tadeu também foi acionado. O goleiro pegou um arremate de Honda para deixar o zero no placar.

O Botafogo perdeu o gás e começou a dar campo para o Goiás. O time esmeraldino, no entanto, pouco conseguiu fazer para ameaçar o adversário. Coube a Edílson, na bola parada, tentar algo mais enfático. Em uma cobrança de falta do ex-lateral de Cruzeiro e Grêmio, a bola passou rente à trave.

Com Fernando e Baggio, o Goiás jogou o Botafogo para o seu campo de defesa. O time carioca passou, então, a jogar no contra-ataque. No entanto, Tadeu continuou segurando os principais avanços e garantindo um ponto importante na luta contra o rebaixamento para o time de Goiânia.

Na próxima rodada, o Goiás enfrenta o Red Bull Bragantino no sábado, às 17h, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). O Botafogo teve o jogo contra o São Paulo adiado e só entrará em campo frente ao Ceará no dia 31 de outubro (sábado), às 17h, no Engenhão, no Rio de Janeiro.



Agência Estado e Correio do Povo