sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Luiz Delvair Barros quer reforçar bandeiras da causa operária na eleição

 Candidato à prefeitura pelo PCO foi penúltimo dos 13 postulantes à prefeitura de Porto Alegre a ser entrevistado na Guaíba


Admitindo que não considera ter chances de se eleger prefeito nesta eleição, o candidato do PCO Luiz Delvair Barros afirmou nesta quinta-feira que suas intenções no pleito são de reforçar as bandeiras do nome do seu partido: a causa operária. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, o candidato, que atualmente é funcionário dos Correios, disse que não acredita na legitimidade do processo eleitoral, que entende ser controlado por “banqueiros e grandes empresários” que mantêm as menores chapas fora de debates eleitorais na televisão, por exemplo.

“Nós do Partido da Causa Operária não temos um plano para administrar a Capital e o Estado, temos um projeto para administrar o país e o mundo: a revolução socialista pelo comunismo”, afirmou um dos representantes das candidaturas de extrema-esquerda na eleição de 2020. O candidato também disse que entende que o processo eleitoral deste ano não mudará a vida dos trabalhadores. De acordo com ele, a maior parte dos cidadãos é induzida a votar nos maiores partidos. “Grande parte da população do nosso país ainda não está votando conscientemente, se estivesse, não teríamos tantos corruptos no poder”, afirmou.

Penúltimo entrevistado de todos os 13 postulantes ao Paço Municipal que estão sendo ouvidos na Rádio Guaíba, Luiz Delvair não fez nenhuma promessa de campanha durante a entrevista. “As eleições, não só aqui, como em todos os países, são cartas marcadas”, disse o candidato. Apesar de sua crítica aos grandes partidos, reforçou que uma de suas bandeiras é lutar pelos direitos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poder concorrer à presidência em 2022.

Outra questão presente nos seus discursos é a oposição ao presidente Jair Bolsonaro, ao atual prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e ao governador Eduardo Leite (PSDB), principalmente no que se refere às decisões de volta às aulas.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

TRE-RS lança canais para receber e esclarecer denúncias de Fake News

Objetivo é ajudar no combate à desinformação na Eleição deste ano


Com o objetivo de combater o compartilhamento de informações falsas durante as eleições municipais, o TRE-RS lança dois novos canais para denúncias de suspeitas as fake news. O conteúdo suspeito para checagem pode ser enviado pelo endereço de e-mail desinformacao@tre-rs.jus.br ou pelo WhatsApp (51) 98463-9692. O atendimento é realizado no mesmo horário de funcionamento da Justiça Eleitoral, de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h. 

Mais informações sobre como acessar os canais podem ser encontradas na página inicial do site oficial do TRE-RS, através do banner de Enfrentamento à Desinformação. O espaço também tem a função de esclarecer dúvidas dos eleitores, fornecer orientações sobre como entrar em contato com a institução, além de notícias já verificadas, a partir de selos de classificação, que podem ser acessadas através da aba "Fato ou boato?". Também é possível realizar denúncias no site do Ministério Público Eleitoral.

A medida foi lançada pela Comissão de Enfrentamento à Desinformação do TRE-RS, que tem realizado uma série de projetos para evitar o compartilhamento das fakes news através das redes sociais e dos aplicativos de mensagens a a desinformação nas eleições municipais de 2020.

Correio do Povo 

Governo britânico proíbe até reunião entre parentes

 Reino Unido tem mais de 43 mil mortes por Covid-19, o índice mais alto da Europa


Londres passará a um nível mais rígido de restrições para conter a pandemia, com a proibição, a partir desta sexta-feira, 16, de reuniões fechadas entre parentes que não morem na mesma casa. Pelas novas regras, os encontros ao ar livre só poderão ter no máximo seis pessoas. Já os pubs poderão atender apenas clientes sentados entre às 10 horas e às 17 horas. Os restaurantes podem receber pedidos após as 22 horas apenas para entrega e não é permitida a retirada da comida no local.

As restrições que passam a valer hoje incluem a capital e outras sete zonas do país, onde vivem 11 milhões de pessoas. Em Londres, as áreas mais afetadas são Richmond, Hackney, a City de Londres, Ealing, Redbridge e Harrow. Com as infecções dobrando a cada 10 dias, o Reino Unido registrou 19.724 novos casos e 137 mortes por covid-19 na quarta-feira - o último dado disponível.

O total de óbitos foi o maior em um dia desde o começo de junho, disseram as autoridades, quando as mortes estavam abaixo de 100 diárias. O número total de óbitos desde o início da pandemia é 43.155, o maior da Europa.

Com o objetivo de evitar uma quarentena em todo o país ao mesmo tempo, o governo do Reino Unido implantou um modelo que classifica as regiões conforme o número de infecções por habitante. Londres passa hoje a estar no nível de alerta 2, de uma escala que vai até 3, o que coloca a cidade em um risco "alto" para o coronavírus.

Quem não respeitar as restrições pode ser multado em £ 200 (cerca de R$ 1,4 mil) - esse valor pode chegar a £ 6,4 mil (por volta de R$ 45 mil). No caso de flagrante de aglomerações com mais de 30 pessoas, a multa é de £ 10 mil (R$ 70 mil).

Mesmo classificado como alto risco para a covid, as escolas continuarão funcionando e o trabalho presencial para setores que não sejam considerados essenciais poderá continuar. Hoje, Liverpool é a única região da Inglaterra com o nível máximo de restrições, com o fechamento dos pubs que não vendem alimentos.

"A todos os que trabalham na nossa grande capital, quero agradecê-los pelo que fizeram para suprimir o vírus uma vez.

Agora, todos temos de fazer nossa parte para controlar a doença mais uma vez", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, em uma audiência com parlamentares. "Sei dos sacrifícios que isso significa, mas sei que, se trabalharmos juntos, podemos vencer."

Segundo o ministro, o governo tem de agir rápido para evitar mais mortes e minimizar os impactos econômicos. "As coisas vão piorar antes de melhorarem."

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que é preciso alertar a população. "Temos um inverno duro pela frente", declarou. De acordo com ele, a cidade em breve deve atingir a média de 100 casos para cada 100 mil habitantes. "Hoje, já há um número significativo de bairros que já superaram essa marca."

O primeiro-ministro, Boris Johnson disse que seu governo está travando uma guerra contra o vírus e alguns sacrifícios são necessários para salvar vidas. A oposição, porém, afirmou que ele demorou demais para agir quando o vírus emergiu, não protegeu os idosos em casas de repouso e fracassou na implantação de um sistema de exames. No início da pandemia, o premiê adotava uma posição cética, que só mudou depois que ele mesmo foi contaminado e precisou de um respirador durante o tratamento.

Europa

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mortes diárias por coronavírus na Europa podem superar, nos próximos meses, em até cinco vezes o pico de abril. Segundo o diretor regional da OMS para o continente, Hans Kluge, nove países relataram números recordes de novas infecções na semana passada.

"A evolução da situação epidemiológica na Europa provoca uma grande preocupação. Os casos diários aumentam, as internações aumentam e a covid é agora a quinta causa de mortes na região", afirmou. Pelo menos mil pessoas por dia morrem em média pela doença.

No entanto, segundo Kluge, há motivos para otimismo. Para ele, a situação não é a mesma da primeira onda da pandemia e países como França, Espanha e Reino Unido, que vêm adotando medidas rígidas, "podem salvar centenas de milhares de vidas".


Agência Estado e Correio do Povo

Pré-venda do iPhone 12 (mas sem Brasil); Soja pode seguir arroz e ficar sem tarifa; Vacina em janeiro no SUS

 

A semana termina ainda com preocupações sobre a segunda onda de coronavírus e, no Brasil, decisão sobre possível suspensão de novas tarifas de importação de alimentos. A Desperta destaca ainda a pré-venda do iPhone (sem o Brasil), as eleições na Bolívia e o Dia Mundial da Alimentação. Boa leitura.

João Doria: tentativa de retomar investimentos e privatizaçõs em 2021 | Governo de SP/Divulgação

1 - RETOMADA, BIOGÁS E TARIFA

O mercado inicia esta sexta-feira com bolsas em leve alta, se recuperando parcialmente das perdas do dia anterior, quando as bolsas europeias chegaram a cair mais de 2% em meio às novas medidas de isolamento no continente. O Ibovespa também fechou em queda de 0,28% ontem. Na agenda econômica e política do Brasil, está a decisão sobre zerar tarifas de importação de soja, farelo de soja, óleo de soja e milho em reunião hoje do Gecex, grupo de comércio exterior, um mês após a suspensão de tarifas do arroz. Na política, o presidente Jair Bolsonaro visita nesta manhã a região de Ribeirão Preto (SP), para inaugurar uma planta de biogás. Ainda em São Paulo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também apresenta ao lado do secretário Henrique Meirelles o que chamou de Programa de Retomada 21/22, com o objetivo de reviver a economia do estado nos próximos dois anos. 


2 - IPHONE 12 À VENDA

A Apple não quer saber de perder tempo quando se trata dos novos iPhone 12. Apresentados há três dias, eles entram em pré-venda em 30 países selecionados nesta sexta-feira — o Brasil não é um deles e os aparelhos serão trazidos “em breve”, segundo a empresa. O lançamento também terá um calendário um pouco diferente este ano, com a pré-venda concentrada no site da fabricante, no mesmo horário em todo o mundo. Enquanto isso, o lançamento do novo iPhone continua dando o que falar. No Brasil, a Apple aumentou o preço dos iPhones antigos em seu site após lançar a nova versão. Já a iniciativa de não enviar carregadores para reduzir emissões de carbono se mostra contraditória com outros produtos da empresa, que frequentemente demandam adaptadores. Leia mais


3 - ELEIÇÕES NA BOLÍVIA

Os bolivianos vão às urnas neste domingo, 18, na primeira eleição presidencial desde a renúncia do presidente socialista Evo Morales, em novembro do ano passado. Desde então, o país mergulhou em uma crise política após acusações de fraude eleitoral na campanha que reelegeu Morales provocarem protestos massivos por todo o país. Por causa da instabilidade, Morales pediu asilo político na Argentina em dezembro do ano passado. Em quase um ano de crise política, agravada pela pandemia, a Bolívia vai às urnas dividida. O candidato socialista Luis Arce, do Movimento Ao Socialismo (MAS), partido fundado por Morales, está à frente do ex-presidente de centro Carlos Mesa por apenas 6 pontos percentuais. A disputa deve ficar para o segundo turno, em novembro, mas será crucial para a estabilidade da América do Sul. Leia mais


4 - ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 

Esta sexta-feira marca o Dia Mundial da Alimentação. E se existe um clichê que voltou a estar em voga é o de que a crise traz sempre alguma oportunidade. A máxima não vale apenas para ações em baixa na bolsa — ela se encaixa também na alimentação. Uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 7 aprovou por unanimidade mudanças cruciais nos rótulos dos alimentos no Brasil. O maior entendimento das embalagens pode ajudar o Brasil a enfrentar o desafio do aumento da obesidade e do consumo de ultraprocessados, que representam mais de 18% das calorias consumidas pelos brasileiros, segundo o IBGE. Para aproveitar a data e o maior tempo cozinhando em casa gerado pela pandemia, separamos pequenas mudanças alimentares que podem salvar sua vida (e, spoiler: para cozinhar em casa, receitas diárias não são um bom caminho). Leia mais.
 

O Brasil registrou 734 mortes e mais de 28.000 novos casos de covid-19 no boletim de quinta-feira. A média móvel é de 497 vítimas diárias. Ao todo, são 152.513 mortes e 5,2 milhões de casos. Veja os números.

O SUS planeja começar a aplicar a vacina da covid-19 nacionalmente em janeiro, com doses suficientes para 7% da população. 

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, enviou ao Senado pedido de afastamento do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro nas nádegas pela PF. Rodrigues era vice-líder do governo no Senado.  

O ministro do STF, Marco Aurélio criticou o colega Luiz Fux por cassar sua decisão de soltar André do Rap, tomada com base no pacote anticrime. A Corte formou maioria para voltar a prendê-lo ontem, mas ele está foragido. 

O Banco Central investiga denúncia de cadastramento indevido das chaves do PIX, o sistema de pagamento instantâneo. E veja os bancos que mais cadastraram chaves no PIX até agora. 

Com a pandemia e mais recursos contra inadimplência, o lucro dos bancos caiu 31,9% no primeiro semestre, ainda segundo o BC. 

O número de grandes empresas americanas com prejuízo nos últimos 12 meses também já superou o da crise de 2008, segundo dados da Bloomberg.

O regulador da União Europeia decidiu que o Boeing 737 Max está seguro para voltar aos céus europeus se fizer mais adaptações (que podem levar dois anos). É o primeiro regulador que endossa uma volta da aeronave.
 

“Não adianta ser sustentável se uma parte do país não é”. Para o presidente da BRF, a má gestão ambiental prejudica as relações comerciais e dificulta o acesso a capital. Leia a entrevista.

Quando Ilson Mateus tinha 21 anos, tentou sem sucesso ficar rico como garimpeiro em Serra Pelada. Agora, aos 57, o dono do Grupo Mateus entrou para o ranking de bilionários. Leia a história do empresário

Com mais de 20 milhões de seguidores, a influencer italiana Chiara Ferragni, de 33 anos, planeja fazer "IPO de si mesma" em Milão

Se Maomé não vai à loja, a loja vai a Maomé: depois da C&A, a Renner também criou uma máquina de venda de roupas no metrô

As moedas digitais precisam melhorar sua governança: é o que afirma o ex-presidente do BC, Gustavo Franco, como parte do Future of Money, debate sobre criptomoedas e moedas digitais da Exame Research. Leia a entrevista.

Veja ainda o que o open banking trouxe de bom no exterior, segundo o presidente da Associação Britânica de Dados Financeiros, e, no debate sobre o "yuan digital" da China, como o blockchain pode impactar o sistema financeiro.
 
Bolsa
HOJE | Xangai / +0,13%
Tóquio / -0,41%
Londres / +1,26% (às 7h)
Petróleo Brent / 42,75 dólares (-0,95%)

ONTEM | Ibovespa / -0,28%
S&P 500 / -0,15%
Dólar / 5,62 reais (+0,48%)
A Vult, marca de cosméticos do Grupo Boticário, fez uma seleção de modelos para representar a diversidade étnica-racial brasileira em suas campanhas, seguindo os dados de autodeclaração da amostra contínua do IBGE, na qual 56% a população do país se declara preta ou parda, 43% branca e 1% amarela ou indígena. A campanha, assinada pela AlmapBBDO, traz o conceito “Uma beleza inspira a outra”. Leia mais
Taís Araújo na campanha da Vult: marca quer aumentar representatividade | Foto: Divulgação

Flamengo busca empate com o Bragantino, mas perde chance de liderar Brasileirão

 Duelo no Maracanã acabou com placar de 1 a 1


Longe de exibir sua melhor apresentação, o Flamengo sofreu para buscar o empate com o Red Bull Bragantino, por 1 a 1, na noite desta quinta-feira, e desperdiçou preciosa oportunidade de alcançar a liderança da tabela do Brasileirão. O duelo foi disputado no Maracanã, no Rio de Janeiro, pela 16ª rodada.

Se tivesse vencido, o time carioca chegaria aos 33 pontos e desbancaria o Atlético-MG da primeira colocação. Como empatou, alcançou os mesmos 31 do adversário e também do Internacional. O Fla leva desvantagem para os rivais no número de vitórias e também no saldo de gols.

O Bragantino soma 13 pontos e segue na zona do rebaixamento, na 19ª posição, acima apenas do Goiás, que tem quatro pontos a menos. O primeiro time fora da zona da degola é o Coritiba, com 16.

No Maracanã, o primeiro tempo não teve muitos lances de perigo, com o Flamengo com dificuldades para chegar ao ataque e o Bragantino mais perigoso nos contragolpes. As principais jogadas do time da casa aconteciam em chutes de fora da área com os meias Diego e Everton Ribeiro. Já o Bragantino aproveitava erros na saída de bola adversária para fazer o goleiro Hugo Souza trabalhar.

No intervalo, o técnico Domènec Torrent surpreendeu ao sacar o atacante Pedro, poupado, para a entrada de Vitinho. O artilheiro do time, com oito gols, era cotado até para não começar jogando por estar vindo de uma sequência grande de atuações. O Fla vai completar uma série de nove jogos em 28 jogos neste mês e a comissão técnica tenta reduzir o desgaste.

Logo no início da segunda etapa, o jogo mudou. No primeiro minuto, aos 14 segundos, o Bragantino abriu o placar com um golaço. Após bonita troca de passes, Claudinho dominou levantando a bola e encheu o pé para estufar as redes no alto.

Após o gol, o Flamengo cresceu de rendimento e passou a pressionar em busca do empate. Aos 24 minutos, Isla cruzou, o goleiro Cleiton rebateu e Lincoln, de cabeça, completou para o gol. Até o final, o time da casa seguiu atacando, mas não conseguiu a virada. A nota triste foi a saída de Everton Ribeiro, que lesionou o joelho.

Os dois times voltam a campo no próximo domingo pela 17ª rodada. O Red Bull Bragantino recebe o Sport no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, enquanto o Flamengo enfrenta o Corinthians na Neo Química Arena, em São Paulo.


Agência Estado e Correio do Povo

Medida Provisória do Mandante perde validade e frustra clubes e governo

 Sem acordo entre as lideranças políticas, a MP, que vigorou por quatro meses, não foi apreciada no Congresso Nacional



Nascida com a ideia de "revolucionar" e "democratizar" o futebol, a Medida Provisória 984, que alterava as regras sobre os direitos de transmissões das partidas, perdeu a validade nesta quinta-feira. Sem acordo entre as lideranças políticas, a MP do Mandante, como é chamada, não foi apreciada no Congresso Nacional apesar da forte pressão de vários clubes e do apoio do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

O presidente assinou a MP 984 em 18 de junho. A legislação vigorou por quatro meses. Foram 60 dias, prorrogados por mais 60. Na ocasião em que editou a MP, Bolsonaro disse que a medida acabava com "conflitos" e que seu governo estava "democratizando o futebol" ao permitir que os clubes mandantes tenham a prerrogativa de negociar os direitos de transmissão de seus jogos.

O texto alterou a Lei Pelé, ao determinar que o direito da exibição da partida pertencia exclusivamente ao mandante em vez de exigir que os dois times envolvidos tenham contrato com uma mesma emissora para a partida poder ser transmitida, e provocou uma série de disputas judiciais envolvendo Flamengo, Globo e Turner. A emissora carioca sofreu algumas derrotas, mas, no fim, foi pouco prejudicada e conseguiu derrubar, por meio de liminar, o direito do grupo americano de exibir na TNT jogos do Brasileirão envolvendo times com os quais não tem contrato.

"Enxergo o efeito prático gerado pela MP como bastante positivo, pois independente de seguir ou não em tramitação, ela retomou o debate sobre a negociação coletiva de direitos (não apenas direitos de transmissão) pelos clubes e os reaproximou de conversas sobre a formação de uma liga no futuro. Isso é fundamental para que o futebol brasileiro evolua e cresça de maneira sustentável, da mesma forma que acontece com ligas como a NBA, NFL e Premier League", pontua Pedro Oliveira, sócio da OutField, consultoria especializada em negócios do esporte.

Um grupo de mais de 40 clubes, liderados por Palmeiras, Santos e Flamengo, entre outros, incluindo 11 da Série A, também lançou o movimento "Futebol Mais Livre", no qual pediram que a MP 984 fosse transformada em lei. Os clubes alegaram que dar os direitos de exibição aos times mandantes ajudaria na democratização das transmissões de futebol no Brasil por não obrigar mais que os dois clubes envolvidos na partida tenham contrato com uma mesma emissora para ser garantida a exibição da partida. O presidente do time alviverde, Maurício Galiotte, disse ao Estadão que, na sua visão, "a legislação anterior à MP 984 é anacrônica e sem paralelo no mundo".

Os clubes, especialmente os oito que têm contrato com a Turner em relação às partidas do Brasileirão - Palmeiras, Santos, Internacional, Coritiba, Bahia, Fortaleza, Ceará e Athletico-PR - fizeram campanhas massivas nas redes sociais e buscaram dialogar com parlamentares. O movimento foi criado com o intuito de defender que a proposta virasse lei. Eles entendiam que o futebol poderia movimentar mais dinheiro, pois cada clube teria a opção de negociar o próprio contrato, além de garantir que não existam mais "apagões" nas transmissões.

"Vejo essa notícia com muita tristeza porque entendo que o Parlamento é uma representação da sociedade. Havia mais de 40 clubes querendo a votação, de todas as divisões, da A à D, de 21 estados, e essa pauta sequer foi colocada para avaliação. Acho que perde a democracia", lamentou o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, em entrevista ao Estadão.

Na visão do dirigente, faltou uma articulação para que a pauta pudesse entrar em votação no Congresso. "A sociedade não pôde avaliar através de seus representantes. O povo não pôde avaliar algo que tinha um clamor popular. Talvez tenha faltado uma liderança política, uma articulação melhor, mas eu acreditei de forma romântica que a democracia seria exercida e o tema seria colocado para a avaliação do Parlamento. Infelizmente, não foi", acrescentou.

A pressão, no entanto, não surtiu efeito e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não colocou a MP para votação. Em junho, o deputado afirmou que o tema deveria ser acompanhado de um debate mais profundo do que permite uma medida provisória e avaliou que o assunto não tinha "essa relevância e urgência".

O texto também recebeu críticas de alguns parlamentares, caso do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), que enxergou alguns méritos, mas apontou equívocos. "A MP 984, ao reconhecer o direito do mandante, produz um grande avanço, mas ao não garantir ou estimular a formação da liga e, via de consequência, que os direitos de transmissão sejam negociados coletivamente, traz um risco, pois nos afasta dos modelos que deram certo nos países desenvolvidos europeus e nos EUA", analisa.

"Um segundo problema foi transferir os repasses dos recursos do direito de arena de atletas e demais profissionais do futebol para a os clubes, que endividados, vão aumentar os calotes para nossos operários do futebol e que hoje recebem esses valores em menos de 48 horas", complementa.


Agência Estado e Correio do Povo

Pelotas vence o São Caetano pela Série D

 Resultado de 3 a 1 em casa deixa a equipe da Zona Sul na vice-liderança do grupo oito da competição



O Pelotas conquistou mais um importante resultado na Série D do Brasileirão. Na tarde desta quinta-feira, a equipe venceu o São Caetano pelo placar de 3 a 1, jogando na Boca do Lobo.

Aos 36 do primeiro tempo, Marcão abriu o placar. Já na etapa final, Juliano fez o segundo, de pênalti. O São Caetano descontou com Lucas Limão. Mas Marcão fez o segundo dele e deu números finais ao confronto. 

Com o resultado, o Lobo pula para a segunda colocação na chave 8, com 10 pontos ganhos. Já o São Caetano é o lanterna do grupo, com apenas dois pontos conquistados.

Na próxima rodada, o Pelotas viaja até Santa Catarina, onde enfrenta o Tubarão, no domingo, às 16h. No mesmo dia, às 18h, o São Caetano recebe o Joinville, no Anacleto Campanella.

Correio do Povo

CHEIRINHO PARA A CASA

 A misturinha é super simples:

200ml de água
1 tampa de amaciante concentrado
1 colher de vinagre de álcool
1 colher de álcool
Mistura tudo e é só sair borrifando. O vinagre capta os maus odores, evapora e some. Não fica cheiro ruim.O álcool acentua o cheiro do amaciante. E o amaciante deixa perfumado.🧏‍♀️😉
Dica da amiga
Neida Helena Zanini
, amei





Link: https://www.facebook.com/story.php?story_fbid=10223710473847416&id=1159866199

UE adia para dezembro decisão sobre meta de redução de emissões para 2030

 Tema foi destacado nas conclusões deste primeiro dia do Conselho Europeu



Os líderes da União Europeia acordaram nesta quinta-feira adiar até dezembro a decisão sobre a meta comum a adotar sobre a redução de emissões de gases do efeito estufa até 2030, um tema que causa profundas divergências entre os países do bloco.

"A UE retomará esta questão em dezembro de olho em um acordo sobre um novo objetivo de redução de emissões até 2030", destacaram no ponto 11 das conclusões deste primeiro dia do Conselho Europeu, que termina na sexta-feira.

AFP e Correio do Povo

Supremo confirma por 9 a 1 ordem de prisão a André do Rap

 Julgamento terminou na tarde desta quinta-feira com críticas à decisão do presidente Luiz Fux de cassar liminar do ministro Marco Aurélio



O STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou na tarde desta quinta-feira (15), por 9x1, a ordem de prisão ao traficante André do Rap.

O plenário debateu a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que libertou o traficante no sábado (10), e a consequente decisão do presidente da Corte, Luiz Fux, que derrubou o habeas corpus e determinou nova ordem de prisão, quando o traficante, porém, já havia sido libertado.

André do Rap, considerado um dos chefes de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, está foragido e já foi incluído em lista de procurados da Interpol. Ele possui condenações em segunda instância a 25 anos de prisão.

O julgamento da decisão de Fux começou na quarta-feira (14), quando já se formou maioria a favor da nova ordem de prisão. Nesta quinta, outros três ministros anunciaram a adesão à manutenção da ordem de prisão, levando o placar para 9x0. Os magistrados procuraram marcar posição, porém, contra o ato de Fux de cassar uma liminar de um de seus pares, apontado como ilegal.

A única contrariedade foi expressa pelo ministro Marco Aurélio Mello, que criticou Fux e afirmou que sua decisão está dentro da lei. 

O habeas corpus foi baseado no artigo 316 do Código de Processo Penal, inserido pelo pacote anticrime aprovado em 2019 e que prevê que que as prisões preventivas precisam ser renovadas por decisão de um juiz a cada 90 dias. O prazo não foi cumprido em relação a André do Rap, e Marco Aurélio disse haver "constrangimento ilegal" ao conceder o habeas corpus.

Julgamento

A primeira a se manifestar nesta quinta foi a ministra Cármen Lúcia, que adotou posição semelhante ao presidente Luiz Fux - contra o habeas corpus concedido por Marco Aurélio Mello e favor da manutenção da nova ordem de prisão. Segundo ela, a falta da renovação da prisão preventiva em 90 dias não implica a "libertação automática" do prazo.

O ministro Ricardo Lewandowski votou em seguida e optou por não apoiar a derrubada da decisão de Marco Aurélio Mello. Ele afirmou que a legislação não permite ao presidente da Corte atuar como uma espécie de revisor das decisões dos demais magistrados. "O presidente não é órgão jurisdicional superior aos demais ministros da corte" e, cassando decisões, corre o risco de se tornar um "superministro", avaliou.

Apesar da discordância com a decisão, Lewandoswski disse que na condição de vencido na votação, apoiaria as decisões referente apenas a André do Rap, ou seja, a nova ordem para prisão.

O ministro Gilmar Mendes votou de forma semelhante a Lewandowski e afirmou que falhas no sistema judiciário levaram à decisão que libertou André do Rap. Ele citou a demora por parte do juiz original do caso e do Ministério Público em dar andamento à renovação da prisão preventiva, que havia sido decretada em 2014. Criticou também o sistema de distribuição de processos do STF, que por sorteio indicou Marco Aurélio para julgar um pedido referente a um dos envolvidos na operação que teve André do Rap como um dos presos em 2014, em vez da ministra Rosa Weber, relatora original dos processos ligados à operação. Por fim, criticou a demora da Procuradoria-Geral da República (PGR) em se manifestar sobre a decisão de Mello.

Mendes classificou o episódio envolvendo André do Rap como um “festival de erros, equívocos e omissões.”

R7 e Correio do Povo