FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
A ideia de se criar uma força militar para participar do conflito surgiu em fevereiro de 1943, no encontro dos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas, na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Na ocasião, Getúlio argumentou que o envio de tropas dependeria exclusivamente do reaparelhamento bélico das Forças Armadas Brasileiras.
A FEB (Força Expedicionária Brasileira) foi criada com o intuito de levar o Brasil ao Teatro de Operações na Itália.
Figura 6: Encontro de Roosevelt e Vargas em Natal - RN
Fonte: http://www.natal-brazil.com/
8.1. E A COBRA FUMOU
Em resposta a alguns críticos que diziam que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar tropas para luta na guerra foi esse o grito de guerra da FEB durante a campanha na Itália. O Desenhista americano Walt Disney já havia criado o personagem Zé carioca, em homenagem ao Brasil. Ele foi convidado a pedido do jornal o Globo para estilizar o lema da FEB, criara uma cobra verde, com um capacete e que fumava um cachimbo disparava duas pistolas nas mãos, rapidamente foi bem aceito pela população que logo foi estampado nos uniformes dos pracinhas
Figura 7: Desenho de Walt Disney em homenagem a FEB
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-
8.2. FALTA DE PRAPARO DOS PRACINHAS
A falta de preparo dos pracinhas era tamanha que muitos deles mal sabiam usar os armamentos que recebiam do exército estadunidense, os aliados ficavam preocupados com a pouca experiência dos pracinhas.
Os Estados Unidos, por exemplo, tinham tropas especializadas em montanha, a 10.ª Divisão de Montanha, os brasileiros não tinham experiência nenhuma, muitos deles nunca tinham visto uma montanha, como comenta um veterano no documentário Heróis Esquecidos: ‘’Eu nunca tinha visto uma montanha, vi o Pico do Jaraguá e o Pão de Açúcar de longe’’.
Os Americanos reclamavam muito das baixas desnecessárias às forças aliadas, um erro grotesco foi cometido em 12 de dezembro de 1944, por um pracinha. Os brasileiros invadiram uma casa abarrotada de alemães, matando todos os inimigos, saíram, contudo, sem verificar o porão, havia um único soldado alemão que metralhou 17 brasileiros pelas costas, uma lamentável negligência tal fato relatado no livro Bardudos, sujos e fatigados de Cezar Campiani.
Existem outros relatos de que combatentes brasileiros brincavam com minas antitanque no acampamento militar.
As dificuldades no front foram imensas, frio, a comida, e as péssimas condições de higiene, alguns combatentes chegavam a dormir ao lado de cadáveres, outra dificuldade era a qualidade dos uniformes produzidos no Brasil, que eram péssimos, seus uniformes se assemelhava muito com os dos alemães, chegavam até a confundir-se como prisioneiros de guerra.
Figura 8: Desembarque em Nápoles
Fonte: http://users.cjb.net/feb/foto_
8.3. GENERAIS BRASILEIROS
Os nomes apresentados abaixo são de generais que já possuíam esse cargo antes da campanha da FEB:
João Batista Mascarenhas de Moraes (1883-1968); Comandante da 1ª D.I.E.
Oswaldo Cordeiro de Farias (1901-1981); Comandante da Artilharia Divisionária.
Euclydes Zenobio da Costa (1893-1962); Comandante da Infantaria.
Olympio Falconière da Cunha (1891-1967); Comandante dos Órgãos não Divisionários.
Os nomes apresentados abaixo são de generais que foram promovidos para esse cargo após a campanha da FEB:
Carlos de Meira Mattos; Oficial-de-Ligação da 1ª D.I.E.
Plínio Pitaluga; Comandante do Esquadrão de Reconhecimento.
Domingos Ventura Pinto Júnior (1915-2007); Comandante da CIA de Obuses 105 mm
11º RI – Regimento de Infantaria
Álvaro Alves dos Santos (1908-1974); Chefe do Serviço de Contra-Informações da 1ª D.I.E
Figura 9: Da esquerda para a direita Zenóbio da Costa (Comandante da Infantaria Divisionária) Mascarenhas de Morais (Comandante da FEB) Cordeiro de Farias (Comandante da Artilharia Divisionária).
Fonte:http://t0.gstatic.com/
8.4. PERFIL DOS SOLDADOS
Existiam pouquíssimos soldados profissionais. Mais da metade os oficiais subalternos eram reservistas e metade os efetivos eram recém recrutados, maioria era da zona rural e com baixos níveis de educação, algo interessante na nossa tropa era que era a única que foi racialmente integrada, existia um política de segregação nas demais tropas, negros e brancos jamais lutavam juntos, existia uma divisão própria para negros, a FEB excluía seus soldados negros em desfiles, colocavam-nos onde era menos vistos, racismo típico daquela época.
8.5. VITÓRIAS DA FEB
Aqui está à lista de todas as batalhas em que a FEB foi vitoriosa:
Mazzarozza: em 16 de setembro de 1.944;
Camaiore: em 18 de setembro de 1.944;
Monte Prano: em 28 de setembro de 1.944;
Fornacci: em 06 de outubro de 1.944;
Galicano: em 07 de outubro de 1.944;
Barga: em 07 de outubro de 1.944;
Sam Quirico: em 30 de outubro de 1.944;
Monte Cavallaro: em 16 de novembro de 1.944;
Monte Castelo: em 21 de fevereiro de 1.945;
La Serra: em 25 de fevereiro de 1.945
Santa Maria Villiana: em 04 de março de 1.945;
Castel Nuovo: em 05 de março de 1.945;
Montese: em 14 de abril de 1.945;
Paravento: em 15 de abril de 1.945;
Monte Maiolo: em 19 de abril de 1.945;
Rivela: em 20 de abril de 1.945;
Zocca: em 21 de abril de 1.945;
Formigine: em 27 de abril de 1.945;
Colechio: em 28 de abril de 1.945;
Castelvetro: em 28 de abril de 1.945;
Fornovo: em 28 de abril de 1.945.
Figura 10: Roteiro da campanha da FEB
Fonte: http://www.19csm.eb.mil.br/
9. PRINCIPAIS BATALHAS DA FEB
9.1. BATALHA DE MONTE CASTELO
A batalha de Monte Castelo foi a mais dramática e importante para os pracinhas e também para os Aliados. O combate ocorreu no dia 21 de fevereiro de 1945.
A FEB começou seu ataque às seis da manhã.
O 1º Regimento de Infantaria, o Sampaio, com suas tropas, constituía a ofensiva. Cada batalhão era responsável por atacar de um determinado ângulo: o 1º, comandado pelo major Olívio Gondin de Uzeda, avança pela direita; o 2º, comandado pelo major Sizeno Sarmento, segue pelo centro; e o 3º, comandado pelo tenente-coronel Emilio Rodrigues Franklin, ataca pela direita.
Enquanto os brasileiros iniciavam suas investidas contra os alemães, os americanos já haviam conquistado o Monte Belvedere, sendo assim, ambos se auxiliavam no ataque.
Eis aqui alguns trechos do livro, O Inverno da Guerra, do escritor e correspondente de guerra, Joel Silveira, que versam a batalha de Monte Castelo. A ordem cronológica dos acontecimentos está descrita por Silveira(2005, p 95) da seguinte maneira:
Às doze horas o general Mark Clark, comandante da frente italiana, o general Truscott, comandante do 5º Exército Americano, o general Crittenberg, comandante do 4º Corpo do 5º Exército, e o comandante-em-chefe das Forças Aéreas do Mediterrâneo estiveram em visita ao general Mascarenhas de Moraes, no seu Posto de Observação, uns 3 quilômetros à direita do Posto de Comando do general Cordeiro.
Às 12h30 o major Uzeda, que avança pela esquerda, pede proteção da Artilharia para que possa alcançar um ponto na sua frente, e o general Cordeiro ordena às baterias: “Cinco rajadas de morteiros sobre a cota 813.”
Ás 13h55 um dos batalhões avisa que foram avistados reforços alemães que começam a chegar a Castelo. Ao lado direito, o coronel Franklin está detido com o seu 3º Batalhão. O major Uzeda previne pelo rádio que tentará envolver Castelo pela esquerda.
Às 14h20 o major Uzeda avisa que vai atacar a cota 920, penúltimo ponto antes da crista de Castelo. Pede mais tiros ao general Cordeiro, que transmite, através dos seus auxiliares (o coronel Miranda Correia e o capitão Souto Maior são dois deles), ordem às baterias. O major Uzeda se encontra precisamente a 5 quilômetros do Posto de Observação, tendo realizado já uma progressão de mais de 2 quilômetros. O diálogo entre Alma I, AlmaII e Alma III (os observadores junto aos batalhões) e Lata I, Lata II e Lata III (oficiais de ligação em plena luta) se repete de minuto a minuto.
Às quinze horas o major Uzeda se encontra firme na cota 930, mas coberto por metralhadoras alemãs. Seu objetivo final será a cota 977, ou seja, o cume de Castelo, onde tenciona chegar depois das 16h30min. Fica combinado, então, que às 16h20, quando seu batalhão iniciar a marcha definitiva sobre a crista de Castelo, toda a Artilharia Divisionária concentrará seu fogo sobre as encostas e o cume do monte. Estamos disparando com canhões 105 e 155 e com morteiros.
Às 15h30 o major Uzeda informa pelo rádio: “Meus homens estão prontos para atacar.” Olho pelo binóculo que me emprestou o coronel Miranda Correia e vejo lá em cima, na cota 930, os soldados em formação de ataque, espalhados pelos pequenos vales, deitados na pouca neve que o sol fraco ainda não desfez.
Entre 15h30 e 15h50 há uma relativa calma: somente os morteiros alemães, os aviões mergulhando e metralhando o Torracia e um teco-teco brasileiro da Esquadrilha de Ligação e Observação (ELO), que navega solitário sobre o campo de luta.
Às 16h05 o coronel Franklin informa pelo rádio que seus homens ocuparam Fornele, à direita de Castelo e bem próximo do seu cume. Trava-se, até a véspera, de um ponto forte inimigo, eriçado de metralhadoras, que acaba de ser dominado pelos nossos soldados. Fornele – como Abetaia, mais ao sul – foi um dos pontos em que foram barrados, em novembro e dezembro últimos, os anteriores e frustrados ataques brasileiros a Monte Castelo. Continua progredindo o batalhão do coronel Franklin.
Sem dúvida alguma, o instante mais sensacional de toda a luta do dia 21 aconteceu às 16h20, quando toda a Artilharia Divisionária concentrou seu poder de fogo sobre Castelo. No céu de inverno a noite já se prenunciava, de forma que se notavam nitidamente as chamas que surgiam a cada explosão dos obuses. Chamas altas que o binóculo me mostra tão próxima.
Às 17h40 os homens do major Uzeda alcançam Esperança, outro ponto de resistência dos alemães na cota 930.
Às 17h45 o general Cordeiro de Farias afasta-se da luneta, volta-se para mim e diz:”Praticamente Castelo está conquistado.” Chegam logo depois informações sobre a situação da 10 Divisão de Montanha norte-americana: eles ainda não conseguiram tomar Torracia, de forma que o avanço brasileiro terá que ser feito sem o apoio deles e com a estratégica posição ainda em poder dos alemães.
Ás 17h50 a voz do major Franklin vem, forte, pelo rádio: “Estou no cume de Monte Castelo”. E pede fogo da Artilharia sobre posições inimigas além do monte. “Castelo é nosso”, me diz o general Cordeiro. Mais alguns minutos, e nossas baterias já estão bombardeando Caselina, Serra e Bela Vista. Os alemães respondem com morteiros. Mas nada mais lhes adiantaria, porque, como me diria na manhã seguinte o coronel Franklin, “estamos em Castelo e ninguém mais nos tira daqui”.
Figura 11: Soldados no Cume do Monte Castelo
Figura: http://www.portalfeb.com.br/
9.2. BATALHA DE CASTELNUOVO - SOPRASSASSO
Castelnuovo ficava a noroeste de Monte Castelo em direção a Bolonha. duas semanas após a tomada de Monte Castelo, a operação foi em conjunto com a 10 ª Divisão de Montanha
A batalha foi travada no final da segunda guerra mundial que tentavam conter o avanço nazista no norte da Itália
Durante os dias 5 e 6 de março de 1945, na aldeia de Castelnuovo na comuna de Vergato, na província de Bolonha. Esse confronto foi de imenso valor no quesito estratégico, pois se trata de uma importante rota ate o vale do rio Po importância ligação até o norte da Itália, foi planejado um cerco para a conquista desta comuna, a seguir esta o relatou a situação da tentativa de conquista de Castelnuovo naquela ocasião:
O cerco começou de manhã cedo (dia 5 de março), antes que os norte-americanos dessem o sinal para o início do ataque. O lº Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, comandado por Manoel Rodrigues de Carvalho Lisboa, conquistou o controle de Precaria, ao Sul de Castelnuovo, enquanto o 2º Batalhão do mesmo Regimento, comandado por Orlando Ramagem, num movimento que lhe custou 22 baixas, alcançou o terreno a Sudeste de Castelnuovo.
Com o sinal dos norte-americanos, dado ao meio-dia, o 1º e 2º Batalhões do 6º RI, comandados por João Carlos Gross e Henrique Cordeiro Oeste, iniciaram sua primeira missão, que era a de dominar as eficientes posições de fogo dos alemães em Soprassano, ao Sudoeste de Castelnuovo. Ao redor de Precaria, o 1º Batalhão do 11º RI cobriu o flanco do 6º RI e, ao mesmo tempo, apoiou o principal ataque imediato a Castelnuovo, executado do leste, pelos homens de Ramagem.
Campos minados e pesado fogo inimigo retardaram o progresso do batalhão de Ramagem. Crittenberger (General Willis D. Crittenberger, Comandante Aliado do Teatro de Operações do Mediterrâneo), chegando a Riola, às 5 da tarde, queixou-se da demora pelos brasileiros e telefonou ao comandante do 6º RI, coronel Nelson de Mello, para enfatizar a tomada de Castelnuovo antes de cair a noite. O coronel então ordenou que o batalhão do major Gross continuasse rumo a Castelnuovo, sem esperar a tomada de Soprassano. Às 6 da tarde, com ajuda considerável da artilharia, Castelnuovo caia em poder da FEB. Ao mesmo tempo, o batalhão de Cordeiro, a Oeste, conquistava o controle de Soprassano”.
9.3. BATALHA DE MONTESE
Depois da conquista de Monte Castelo, chegou a hora de Montese, segundo o documentário Heróis da FEB o cuidado era dobrado: um olho para cima fugindo dos tiros inimigos, e o outro pra baixo, desviando-se das minas alemãs, os alemães se encontravam na parte de superior da cidade em quanto os brasileiros na parte de inferior, foi uma luta árdua, não sendo uma luta de campo aberto, os pracinhas tiveram que conquistar casa por casa, houveram muitas baixas em Montese, presente a maior concentração de artilharia inimiga e grande parte dos pelotões presentes terminaram a batalha com menos de 50% do seu efetivo.
A Batalha de Montese foi travada no final da campanha da FEB entre os dias 14 e 15 de abril, na chamada Ofensiva de Primavera. Na ação pela primeira e única vez, envolveu os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento verde-amarelo. O ataque a Montese fora planejado para ser executado em duas fases.
1ª Fase: Missão secundária às 9h - ataque com dois pelotões a dois postos avançados do inimigo.
2ª Fase: Missão principal às 12h - ataque á cidade de Montese, com dois pelotões também.
O jornalista Egydio Squeff, correspondente de guerra do jornal O Globo, relatou a situação de Montese naquela ocasião:
Escrevo de dentro de Montese destruída. Montese já não existe. Nenhuma casa ficou intacta e só agora podemos avaliar o efeito terrível causado pelos disparos de artilharia. Montese é uma cidade deserta, envolta em ruínas. Em suas casas destroçadas, as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam”. Mais adiante, continuou: “Procurei em vão encontrar um habitante de Montese. Só deparei com portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Penso que, desde que começou a batalha pela sua posse, a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos. Jornal O Globo
Depois da batalha de Montese, a missão agora era impedir que os alemães cruzassem o Vale o Rio Pó e pudessem se reorganizar nos Alpes.
Figura 12: Tanque após o ataque a Montese
Fonte: http://www.forte.jor.br/wp-
9.4. BATALHA DE FORNOVO DI TARO
A batalha de Fornovo foi a última batalha travada pela FEB, marcando o fim da campanha da FEB na Itália, os brasileiros e americanos bloqueavam as possíveis saídas dos nazistas nas cercanias de Fornovo, após violentos combates que se estenderam, os alemães decidiram se render. Rederam-se a 148ª Divisão de Infantaria e remanescentes da 90ª Divisão Panzer alemãs e a Divisão Bersaglieri italiana, eram 14.779 alemães e italianos, cerca de 4.000 animais e 2.500 viaturas das quais eram 1.00 motorizadas.
O general Mascarenhas descreve o momento da rendição:
Prosseguiu pela noite adentro a rendição do pessoal da tropa motorizada. Aproximadamente às vinte e três horas [dez horas depois do início da entrega das armas], apresentou-se a primeira unidade de tração hipomóvel, um Grupo de Artilharia de 75 mm, seguido de uma coluna ligeira de munição (C.L.M.).
Os carros apresentavam-se repletos de munição de artilharia e a C.L.M. com a metade da carga. Outras viaturas continham copiosa quantidade de munição de infantaria, inclusive granadas de mão e de morteiro.
Havia também muito material não militar, sobretudo fazendas de toda espécie; sedas, algodão fino, linhos, casemiras, etc.. As bicicletas que então desfilaram, dada a enorme quantidade e extrema variedade de tipos, deram margem a comentários terríveis pouco abonadores da conduta germânica.
(...) O total apresentado, nessas vinte horas de trabalho, ascendeu a 14.779 prisioneiros, 4.000 cavalos, 80 canhões de diferentes calibres, mais de 1500 viaturas de todos os tipos, além de abundante cópia de munição e centenas de veículos de tração animal. (...) Compunha-se a tropa capitulante, grosso modo, de duas partes: uma de veteranos, cuja idade orçava pelos quarenta anos; e outra, sensivelmente igual a primeira, de jovens com menos de vinte anos.
O aspecto geral era bom, senão excelente. Os uniformes, algo sujos e em desalinho, demostravam longo trabalho. As formações, mesmo no escuro da noite, apresentavam traços evidentes de disciplina e preparo técnico. Algumas, a maioria talvez, dirigiram-se para os postos de revistamento cantando canções militares. Todo o armamento era novo e mui bem tratado. A cavalhada apresentava aspecto magnífico e revelava índice elevado de adestramento ( extraído do site Grandes Guerras).
Figura 13: Rendição do148ª Divisão de Infantaria
Fonte: http://www.aore.org.br/images/
10. CORPO DE ENFERMEIRAS
Com a declaração de guerra aos países do eixo, surgiu a necessidade de criar um corpo de enfermeiras da FEB, mulheres que tinha presenciado navios mercantes brasileiros serem afundados causando centenas de mortos, gerou grandes revoltas, principalmente por parte delas que tinha obrigação e dever de proteger sua pátria.
O Quadro de Enfermeiras da FEB, seu deu em função de uma solicitação dos aliados norte-americanos já que: “[...] as [enfermeiras] americanas já estavam sobrecarregadas de serviços, além do mais não falavam a língua dos futuros pacientes [brasileiros]”
O quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército foi criado pelo decreto-lei 6.097 de 13 de Janeiro de 1943, assinado pelo presidente Vargas e o então Ministro de Guerra Eurico Gaspar Dutra.
O jornal O Globo, de 9 de outubro de 1943, publicou uma matéria solicitando mulheres entre dezoito e até trinta e seis anos para serem voluntárias. A se apresentarem deviriam atender as exigências, ser solteiras, viúvas ou separadas e comprovar alguma qualificação no serviço de enfermagem.
Após serem selecionadas, as enfermeiras participaram de um Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), dirigido pela Diretória de Saúde do Exército que tinha o objetivo de formar o Quadro de Enfermeiras, tal curso tinha três módulos distintos, parte teórica, preparação física e instrução militar.
O corpo de Enfermeiras era completamente heterogêneo, com condições sócio-econômicas diferentes um fato que dificultava o comando, muitas por falta de adaptação acabaram retornando ao Brasil.
Foram enviados à Itália cento de oitenta e seis profissionais de saúde entre eles, sessenta e sete enfermeiras do exército, sendo poucas profissionais. Dentre as enfermeiras houve uma participação ilustre, a escritora Clarice Lispector.
Figura 14: Enfermeiras da FEB
Fonte: http://rede-social.
11. CEMITÉRIO DE PISTÓIA
Cemitério que foi construído na região da Toscana, Itália, à margem da estrada para Candeglia, em uma das saídas da cidade de Pistóia. O objetivo principal para a construção desse cemitério era reunir os restos mortais dos soldados brasileiros, que no final dos combates no teatro de operações italiano, somava 443 sepultados no recinto.
A iniciativa de construir o cemitério partiu do Coronel Oswaldo de Araújo Motta, ajudante geral da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, e do 1º tenente intendente Lafayette Vargas Moreira Brasilini, comandante do pelotão de sepultamento.
No local também existe o Monumento Votivo Militar Brasileiro, estrutura criada para homenagear a memória dos soldados que haviam tombado na Itália. O monumento foi inaugurado em 5 de agosto de 1960.
Figura 15: Cemitério de Pistóia
Fonte:http://3.bp.blogspot.
12. SOLDADOS DA FEB MORTOS
A seguir, esta a lista de nomes dos soldados que tombaram em combate de acordo com o site Ecos da Segunda Guerra:
Abel Antônio Mendanha
Abilio Fernandes
Abilio José dos Santos
Abilio dos Passos
Achyles Brasil Antônio Bento de Abreu
Antônio Cação
Antônio Caetano de Souza Filho
Antônio Carlos Ferreira
Antônio Coelho da Silveira
Antônio Costa Ernesto
Antônio Durval de Morais
Antônio Farias
Antônio Martins de Oliveira
Antônio Mathias de Camargo
Antônio Pais Almeida
Antônio Patrocínio Fernandes
Antônio Pinton
Antônio Romano de Oliveira
Antônio de Souza
Antônio Vicente de Paula
Aquino Araújo
Aristides Gouveia
Aristides José da Silva
Arlindo Gonçalves dos Santos
Arlindo Lucio da Silva
Arlindo Sardanha
Arnoldo Cândido Raulino
Arthur Lourenço Staerck
Ary de Azevedo
Assad Feres
Attilio Piffer
Atualpa Pereira Leite Filho
Augusto Gonçalvez Cardoso
Aurélio Sampaio
Aurélio Venancio de Oliveira
Ayres Quaresma
Ayres da Silva Dias
Ary Rauen
Adalberto Cândido de Melo
Adão Wojcik
Adelmir Dias dos Santos
Adir Jorge
Agnaldo Saturnino Rocha
Agostinho da Silva Monteiro
Ailson Simões
Alberto Mello da Costa
Alberto Vicente Cardoso
Albino Cezar
Alcebiades Bobadilha da Cunha
Alcebiades Sodré
Alcides Maia Rosa
Alcides de Oliveira
Aldemar Fernandes Ferrugem
Aleixo Herculano Maba
Alessio Venturi
Alfredo Estevão da Silva
Alicio Clara Simeão
Almir Bernardo
Altino Martins da Vitoria
Álvaro Gomes Santiago Sobrinho
Almandio Goering
Aluizio Farias
Amarilho Gonçalves de Queiroz
Amaro Felicíssimo da Silveira
Amaro Ribeiro Dias
Américo Fernandes
Américo Pereira da Rocha
Américo Rodrigues
Amphilofio Silveira Lessa
Ananias Holanda de Oliveira
Andirás Nogueira de Abreu
André Ermelindo Ribeiro
Anelio da Luz
Anesio Antão Ferreira
Antenor Ghirlanda
Antenor Costa
Antônio Engenio Vieira
Antônio Agostinho Martins
Antônio Alvares da Silva
Antônio Alves
Antônio Aparecido
Basileo Nogueira da Costa
Basílio Zechin Júnior
Belmiro Ferreira da Silva
Benedito Alves
Benedito Alves dos Santos
Benedito Eliseu dos Santos
Benedito Esteves da Silva
Benedito Francisco da Silva
Benedito Patrício
Benevides Valente Monte
Benjamim Pedroso da Silva
Benjamim Theotonio de Lima
Berone Falcão de Gouveia
Berly Azevedo Vieira
Bermardino Silva
Brasílio Pinto de Almeida
Bruno Estrifica
Cândido da Luz Paiva
Carlo Bertini
Carlos Côco
Carlos Walter Hisserich
Celio do Nascimento
Celso Barbosa Lima
Celso dos Santos
Cesario Aguiar
Claudino Pinheiro
Claudovino Madalena dos Santos
Clerio Bertolo
Clíto Antônio de Araújo
Clóvis da Cunha País de Castro
Clovis Rosa da Silva
Clower Bastos Côrtes
Constantino Maroqui
Cosme Fontes Lira
Cosme Henrique dos Santos
Cristino Clemente da Silva
Cristovan Moraes Garcia
Cybber Porto de Mendonça
Damazio Rodrigues Gomes
Daniel Rodrigues dos Santos
Deniz Pinto de Matos
Dermeval de Souza Gil
Diogo Garcia Martins
Dionízio Chagas
Dionízio Lorenzi
Dirceu de Almeida
Djalma Corrêa
Donato Ribeiro
Durvalino do Espírito Santo
Edesio Afonso de Carvalho
Edgard Lourenço Pinto
Edmundo Arrabar
Edson Salles de Oliveira
Eduardo Gomes dos Santos
Eiduarte da Silva Pontes
Eleaquim Batista
Elias Vitorino de Souza
Elidio Machado Martins
Elidio Rodrigues Pinto
Elizeu José Hipolito
Elizio da Rocha Passos
Elizeu Pinhal
Epitácio de Souza Lucena
Erminio Cardoso
Ernani Marones de Gusmão
Ernesto Gonçalves
Ernezito José das Chagas
Estanislau Wojcik
Euber Queiroz Júnior
Eugenio Alves da Silva
Eugenio Martins Pereira
Eurides Fernandes do Nascimento
Euripedes Rodrigues de Lima
Eutropio Wilhelm de Freitas
Evilasio Rocha de Assis
Fabio Pavani
Felicio Tomazini
Felisbino dos Santos
Felix Marqueti
Fernando Fontes
Fleury Silva
Francisco de Almeida
Francisco Alves de Azevedo
Francisco Alves de Oliveira
Francisco Antônio Valter Savastana
Francisco Batista Rios
Francisco de Castro
Francisco Dias
Francisco Firmino Pinho
Francisco Ferreira Malafaia
Francisco Franco
Francisco Gomes de Souza
Francisco Hierro
Francisco José de Souza
Francisco Luiz Roberto Boening
Francisco Martins Theotonio
Francisco Mega
Francisco de Paula Lopes
Francisco de Paula Moura Neto
Francisco Perreira dos Santos
Francisco dos Santos Filho
Francisco Tamborim
Francisco Vitoriano
Frederico Antônio Bressan
Frederico Gustavo dos Santos
Fredolino Chimango
Gastão Gama
Genesio Valentim Corrêa
Gentil Guimarães de Oliveira
Geraldo Augusto dos Santos
Geraldo Baeta da Cruz
Geraldo Berti
Geraldo Elias
Geraldo Martins Santana
Geraldo Ribeiro de Rezende
Geraldo Rodrigues de Souza
Geraldo Rosa
Geraldo Sant’Ana
Gerhardt Holtz
Germinio Aurelio Sampaio
Gildo dos Santos Pereira Lira
Godofredo de Cerqueira Leite
Gonçalo de Paiva Gomes
Gregorio Vilalva
Gumercindo da Silva Hamilton da Silva Costas
Harry Hadlick
Hélio Thomaz
Hercilio Gonçalves
Herminio Antônio da Silva
Hereny da Costa
Hilario Decimo Zanesco
Hileno Ramos
Honorio Corrêa de Oliveira Filho
Hortêncio da Rosa
Hugo Gonçalves
Humberto Alves Nogueira
Hyvio Domenico Naliato
Ignacio Gomes
Irací Luquinha
Isanor Furquim de Campos
Ivo Robach de Oliveira
Izidro Matoso
Jacinto Lucas da Costa
Jair da Silva Tavares
Jamil Dagli
Jesuino Ventura
João Alberto Alves
João Américo da Silva
João Batista dos Reis
João Batista Rotelo
João Espinard
João Fagundes Machado
João Ferreira da Silva
João Florindo Zanetti
João Gonçalves dos Santos
João Inácio Nascimento
João Lopes de Assunção
João Lopes Filho
João Mancias Alves
João Maria Batista
João Maria Silveira Marques
João Maurício campos de Medeiros
João Monteiro da Rocha
João Moreira
João Moreira Alberto
João Nunes
João de Oliveira Carmo
João Peçanha de Carvalho
João Pereira da Silva
João Protzek
João Rechocoski
João Rodrigues
João Rodrigues Franco
João Soares de Faria
João Soares Pimentel
João Zapela
Joaquim Antônio de Oliveira
Joaquim Onilio Borges
Joaquim Pires Lobo
Joaquim Severino
Joaquim Xavier de Lira
John R. Cordeiro
Jorge Alvarenga da Silva
Jorge da Costa Lima
Jorge Martinho Prado
Jorge Monçores
José Alexandre Machado
José Alves de Abreu
José Amaro de Souza Peçanha
José de Andrade
José Antônio Moreira
José Antônio dos Santos
José de Araújo
José de Assunção dos Anjos
José Bladino
José Belfort de Arantes Filho
José Bravos
José Carlos da Silva
José da Costa Valerio
José Custodio Sampaio
José Domingues Pereira
José Fernandes
José Fernandes da Silva
José Ferreira
José Francisco de Souza
José Furtado Leite
José Garcia Lopes Filho
José Gomes
José Gomes de Barros
José Graciliano Carneiro da Silva
José Guilherme da Silva
José Higaskino
José Januario da Costa
José Jerônimo de Mesquita
José Leite da Silva
José Lima
José Luiz dos Santos
José Manoel de Oliveira
José Maria Pinto Duarte
José Martins Dias
José de Morais
José Pessoto Sobrinho
José Pires Barbosa Filho
José Rufino Costa
José Sragim
José da Silva
José da Silva Almeida Filho
José de Souza
José de Souza Oliveira
José Varela
José Vicente de Paula
José Vivanco Solano
José Vieira da Conceição
José Wsoek
Julio Conceição
Julio Nicolau
Jupyr de Souza Pinto
Justino José Ladeira
Laudelino Nogueira
Lazaro Moncef
Laercio Xavier de Mendonça
Laudelino Vieira de Campos
Lurentino da Silva Nonato
Lelio Martins de Souza
Leonidas Moreira
Lino Pinto dos Santos
Lourival Alves de Souza
Lucindo Nepomuceno Cebalio
Luiz Geraldo da Silva
Luiz Gomes da Silva
Luiz Manoel Ferreira
Luiz Lopes Dornelles
Luiz Ribeiro Pires
Luiz Rodrigues Filho
Luiz Stobl
Luiz Tenorio Leão
Manassés de Aguiar Barros
Manoel Amaro dos Santos
Manoel Apolinário dos Reis
Manoel Barbosa da Silva
Manoel Chagas
Manoel Eduardo de Souza
Manoel Francisco Gomes
Manoel Furtado
Manoel Lino Paiva
Manoel Pinto
Manoel de Souza
Marcelino Jazinski
Marcelino Lourenço
Marcio Pinto
Marino Felix
Mario Nardeli
Mauricio Araújo Maritns
Mauricio Moreira Rodrigues
Max Wolff Filho
Michel Jacob Cheib
Miguel Francisco Dias
Miguel Marotti Cabral
Miguel de Souza Filho
Moisés de Oliveira
Nelson Alves Fonseca
Nevio Baracho dos Santos
Noraldino Rosa dos Santos
Norberto Henrique Weber
Nilio Morais Pinheiro
Olavio Soares do Amaral
Oldegard Sapucaia
Olimpio José Borges
Olivaldo Barbosa Vila-Nova
Omar Bento do Nascimento
Orlando Ferreira Martins
Orlando Randi
Oscar Rossim
Oscar Schade
Osmar Côrtes Claro
Oswaldino Mendes Rocha
Oswaldo de Carvalho
Oswaldo Conceição
Oswaldo José de Oliveira
Oswaldo Lellis
Oswaldo Pereira
Otacilio de Souza
Otavio Carlos da Silva
Otavio Sinesio Aragão
Otelo Ribeiro
Otto Unger
Paulino José de Oliveira
Paulo Damasio Rolla
Paulo Emygdio Pereira
Paulo Inácio de Araújo
Paulo Morais Pinheiro
Paulo Moreira
Paulo Pereira da Silva
Paulo de Souza Pereira
Paulo Tansini
Pedro Graciano Moreira
Pedro Krinski
Pedro Laurindo Filho
Pedro Mariano de Souza
Pelopidas Pessamani
Prim Rodrigues Canes
Rafael Pereira
Rafael Rogerio Buzarello
Raul Marques Marinho
Ricardo Marques Filho
Roberto Marcondes
Rodolfo Gome de Campos
Rodoval Cabral da Trindade
Rodrigo Leme da Silva
Rolland Rittemeister
Romeu Casagrande
Romeu Cocco
Rosalio José da Conceição
Rubem de Souza
Rubens Coelho Galvão
Rubens Leite
Ruy Lopes Ribeiro
Sansão Alves dos Santos
Saulo Lima de Vasconcelos
Sebastião Cerrato
Sebastião Clementino Machado
Sebastião da Costa Chaves
Sebastião Felicio
Sebastião Garcia
Sebastião Ribeiro
Sebastião Vanna
Sergio Bernardino
Sergio Grevinski
Servino Mengarda
Severino Barbosa de Faria
Severino da Costa Villar Filho
Simião Alves de Almeida
Simião Fernandes
Simplincio Vieira de Lara
Teodoro Francisco Ribeiro
Teodoro Sativa
Teonilo de Souza
Thomaz Antônio Machado
Toribio da Silva
Ulpiano dos Santos
Vasco Teixeira da Silva
Vergilio Lucio
Vicente Batista
Vicente José de Almeida
Vital Fontoura
Waldemar Adelino da Silva
Waldemar Cardoso Teixeira
Waldemar Ferreira Fidalgo
Waldemar Marcelino dos Santos
Waldemar Martins de Almeida
Waldemar Rodrigues
Waldemar Rosendo Medeiros
Waldir Pequeno de Mello
Walmir Ernesto Holder
Walter Pereira de Souza
Wenceslau Firmino
Wenceslau Spancerski
Wilson Abel de Oliveira
Wilson Ramos
Wilson Ribeiro Bonfim
Wilson Viana Barbosa
13. RETORNO DA ÍTALIA
O Cessar fogo no front Italiano foi decretado em dois de Maio de 1945, com o fim da campanha, foi contabilizado 443 baixas e cerca de 3.000 feriados.
No dia 18 de julho desembarcará no Brasil o primeiro escalão de embarque com 5.300 pracinhas no transatlântico General Meings, sob o comando do General Zenóbio da Costa, O 2° Escalão deixou a Itália nem 12 de agosto, com 6.187 homens a bordo do navio ''Mariposa'' chegou ao Brasil em 23 do mesmo mês. O 3° escalão, com 1.801 homens, a bordo do navio Duque da Caxias chegando ao Rio em 19 de setembro. O 4° escalão com 5.342 homens a bordo do General M.C. Meigs chegando no dia 19 do mesmo mês e finalmente no dia 3 de outubro chegava o 5° e último Escalão com 2.742 homens, a bordo do James Parker.
Os pracinhas tiveram uma calorosa recepção na cidade do Rio de Janeiro que então era a capital da república, ainda a bordo os pracinhas receberam cumprimentos do Presidente Vargas do ministro de guerra Eurico Gaspar Dutra e dos comandantes Clark e Crittenberger do V exército americano e do IV corpo de exército respectivamente.
Milhares de pessoas esperavam para o ver o desfile dos nossos soldados, teve início às 14 horas, a multidão muito entusiasmada, aplaudia incessavelmente nossos heróis que honraram o nome da pátria em solo europeu a multidão rompeu as faixas de isolamento e desfilou com os soldados.
A tropa caminhou na Avenida Rio Branco e os automóveis seguiam em marcha lenta cheios de populares as manifestações se repetiram nos quatros desembarques das tropas, o Brasil tinha muito que comemorar depois dos horrores da guerra.
O soldado Eliseu narra a emoção ao reencontrar seu pai no desfile:
[...] Não sei o que fazia naquele instante inesquecível. Tinha uma vontade de chorar, de dormir, - nem sei bem o que...
Na Avenida Rio Branco, quando desfilávamos sob aplausos frenéticos e ensurdecedores do povo, sob os beijos de tantas moças bonitas- avistei num de grupos de joeenses, meu querido pai. Vencemos custo à maré humana e nos abraçamos demoradamente, sufocadoramente.
A paz do meu pai, minha terra! Três coisas tanto desejam, consubstanciadas num amplexo, dentro de movimentada via pública, num dia festivo para o meu país (Silva, apud Douglas, 2011, p 209).
A Partir daí deixara de existir a Força Expedicionária Brasileira que tanto lutou para a paz mundial.
Figura 16: Desfile na Av. Rio Branco-RJ
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
14. OUTRAS FONTES HISTÓRICAS SOBRE A FEB
14.1 TRÊS HERÓIS
Os três soldados brasileiros Geraldo Baêta da Cruz, então com 28 anos, natural de Entre Rios de Minas; Arlindo Lúcio da Silva, de 25, de São João del-Rei; e Geraldo Rodrigues de Souza, de 26, de Rio Preto, foram mortos como heróis na Itália.
Eram Integrantes de uma patrulha os três pracinhas se viram a frente de 100 alemães, receberam ordens para se renderem, contudo continuram em combate até o último minuto, foram metralhados em 14 de abril, enterrados em valas rasas e receberam honras especiais dos alemães.
Admirados pela sua persistência, puseram uma cruz e uma placa com a seguinte descrição: Drei brasilianische helden, que em português significa ‘’Três heróis brasileiros ‘’ Com o fim da guerra eles foram transladados para o cemitério em Pistóia e depois nos Monumentos aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo no Rio.
14.2. BOOBY TRAP
Os pracinhas tinham de enfrentar vários obstáculos na guerra para garantir sua sobrevivência e também o êxito de suas missões, como suportar temperaturas abaixo de zero (o inverno de agosto de 1944 foi o mais severo em 30 anos), noites em claro, lama, artilharia ferrenha dos alemães nos fronts, e além das armadilhas tradicionais que eram as minas espalhadas pelos campos de batalha, havia uma armadilha fatal aos mais incautos, os booby traps.
Booby trap era o nome que os soldados americanos davam a uma espécie de armadilha disfarçada deixada pelos tedescos sobre os corpos dos soldados alemães que tombaram. Essas arapucas poderiam estar camufladas em canetas tinteiro, capacetes nazistas ou até latas de suprimentos. Este tipo de atitude tomada por parte dos nazistas se deve ao fato de que alguns soldados brasileiros coletavam esses tipos de itens seja para levarem à sua pátria como suvenires ou também para necessidades básicas como a alimentação. No momento em que qualquer um tocasse as booby traps, estas explodiam. Essa forma de combate adotada pelos nazistas partia do pressuposto de que, mesmo morto, um alemão ainda era capaz de matar.
14.3. PIN-UP GIRLS
A rotina seguia extenuante nos postos de comando avançado, nas trincheiras (também conhecidas como foxholes) e nos fronts. Os soldados brasileiros já condicionados aos horrores da guerra, também tiveram de se habituar a certas medidas adotadas pelos inimigos, como as propagandas, que eram transmitidas pelos rádios e também pelos panfletos que eram lançados sobre seus postos de comando, que tinham como conteúdo, as “pin-up girls” (é uma modelo cujas imagens sensuais produzidas em grande escala exercem um forte atrativo na cultura pop) com mensagens nazistas. Os panfletos tinham como foco as imagens de belas mulheres que eram retratadas em situações comuns de um cotidiano, como a lavagem de roupas, pratos e limpeza de casa, mas tudo com um fator predominante: as poses sinuosas e provocantes.
As musas vinham acompanhadas de propagandas nazistas que dentre as mensagens mais comuns, pode-se destacar esta:
Olhem o que vocês estão perdendo. Desistam desta guerra e venham para os campos de concentração alemães. Nos campos de concentração vocês serão bem tratados.
As pin-ups eram conhecidas e populares entre os Aliados. Muitos deles colecionavam as musas e até mesmo as deixava a mostra nas paredes de seus dormitórios e, por conseguinte em seus foxholes.
O exército Aliado, ao receber os prospectos, não deixava a oportunidade passar de também mandar seus panfletos com suas pin-ups e também com a devida réplica.
Além de as pin-up girls serem impressas em prospectos, também eram pintadas na carroceria dos aviões da Força Aérea alemã.
Figura 17: Soldado americano desenhando uma pin-up em avião
Fonte:http://lh6.ggpht.com/_
14.4. MONUMENTO AOS PRACINHAS
O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, também conhecido como “Monumento aos Pracinhas”, é uma estrutura que foi idealizada pelo Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes. A obra foi erguida na cidade do Rio de Janeiro e inaugurada em 24 de junho de 1960. O monumento é composto por uma área de 6.850 m² e três planos: plataforma, patamar e subsolo.
Figura 18: Monumento aos Pracinhas
Fonte:http://4.bp.blogspot.
14.5. EQUIPAMENTOS
14.5.1. Armamento utilizado pela FEB
A FEB fora equipada com armas e equipamentos dos EUA, sendo bastante modernos para a época.
A seguir podem-se conferir os armamentos utilizados pela FEB em combate as tropas nazi-fascistas. As figuras a seguir foram extraídas do site Ecos da Segunda Guerra. Fonte das imagens: http://segundaguerra.net/as-
Carabina M-1
Figura 19: Carabina M-1
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .30 M1 ou .30 Carbine
Sistema de Operação: A gás, com ferrolho rotativo
Regime de Fogo: Semi-Automático
Peso: 2,7 kg com carregador de 15 cartuchos
Capacidade: 5, 15 e 30 cartuchos
Comprimento: 905 mm
Submetralhadora M-3, “Grease Gun”
Figura 20: Submetralhadora M-3, “Grease Gun”
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .45 ACP
Sistema de Operação: Blowback, ferrolho aberto
Regime do Fogo: Apenas Automático
Peso: 4,48 kg (carregada)
Capacidade: 30 cartuchos
Comprimento: 762 mm (com coronha estendida)
Cadência de Tiro: 450 tiros por minuto
Submetralhadora Thompson M1A1 .45 ACP
Figura 21: Submetradora Thompson M1A1. 45 ACP
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .45 ACP
Sistema de Operação: Blowback, ferrolho aberto
Regime do Fogo: Semi-Automático e Automático
Peso: 4,7 Kg com carregador de 30 cartuchos
Capacidade: 20 ou 30 cartuchos
Comprimento: 813 mm
Cadência de Tiro: 700 Tiros Por Minuto
Pistola Colt .45 ACP
Figura 22: Pistola Colt .45 ACP
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .45 ACP
Funcionamento: Semi-Automático
Principio de Funcionamento: Blowback, ferrolho aberto
Peso:1,106 Kg
Capacidade: 7 cartuchos
Comprimento: 21,6 cm
Alcance Útil: 50 m
Revolver Smith & Wesson .45, modelo 1917
Figura 23: Revolver Smith & Wesson .45, modelo 1917
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .45 ACP Auto Rim
Funcionamento: ação dupla
Peso: 2,26 Kg
Capacidade: 6 cartuchos
Comprimento: 27,43 cm
Alcance Útil: 50 m
Fuzil Springfield
Figura 24: Fuzil Springfield
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .30-06 (7, 62 x 63)
Principio de Funcionamento: Ação muscular do atirador
Peso: 3,910 Kg
Capacidade: 5 cartuchos
Comprimento: 1,115 cm
Comprimento da Baioneta: 0,306 cm
Fuzil Garand
Figura 25: Fuzil Garand
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Modelo: M1
Calibre: 7,62 x 63 mm
Alimentação: clipe de oito cartuchos era impossível alimentação individual de cartuchos
Velocidade inicial: 822,96 m/s
Comprimento: 109,22 cm
Comprimento do cano: 60,96
Peso: 4,3 kg
Miras: de abertura ajustável, 100 a 1200 jardas
Método de operação: recuperação a gás
Tipo de fogo: tiro a tiro
Fuzil Metralhador Browning – B.A.R
Figura 26: Fuzil Metralhador Browning – B.A.R
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre:30-06 (7, 62 x 63)
Sistema de Operação: A gás, com ferrolho aberto
Regime do Fogo: Semi-automático
Peso: 8.33 kg
Capacidade: carregador com 20 cartuchos
Comprimento: 1214 mm
Cadência de tiro: 500 tiros por minuto (cíclica)
Alcance: preciso até 550 m.
Metralhadora Browning M-919
Figura 27: Metralhadora Browning M-919
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .30-06 (7, 62 x 63)
Princípio de Funcionamento: Curto recuo do cano
Funcionamento: Automático
Peso:14,07 Kg
Carregador : Tipo fita de lona
Capacidade: 100 ou 250 cartuchos
Comprimento: 1,036 m
Cadência de Tiro: 250 tiros por minuto
Alcance Útil: 540 m
Metralhadora Bronwning M2
Figura 28: Metralhadora Bronwning M2
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: .50 (12,7 mm)
Funcionamento: Semi-Automático e Automático
Peso: 39 Kg
Carregador : Tipo fita de metal
Capacidade: 100 ou 250 cartuchos
Comprimento:
Cadência de Tiro: 400 a 600 tpm
Alcance Útil: 1.800 m
Granada de Mão MK-II A1
Figura 29: Granada de Mão MK-II A1
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Estilhaços: Aproximadamente 50 fragmentos
Peso: 540 g
Diâmetro: 5 cm
Comprimento: 10 cm
Explosivo: Pólvora granulada
Espoleta: Detona em aproximadamente 4 segundos
Raio de Ação: 30 m
Lança-Chamas
Figura 30: Lança-Chamas
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Alcance: 70 metros, dependendo da mistura de combustível
Peso: 34 Kg carregado
Capacidade: 20 cargas intermitentes
Lança-Rojão 2.36 pol. M9A1 (Bazooka)
Figura 31: Lança-Rojão 2.36 pol. M9A1 (Bazooka)
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 2.36 pol. ou 60mm
Funcionamento: Repetição
Principio de funcionamento: Ação de uma corrente elétrica, sobre o rojão
Peso: 6,800 Kg
Comprimento: 155 cm
Alcance Útil: 270 m
Peso do Foguete: 1,53 Kg
Fonte de Energia: Magneto colocado no punho
Aparelho de Pontaria: Visor fixo, graduado de 0 a 600 jardas
Morteiro de 60 mm
Figura 32: Morteiro de 60 mm
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 60 mm
Sistema de Operação: Ação muscular do atirador
Regime do Fogo: 12 disparos por minuto
Peso do tubo (cano): 3,8 kg
Peso do tripé: 5,0 kg
Peso da placa – base: 4,0 kg
Alcance Útil: 2.050 m
Morteiro de 81 mm M-1
Figura 33: Morteiro de 81 mm M-1
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 81 mm
Sistema de Operação: Ação muscular do atirador
Regime do Fogo: 12 disparos por minuto
Peso do tubo (cano): 38,6 kg
Peso do tripé: 14,3 kg
Peso da placa – base: 12 kg
Alcance Útil: 5.800 m
Canhão de 37 mm
Figura 34: Canhão de 37 mm
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 37 mm
Regime do Fogo:
Peso: 413.68 kg
Comprimento: 3.92 m
Alcance: 6.9 km
Canhão de 57 mm, “SixPounder”
Figura 35: Canhão de 57 mm, “SixPounder”
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 57 mm
Alcance: 2.800 m
Poder de Penetração: em blindagens, 80 mm
Peso: 1.200 kg
Obus de 105 mm M-101
Figura 36: Obus de 105 mm M-101
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 105 mm
Alcance: 11.000 m
Peso: 2.270 Kg
Obus de 155 mm M-1
Figura 37: Obus de 155 mm M-1
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Calibre: 155 mm
Cadência de Tiro: 3 tiros por minuto
Peso: 5.700 Kg
Peso da granada: 45 Kg
14.5.2. Uniformes utilizados pela FEB
A seguir podem-se conferir os uniformes utilizados pela FEB em combate as tropas nazifascistas:
Figura 38: Uniforme de Combate
Fonte:http://www.19csm.eb.mil.
Figura 39: Uniforme de Inverno Fonte:http://t1.gstatic.com/
14.6. INSIGNIAS DE UNIDADES DE COMBATE
A seguir podem-se conferir algumas insígnias de Unidades da FEB, da Marinha de Guerra brasileira e do Exército dos EUA, com os quais a FEB operou.
Figura 40:
Força Expedicionária Brasileira
Fonte: http://segundaguerra.net/wp-
Figura 41:
Emblema identificador das
Unidades do Exército Brasileiro
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 42:
1º Grupo de Aviação de Caça, FAB
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 43:
1ª Esquadrilha de Ligação e Observação, FAB
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 44:
CT "Marcílio Dias”
Marinha de Guerra
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 45:
CT "Mariz e Barros"
Marinha de Guerra
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 46:
CT "Greenhalg"
Marinha de Guerra
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 47:
V Exército EUA
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
Figura 48:
10ª Divisão de Montanha, EUA
Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.
15. CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra: Guilherme de Almeida
Música: Spartaco Rossi
Primeira Parte
Você sabe de onde venho?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Segunda Parte
Você sabe de onde eu venho?
E de uma Pátria que eu tenho
No bojo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreiro,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz!
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
16. CONCLUSÃO
No decorrer do ano letivo de 2011, muitas ponderações e deliberações foram feitas acerca da Força Expedicionária Brasileira e sua atuação no âmbito da Segunda Guerra Mundial. A FEB teve papel fundamental em algumas conquistas ao lado dos Aliados, como por exemplo, nas batalhas decisivas de Monte Castelo no dia 21 de fevereiro de 1945 e Montese em 14 de abril de 1945. O nosso grupo de Trabalho de Conclusão de Curso, Felipe João Costa Borges, Lucas Barbosa Vinhas e Tiago Avelino da Silva chegamos à conclusão de que o nosso empenho gerou belos frutos, pois acreditamos que o resultado final de meses de esforço acerca de várias pesquisas, leituras de livros que versam o tema proposto foi alcançado com louvor, mostrando o valor dos pracinhas que lutaram arduamente enfrentando o inverno rigoroso da Europa, o mau treinamento inadequado e os horrores da guerra pela paz mundial.
O fato de a FEB ter lutado na Segunda Guerra Mundial significou muito para o país, pois de acordo com o acordo feito entre Estados Unidos e Brasil que versa a ida dos brasileiros para os fronts italianos, o país seria agraciado com a tecnologia para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), fato importantíssimo para a economia do Brasil.
Concluísse com êxito que a FEB teve papel de relevância para a pátria e também em âmbito internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Filmes:
Livros:
GONÇALVES, J.; Maximiano, C.C. Irmãos de Armas. São Paulo: Códex, 2005. 304 p.
MASCARENHAS de Moraes, J.B. A FEB pelo seu comandante. São Paulo: IPE, 1947. 342 p.
MATTOS, Carlos de Meira. O Marechal Mascarenhas de Morais e sua Época. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1983. 204 p.
SILVEIRA, J., Mitke, T. A Luta dos Pracinhas. Rio de Janeiro: Record, 1984. 351 p.
SILVEIRA, Joel. O Inverno da Guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 171p.
SANDER. Roberto. O Brasil na mira de Hitler: a história do afundamento de navios brasileiros pelos nazistas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 264p.
Sites:
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UOL EDUCAÇÃO. Brasil na Segunda Guerra – terror no Atlântico. Disponível in: . Acessado em 17 Agosto 2011
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WIKIPÈDIA. U-Boot. Disponível in:. Acessado em: 18 Agosto 2011
Sentado a pua. As Origens. Disponível in:. Acessado em 11 de Setembro 2011
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A COBRA FUMOU. Enfermeiras Febianas - Mulheres Brasileiras na Segunda Guerra Mundial.
Disponível in: . Acessado em 24 Setembro 2011
ECOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. As Enfermeiras e seus contratempos. Disponível in: . Acessado em 24 de Setembro 2011
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E A COBRA FUMOU. Insígnias. Disponível in: . Acessado em 07 Outubro 2011
CPDOC FGV. Fatos & Imagens > 1944: O Brasil vai à guerra com a FEB. Disponível in: . Acessado em 26 outubro 2011
Teses:
GUIMARÃES, Carvalho. Ex-Combatentes Do Brasil – Entre a História e a Memória. Recife: UFPE, 2009. 129p. Tese (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em História Mestrado em História, Recife. 2009.
NASS, Fátima. Legião Paranaense do expedicionário: Indagações sobre a Reintegração Social dos Febianos Paranaense (1943-1951). Curitiba: UFPR, 2005.148 p. Tese (Mestrado) - Pós-Graduação em história, Setor de Ciências Humanas, Letras da Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2005.
GLOSSÁRIO
Cabotagem: É a navegação realizada em águas costeiras de um só país
Cruzadores: São navios de combate, de tamanho médio, grande velocidade, proteção moderada, grande raio de ação, boa mobilidade e armado de calibre médio e tiro rápido. Destinados a efetuar explorações, escoltas de comboios, bombardeiros na costa, etc.
Destróir: São navios destinados a combater as torpedeiras, amadas com canhões de médio calibre e tubos lança-torpedos
Encouraçado: São navios de combate, armados de canhões de grosso calibre, fortemente protegidos por couraças nos pontos vitais e por subdivisões internas do casco em compartimentos estanques.
Foxholes: Eram trincheiras individuais utilizadas durante a segunda guerra mundial.
Luftwaffe: É a força aérea alemã.
Monitor: São navios de combate, armados com canhões de médio ou grosso calibre
Pacto Anti-Comintern: É o acordo para combater o comunismo internacional, firmado pelos países do Eixo.
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