quinta-feira, 16 de abril de 2020

Governo avalia nova liberação de FGTS para quem ganha mais de R$ 5.000

 por Julio Wiziack
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Medida seria incluída no pacote que Ministério da Economia prepara para reduzir perdas durante crise do coronavírus
Integrantes da equipe econômica avaliam a possibilidade de promover uma segunda rodada de saques de contas ativas do FGTS, o bilionário fundo que opera recursos dos trabalhadores, como forma de ajudar aqueles que têm rendimentos mensais acima de R$ 5 mil e que sofreram perdas com a crise causada pelo coronavírus.

A ideia, segundo técnicos envolvidos nos estudos, é tentar estimular a economia com uma nova injeção de recursos que poderá variar de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões entre aqueles que concentram cerca de 40% da massa salarial e metade do consumo do país.
Na quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou uma MP (medida provisória) incorporando o PIS-Pasep ao FGTS e autorizando saques de até R$ 1.045 por cotista.
A medida vai permitir colocar R$ 36 bilhões para circular na economia a partir de junho, como um complemento de renda no momento em que o governo libera a redução de ao menos 25% da jornada e do salário como forma de evitar demissões.
A segunda rodada de saques poderá fazer parte de um novo pacote que a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) prepara caso a crise se aprofunde depois de junho e seja preciso reforçar as ações emergenciais em curso para evitar que o país mergulhe em uma depressão.Depressão ocorre quando a economia sofre uma retração por um período maior que dois trimestres (recessão) e o cenário é marcado por uma série de efeitos danosos, como a falência generalizada de empresas e a baixa no comércio internacional.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta uma retração de 3% na economia global neste ano, pior resultado desde a depressão de 1929.
No Brasil, Guedes, que no início minimizou os impactos da crise deflagrada pelo coronavírus, já passou a prever uma queda de 4% no PIB este ano caso o isolamento social se prolongue além de julho.
COMO FORAM OS SAQUES DO FGTS NOS ANOS ANTERIORES?
Medidas foram tomadas para reaquecer a economia em momentos de crise
  • 2017
    Para tentar reverter os efeitos da recessão, ex-presidente Michel Temer (MDB) liberou saques de contas inativas para contratos de trabalho extintos até o final de 2015
  • 2019
    Depois de relutar em adotar medidas para estimular o consumo, o presidente Jair Bolsonaro autorizou saques de contas ativas com saques de até R$ 500 por conta, além de um percentual anual a partir de 2020
  • 2020
    Sob efeito da crise do coronavírus, Bolsonaro incorpora PIS-Pasep ao FGTS e permite saques de até R$ 1.045 por trabalhador
Por isso, sua equipe trabalha em novas ações emergenciais. A segunda onda de saques seria, neste contexto, um botão de emergência a ser acionado.
A ideia, nesse caso, seria atender àqueles que ganham mais de R$ 5.200 mensalmente (cinco salários mínimos), como forma de tentar aquecer o consumo das famílias.
Na avaliação dos assessores do governo, esse grupo foi o que sofreu mais perdas com a redução de jornada instituída por Bolsonaro.
De acordo com a MP, quem ganha R$ 5.000 por mês, por exemplo, e teve uma redução de 25% no salário, só conseguiu repor R$ 453 da renda. Isso porque a medida definiu que a compensação será calculada sobre o teto do seguro-desemprego (R$ 1.813). Ou seja: quem ganha mais perdeu mais.
Os cálculos de quanto a mais poderia ser sacado por esses trabalhadores ainda estão sendo feitos porque dependem de uma série de projeções.
O primeiro estudo levou em conta somente a carteira imobiliária administrada com recursos do FGTS no ano passado e as obrigações contratuais vigentes.
Com um retorno anual de cerca de R$ 100 bilhões (da carteira) e as disponibilidades (em torno de R$ 120 bilhões), haveria um espaço de até R$ 50 bilhões.
No entanto, há diversos outros fatores a serem considerados neste ano.
A carteira deverá render muito menos por causa da queda da Selic, a taxa básica de juros. Também não se sabe qual será a demanda por imóveis nem o aumento dos saques decorrentes de demissões.
Mesmo assim, os assessores do governo consideram ao menos cerca de R$ 30 bilhões em saques adicionais.
O formato varia. Uma das alternativas seria a liberação de parte do saldo somente para aqueles que comprovarem perdas superiores a 40% da renda mensal.
QUANDO É POSSÍVEL SACAR DO FGTS?
A legislação determina que o saque é realizado sempre que o trabalhador é demitido sem justa causa
POR QUE O DINHEIRO FICA DEPOSITADO TANTO TEMPO?
Os recursos são aplicados. As contas dos trabalhadores são corrigidas em 3% ao ano e os ganhos adicionais obtidos pelo fundo vão se acumulando permitindo, assim, que o FGTS possa financiar projetos de habitação, saneamento e infraestrutura
R$ 50 bilhões
É o valor máximo que o governo estuda liberar em uma nova rodada de saques ainda neste ano para quem tem contas ativas e ganha acima de cinco salários
Outra proposta seria definir valores mais elevados para quem tem salário menor, porque esse grupo possui menos reservas financeiras, ainda segundo os técnicos.
As empresas da construção, que acompanham o balanço do FGTS, afirmam que esse movimento sinaliza uma ruptura na política do fundo e mostra que Guedes, ainda que forçado pela crise, irá cumprir uma promessa feita durante a campanha presidencial: pôr fim ao FGTS.
Elas consideram que o governo usa a crise para promover saques desenfreados. Isso levaria, por um lado, à extinção das contas e, por outro, a redução dos recursos necessários para o financiamento da casa própria.
Hoje, a legislação vigente direciona parte dos recursos do FGTS principalmente para o financiamento da construção, obras de infraestrutura e saneamento.
Essa carteira gera um retorno que retroalimenta o fundo, além, é claro, dos depósitos realizados pelas empresas nas contas de seus funcionários.
Segundo um integrante do Conselho Curador do FGTS, órgão que decide sobre as políticas de uso dos recursos, em 2018, o fundo tinha cerca de R$ 120 bilhões investidos em títulos públicos.
Em 2017, quando o ex-presidente Michel Temer (MDB) liberou saques de contas inativas, essa posição em títulos era de quase R$ 140 bilhões.
Boa parte dos recursos para a habitação (e subsídios) saem dessa carteira. Ou seja: o espaço para saques está se reduzindo, segundo esse representante.
Folha pediu detalhes da proposta de novos saques à Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia que cuida de assuntos relacionados ao FGTS.
Por meio de sua assessoria, a secretaria disse que o FGTS "é sempre uma referência natural nessa procura por seu tamanho e alcance" e que, no momento, a liberação de saques de até um salário mínimo "tomará os recursos que estão disponíveis atualmente no fundo". "Não há previsão, por ora, de novos anúncios."
Fonte: Folha Online - 15/04/2020 e SOS Consumidor

Campo Bom (RS) torna obrigatório o uso de máscaras a partir de quinta-feira

Normativa visa impedir o aumento do número de casos do novo coronavírus

Nesta quarta-feira, equipes já circulavam pela cidade informando sobre a obrigatoriedade

A partir desta quinta-feira, o uso de máscaras descartáveis ou de tecido passam a ser obrigatórias na cidade de Campo Bom. A normativa visa impedir o aumento do número de casos do novo coronavírus. Desde a tarde desta quarta-feira, equipes já circulavam pela cidade, informando sobre a obrigatoriedade. As máscaras de pano, feitas em casa, conforme orientações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial da Saúde, como medida de enfrentamento à Covid-19, também são importantes meios de prevenção. 
A fim de estimular o uso, a Prefeitura publicou em suas redes sociais um tutorial ensinando, de forma simplificada, às pessoas a fazerem sua própria máscara. Também será lançada em breve uma campanha que permitirá às pessoas compartilharem imagens suas usando máscaras. "Temos visto máscaras criativas nas ruas e nas redes sociais e a intenção da campanha é receber selfies que serão compartilhadas em nossa rede", explica o chefe de Gabinete Henrique Scholz. 
Além das máscaras cuja confecção está sendo estimulada pela Prefeitura, o uso da proteção nas ruas terá o suporte de máscaras doadas por empresas e também de peças confeccionadas a partir de outra campanha lançada pela administração  e que buscou costureiras voluntárias para a confecção do material a partir da doação de tecidos, corte, linhas e elásticos de cinco empresas com sede na cidade. A rede de voluntariado já conta com cerca de 100 costureiras.
Nesta quarta-feira, o governador Eduardo Leite afirmou que a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção pela população traria uma "falsa impressão de total proteção", podendo causa um relaxamento com outras práticas de higiene. Portanto, segundo Leite, o governo não trabalha com medidas que levem ao uso obrigatório. Mas, além de Campo Bom, ao menos outras seis cidades gaúchas emitiram decretos tornando o uso da máscara obrigatório. 

Correio do Povo

Papagaio retorna de penitenciária federal do Paraná e vai direto para a Pasc em Charqueadas (RS)

Operação de transferência foi realizada sob forte esquema de segurança desde a Base Aérea de Canoas

Papagaio ficará na Pasc

O apenado Cláudio Adriano Ribeiro, conhecido como Papagaio, desembarcou na manhã desta quarta-feira na Base Aérea de Canoas, vindo da Penitência Estadual de Piraquara, no Paraná. O detento foi trazido por uma aeronave do Batalhão de Aviação da Brigada Militar, sendo depois encaminhado para cumprir pena em regime fechado na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Um forte esquema de segurança foi montado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Sepaen) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) junto com a Secretaria da Segurança Pública do Estado.
O secretário da Seapen, Cesar Faccioli, explicou que a transferência de Papagaio do Paraná para o Rio Grande do Sul ocorreu em “cumprimento estrito de uma decisão recente da Vara de Execuções Penais de Porto Alegre, no dia 31 de março, determinando o retorno desse sentenciado por algumas circunstâncias”. Segundo ele, o detento possui “um saldo de pena de 50 anos, foragido desde 2017, com histórico criminal expressivo”. Cesar Faccioli observou que Papagaio ficará no regime fechado na Pasc até uma nova decisão do Poder Judiciário. “Essa operação foi possível com uma articulação com o Paraná”, destacou.
Correio do Povo

Justiça proíbe bancos de aumentarem juros em meio à pandemia de coronavírus

por Larissa Garcia
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Decisão provisória atendeu pedido feito em ação popular contra a União e o presidente do Banco Central
A Justiça Federal no Distrito Federal proibiu, nesta quarta-feira (15), bancos de aumentar taxas de juros ou ampliar exigências para concessão de crédito durante a crise do novo coronavírus.A decisão provisória atendeu pedido feito em uma ação popular contra a União e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Cabe recurso.
O processo foi ajuizado pelo presidente do PDT (Partido Democrático Trabalhista), Carlos Lupi. A decisão vale para todo o país.
"De nada adianta a criação de norma para ampliação de crédito, se esse crédito não circula, ficando represado nas instituições financeiras, o que mostra a não observância dos princípios da vinculação, finalidade e motivação que devem nortear todos os atos administrativos", escreveu o juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Cível da Justiça Federal do Distrito Federal.
Procurado, o BC respondeu que não comenta ações judiciais em curso.
Borelli determinou também que sejam adotadas medidas que criem condições para que as iniciativas do BC de injeção de liquidez nos bancos sejam efetivas e gerem crédito às empresas e às famílias.
Liquidez é a quantidade de dinheiro disponível nas instituições. Parte dos recursos dos bancos fica presa em exigências do BC, como depósitos compulsórios.
Para tentar conter os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia, a autoridade monetária adotou medidas para diminuir essas obrigações e aumentar o volume de recursos disponíveis. Quanto mais dinheiro em caixa, maior a possibilidade de aumentar a concessão de crédito.
A ação pedia que os bancos apresentassem novas linhas de crédito, uma vez que as medidas do BC para injetar liquidez no sistema financeiro, na prática, não tiveram resultado.
"Determino, também, que a parte ré [União e Campos Neto] adote medidas a fim de condicionar a concessão dos benefícios de liquidez, provenientes da redução do percentual dos recolhimentos compulsórios, à efetiva apresentação de novas linhas e carteiras de créditos a favor do mercado produtivo interno por parte dos bancos a serem beneficiados", escreveu o juiz.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em nota, lamentou a decisão. A entidade disse considerar que a judicialização generalizada das relações entre consumidores e bancos não é o melhor caminho.
"No geral, as taxas de juros têm se mantido estáveis nas principais linhas do varejo para pessoas físicas, pequenas e médias empresas, com alguma oscilação no atacado em razão do forte impacto da crise no preço dos ativos", afirmou a federação, em nota.
CHEQUE ESPECIAL
Nesta quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu um trecho de uma norma do CMN (Conselho Monetário Nacional) que permitia cobrança de tarifa de cheque especial, mesmo sem utilização do serviço.
A medida foi publicada no ano passado e entrou em vigor em janeiro para novos contratos e, para antigos, começaria em junho.A resolução limitou os juros do cheque especial a 8% ao mês, mas autorizou a cobrança de tarifa de 0,25% em cima de limite acima de R$ 500 disponibilizado pelo banco, mesmo que o cliente não o utilize.
Fonte: Folha Online - 15/04/2020 e SOS Consumidor

Sindisaúde-RS vai recorrer de decisão que permite extinção do Imesf em Porto Alegre

Após STF negar embargos do Sindicato, Secretaria Municipal de Saúde informou que irá extinguir o Instituto. Futuro dos funcionários segue indefinido

Mesmo sem prazo definido para extinção do Imesf, a SMS deixa claro que isso será feito

Após a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) entender que com a mais recente decisão do Supremo Tribunal Federal estão encerradas as discussões a respeito da extinção do Imesf, o Sindisaúde irá tentar uma nova cartada no STF, apresentando embargos infringentes. O presidente do Sindicato, Julio Jesien, acredita ainda que as duas ações trabalhistas que correm na Justiça podem impedir que os funcionários que ainda estão ligados ao instituto sejam demitidos. “São duas ações, uma nossa e outra do Ministério Público do Trabalho (MPT) que diz que não deve demitir”, afirma Jesien.
De acordo com ele, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o governo municipal e o MPT impede a demissão dos funcionários. Desde o fim do ano passado, sindicatos têm se reunido com o governo municipal para tentar chegar um acordo. O entendimento da SMS é que não há possibilidade de os funcionários serem aproveitados de outra forma pelo município, o que está nos planos é a realização de outros concursos para preencher as vagas.
Mesmo sem prazo definido para extinção do Imesf, a SMS deixa claro que isso será feito, até para evitar cobranças de outros órgãos como o Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS). Por sua vez, Jesien defende que a medida seja protelada enquanto durarem as medidas de isolamento e razão da Covid-19. “O governo estaria gastando uma fortuna para demitir os funcionários, dinheiro que poderia ser usado no combate ao coronavírus.” Novas reuniões de conciliação devem ser realizadas nos próximos dias para que as partes definam o futuro dos funcionários. 
O Imesf foi considerado inconstitucional pelo STF em setembro do ano passado após julgar um processo protocolado em 2011. Desde então a polêmica tem se arrastado. De um lado o governo municipal busca correr para acabar com o Instituto e contratualização de Organizações Sociais para fazer a prestação de serviços de saúde. Ao mesmo tempo sindicatos e oposição questionam a extinção e defendem que os funcionários sejam incorporados ao quadro de servidores públicos.

Correio do Povo


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Economia prevê déficit primário de R$ 149,6 bilhões em 2021

Com incertezas provocadas pela pandemia do coronavírus, o governo deixou a porta aberta para que essa meta seja flexível

Ministério da Economia ainda indicou que o Brasil caminha para uma década inteira de rombos consecutivos nas contas públicas

O Ministério da Economia indicou, nesta quarta-feira, uma meta de déficit primário de R$ 149,6 bilhões para as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central em 2021. No entanto, dadas as incertezas na arrecadação diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o governo deixou a porta aberta para que essa meta seja flexível e possa ser alterada na própria formulação do Orçamento ou até mesmo durante a execução das despesas no ano que vem. A principal âncora fiscal será o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação.
O Ministério da Economia ainda indicou que o Brasil caminha para uma década inteira de rombos consecutivos nas contas públicas. Desde 2014 as finanças do governo estão no vermelho e devem seguir assim pelo menos até 2023. O governo indicou metas negativas em R$ 127,5 bilhões em 2022 e R$ 83,3 bilhões em 2023. São resultados piores que o previsto inicialmente.
Na apresentação dos números, o governo ressalta que uma das premissas é “manter austeridade fiscal” para o período de 2021 a 2023. Nesta quarta, o Tesouro reconheceu pela primeira vez o risco de não conseguir se financiar no mercado, o que detonou um cuidado do governo em ressaltar o compromisso com o ajuste.
A equipe econômica reconheceu, porém, que há muitas incertezas em relação às receitas para o ano que vem. As projeções incluídas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2021 levaram em conta o histórico de arrecadação, “que em 2020 está em declínio mas ainda sem reflexos significativos (da Covid-19) para a estimação no PLDO 2021”.
Pelo desenho, a meta será a receita projetada menos o teto de gastos. A meta poderá ser atualizada no projeto de Lei Orçamentária Anual, na própria LOA ou nos relatórios bimestrais ou extemporâneos de reavaliação de receitas e despesas. Um mecanismo diferente do atual, que depende de aval do Congresso Nacional para cada necessidade de alteração na meta fiscal.
“A política fiscal se apoia no teto dos gastos que atua pelo lado da despesa, dada a incerteza para previsão da receita para 2021, mitigando os riscos de shutdown (apagão) e garantindo o compromisso com a solvência das contas públicas”, diz o ministério.

R7 e Correio do Povo

Leite descarta possibilidade de tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção no RS

Medida já foi adotada pelas cidades de Encruzilhada do Sul e Ivoti

Correio do Povo

O governador Eduardo Leite afirmou, durante coletiva à imprensa nesta quarta-feira, que o governo não trabalha com qualquer medida que determine o uso obrigatoriedade de máscaras de proteção pela população gaúcha. A decisão, segundo Leite, traria uma "falsa impressão de total proteção", fazendo com que as pessoas deixem de lado outras práticas de higiene. O chefe do Executivo reforçou a necessidade de todos os protocolos de proteção da Organização Mundial de Saúde e a importância do distanciamento social.
O posicionamento vai na contramão no entendimento de municípios gaúchos que adotaram a medida na última semana. Em Encruzilha do Sul, na região do Vale do Rio Pardo, um decreto municipal determina a utilização do equipamento de proteção pela população ao transitar em via pública.
Da mesma forma, a cidade de Ivoti, na região do Vale do Rio dos Sinos, também tornou obrigatório o uso massivo de máscaras descartáveis ou de tecido. De acordo com o decreto, fica obrigatório o uso de máscaras, a partir de 16 de abril para uso de táxi e transporte coletivo ou compartilhado de passageiros; para acesso aos estabelecimentos considerados como essenciais como supermercados, mercados, farmácias, entre outros, e ainda para acesso aos estabelecimentos comerciais que tiverem as atividades liberadas e retomadas; para circulação em ruas, calçadas e demais ambientes coletivos. 

Correio do Povo

�👇Este é DÓRIA GOVERNADOR DE SÃO PAULO 😡😡



Aqui encerra sua vida na política 👊👊👊👊 ACABOU DÓRIA

Rubem Fonseca morre no Rio de Janeiro

Escritor sofreu um infarto em seu apartamento, no Leblon

Fonseca era considera o maior cronista brasileiro da segunda metade do século XX

Morreu no início da tarde no Rio de Janeiro um dos maiores escritores do Brasil, Rubem Fonseca.
A menos de um mês de completar 95 anos, Fonseca sofreu um infarto hoje, perto da hora do almoço, em seu apartamento, no Leblon. Foi levado imediatamente ao hospital Samaritano, onde morreu.
Um dos maiores contistas brasileiros da segunda metade do século XX, Rubem Fonseca é autor, entre outros, de "Feliz ano novo" (1976), "A Coleira do Cão" (1963), "O Cobrador" (1979). Seu último livro de contos inéditos foi lançado há dois anos, "Carne crua", lançado pela editora Nova Fronteira. O livro é composto por 26 contos, com crueza de assassinatos, traições e injustiças sociais, e a avidez das descobertas, a delicadeza das histórias de amor e uns flertes com a poesia. 
Rubem Fonseca ficou conhecido por suas narrativas velozes e urbanas, repletas de violência, erotismo e irreverência, presentes em seus clássicos como  "Agosto", "Bufo & Spallanzani" e “Romance negro e outras histórias”. Em seus contos e romances destacam-se a narrativa policial e tramas envolvendo delegados, inspetores, detetives particulares, advogados criminalistas e escritores. O domínio deste estilo devia-se a sua experiência antes de ser escritor, quando atuou como advogado, aprendeu medicina legal e chegou a ser comissário de polícia, nos anos 50, no Rio de Janeiro. 
Seus protagonistas em nenhum momento são atormentados por qualquer remorso ou culpa. São perversos e frios, sejam ricos ou pobres. Em “O caso Morel”, o leitor irá acompanhar a narrativa do ex-delegado e escritor Vilela & Morel; em “Bufo & Spallanzani”, o inspetor Guedes, e “Agosto”, o “O Anjo Negro” ou Fortunato. Ele criou um personagem que se imortalizou nos meios literários – o advogado Mandrake, despido de valores morais, sempre cercado de mulheres, habituado a circular pelo underground carioca. Mandrake  foi transportado para as telas da TV em uma série popular do canal HBO, vivido pelo ator Marcos Palmeira, em roteiro adaptado pelo filho de Rubem. A mescla de ficção com fatos históricos também é uma característica da produção literária de Fonseca, como no retrato de Getúlio Vargas em “Agosto”, e a representação da trajetória existencial do compositor Carlos Gomes em “O Selvagem da Ópera”.
Considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira, Rubem Fonseca costumava ser avesso a eventos públicos. Em 2015, recebeu o Prêmio Machado de Assis, entregue pela Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo conjunto da obra. Ele também escreveu críticas cinematográficas para a revista Veja e recebeu, ao longo de sua carreira literária, várias premiações importantes, entre elas o Prêmio Camões, o mais importante do idioma português. Foi igualmente consagrado por seus roteiros para o cinema. 

Correio do Povo

Apple apresenta iPhone mais econômico em lançamento discreto

Empresa reduziu o custo do aparelho ao deixar de fora funções como o reconhecimento facial

Modelo mais simples do iPhone SE custará 399 dólares, menos da metade do preço de seus aparelhos principais, e poderá ser encomendado a partir da próxima sexta-feira em mais de 40 mercados

A Apple apresentou nesta quarta-feira um novo iPhone, um modelo de entrada, em um lançamento discreto. O aparelho busca atender a consumidores que enfrentam um contexto econômico mais sombrio.
O modelo mais simples do iPhone SE custará 399 dólares, menos da metade do preço de seus aparelhos principais, e poderá ser encomendado a partir da próxima sexta-feira em mais de 40 mercados. O lançamento foi feito por meio de um comunicado, em vez dos grandes eventos tradicionais.
A tela do novo aparelho é menor, de 4,7 polegadas, porém maior que a da primeira geração do iPhone SE. Ainda assim, conta com gráficos de alta definição. A Apple reduziu o custo do aparelho ao deixar de fora funções como o reconhecimento facial. O iPhone SE inclui, em troca, leitor de digital e botão de início.
Embora o novo iPhone estivesse sendo desenvolvido há meses, seu lançamento acontece em meio à crise econômica produzida pela pandemia de coronavírus. "Este é exatamente o aparelho que uma grande porcentagem de pessoas irá querer. É difícil justificar um gasto de 1,2 mil dólares em um smartphone no cenário econômico atual, mas as pessoas ainda dependem muito de seus telefones, e muitos irão querer se atualizar", diz Bob O'Donnell, analista da Technalysis Research.
Segundo O'Donnell, o novo aparelho atende a quem busca um telefone menor, e se encaixa em países onde o consumidor não tem acesso a um iPhone por causa do preço elevado. Daniel Ives, analista da Wedbush, disse em nota a investidores que espera que a Apple venda de 20 a 25 milhões de iPhones SE até o fim do ano.
O lançamento acontece uma semana depois que a gigante sul-coreana Samsung apresentou novos aparelhos, entre eles um modelo desenvolvido para as novas redes 5G a um preço de menos de 500 dólares.
Um iPhone de entrada tem o potencial de atrair usuários mais interessados no rendimento da câmera, na tela e bateria, e menos atraídos por funções mais chamativas, que são tão valorizadas por outros usuários, mais inovadores, diz Carolina Milanesi, analista da Creative Strategies.
AFP e Correio do Povo



MANDETTA FALA A VEJA
"São sessenta dias nessa batalha. Isso cansa!" Assim Luiz Henrique Mandetta definiu a VEJA  o conturbado período em que coordenou a resposta do Ministério da Saúde à pandemia do coronavírus. O motivo do cansaço? "Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né?" O camarada, claro, é Jair Bolsonaro. O presidente discorda da condução técnica do ainda titular da Saúde na crise – de apoio ao isolamento social e cautela em relação à cloroquina. Apesar do tom de despedida, Mandetta segue no cargo enquanto o Planalto busca um substituto. Alheia aos conflitos políticos, a Covid-19 continua avançando no Brasil.
 


SUBSTITUTO INDEFINIDO
Bolsonaro tem tido dificuldades para encontrar um nome de destaque que aceite ser o novo ministro da Saúde. Três opções, os médicos Claudio Lottenberg, Nise Yamaguchi e Ludhmila Abrahão Hajjar, já foram descartadas pelo governo. Outro nome cotado, o secretário João Gabbardo indicou na quarta-feira que sairá do ministério junto com Mandetta. Resta o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, que tem sido um militante ativo nas redes sociais contra a adoção do isolamento social. Aliado político do presidente, ele recebeu o importante apoio dos filhos do governante, mas é visto com desconfiança pela ala militar. E agora, Bolsonaro?


'ORÇAMENTO DE GUERRA'
Após longa negociação, o Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do 'Orçamento de Guerra' em primeiro turno. O projeto, na prática, cria um caixa paralelo para organizar os recursos levantados de forma emergencial nas ações de mitigação dos efeitos da pandemia. O ponto principal da proposta envolve conceder poderes maiores ao Banco Central, dando a possibilidade de que a instituição compre títulos de empresas privadas para, indiretamente, financiar o Tesouro Nacional. Essa é mais uma tentativa dos parlamentares de organizar as finanças e os montantes para o combate à doença e a manutenção de empregos. Por se tratar de PEC, é necessária mais uma votação, marcada para sexta.


MESES DE INCERTEZA
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann fez uma previsão preocupante. Segundo ele, com o atual grau de isolamento, o estado não terá mais leitos de UTI disponíveis já no mês de maio. As vagas que ainda serão entregues, como a dos hospitais de campanha em construção, devem lotar em julho. Região mais atingida pelo coronavírus, São Paulo tem 11.043 casos e 778 mortes. Até quarta-feira eram mais de 2.200 pacientes com Covid-19 internados, sendo 1.132 na terapia intensiva. No país, os números também sobem. Foram 204 novos óbitos e o recorde de 3.058 casos confirmados  na quarta-feira. O total no Brasil passou para 1.736 vítimas fatais e 29.320 infecções. 


O PLANO ALEMÃO
Quarto país com mais casos de coronavírus no mundo, com 134.000 diagnósticos positivos e 3.800 mortes, a Alemanha planeja flexibilizar as medidas de bloqueio . Com 10.000 leitos de UTI ainda disponíveis, o país deve reabrir lojas na próxima semana e as aulas devem voltar gradativamente a partir de 4 de maio. Festivais e eventos públicos, como torneios esportivos, entretanto, seguem suspensos até o fim de agosto e o distanciamento social será mantido. Do outro lado do mundo, bons exemplos: a primeira-ministra Nova Zelândia, Jacinda Ardern, decidiu cortar em 20% o próprio salário  como forma de mostrar solidariedade aos cidadãos. O país, que adotou cedo a quarentena, tem 1.401 casos e nove mortes.