quinta-feira, 16 de abril de 2020

Homem de 63 anos é a 19ª vítima de Covid-19 no RS

Vítima mais recente faleceu em Bento Gonçalves. Morador de Serafina Corrêa, ele tinha 63 anos e estava internado desde o dia 13 de março

Entre as faixas etárias, a mais afetada segue sendo a que vai de 30 a 39 anos, com 145 infectados

O Rio Grande do Sul contabilizou mais um óbito e 47 casos de Covid-19 em relação ao balanço final da tarde de terça-feira. Com isso, o total de confirmações chega a 767, desde 10 de março, conforme a Secretaria Estadual da Saúde. Pacientes de 88 cidades diferentes já adoeceram. Dezenove pessoas morreram, com o óbito mais recente reportado, na manhã dessa quarta, em Serafina Corrêa, no Nordeste gaúcho. O homem, de 63 anos, recebia atendimento, desde 13 de março, no Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves. O paciente tinha histórico de viagem ao Paraguai e sofria de pneumopatia crônica.
A Capital registra 346 confirmações e oito mortes, até o momento. No Interior, as cidades que mais tiveram casos comprovados foram, nessa ordem, Caxias do Sul (36), Bagé (28), Passo Fundo (27) e Novo Hamburgo (26).
Entre as faixas etárias, a mais afetada segue sendo a que vai de 30 a 39 anos, com 145 infectados, seguida da que vai de 40 a 49, com 139.
Das 19 pessoas que morreram, três tinham idades entre 40 e 59 anos; quatro eram da faixa de 60 a 69; quatro tinham de 70 a 79 e oito, 80 anos ou mais.
A incidência da doença no Rio Grande do Sul é de 6,57 pessoas a cada 100 mil – a 15ª maior do país. Já a letalidade da Covid-19, em cidades gaúchas, é de 2,5%, na 25ª posição nacional. Na relação de estados pelo número de mortes, o Rio Grande do Sul é o 11º.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Justiça barra necessidade de CPF regularizado para receber auxílio de R$ 600

Decisão foi tomada a fim de evitar aglomerações em frente a agências bancárias, Correios e Receita Federal

A determinação atende a uma solicitação da Procuradoria-Geral do Estado do Pará

O TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) decidiu nesta quarta-feira pela suspensão imediata, em todo o território nacional, da exigência de prévia regularização do CPF como condição para o repasse do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores formais, informais, autônomos e desempregados. A determinação atende a uma solicitação da Procuradoria-Geral do Estado do Pará.
Segundo o governo do Estado do Pará, a exigência de regularização do CPF ia contra as recomendações de prevenção e combate à pandemia do coronavírus e teria gerado inúmeros pontos de aglomeração na sede da Receita Federal e agências bancárias e dos correios.
De acordo com a deliberação do juiz federal Ilan Presser, tanto a Caixa Econômica Federal quanto a Receita Federal têm o prazo de até 48 horas para cumprir a decisão, sob pena de multa diária, no valor de R$ 5.000.
“O governo do Pará ajuizou a ação, em face da União, após constatarmos, por meio de monitoramentos realizados pela Secretaria de Segurança, que estes locais de aglomeração representavam risco iminente de proliferação do vírus covid-19 no Estado”, explicou o procurador-geral do Pará, Ricardo Sefer.
A ação ressalta também que a regularização do documento poderia ser feita após a concessão do benefício, sem prejuízos ao trabalho de segurança contra fraudes nas instituições.

R7 e Correio do Povo

Deputado acusa Mandetta de desviar R$ 43 milhões da Saúde




O deputado Hildo Rocha (MDB) expôs durante sessão na Câmara nesta terça-feira (14), uma denúncia do presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, vereador Jose Carlos Soares, postada no Portal do Frei, sobre um desvio de mais de R$ 43 milhões do Ministério da Saúde, de Luiz Henrique Mandetta, que foram repassados para o município de Imperatriz, no Maranhão, diretamente do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal da cidade em 2019. O deputado solicitou ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, que faça a instalação urgente das comissões permanentes a fim de que essa denúncia possa ser investigada o mais rápido possível. “Falei perante o presidente Rodrigo Maia sobre as acusações de corrupção com o dinheiro do Ministério da Saúde, em Imperatriz, por entender que são muito graves. A acusação, a meu ver, tem muito sentido, porque após, uma reunião do ministro Mandetta com o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, ele se decidiu imediatamente por ingressar no mesmo partido político do ministro. O mais grave é que após a filiação o município de Imperatriz recebeu R$ 43 milhões de reais em menos de uma semana, oriundos do Fundo Nacional de Saúde. Recursos esses de responsabilidade exclusiva do ministro da saúde, Henrique Mandetta”, disse o deputado. Para Hildo, a denúncia de Barros reforça "a existência de um grande esquema de corrupção com o dinheiro do Ministério da Saúde entregue pelo ministro Mandetta ao prefeito da cidade". “O presidente da Câmara, vereador José Carlos, acusa categoricamente o prefeito de ter dado sumiço aos R$ 43 milhões de reais enviados pelo governo federal. O vereador José Carlos alerta que não foram feitos investimentos em favor da saúde de Imperatriz com esses recursos. Ele conclui as suas denúncias afirmando que notas fiscais foram usadas para legalizar o saque dos recursos públicos federais destinados a saúde pública de Imperatriz”, afirmou.








Estudo de Harvard aponta que isolamento pode durar até 2022

Pesquisa projeta quais são os possíveis cenários após primeira onda da pandemia de Covid-19

Impacto na saúde pode tomar proporções catastróficas, caso o isolamento seja feito de maneira pouco efetiva ou por pouco tempo

Pesquisadores de Harvard publicaram nesta terça-feira um estudo que aponta os possíveis futuros para o período após a pandemia de novo coronavírus.
A pesquisa indica que, caso não sejam tomadas medidas como a criação de novos leitos ou encontrada uma vacina ou medicação que ataque direta e efetivamente o vírus, o isolamento pode ser estendido até meados de 2021, com avanço para alternativas intermitentes, que durariam até 2022.
Para se ter maiores indícios de qual caminho o futuro terá, é fundamental descobrir qual o tempo de imunidade contra a Covid-19 dos pacientes curados. Por um lado, se essa proteção do organismo for similar a de outros coronavírus, é possível que se tenham surtos exporádicos da doença, principalmente no inverno, com uma provável nova onda de contaminação em 2024.
Por outro lado, se a imunidade for prolongada por diversos anos, ou até mesmo permantente, o número de casos tende a diminuir drasticamente. Isso reduziria o tempo de isolamento e a doença poderia ser erradicada em 5 anos. Esse cenário dificultaria o teste de vacinas contra o vírus, já que menos pessoas seriam contaminadas, como ocorreu com a zika.

Fim do distânciamento social

Segundo a pesquisa, para iniciar o distanciamento social intermitente, será necessária a realização de testes para a Covid-19 para determinar o limiar em que se deve iniciar ou terminar o isolamento. Se não houver testes o suficiente, o número de leitos de emergencia disponível nos hospitais pode ser um indicativo. Apesar de longe do ideal, pois pode levar à superlotação e incapacidade de tratamento dos hospitais.
Enquanto as estratégias de distanciamento social muito bem sucedidas podem resultar no uso de contigenciamentos baseados em rastreamento de contatos e quarentenas focadas, como ocorre nos casos da Coreia do Sul e de Singapura atualmente; as de menor efetividade podem resultar em uma epidemia de pico único prolongada, com impacto no sistema de saúde e duração dependendo apenas de sua efetividade.
Os pesquisadores reiteram que entendem o impacto que o isolamento prolongado pode causar educacional, social e economicamente, mas salientam que o impacto no sistema de saúde pode tomar proporções catastróficas, caso o isolamento seja feito de maneira pouco efetiva ou por pouco tempo.
O objetivo do estudo foi propor modelos possíveis, baseados no conhecimento que já se adquiriu sobre a doença, para que se possa entender o futuro da pandemia de Covid-19.
Os pequisadores apontam que os modelos terão de ser moldados basenado-se nas condições de cada local e atualizados conforme dados mais precisos forem descobertos.

R7 e Correio do Povo

Senado aprova, em 1º turno, texto-base da PEC do Orçamento de Guerra

Segundo turno será votado na sexta-feira

PEC passará por nova rodada de votação na sexta-feira

O Senado aprovou na noite de hoje (15), em primeiro turno, um texto substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra. A opção do relator da PEC no Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), foi alterar o texto aprovado na Câmara, criando assim um texto que substitui o anterior. O segundo turno da proposta será votado na sexta-feira (17), em sessão marcada para as 10h.
O texto-base do substitutivo foi aprovado por 58 votos favoráveis e 21 contrários e, no segundo turno, precisará ser aprovado por, no mínimo, 49 votos, por se tratar de uma emenda constitucional. Em virtude das alterações realizadas no texto, uma aprovação em segundo turno mandará a proposta de volta à Câmara, que precisará apreciar o substitutivo.
Anastasia leu seu relatório na sessão da segunda-feira (13), reservada à discussão da matéria. Após os debates, o relator fez novas mudanças em seu texto, acolhendo sugestões de colegas. Ainda assim, senadores se mostraram contrários à PEC. Para eles, o Banco Central assume riscos demais, o que poderia trazer prejuízos às contas públicas. Senadores como Weverton (PDT-MA), Telmário Mota (PROS-RR), Major Olimpio (PSL-SP) e Zenaide Maia (Pros-RN), dentre outros, entenderam que a PEC atende aos bancos e às grandes empresas e não aos trabalhadores.

Crise econômica

A PEC tem a intenção de suavizar a crise econômica pela qual as empresas passam durante o período de pandemia do novo coronavírus. Com diversos setores do comércio fechados em muitas cidades, as empresas perdem em arrecadação e têm tido dificuldades para pagar despesas como aluguel e salários dos funcionários. Para auxiliar as empresas, a proposta traz medidas de socorro aos empresários.
Uma das medidas previstas autoriza o Banco Central a comprar e vender direitos creditórios e títulos privados de crédito (promessas de pagamento de dívidas, que viram papéis negociados no mercado) em mercados secundários. O objetivo da proposta é dar condições ao BC de equilibrar o mercado.
Além disso, a PEC tira do governo a obrigação de cumprir a chamada “regra de ouro”, que impede o governo de se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública. A proposta também permite que empresas com débitos na Previdência Social possam receber incentivos fiscais.

Alterações do relator

O substitutivo de Anastasia trouxe elementos adicionais ao texto aprovado na Câmara. Ele incluiu um dispositivo que obriga o Banco Central (BC) a informar ao Congresso Nacional sobre os títulos que comprou e dar detalhamentos que permitam uma análise dos riscos envolvidos. Além disso, uma série de ativos que o BC for comprar (cédulas de crédito imobiliário e cédulas de crédito bancário) precisarão de avaliação de qualidade de crédito realizada por uma grande agência de classificação de risco. Essa classificação não poderá ser inferior a BB-.
O relator ainda excluiu da PEC original o trecho que criava um Comitê de Gestão de Crise, encabeçado pelo presidente da República e composto por ministros de Estado e secretários estaduais e municipais. Segundo ele, o comitê poderia trazer problemas constitucionais, como a invasão de competências de um Poder sobre o outro.
Novas alterações foram feitas horas antes da sessão de hoje. Anastasia incluiu um dispositivo determinando que o BC priorize a compra de títulos de micro, pequenas e médias empresas. Outra alteração proíbe as instituições financeiras que venderem ativos para o Banco Central de utilizarem os recursos para distribuição de lucros e dividendos.
Durante a sessão, o relator ainda fez um acordo com os partidos Rede e Cidadania. Duas emendas foram retiradas e, em troca, o texto passou a prever que as empresas devem se comprometer a manter os empregos para usufruir dos benefícios pela União nos programas de combate à crise econômica gerada pela pandemia.

Agência Brasil e Correio do Povo

Leite projeta “distanciamento controlado” contra Covid-19 no RS

Governador falou em gestão de risco da pandemia no Estado tanto na área de saúde quanto econômica

Eduardo Leite citou

O governador Eduardo Leite falou na adoção do modelo do chamado “distanciamento controlado” para combater a pandemia de coronavírus no Estado. A declaração foi dada em vídeo nas redes sociais do Governo do Estado. 
O governador citou o que chamou de “modelo de distanciamento controlado”, com gestão de risco da pandemia. Leite classificou a medida como uma medicação de uso contínuo, na qual serão controladas as dosagens, monitorando os sintomas conforme o momento. 
Leite destacou que, conforme a observação do sistema de saúde, testes, mortalidade, leitos, internações, entre outros dados, serão tomadas as medidas de relaxamento ou endurecimento do distanciamento social.
O governador frisou que todas as medidas e avanços até o momento ocorreram com base em orientações científicas, e que essa tônica irá permanecer. Também agradeceu aos gaúchos pela contribuição e aceitação das medidas, mesmo com a necessidade de “sacrifícios pessoais e profissionais”.
O governador voltou a frisar que todas as decisões serão com o objetivo de equilibrar tanto o aspecto econômico quanto de saúde, mas deixou claro que o governo irá priozar a manutenção da vida dos gaúchos. Por fim, se solidarizou com quem perdeu familiares ou amigos pela Covid-19 no Rio Grande do Sul.

Correio do Povo

RS deve ter mínimas abaixo dos 5°C nesta quinta-feira

Sol predomina, mas amanhecer será frio na maioria das localidades

Frio deve aumentar no Estado

O amanhecer será frio no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira. As mínimas podem ficar abaixo dos 5°C em muitas cidades, especialmente na metade Norte, com geada isolada em alguns pontos. À tarde, os termômetros sobem e a temperatura fica agradável. 
De acordo com a MetSul Meteorologia, o sol predomina no Estado, com períodos de céu claro na maioria das regiões, mesmo com o frio. Ao longo da tarde, pode haver formação de nebulosidade no Sul e Leste do Estado. Há chance de chuva isolada na costa. 
Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. A mínima na Capital deve ser de 13°C, e a máxima não ultrapassa os 25°C.

Mínimas e máximas no RS

Ausentes 0°C / 18°C 
Vacaria 2°C / 19°C
Erechim 5°C / 21°C
Santa Maria 9°C / 23°C
Cruz Alta 5°C / 22°C
Pelotas 11°C / 24°C

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Mandetta é um incompetente, por Lúcio Machado Borges*

Mandetta não comparece à entrevista coletiva no Planalto - Jornal ...

Esse cara é um incompetente. Em primeiro lugar é que ele deveria ter impedido o carnaval, pois ele sabia que naquela época o vírus estava circulando no país e por isso hoje a maior parte da população já está infectada e por isso o isolamento social é inócuo. Essa é a opinião de médicos renomados como o Dr. Fernando Lucchese, Osmar Terra, Luiz Pereira Lima , Ivan Pacheco e do presidente do Simers, o Dr. Marcelo Matias. A maior parte das pessoas já estão infectadas, mas não apresentam sintomas, já que ele é um vírus do tipo corona. O presidente decretou estado de emergência no dia 6 de fvereiro. O Mandetta só foi se preocupar em comprar máscaras e luvas a partir do dia 15 de março. Ele disse que até o dia 10 de abril o país teria mais de 6.000 mortos por coronavírus. Ele disse também que o pico da doença seria em março, depois passou para abril, maio, junho. Agora ele já fala que será em julho, agosto ou setembro. Desde 2009 que se sabe que a Hidroxicloroquina se combate as doenças por vírus corona (ou covid, se preferir). Em 2012 e 2013 foram publicados estudos técnicos-científicos mostrando a excelência dos resultados da Hidroxicloroquina para combater as doenças por vírus corona. Como bem disse o Dr. Matias, presidente do Simers, a Hidroxicloroquina combate o vírus corona. O problema é que o medicamento foi defendido publicamente pelo Trump e pelo Bolsonaro e por isso acabou virando uma questão política. É óbvio que a maior parte da população não sabe disso, até porque a maior parte dessas pessoas é manipulada por uma famosa rede de televisão. Mandetta fala muito bem, mas é um incompetente.


*Editor do site RS Notícias

Lotação de UTIs de Porto Alegre chega a 63,85%

Internações por outras enfermidades ainda são maioria frente a casos da Covid-19

Rede hospitalar trabalha para manter funcionamento sem saturação

A lotação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) em Porto Alegre já chega a 63,85%, conforme monitoramento disponibilizado pela Secretaria Municipal da Saúde. Do total de 556 leitos adultos não especializados, 11 estão bloqueados, 355 estão ocupados, sendo 12 com casos suspeitos do novo coronavírus e 38 com pacientes que já tiveram o diagnóstico confirmado da doença. Até o momento, 273 pacientes, que representam a maioria das internações, estão nas UTIs por outras enfermidades.  
Entre os hospitais da Capital, somente o Hospital da Restinga opera com 100% de lotação. Os 10 leitos operacionais estão ocupados, mas nenhum deles com pacientes da Covid-19. A segunda unidade hospitalar com a maior ocupação é o Hospital Vila Nova, com lotação de 85% dos 20 leitos de UTI, atendendo 17 pacientes, entre eles nenhum com suspeitas do novo coronavírus. O Hospital Moinhos de Vento atende o maior número de pacientes confirmados com o novo coronavírus, chegando a 15 e dois suspeitos.   
Nos leitos de UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição e do Hospital de Clínicas, são atendidos nove pacientes confirmados em cada. No Conceição ainda estão internados nove pacientes suspeitos e no Clínicas dois. De acordo com o diretor de Atenção Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), João Marcelo Lopes Fonseca, a Capital possui mais leitos do que é informado no monitoramento, chegando a 615 leitos de UTI adulto no total, mas nem todos estão direcionados para atendimento da Covid-19. O Conceição e o Clínica são considerados os “hospitais referência” para atendimento e internação de pacientes com Covid-19.  
"Todo mundo está preocupado e se preparando. Como diz o ministro (da Saúde), o vírus não escolhe classe social", reitera. Fonseca explica que os procedimentos eletivos também foram suspensos, para que os hospitais não ficassem sobrecarregados. De modo geral, os casos mais graves do novo coronavírus devem ser internados no Clínicas ou no Conceição. Assim que os pacientes receberem alta, poderão ser transferidos para hospitais de média complexidade. "O número de leitos é maior, ainda tem espaço para mais paciente crítico de UTI, estamos em uma margem segura por causa das medidas adotadas desde o início, com o isolamento precoce", destaca.  
Fonseca enfatiza que é importante manter o distanciamento social, porque nos próximos 15 dias "vamos colher o que fizermos agora". "Esse ganho de tempo é o diferencial para termos uma capacidade de atender bem mais com segurança, para dar tempo de preparar o sistema de saúde, para termos condições de atender bem esses pacientes", diz.  

 

Dados do Estado ainda não foram disponibilizados  

De acordo com o Plano de Contingência Hospitalar Estadual, o Rio Grande do Sul conta hoje com 1.001 leitos de UTI Adulto SUS e 624 leitos de UTI Adulto na rede privada. Com relação à lotação dos leitos, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que o acompanhamento diário dos casos de internação por Covid-19 no Estado começou a ser implementado no dia 8 de abril, por meio do sistema de monitoramento de leitos mas, até o momento, os dados não foram cadastrados. Conforme a SES, a previsão é de que o levantamento esteja disponível nos próximos dias, pois depende de os hospitais repassarem as informações.  
O sistema, desenvolvido pela SES em conjunto com a Secretaria de Governança e Gestão Estratégica e a Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs), permitirá que sejam confirmados pelos hospitais os números de leitos clínicos, leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e até de respiradores disponíveis. O objetivo do monitoramento, segundo a SES, é melhorar a ocupação dos leitos, potencializando as vagas e facilitando transferências que podem ser necessárias por parte da regulação. O sistema vai gerar um panorama completo de cada momento da rede hospitalar pública e privada para fins de análise e tomadas de decisões e ações dos gestores da SES.
Correio do Povo

Famurs aprova decisão de Leite que flexibiliza regras para a maioria das cidades

Medidas restritivas seguem valendo até o fim de abril para 48 cidades das regiões Metropolitana e da Serra

A entidade também avaliou que, levando em conta dados científicos, os prefeitos se sentem mais seguros para embasar as decisões locais que tomarão

Após o governador Eduardo Leite ter anunciado, nessa tarde, a implementação do chamado “distanciamento controlado”, que mantém medidas restritivas de isolamento apenas em 48 cidades das regiões Metropolitana e da Serra, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) informou que já previa um regramento nesse sentido. A entidade também avaliou que, levando em conta dados científicos, os prefeitos se sentem mais seguros para embasar as decisões locais que tomarão.
“A demanda principal da Famurs é que precisamos ser guiados pela ciência, por estudos técnicos, valorizando a vida e a saúde de nossa população. Como não temos esta expertise, o Estado deve ditar as regras. Se o governador está agindo realmente com base nesses dados apresentados, o decreto atende as nossas expectativas”, afirmou, em nota, o presidente da Federação e prefeito de Palmeira das Missões, Dudu Freire (PDT).
Na prática, com a nova medida de flexibilização parcial, cabe aos prefeitos de 449 das 497 cidades gaúchas definirem regras próprias para o funcionamento do comércio e das atividades em geral.
Em 26 de março, em meio às medidas de isolamento adotadas pelo governador, Freire defendeu um decreto único para evitar a tomada de decisões diferentes em nível estadual. Na ocasião, o presidente da Famurs reiterou a necessidade de ações sanitárias para blindar a propagação do coronavírus. “Eu não vou juntar cadáver no meu município”, mencionou.
Veja as cidades onde as restrições ao comércio se mantêm:
Região Metropolitana de Porto Alegre
Alvorada
Araricá
Arroio dos Ratos
Cachoeirinha
Campo Bom
Canoas
Capela de Santana
Charqueadas
Dois Irmãos
Eldorado do Sul
Estância Velha
Esteio
Glorinha
Gravataí
Guaíba
Igrejinha
Ivoti
Montenegro
Nova Hartz
Nova Santa Rita
Novo Hamburgo
Parobé
Portão
Porto Alegre
Rolante
Santo Antônio da Patrulha
São Jerônimo
São Leopoldo
São Sebastião do Caí
Sapiranga
Sapucaia do Sul
Taquara
Triunfo
Viamão
Região Metropolitana da Serra Gaúcha
Antônio Prado
Bento Gonçalves
Carlos Barbosa
Caxias do Sul
Farroupilha
Flores da Cunha
Garibaldi
Ipê
Monte Belo do Sul
Nova Pádua
Pinto Bandeira
São Marcos
Santa Teresa
Nova Roma do Sul

Rádio Guaíba e Correio do Povo


A quinta-feira traz nova leva de dados de desemprego nos EUA, número que se tornou um ritual semanal sobre os impactos do coronavírus na economia global. A Desperta destaca também a discussão no STF sobre redução da jornada no Brasil, a queda de braço entre Mandetta e Bolsonaro e os resultados do grupo de luxo LVMH. Boa leitura.
Loja da Louis Vuitton: projeção de queda de 10% a 20% na receita do grupo LVMH | REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo
1 - MAIS DESEMPREGO NOS EUA
As quintas-feiras viraram um dia crítico para mapear o peso do coronavírus sobre a economia. É quando os Estados Unidos divulgam o dado semanal de pedidos de seguro desemprego, cujos números já passaram de 15 milhões de pessoas nas últimas três semanas, um recorde absoluto. A expectativa nesta quinta-feira, 16, é que o número passe de 20 milhões. Em poucas semanas, o desemprego pode ter ido da casa dos 3% para mais de 10%, com projeção de chegar a até 20%. O Fundo Monetário Internacional prevê queda de 5,9% na economia americana em 2020, acima da previsão de 3% para o mundo e de 5,3% para o Brasil. Enquanto o pacote de 2,3 trilhões de dólares do governo dos EUA animou os mercados nas últimas semanas, a temporada de balanços das empresas vem fazendo o mundo real se impor. Ontem, o Ibovespa recuou 1,36%, e o S&P 500 caiu 2,20%. Nesta quinta-feira, Tóquio fechou em queda de 1,3%, e Hong Kong recuou 0,58%. Mas na Europa, onde países como Alemanha, Itália e Espanha vêm reduzindo as medidas de isolamento, bolsas abriram em alta e o índice europeu Stoxx 600 subia 0,7% às 7 horas. 
2 - MANDETTA: SAÍDA PRÓXIMA?
A aparente trégua na queda de braço entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durou poucos dias. Ainda não há definição oficial sobre a possível saída do ministro, mas Bolsonaro começará a receber nesta quinta-feira, 16, cotados para sucedê-lo na pasta. O conflito mais recente entre o ministro e o chefe do executivo envolve o pedido de demissão do Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. Servidor da pasta há 16 anos, ele solicitou exoneração na manhã de quarta-feira, 15. No fim da tarde, Mandetta disse em coletiva que negou o pedido, mas adotou tom de despedida e admitiu que há um descompasso entre a equipe técnica da Saúde e o presidente. A gota d’água teria sido uma entrevista do ministro ao Fantástico no domingo, 12. O Brasil deve atingir hoje os 30.000 casos confirmados da covid-19 (o boletim de ontem apontava 28.320 casos). As mortes já passam de 1.730.
3 - STF E REDUÇÃO DA JORNADA
A Medida Provisória 936, que permite a redução de salário e jornada ou até a suspensão do contrato de trabalho, volta a ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 16. O tema vai ao plenário virtual da Corte, que delibera sobre a necessidade do aval de sindicatos nos acordos individuais. Na semana passada, uma decisão liminar foi tomada pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, que entendeu que o acordo sem participação do sindicato violaria a Constituição. Mesmo sem a mediação de sindicatos, os acordos individuais entre patrões e empregados já estão valendo. A estimativa é que mais de 1 milhão de empregados já tiveram seus contratos suspensos com base na MP. Pela proposta, o governo banca parte do salário reduzido via seguro-desemprego parcial (entre 25% e 70%) ou total (no caso de suspensão do contrato). 
4 - O PIB DA CHINA
O impacto do novo coronavírus na economia chinesa torna-se mais preciso na noite desta quinta-feira, 16, quando o governo de Pequim divulga os dados do Produto Interno Bruno (PIB) do primeiro trimestre. Analistas ouvidos pela agência Reuters esperam queda de 6,5% em relação ao ano passado, mas há projeções de mais de 8%. Este deve ser o pior desempenho trimestral da economia chinesa em pelo menos 30 anos e a primeira retração desde que os dados começaram a ser divulgados, na década de 90. O Fundo Monetário Internacional estima que o PIB da China terá crescimento de apenas 1,2% em 2020, ante alta de 6,1% registrada em 2019. As fábricas e o comércio no país ficaram paralisados em boa parte do ano diante do coronavírus, e só voltaram nas últimas semanas. A preocupação agora é com a queda nas exportações, que já caíram mais de 17% no ano. 
5 - CRISE CHEGA AO LUXO
Historicamente imune às crises, o mercado de verá uma história diferente neste ano. A principal mostra do impacto do coronavírus vem nesta quinta-feira, 16, com o balanço do primeiro trimestre do conglomerado LVMH, dono de Louis Vuitton e Christian Dior e maior conglomerado de luxo do mundo. Com lojas e fábricas fechadas, o grupo antecipou que a queda de faturamento poderia ficar entre 10% e 20%. No ano passado, o LVMH comprou a icônica rede americana Tiffany e registrou faturamento recorde de 53,7 bilhões de euros, alta de 15% ante 2018. O ano histórico fez o controlador Bernard Arnault virar o terceiro homem mais rico do mundo — já em 2020, Arnault perdeu até agora quase 31 bilhões de dólares em patrimônio. Outras empresas do segmento de luxo devem sofrer: a projeção é de queda de 15% na Kering, dona da Gucci, e de até 50% na Burberry, cuja receita vem sobretudo da Ásia. 
Sobre o que as pessoas estão falando entre reuniões
 
PEC DO ORÇAMENTO DE GUERRA
O Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição em primeiro turno. O segundo turno ficou para sexta, 17, e, como o texto foi alterado, volta à Câmara na sequência. A PEC permite que os gastos com a crise do coronavírus sejam contabilizados à parte do orçamento principal e autoriza o Banco Central a atuar no mercado secundário. Entenda ponto a ponto
PUSH DO BEM
Por meio de geolocalização, a operadora de telefonia Claro vai passar a notificar clientes com sugestões de comércio e serviços disponíveis em seus bairros. Chamada de “Push do Bem”, a iniciativa busca apoiar pequenos negócios na crise.
NOVO IPHONE SE
A Apple anunciou uma nova geração do iPhone SE, versão mais barata do aparelho, a partir de 399 dólares. A empresa tenta ganhar mercado em meio à crise e após perder a posição de segunda maior fabricante para a Huawei em 2019.
VANTAGEM OU NEM TANTO?
A pausa de 60 dias no financiamento de imóvel oferecida pelos bancos pode levar o comprador a pagar o dobro do valor no fim do contrato, segundo cálculo feito pela EXAME. Isso porque juros são somados ao saldo devedor. 
PACOTÃO DAS AÉREAS
O resgate de 10 bilhões de reais pode dar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 20% ou mais do capital das companhias. Fatia que chegue a 30% é vista pelo setor como "exagerada". 
Como investir
 
O que comprar em meio à crise? O time de analistas da Exame Research lançou o relatório "Mais luzes no fim do túnel", com recomendações de oportunidades e investimentos. Para baixar, faça seu cadastro e acesse gratuitamente por um mês análises, carteiras e recomendações de ações e fundos. Participe também do grupo no Telegram, onde a equipe de análises traz comentários diários. 
exame.talks

11h30 - Mario Ghio, diretor-presidente da Somos Educação, e Chaim Zaher, presidente do grupo SEB
Educação em tempos de coronavírus

15h - Carolina Ferraz, atriz
Os desafios do entretenimento 

18h - Camila Coutinho, designer, blogueira e fundadora do Garotas Estúpidas
O trabalho dos influencers

20h - Masterclass com Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da B3
Lições de um bilionário


Nos horários acima, assista às transmissões ao vivo na página inicial do site e em nosso canal no YouTube
O céu de São Paulo produziu um espetáculo de cores nos últimos dois dias. Sempre foi assim, mas agora as pessoas, confinadas em casa, têm mais tempo de olhar a paisagem de suas janelas? Seja qual for o motivo do fenômeno, nesta quarta-feira, 15, o céu voltou a apresentar um pôr-do-sol em tons fortes de vermelho, rosa e laranja, bem diferente das cores apagadas por trás de nuvens e da camada de poluição. Imagens do fim de tarde voltaram a inundar as redes sociais. A EXAME fez um compilado de algumas delas.