quarta-feira, 15 de abril de 2020

Rio Grande do Sul atinge 720 casos confirmados de Covid-19

Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, doença já atinge 87 municípios do Estado

Rio Grande do Sul chegou a 720 casos da Covid-19

Em seu último boletim epidemiológico, publicado às 17h40min, nesta terça-feira, a Secretaria Estadual da Saúde atualizou para 720 o número de casos confirmados de Covid-19 no Estado. De acordo com o informe anterior na segunda-feira, o aumento de casos foi de 35 positivos em 24 horas. 



Segundo a pasta, o novo coronavírus já atinge, pelo menos, 87 municípios do Estado, tendo vitimado 18 pessoas, até o momento. Os novos registros foram feitos em: Bagé, Caxias do Sul, Erechim, Garibaldi, Lajeado, Marau, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Maria e Viamão. Com 18 óbitos identificados, até o momento, o nível de letalidade no Rio Grande do Sul está em 2,5%.

São Domingos do Sul registra maior incidência a cada 100 mil habitantes

O município de São Domingos do Sul, cidade situada na microrregião do alto do Taquari, na encosta superior do Nordeste do RS é a cidade mais atingida pela Covid-19 na relação: número de casos por número de habitantes.
Com cerca de 3 mil moradores (IBGE), o município possui a maior incidência por 100 mil habitantes, segundo a SES, com 3 casos confirmados, sendo assim, um caso para cada mil habitantes.

Correio do Povo

Casos confirmados de Covid-19 chegam a 333 em Porto Alegre

Secretaria de Saúde identificou 9 novos casos nesta terça-feira

Mais casos foram confirmados em Porto Alegre

A cidade de Porto Alegre chegou aos 333 casos confirmados de coronavírus. Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, publicado às 19h20min, nesta terça-feira, foram identificados 9 casos novos. Além dos positivos, outros 410 seguem em análise e 1.077 foram descartados de acordo com a atualização. 
Com oito novas recuperações, Porto Alegre possui 153 pacientes considerados recuperados do coronavirus, até o momento. 



Até o momento, a Capital registrou oito óbitos. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, que registrou, nesta terça-feira, 720 casos no Estado, Porto Alegre tem incidência por 100 mil habitantes de 22.0, o que significa que a cada 100 mil pessoas na cidade, aproximadamente 22 apresentam a doença.

Isolamento na Capital não termina antes de maio, diz Marchezan

As medidas de isolamento tomadas em Porto Alegre para combater o novo coronavírus não devem ser alteradas antes de maio. Essa é a perspectiva do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que projeta a manutenção das restrições pelo menos até o dia 30 de abril. “A nossa intenção, é óbvio, é voltar o mais rápido possível com o regramento normal das atividades e da vida do cidadão, mas hoje a gente pode ver que até o final do mês não haverá mudança.”

Correio do Povo

RS pode ter ventos de mais de 80km/h nesta quarta-feira

Rajadas mais fortes atingem especialmente as regiões Sul e Leste do Estado

Ventos fortes devem atingir o RS nesta quarta-feira

O Rio Grande do Sul poderá ter ventos de mais de 80 km/h nesta quarta-feira. As rajadas mais fortes devem ser registradas especialmente nas regiões Sul e Leste do Estado, podendo chegar a mais de 80km/h, especialmente na costa.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o sol aparece, com tempo aberto e céu claro, especialmente no Norte e Oeste. Na região Leste, pode haver nebulosidade, com chance de garoa ou chuva. O dia começa frio, com as menores marcas no Norte e Noroeste, mas ao longo do dia a temperatura fica agradável. 
Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. Na Capital, a mínima deve ser de 14°C e a máxima deve chegar aos 24°C. 

Mínimas e máximas no RS

Santa Maria 10°C / 22°C
Santiago 8°C / 21°C
Passo Fundo 6°C / 20°C
Rio Grande 13°C / 20°C
Caxias do Sul 9°C / 19°C

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

GLOBO ENCERRA JORNAL DAS 10 MOSTRANDO A BANDEIRA DA CHINA NO CRISTO REDENTOR PROPOSITALMENTE



Câmara aprova texto da MP do Trabalho Verde e Amarelo com alterações

Emenda retira trabalho aos domingos para todos os setores e mantém alguns encargos

Votação ocorreu por meio remoto

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, por 322 votos a 153, uma emenda do relator da MP (Medida Provisória) 905/19 à proposta do Trabalho Verde e Amarelo, deputado Christino Aureo (PP-RJ). O texto retira itens do parecer da comissão mista, como trabalho aos domingos para todos os setores da economia.
O substitutivo à chamada de MP do emprego verde e amarelo também mantém alguns dos encargos incidentes sobre a folha de salários, como o salário-educação de 2,5% e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 8%.
Editada em novembro do ano passado, a MP (Medida Provisória) faz parte de um pacote de medidas do governo Bolsonaro que tenta reduzir o desemprego no País e busca incentvar a contratação de jovens com idade entre 18 e 29 anos e que ainda não tiveram seu primeiro emprego e para pessoas acima de 55 anos fora do mercado de trabalho há mais de um ano.
Com a aprovação da emenda, é sobre esse texto que os partidos tentarão modificar trechos por meio de destaques. O primeiro destaque, do PT, pretende evitar que as regras da MP prevaleçam sobre o acordo coletivo da categoria e sobre a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

R7 e Correio do Povo

Dólar sobe pelo segundo dia seguido e fecha em R$ 5,19

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,18%, aos 79.816,36 pontos nesta terça-feira

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,18%, a 79.816,36 pontos

O Ibovespa fechou em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, seguindo o viés positivo em Wall Street e com bancos entre os principais suportes, enquanto Petrobras atenuou o ganho em meio à queda dos preços do petróleo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,18%, a 79.816,36 pontos, em sessão também marcada por ajustes antes dos vencimentos de opções sobre o índice e do Ibovespa futuro, que acontecem na quarta-feira.
O dólar, por sua vez, fechou o dia com alta discreta de 0,1% ante o real e passou a ser negociado a R$ 5,1906 após mostrar ganhos e perdas mais consistentes ao longo do dia.
As operações locais, no entanto, não conseguindo captar a fraqueza da moeda no exterior em meio ao noticiário político-econômico doméstico.

R7 e Correio do Povo

Geolocalização indica queda de distanciamento social após a Páscoa no RS

Governador apresentou como ferramenta está sendo usada para tentar controlar pandemia da Covid-19

Ferramenta auxilia no combate a aglomerações durante pandemia do coronavírus

O governador Eduardo Leite apresentou, nesta terça-feira, o uso da ferramenta de geolocalização para combate ao coronavírus. A ferramenta tem como objetivo monitorar aglomerações durante a pandemia. 
No Estado, observou-se, depois da implementação das políticas de restrições de atividades, uma adesão de 50% dos gaúchos monitorados ao distanciamento social. O pico, de 70% de adesão, foi registrado no primeiro fim de semana da recomendação, entre os dias 20 e 22 de março. Logo após a Páscoa, o índice caiu para 46,9%.
Amparada pela Lei Geral de Proteção de Dados e obtida por meio dos aparelhos celulares dos usuários, a ferramenta não será utilizada para monitorar informações pessoais contidas nos aparelhos. "A geolocalização identifica o perímetro onde o celular permanece à noite e compara, durante o dia, com a movimentação do aparelho, se permanece naquele perímetro ou muda de lugar", explicou o governador. 
O Estado não prevê punição aos usuários que não estiveram isolados, já não há qualquer informação individual, como nome do dono do celular ou CPF. As medidas visam somente entender onde e por qual motivo há aglomerações.

Correio do Povo


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Leite assina hoje novo decreto sobre funcionamento do comércio

A tendência é a de que o governador mantenha a cautela e a orientação de manter limitação às atividades, mas viabilizando posições distintas por prefeitos

Decreto irá tratar das restrições das atividades comerciais

O governador Eduardo Leite (PSDB) irá editar e anunciar nesta quarta-feira novo decreto sobre medidas restritivas de atividades no Rio Grande do Sul, em função da pandemia ao novo coronavírus. A data marca o fim do período estabelecido anteriormente, e, portanto, novas regras precisarão ser ditadas. A tendência é a de que o tucano mantenha a cautela e a orientação científica adotada desde antes da chegada da pandemia, mantendo limitação às atividades, mas viabilizando posições distintas por prefeitos, desde que com limites, nas diferentes regiões do Estado, considerando as realidades locais. 
Na agenda do governador, pela manhã, está prevista uma reunião, entre as 9h e 11h, com o gabeinte de crise da Covid-19. Em seguida, das 11h às 12h15min, por videoconferência, ele irá conversar com os demais chefes de poderes e órgãos autonômos do Estado. Ainda não há definição sobre quando deverá ocorrer o anúncio do decreto. 
O dia de ontem foi marcado por sucessivas videoconferências com pauta única: a análise do cenário atual e o cruzamento de informações para estabelecer as linhas do novo decreto. Os dados essenciais para a decisão que será tomada pelo governador apenas hoje pela manhã são as conclusões da primeira etapa de estudo realizado pela da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e os números relativos a pacientes, contaminados e ocupações de leitos de UTIs, que estão sendo repassados diariamente por hospitais das redes pública e privada.
Neste ponto, um dos obstáculos, já que nem todas as instituições estão cumprindo à risca a determinação estipulada pelo governo em relação às atualizações. Além do cenário relativo ao sistema de saúde gaúcho, Leite tem o desafio de equalizar as demandas econômicas. Os números relativos à queda da arrecadação são preocupantes. As estimadas variam entre 30% e 35% já neste mês. Além disso, existe a pressão do empresariado, que é crescente.

Correio do Povo

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Dólar sobe pelo segundo dia seguido e fecha em R$ 5,19


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terça-feira, 14 de abril de 2020

ESPAÇO PENSAR+ Eis o texto do pensador Roberto Rachewsky a respeito da opinião do colunista David Coimbra, do péssimo e comprometido jornal Zero Hora, ao dizer que Bolsonaro acabou e que aposta suas fichas no Mandetta.

Ele pode ter a opinião que quiser, mas tendo em vista o contexto, achei sua manifestação precoce e distanciada da verdade que ainda não pode ser determinada.

David Coimbra está tentando se aproveitar dessa situação confusa e inconclusa em que vivemos, para dizer o que não consegue provar. Isso soa mais como torcida do que como análise objetiva.

Como dizem em Boston, “wishful thinking”.

Enquanto nada está definido, tudo pode ser dito porque não há compromisso nem com a verdade, nem com a realidade, porque essas ainda não estão definidas.

É muito melhor para analistas com viés, dizerem agora que Bolsonaro está errado, porque pode ser que ao final do fenômeno ele esteja certo. Aí, a oportunidade da crítica negativa ser feita, terá passado.

Fico imaginado jornalistas como o David Coimbra, deitados de barriga para baixo, na clássica posição de franco-atirador, com o olho na mira, o indicador no gatilho e a bala na câmara, esperando a hora de disparar o “Bolsonaro acabou”.

David Coimbra pode reunir seu aparato bélico e voltar para a retaguarda. Ele sabe que cumpriu sua missão mesmo que seu tiro tenha dado n’água.

O que parece interessar ao David Coimbra era fazer seus leitores ouvirem o estampido para provar que ele está cumprindo sua missão na guerra das narrativas e que seu lado já está definido.

Criticar os tiranetes que governam seus estados ou cidades como imaginavam que Bolsonaro governaria o Brasil, isso não faz parte do arsenal do jornalismo mainstream.


Pontocritico.com

SEM DEMOCRACIA, SEM LIBERDADE E SEM MORAL Eis o texto do jornalista J. R. Guzzo, publicado na Gazeta do Povo - SEM DEMOCRACIA, SEM LIBERDADE E SEM MORAL-

A democracia morreu no Brasil – se é que chegou a viver algum dia, pois qualquer exame clínico um pouco mais atento mostra que ela já nasceu morta em 22 de setembro de 1988, dia em que começou a valer a Constituição Federal que está em vigor e que é, em geral, considerado como seu marco zero.

Nasceu morta porque quem a escreveu pensou numa coisa só, com obsessão exemplar, desde a redação de sua primeira sílaba: como montar no Brasil um sistema de governo em que um grupo limitado de pessoas fica com 100% do direito legal de tomar decisões — sem ter de pagar jamais pelas consequências do que decide, é claro — e o resto da população fica sem influência prática nenhuma.

É exatamente o que vem acontecendo há quase 32 anos.

No papel, e nos tratados de ciência política, é o governo comandado pela vontade da maioria — e os votos da maioria podem perfeitamente colocar no governo, ou seja lá onde as decisões são tomadas, gente que não tem interesse algum em saber quanto você é livre ou não é.

Seu papel é unicamente obedecer às leis e regras que os donos do poder escrevem em benefício próprio, ou dos grupos a quem servem.

No Brasil de hoje não há uma coisa nem outra.

Não há democracia porque quem manda em tudo, faz mais de trinta anos, é uma minoria — a população só é chamada, de dois em dois anos, para votar em eleições nas quais um sistema viciado elege sempre os mesmos, com uma ou outra exceção que não muda nada.

Fechadas as urnas às 5 horas da tarde, todos são mandados de volta para casa e só voltam a abrir a boca dali a dois anos, para fazer a mesma coisa.

No meio tempo, não mandam em absolutamente nada — sem crachá e autorização dos seguranças, não podem nem entrar nos lugares onde estão os que resolvem tudo.

Não há liberdade porque o cidadão só tem a opção de obedecer, esteja ou não de acordo com o que lhe mandam fazer.

O momento que o Brasil atravessa agora, com grande parte da população apavorada pelo medo de morrer por causa da covid-19, é exemplar dessa democracia que não vale nada.

Vamos aos testes práticos.

Passa pela cabeça de alguém, por exemplo, que as pessoas estejam de acordo que o Senado alugue por 350 mil reais por mês, sem concorrência, uma “sala VIP” no aeroporto de Brasília, para os senadores não correrem nenhum risco de ficar perto dos cidadãos?

É claro que ninguém está de acordo.

É claro, também, que ninguém pode fazer nada a respeito.

É tudo legal, porque eles escreveram leis dizendo que é legal — inclusive essa falta tão conveniente de concorrência pública, pois estamos num momento de “emergência” na saúde pública.

O que a maioria tem a dizer da recusa do Congresso em abrir mão de um centavo sequer dos bilhões que tem estocados nos fundos “Partidário e Eleitoral”, que roubaram legalmente dos impostos — através de leis que eles mesmos aprovaram?

E a liberdade, aí, como é que fica: alguém é livre, de verdade, para defender seu direito de opor-se a essa aberração?

Não se trata apenas de deputados e senadores.

Como pode haver democracia numa sociedade em que uma comunidade de talvez 25.000 indivíduos, os membros do Poder Judiciário em suas diversas camadas, tem direitos que os demais 200 milhões de brasileiros não têm — e se mantém, na vida real, acima das leis e da obrigação de cumpri-las?

É impossível, também, pensar em “estado de direito” quando a Justiça funciona como cúmplice integral em atos de delinquência do submundo político.

No caso dos “fundos”, é óbvio, deu razão ao Congresso — e proibiu seu uso em favor do combate à epidemia.

O país inteiro tem assistido, todos os dias, a demonstrações brutais de tirania por parte de 27 governadores, 5.500 prefeitos, suas polícias e seus fiscais.

Com o súbito poder que lhes foi conferido pela epidemia, e com a cumplicidade quase absoluta de juízes e integrantes do Ministério Público, puseram para fora todas as suas neuras ditatoriais.

É a lei que lhes permite isso — a lei que eles próprios, ou a classe política em geral, escreveram.

Os exemplos não acabam mais.

Todas as edições de Oeste (noticiário), até o fim dos tempos, não serão suficientes para mostrar a soma de desastres que está acontecendo com as liberdades neste país.

Todo o poder de decisão foi dado a grupos muito bem definidos, pela malícia e esperteza de uma Constituição na qual há um número ilimitado de boas intenções e nenhum meio de realizá-las na prática.

Ali o cidadão tem direito a tudo — menos o de influir na própria vida e controlar, mesmo por alguns minutos, os que mandam nele.

Todos sabem quem são esses grupos.

Os altos servidores do Estado, as corporações, os grupos de interesse privado, os sindicatos, os criminosos ricos, os saqueadores do Erário, os que desfrutam de direitos que os demais não têm, os políticos — e por aí afora.

As leis são escritas para eles.

Você só paga.

“Eu prefiro um ladrão a um deputado”, diz Walter E. Williams, o economista conservador americano que há décadas devasta a hipocrisia da vida política mundial.

“O ladrão, em geral, o rouba uma vez só e vai embora.”

Os políticos, porém, estão aí para sempre.

É esse, justamente, nosso problema: enquanto quem mandar no Brasil for o condomínio descrito acima, não haverá nem liberdade real nem democracia efetiva.

O que vale é a manipulação periódica da multidão em eleições que já estão decididas, pelos vícios deliberados do sistema eleitoral, antes de o primeiro voto ser colocado na primeira urna.

O resultado concreto disso tudo aparece nas decisões alucinadas que são tomadas aqui como resultado do “funcionamento normal” das chamadas instituições democráticas.

“Como alguma coisa que é imoral, quando feita em particular, se torna moral quando feita coletivamente?”, pergunta Williams.

“Por acaso a legalidade confere moralidade a alguma coisa? A escravidão era legal. O apartheid era legal. Os massacres feitos por Hitler, Stalin e Mao foram legais.”

No Brasil o Congresso é legal.

O STF é legal.

O aparelho do Estado é legal.

O que foi para o diabo é o senso moral — junto com a liberdade e a verdadeira democracia.


Pontocritico.com