terça-feira, 14 de abril de 2020

Embraer anuncia acordo com mais um sindicato para evitar demissões

Proposta de suspensão temporária dos contratos de trabalho com garantia de vínculo empregatício será levada para aprovação dos trabalhadores

Fabricante de aviões busca soluções para crise do coronavírus

A Embraer anunciou nesta segunda-feira (13) acordo com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos para garantir a manutenção dos empregos durante a pandemia do novo coronavírus.
A proposta de suspensão temporária dos contratos de trabalho com garantia de vínculo empregatício será levada para aprovação dos trabalhadores nesta terça-feira (14).
Segundo a empresa, não haverá alterações na jornada e nos salários dos empregados em atividades essenciais e presenciais. Os funcionários que forem colocados no regime de home office terão redução de 25% na jornada de trabalho e nos salários, mas poderão receber até R$ 453 de ajuda emergencial do governo federal.
Os demais colaboradores terão os contratos de trabalho suspensos (layoff) por dois meses e receberão ajuda compensatória mensal, além do auxílio do governo.
“A Embraer permanecerá em contínuo diálogo com os clientes, fornecedores e governos para atender as necessidades essenciais do setor e da população, priorizando sempre a saúde e segurança dos seus colaboradores e a preservação de empregos”, declarou a empresa.

Sindicato

Em nota, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos disse que não concorda com as medidas, mas vai levar as propostas para deliberação da categoria.
“O sindicato não concorda com a proposta apresentada pela Embraer. A empresa tem total condição de garantir o salário de todos os trabalhadores, mesmo com a fábrica parada. Ainda assim, levaremos a proposta para votação. Aqui no Sindicato, quem decide são os trabalhadores”, afirmou Herbert Claros, diretor da entidade.
Na semana passada, a Embraer anunciou acordo com o Sindiaeroespacial, que representa os funcionários das unidades da de São Paulo, Campinas, Sorocaba e Taubaté, e o Sindicato dos Engenheiros, que representa a categoria em São José dos Campos, Campinas e Gavião Peixoto.

Agência Brasil e Correio do Povo


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Impacto será de R$ 89,6 bilhões
 


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Uso de máscaras de proteção passa a ser obrigatório em Ivoti (RS)

Em novo decreto publicado, prefeito Martin Cesar Kalkmann adotou a medida visando conter a disseminação da Covid-19

Conforme o decreto, fica obrigatório o uso de máscaras, a partir de 16 de abril para diversas atividades

Com um novo decreto publicado nesta segunda-feira, pelo prefeito Martin Cesar Kalkmann, fica estabelecido o uso massivo de máscaras descartáveis ou de tecido, na cidade de Ivoti. Os itens podem ser produzidas de forma caseira, conforme orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), como medida de enfrentamento à Covid-19, visando minimizar o aumento de casos. 
Situada próxima a Região Metropolitana de Porto Alegre, a cidade de Ivoti tem população de cerca de 25 mil habitantes. De acordo com o decreto, fica obrigatório o uso de máscaras, a partir de 16 de abril para uso de táxi e transporte coletivo ou compartilhado de passageiros; para acesso aos estabelecimentos considerados como essenciais como supermercados, mercados, farmácias, entre outros, e ainda para acesso aos estabelecimentos comerciais que tiverem as atividades liberadas e retomadas; para circulação em ruas, calçadas e demais ambientes coletivos. 
Outras recomendações também estão estabelecidas no novo decreto como a utilização de senhas, ou outro sistema eficaz para evitar filas, ou aglomeração de pessoas em estabelecimentos privados com permissão de atendimento ao público. 
Já aos estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços com funcionamento autorizado, fica determinada a utilização obrigatória de máscaras por empregados e colaboradores, a partir de 22 de abril além da medição da temperatura corporal dos empregados e colabores. Conforme a administração municipal, o descumprimento das determinações implicará na aplicação das penalidades.

Correio do Povo



As projeções do FMI para o Brasil


Os mercados devem refletir nesta terça-feira a projeção do Fundo Monetário Internacional para a economia global, com algumas das perdas pelo coronavírus já contabilizadas. A Desperta também destaca a abertura da temporada de balanços nos EUA, as medidas contra a covid-19 nos estados e os embates entre governo e Legislativo no Congresso. Boa leitura.
Espaço de entrevistas coletivas na Casa Branca: os EUA têm mais de 582.000 casos de covid-19 | REUTERS/Leah Millis 
1 - TEMPORADA DE BALANÇOS
A temporada de balanços do primeiro trimestre nos Estados Unidos começa nesta terça-feira, 14. Antes da abertura dos mercados americanos, serão divulgados os resultados dos bancos JP Morgan e Wells Fargo. Os bancos devem ter queda no lucro por ação, mas os balanços mostram somente parte da história, já que o impacto do coronavírus na economia começou majoritariamente em março. Com a expectativa de uma temporada com receitas comprimidas, as empresas são incentivadas a fornecer projeções para os próximos trimestres. Na outra ponta, a semana passada teve a maior alta semanal no índice americano S&P 500 desde 1974. Na segunda-feira, nova alta de 1,01%. No Brasil, o Ibovespa subiu 1,49% ontem, puxado pelas ações da mineradora Vale e dos bancos. 
 
2 - FMI: MAIOR CRISE DESDE 1929
O impacto do coronavírus na economia ganha novos dados nesta terça-feira, 15. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga nesta manhã seu tradicional relatório semestral sobre o desempenho da economia global, o World Economic Outlook. A expectativa do FMI é que o mundo caminhe para a mais profunda e severa crise desde a Grande Depressão de 1929, disse a diretora-geral do fundo, Kristalina Georgieva. Segundo ela, 170 dos 189 países membros também devem ter uma queda no PIB per capita em 2020, prova de um empobrecimento generalizado da população. Mais de 90 países já recorreram aos mecanismos de financiamento emergencial do FMI, que podem chegar a 100 bilhões de dólares — o triplo do que foi necessário na crise de 2008. O mundo contabiliza na manhã desta terça-feira mais de 1,9 milhão de casos de coronavírus e mais de 119.000 mortes.

 
3 - OS ESTADOS E A COVID-19
O calendário de eventos oficiais sobre o novo coronavírus ganha reforço nesta terça-feira, 14. O governo de São Paulo, além da coletiva às 12h30 comandada pelo governador João Doria (PSDB), começará a fazer nova apresentação às 15 horas na secretaria de Saúde, onde deve detalhar melhor a situação hospitalar. O estado tem 8.755 casos confirmados e 588 mortos pela covid-19. O Brasil tem, ao todo, 23.430 casos e 1.328 óbitos. Ontem também foi a vez de o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), prorrogar a quarentena até 30 de abril. O Rio tem 3.221 casos e 182 óbitos. Em estados menos afetados, o clima é diferente: Santa Catarina autorizou reabertura de parte do comércio não-essencial, o Rio Grande do Sul permitiu que municípios decidam sobre algumas restrições e o Distrito Federal afrouxou a quarentena desde quinta-feira, 9 — com relatos de aglomerações em lojas. 
 
4 - EMBATES NA CÂMARA
A semana está cheia de temas espinhosos para o governo na Câmara. A casa tem até a próxima segunda-feira, 20, para votar a Medida Provisória do "Contrato Verde e Amarelo" antes que ela perca validade. A MP flexibiliza relações de trabalho para incentivar a criação de vagas para jovens entre 18 e 29 anos. O presidente da casa, Rodrigo Maia, disse querer votar já nesta terça-feira, 14. Enquanto isso, na noite de segunda-feira, 13, deputados aprovaram socorro estimado em 89,6 bilhões de reais para compensar queda de arrecadação dos estados. É o dobro dos até 40 bilhões propostos pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, que chama a medida de “irresponsabilidade fiscal”. O governo diz que pode vetar o texto. A pauta já gerou duas semanas de impasse entre Executivo e Legislativo, que deve continuar acontecendo. 
 
5 - DIA MUNDIAL DA DOENÇA DE CHAGAS
O 14 de abril marca no mundo o dia em que, em 1909, o médico brasileiro Carlos Chagas diagnosticou pela primeira vez o protozoário Trypanosoma cruzi. Chagas identificou também o inseto transmissor, popularmente conhecido como barbeiro. Passados 111 anos da descoberta, a doença de Chagas infecta entre 6 e 7 milhões de pessoas no mundo, sobretudo em países tropicais pobres. Estima-se entre 1,9 e 4,6 milhões de infectados e mais de 6.000 mortes só no Brasil. Neste ano, a data acontece dias depois de a primeira vítima falecida em um dos hospitais de campanha do coronavírus na cidade de São Paulo, no Pacaembú, ser confirmada como um homem de 36 anos que tinha doença de Chagas. A doença é considerada "silenciosa" por atingir principalmente a população carente. Um problema que tende a se agravar agora com a sobrecarga dos hospitais. 
Sobre o que as pessoas estão falando entre reuniões
 
NOVA LEVA DE AUXÍLIO
Ao todo, mais de 32 milhões de pessoas se cadastraram para receber o auxílio emergencial de 600 reais do governo. Quem estava previamente cadastrado mas não tinha conta nos bancos estatais começa a receber nesta terça-feira, 14. Veja quem tem direito
QUARENTENA, SIM; PARADO, NUNCA
Com unidades fechadas, a rede de academias Smart Fit atingiu 8 milhões de pessoas vendo suas aulas online. O presidente Edgar Corona aponta uma esperança pós-crise: em um operador chinês, quatro em dez dos novos alunos não fazia exercício antes. 
CRISE PARA QUEM
A varejista de e-commerce Amazon vai contratar mais 75.000 funcionários para lidar com a alta nos pedidos. A empresa já havia contratado 100.000 pessoas em um mês. As ações subiram quase 50% neste ano. 
ISOLAMENTO DE LUXO
A família real da Arábia Saudita, que tem 150 membros do clã infectados, vive a quarentena mais luxuosa do mundo: de aluguel de palácios privativos a hospitais especiais. O país tem 5.000 casos confirmados. 
EDITORAS ONLINE
Em tempo de livrarias fechadas e eventos literários cancelados, editoras têm buscados manter contato com seus leitores via redes sociais. Mais uma ação acontece nesta terça-feira, 14, em transmissão ao vivo às 17h30 da Intrínseca com o autor Matheus Leitão, filho da jornalista Míriam Leitão e autor do livro "Em Nome dos Pais", no qual investiga o passado dos pais na Ditadura Militar. A obra virou uma série documental na HBO em março. 
Curso grátis

O exame.academy, novo braço de educação da EXAME, lançou o curso gratuito "Renda Blindada: Lições de um Bilionário". O workshop terá aulas ao longo desta semana e foi elaborado em conjunto com Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física da bolsa brasileira. O tema "Bolsa, justo agora?" foi abordado na primeira aula. Clique aqui para assistir
exame.talks

12h - Waldery Rodrigues (Secretário Especial da Fazenda), Caio Megale (Secretário do Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação) e Jefferson Bittencourt (Secretário Especial Adjunto da Fazenda)
Agenda econômica em meio à crise do coronavírus

15h - Renato Mimica e Bruno Lima, da exame.research
Estratégia e Ações

18h30 - Brasileiras contam da quarentena na China e Espanha


Nos horários acima, assista às transmissões ao vivo na página inicial do site e em nosso canal no YouTube
Para fazer a população respeitar a quarentena, governos cogitam ações de multas e prisões a campanhas de conscientização. Mas uma vila na Indonésia, Kepuh, teve outra ideia: voluntários foram recrutados para se vestir de fantasmas do folclore local (os chamados pocong) e patrulhar as ruas. A Indonésia tem mais de 4.500 casos de covid-19 e 400 vítimas, mas há temor de que os números sejam muito maiores devido à subnotificação. Se depender dos pocong, Kepuh terá uma quarentena bem-sucedida: à Reuters, um morador disse que, “desde que os pocong apareceram, pais e filhos não saem mais de casa”. A iniciativa foi organizada pela líder do grupo de jovens local, que queria fazer algo “diferente” para conscientizar os conterrâneos. 
Voluntários como fantasmas na Indonésia: tentativa de conscientizar moradores | REUTERS/Stringer

Cantor e guitarrista Moraes Moreira morre aos 72 anos

Cantor estava em casa, no Rio de Janeiro, e causa da morte ainda não foi confirmada

Moraes Moreira morreu na casa em que morava, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro

Moraes Moreira morreu na madrugada desta segunda-feira aos 72 anos na casa em que morava, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O músico começou a trajetória no grupo Novos Baianos, onde tocou entre 1969 e 1975, ao lado de Pepeu Gomes, Baby do Brasil, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão.
Em seguida, engatou uma bem-sucedida carreira solo. Entre os sucessos compostos por Moraes estão A Menina Dança, Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira, Preta Pretinha, Besta é Tu e Acabou Chorare.
Moraes se tornou conhecido por ser um dos mais versáteis compositores e instrumentistas do Brasil, misturando ritmos como frevo, baião, rock, samba, choro e até mesmo música erudita.
Além dos trabalhos solo e da atuação nos Novos Baianos, Moraes foi um frequente colaborador do trio elétrico de Dodo e Osmar, um dos principais da história do carnaval de Salvador.
O último disco de inéditas do músico foi Revolta dos Ritmos (2012), com 12 composições inéditas. Paralelo a esse CD solo e ao retorno dos Novos Baianos, em 2015, nos últimos anos Moraes também viajou pelo Brasil ao lado do seu filho, o também guitarrista Davi Moraes. 

R7 e Correio do Povo

Uruguaiana (RS) registra primeiros dois casos recuperados de Covid-19

Pacientes haviam adquirido a doença ao terem contato com pessoas de outras cidades da região

As duas mulheres haviam adquirido a COVID-19 ao terem contato com pessoas de outras cidades da região

A Secretaria de Saúde de Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Estado, celebra o resultado recebido de que duas pacientes que tiveram resultado positivo para Covid-19 estão curadas. As mulheres, que apresentaram sintomas de gripe acentuados e tiveram o coronavírus diagnosticado pelo Laboratório de Exames do Rio Grande do Sul (LACEN), foram colocadas em isolamento domiciliar e receberam acompanhamento médico. 
Nesta segunda-feira, elas receberam alta do tratamento. Conforme as autoridades médicas, as pacientes não apresentam mais sintomas da doença e não necessitam mais ser medicadas. Os 14 dias de quarentena foram cumpridos, os familiares acompanhando e nenhum outro caso confirmado entre as pessoas do núcleo de convivência de ambas. 
As duas mulheres adquiriram a Covid-19 ao terem contato com pessoas de outras cidades da região. Ao todo, o município teve três casos do novo coronavírus até o momento, sendo um deles registrado em paciente de Uruguaiana que estava fora da cidade desde janeiro em tratamento oncológico em Porto Alegre.

Correio do Povo

Ministério da Saúde está pagando mais caro por sapatilhas e álcool gel



O Ministério da Saúde tem pago variações significativas no preço de produtos durante a pandemia do novo coronavírus.
A Folha de S. Paulo analisou 34 contratos emergenciais assinados pela pasta desde o início da crise. E deu alguns exemplos de valores díspares para materiais com a mesma descrição técnica.
A maior diferença encontrada foi nas sapatilhas para profissionais de saúde: o ministério pagou R$ 0,07 por cada par em 2 de março. No dia 26, assinou contrato com outra empresa, pagando R$ 0,20.
Outro exemplo: o frasco de 500 ml de álcool em gel foi vendido à pasta por R$ 3,91 no início da crise e agora já vale R$ 6,68.
Ao jornal paulista, o Ministério da Saúde atribuiu as variações à flutuação cambial e à questão mercadológica, de oferta e demanda. Afirmou que a compra de insumos, equipamentos e afins “é um dos maiores desafios”. Segundo o ministério, não há a determinação de preço máximo, mas valores de referência são estipulados.
Ministério da Saúde está pagando mais caro por sapatilhas e álcool em gel


O Antagonista

Portadores de epilepsia sofrem com efeitos do estresse na quarentena

Lécio Figueira, vice-presidente da Associação Brasileira de Epilepsia, diz que isolamento e excesso de informações são fatores que afetam o emocional

Estresse na quarentena pode agravar quadro de epilepsia

A ansiedade e o estresse podem prejudicar os pacientes com epilepsia durante a crise da pandemia do novo coronavírus, afirmou o vice-presidente da ABE (Associação Brasileira de Epilepsia), Lécio Figueira. De acordo com o médico, o isolamento social e a quantidade elevada de informações diárias, nem sempre verdadeiras, são fatores que afetam o emocional.
Figueira afirmou ainda que o ambiente de estresse elevado contribui para a baixa da imunidade e influencia o surgimento de crises nos portadores da doença.
“Isso só faz mal. A informação deve ter o tom de que, sim, deve haver preocupação. Mas a notícia boa é que [quem é acometido por crises epilépticas] não corre um risco maior do que a população em geral. A preocupação maior que se deve ter é em manter a cabeça em ordem, cuidar da saúde mental. Nos pacientes com epilepsia isso é fundamental para não ter piora com ansiedade e estresse. O paciente com epilepsia tem mais propensão à depressão e à ansiedade. O ponto mais relevante é assegurar que eles tem que se cuidar mas sem aumentar o nível de estresse deles”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Fatores de risco

O neurologista do Hospital das Clínicas e do Hospital Samaritano de São Paulo contou que especialistas e pesquisadores de epilepsia têm analisado os casos de covid-19 e, até o momento, não há indicativos de que a epilepsia seja fator de risco. Dados do Ministério da Saúde indicam que dos 39 pacientes com doenças neurológicas que morreram, apenas um tinha menos de 60 anos. Para o médico, isso reforça que os outros fatores de risco parecem ser mais importantes do que o fato de ser acometido pela doença neurológica.
“Pacientes que têm mobilidade limitada, sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), demência, alzheimer, parkinson, problemas musculares ou dificuldades de movimentação, de respiração e de deglutição alterada podem sofrer um impacto maior, já que possuem uma capacidade de respiração e de movimentação insuficiente”, informou o médico. Figueira apontou ainda que pessoas que fazem uso de medicações imunossupressoras  - usadas para controlar doenças como esclerose múltipla - também podem ser considerados no grupo de risco.
O médico citou o Boletim Epidemiológico número 8, do Ministério da Saúde, que destaca os fatores de risco entre as mortes causadas por covid-19. O primeiro é a cardiopatia, seguido de diabetes e pneumopatia. Em quarto lugar, doença neurológica. Mas, neste caso, como a maioria é de pacientes com mais de 60 anos, ele acredita que as mortes não sejam relacionadas diretamente a esse tipo de enfermidade.

Medicamentos

O vice-presidente da ABE acrescentou que pessoas com epilepsia estão enfrentando dificuldades de acesso aos medicamentos de uso contínuo que precisam de receita médica por causa da restrição dos atendimentos médicos. “Como as consultas são de rotina, a primeira orientação foi remarcar. O problema é que os pacientes têm que ter acesso ao médico para pegar a receita, não se vende esse remédio sem a receita controlada”, disse.
Lécio Figueira lembrou que, por causa da crise do novo coronavírus, uma regulamentação recente do governo permite a consulta por telemedicina e prescrição de medicamentos por assinatura eletrônica. Apesar da medida facilitar a aquisição de remédios, nem todos os pacientes estão conseguindo o acesso. “Isto está funcionando, mas com alguma dificuldade. Na semana passada eu falei em uma live da Associação Brasileira de Epilepsia que vários estados estão reclamando que não conseguiram fazer isso funcionar. Os meus pacientes conseguiram, fiz várias orientações e eles conseguiram, mas não está fácil ainda”, revelou.

Prazo de receita

O neurologista destacou uma outra medida tomada por alguns governos estaduais que permite a extensão do prazo das receitas de remédios de alto custo, que é de três meses. “Imagine que a cada três meses tem que levar uma baita papelada para autorizar. Eles autorizaram a renovação automática desses remédios de alto custo. Teve um esforço grande para facilitar o acesso, mas, ainda assim, é muito complexo. São muitas mudanças em tão pouco tempo em um contexto caótico. Não deu tempo de todo mundo se adaptar”, completou.

Agência Brasil e Correio do Povo

Rio Grande do Sul chega a 685 casos confirmados de Covid-19

Secretarial Estadual da Saúde identificou 23 novos casos em informe desta segunda-feira

Segundo a pasta, o coronavírus já atinge, pelo menos, 87 municípios do Estado, tendo vitimado 17 pessoas, até o momento

A Secretaria Estadual da Saúde, em seu último boletim epidemiológico, publicado às 18h40min desta segunda-feira, atualizou para 685 o número de casos confirmados de Covid-19 no Rio Grande do Sul. Segundo a pasta, o coronavírus já atinge, pelo menos, 87 municípios do Estado, tendo vitimado 17 pessoas, até o momento.
Em relação ao informe anterior, a SES identificou um aumento de 23 casos. Os novos registros foram feitos em: Porto Alegre (3), Ajuricaba, Capão da Canoa (2), Cruzeiro do Sul, Espumoso, Esteio, Lajeado (2), Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas (4), Rio Pardo, São Jorge, Sapucaia do Sul, Taquari, Teutônia, Venâncio Aires.

Porto Alegre registrou sétima morte, 17° no Estado

A Secretaria de Saúde de Porto Alegre confirmou, nesta segunda-feira, o sétimo óbito na cidade por complicações decorrentes de Covid-19, totalizando 17 mortes no Rio Grande do Sul por conta da doença. A paciente, uma idosa de 87 anos com comorbidades, faleceu na noite de domingo. Ela havia sido internada na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Ernesto Dornelles no dia 29 de março, quando foi testada para infecção pelo novo coronavírus pelo Laboratório Centra do Estado.

As outras mortes ocorreram em Novo Hamburgo (2), Passo Fundo (2), Ivoti (1), Canoas (1) Alvorada (1), Marau (1), São Leopoldo (1) e Encruzilhada do Sul.

Correio do Povo

Pandemia faz prefeitura revisar editais de revitalização da Orla do Guaíba

Com acréscimo de 15%, trecho 2 da Orla está orçado em R$ 80 milhões

Obra prevê instalação de roda gigante e construção de parque, banheiros e lixeiras no espaço

Em função da pandemia do novo coronavírus e a necessidade de adotar medidas de isolamento na Capital, a prefeitura decidiu revisar o edital para as obras de revitalização do trecho 2 da Orla do Guaíba, que compreende área de 134,4 mil metros quadrados entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio. Com o impacto da Covid-19 na economia mundial, a Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas (SMPE) suspendeu a abertura dos envelopes com as propostas, que estava prevista para o 20 março, diante da possibilidade de a licitação resultar sem interessados. 
Com valor estimado inicialmente em R$ 70 milhões, a obra - que prevê instalação de roda gigante e construção de parque, banheiros e lixeiras - vai sofrer acréscimo de 15% em relação à primeira estimativa e subir para R$ 80 milhões. De acordo com o titular da SMPE, Thiago Barros Ribeiro, o acréscimo se deve principalmente por conta da alta do dólar nos últimos meses, o que impacta diretamente na construção da roda gigante, cujos equipamentos são orçados com base na moeda americana. Ele afirma que a prefeitura trabalhava com dólar por volta dos R$ 4. "Agora precisamos considerar dólar a R$ 5. O valor (da obra) vai aumentar, e isso é mais um motivo para que a concessionária tenha menos lucro, porque vai ter que importar equipamentos", observa.
Pelo edital previsto pela prefeitura, a roda gigante consumiria R$ 45 milhões do orçamento total. Agora deve sair por R$ 55 milhões. As melhorias previstas para revitalização urbanísticas seguem estimadas em R$ 25 milhões, totalizando os R$ 80 milhões planejados no novo edital para concessão por 35 anos. "O modelo geral deve permanecer exatamente o mesmo, com a âncora principal da roda gigante, e a responsabilidade pela operação e manutenção. "Vai haver diferença mínima de outorga da concessão, esta é a principal variável que vamos antecipar, em função da movimentação turística e o orçamento da roda gigante, que sera o principal atrativo", explica.
Além da revisão das variáveis para o edital, Barros reforça que a licitação também exige sessão presencial, o que poderia inviabilizar o processo. "Considerando a situação de hoje, investidores de outros estados acabam não podendo estar presencialmente em Porto Alegre para sessão de abertura. Estamos buscando sistema de tecnologia que possa garantir o processo por meio virtual e manter a atratividade dos projetos", destaca. Conforme Barros, o objetivo também é alongar o prazo para retorno dos investimentos uma vez que o edital prevê potencial de geração de receitas por meio de turismo na orla. "Não podemos virar as costas com a situação econômica atual. Precisamos revisar o modelo para dar melhores condições, para que investidores possam investir e entregar o melhor para o cidadão", completa.
Mesmo com as dificuldades econômicas enfrentadas pelo país, Barros garante que haverá interessados no edital. Ele afirma que é preciso, no entanto, viabilizar uma ferramenta eletrônica para atender todos os trâmites previstos na lei de licitação. "Estamos tentado arranjar uma solução tecnológica que dê conta para fazer procedimentos de (licitação) de maneira virtual", alerta. A ideia é agilizar processo de licitação e assegurar que as ações feitas de maneira tradicional, por meio presencial, também possam ser executadas via internet. "O objetivo é garantir, por exemplo, que o licitante não precise sair de Salvador (Bahia) para entregar envelope para prefeitura", avalia. Barros informa que a licitação deve ser concluída ainda no primeiro semestre deste ano, com a apresentação da concessionária vencedora.

Correio do Povo