quinta-feira, 9 de abril de 2020

Vinte farmácias e 11 postos de Porto Alegre mantêm estoques de vacina da gripe

Orientação é consultar locais antes de sair de casa

Vacinação prossegue nesta quinta-feira em Porto Alegre

A vacinação contra a gripe em idosos e profissionais de saúde, público-alvo da primeira fase da campanha, prossegue nesta quinta-feira, em farmácias e unidades de saúde de Porto Alegre. A grande procura pela vacina – que teve mais um lote distribuído na terça-feira – já provoca desabastecimento em parte dos locais de atendimento. No fim da tarde dessa quarta-feira, só 11 unidades de saúde e 20 farmácias (de um total de 47) possuíam estoques. A orientação é para que os idosos consultem os locais antes de sair de casa. Até ontem, a campanha da gripe, entre as pessoas com mais de 60 anos, já havia batido 85% da meta na cidade.
Não vai haver atendimento em drive-thrus, como ocorreu nessa quarta. Profissionais de saúde devem procurar apenas os postos de saúde.
Já os idosos devem preferir as farmácias, evitando o risco de contágio pelo novo coronavírus a partir do contato com pessoas que vão às unidades básicas buscar atendimento.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Câmara dos Deputados votará Plano Mansueto nesta quinta-feira

A ideia do projeto é de flexibilizar algumas exigências cobradas de estados e municípios para a liberação de novos financiamentos diante da pandemia

Ideia da medida é de flexibilizar algumas exigências cobradas de estados e municípios para a liberação de novos financiamentos

A Câmara dos Deputados votará nesta quinta-feira o projeto de socorro aos estados, chamado de Plano Mansueto, de acordo com o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).
De acordo com a medida, relatada pelo deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), a ideia é de flexibilizar algumas exigências cobradas de estados e municípios para a liberação de novos financiamentos - uma tentativa de criar uma espécia de via rápida para que os governos regionais consigam acessar dinheiro novo em momento de forte crise.
O texto do parlamentar foi apresentado nesta quarta-feira, mas os líderes propuseram alterações.

R7 e Correio do Povo

O coronavírus e as propostas de adiamento das eleições




 Por Gazeta do Povo [07/04/2020] [18:23]


O Brasil ainda não tem a menor ideia de quanto tempo durará o surto de coronavírus no país, mas já existem parlamentares que dão como certa a necessidade de adiar as eleições municipais previstas para outubro. Vários senadores e deputados já se disseram favoráveis à unificação do calendário eleitoral em 2022; alguns deles pretendem apresentar propostas de emenda à Constituição neste sentido, enquanto outros veem na Covid-19 o pretexto perfeito para avançar projetos já existentes, apresentados muito antes da pandemia.

O debate sobre a unificação, com o país inteiro realizando eleições nas três esferas de governo ao mesmo tempo, é antigo e tem argumentos relevantes de todos os lados, incluindo considerações sobre custos – os financeiros e os decorrentes de paralisar as atividades legislativos com “recessos brancos” – e sobre a importância relativa que cada disputa teria caso todas elas ocorressem simultaneamente. A Gazeta do Povo defende a manutenção do calendário atual por considerar que as eleições municipais são fundamentais, por se tratar da esfera de poder mais próxima da população, e ficariam ofuscadas – especialmente pela corrida presidencial – caso ocorressem ao mesmo tempo que os demais pleitos.


 


Mas, independentemente das posições que cada um tenha sobre o tema, esta é uma discussão que precisa ser realizada em condições normais, com tranquilidade. Usar a pandemia como maneira de apressar o debate tem dois problemas graves: primeiro, é um oportunismo que ignora uma série de previsões constitucionais, como a duração dos mandatos dos prefeitos, prevista no artigo 26 da Constituição. Segundo, porque este ainda é um “não problema”. Mantido o calendário atual, a campanha começaria apenas em agosto, época em que, mesmo nas piores projeções do Ministério da Saúde e dos epidemiologistas, o país já estaria na curva descendente da Covid-19, com a possível retomada do convívio social.

Ainda há tempo de sobra antes de se decidir por qualquer alteração, e um paralelo pode ser encontrado no caso dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que seriam realizados no fim de julho e início de agosto deste ano e cujas exigências em termos de logística são imensas. O Comitê Olímpico Internacional havia determinado o fim de maio (ou seja, dois meses antes do evento) como data-limite para se poder tomar uma decisão sem causar transtornos maiores que os inevitáveis em caso de adiamento; se a transferência da competição para 2021 foi decidida no fim de março, isso se deveu especialmente à pressão de vários envolvidos, como comitês olímpicos nacionais que afirmaram se recusar a enviar delegações caso o calendário fosse mantido.

"O problema da eleição tem de ser tratado em agosto, não agora”, disse, ainda em março, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O prazo é mais que adequado, pois a essa altura será possível ter uma noção muito melhor da curva de contaminação e do tipo de medida preventiva que ela exigirá. Se for necessário algum adiamento, a melhor opção será a de respeitar os mandatos atuais, jogando o pleito um mês (ou, em um caso muito extremo, 45 dias) para a frente. O período de transição seria encurtado no caso de não reeleição dos atuais incumbentes, mas este é um preço mínimo a se pagar pela manutenção das regras do jogo, sem casuísmos oportunistas.

Gazeta do Povo

Em tom conciliador, Bolsonaro volta a defender uso de cloroquina para Covid-19

Presidente fez pronunciamento em rede nacional na noite desta quarta-feira

Bolsonaro fez pronunciamento na noite desta quarta-feira

Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite desta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina para tratamento de pacientes com Covid-19. O mandatário adotou tom conciliador, algo que já havia ocorrido na última vez em que havia se dirigido aos brasileiros em rede nacional. 
Em sua fala, o presidente retomou a ideia de que o medicamento pode ser um tratamento eficaz contra o coronavírus, apesar de pesquisas mundiais não serem conclusivas. Ele citou o caso do cardiologista do hospital Sírio Libanês, Roberto Kalil, que usou o remédio em seu tratamento e também ministrou para pacientes. 
O posicionamento, no entanto, vai contra o que foi dito pelo próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que na tarde desta quarta-feira voltou a defender o uso da cloroquina apenas para casos graves e com pacientes monitorados durante toda a aplicação. Ainda em sua entrevista, o chefe da pasta citou que os estudos sobre o medicamento ainda estão em fase inicial e são inconclusivos.
Bolsonaro revelou uma conversa com o governo da Índia, que também enfrenta a quarentena. Disse que falou com o primeiro ministro do país asiático, Narenda Modi, que garantiu a continuidade de envio de matéria prima para a produção do medicamento, que é utilizado normalmente contra doenças como malária, lúpus e artrites. 
O pronunciamento também mudou o tom com os governadores. Em uma fala mais conciliadora direcionada aos chefes dos Executivos locais, Bolsonaro citou as medidas já adotadas, mas sem fazer ataques. E repetiu outra tônica de seu posicionamento nas últimas semanas: a necessidade de conciliar o salvamento de vidas com a manutenção da ordem econômica no país.
Pela primeira vez, também, o presidente se solidarizou com as famílias das vítimas de Covid-19 no país. Até a noite desta quarta-feira, foram registrados 819 mortes pela doença, com mais de 16 mil casos já confirmados.

Correio do Povo


Governo começa a pagar auxílio de R$ 600

Novos dados de seguro-desemprego nos EUA e a reunião na Opep que pode levar a um acordo sobre o petróleo são os destaques desta quinta-feira, véspera de feriado. A Desperta antecipa ainda o balanço da companhia aérea Delta, o IPCA e o auxílio de 600 reais do governo que começa a ser pago hoje. Boa leitura.
Petróleo no Texas: produtores tentam acordo na Opep | REUTERS/Angus Mordant/File Photo
1 - A OPEP CHEGARÁ A UM ACORDO?
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e nações produtoras (no grupo chamado Opep+, que inclui o Brasil) começam a discutir nesta quinta-feira, 9, possíveis cortes na produção global. A reunião seria na segunda-feira, 6, mas foi adiada. As cotações do barril do tipo Brent já caíram mais de 60% desde que Rússia e Arábia Saudita começaram uma guerra pelo preço. A demanda vem caindo com a pandemia, e a estimativa é que a queda ainda chegue a um quarto do consumo normal. Nesta manhã, com a expectativa de um acordo, o preço do barril Brent subia mais de 4%, a mais de 26 dólares. As bolsas na Ásia também fecharam em alta, com exceção do Japão, que vê crescimento dos casos de coronavírus. Na Europa, as bolsas abriram em leve alta, menos de 1%. Ajudado pelo otimismo no exterior e a esperança de redução na curva de casos de coronavírus na Europa, o Ibovespa subiu 2,97% na quarta-feira, 8, terceiro dia seguido de alta.
2 - MAIS NÚMEROS DE DESEMPREGO 
Outro número que deve impactar os mercados é a nova leva de dados dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, a ser divulgada nesta quinta-feira, 9. Os pedidos entre 29 de março e 4 de abril devem ficar em 5,5 milhões, segundo consenso da Bloomberg — o JPMorgan aposta em 7 milhões. Os números são reflexo do impacto do coronavírus na maior economia do planeta. Nas últimas duas semanas divulgadas, dois recordes sucessivos: 6,6 milhões e, antes, 3,3 milhões de novos pedidos — até então, o pico era de 695.000 em 1982. Na Alemanha, o governo antecipou nesta quinta-feira que pedidos de redução da jornada devem superar os da crise de 2009. No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas já estima que a taxa de desemprego pode pular de 11,6% para 16,1% no fim do semestre.
3 - O TAMANHO DO ROMBO NAS AÉREAS
A companhia aérea americana Delta será, nesta quinta-feira, 9, a primeira do setor a divulgar seu balanço do primeiro trimestre de 2020. As aéreas vivem um verdadeiro pesadelo desde janeiro. A Delta cortou seus voos em 80% e tem um terço dos 90.000 funcionários em licença não-remunerada, mas, mesmo assim, calcula que está queimando 60 milhões de dólares em caixa por dia. A projeção é que a receita tenha caído 7,6% no trimestre e a empresa tenha o primeiro prejuízo em 10 trimestres. As ações já caíram 61% no ano. A companhia e concorrentes americanas aderiram a um pacote de estímulo do governo, mas detalhes ainda estão sendo finalizados. No Brasil, um problema parecido: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concordou em emprestar dinheiro com emissão de debêntures. Mas não há consenso sobre a fatia que o banco teria nas empresas. O acordo ainda deve demorar mais de uma semana. 
4 - AUXÍLIO EMERGENCIAL COMEÇA 
O governo federal começa a pagar nesta quinta-feira, 9, o auxílio emergencial de 600 reais aos trabalhadores informais que tiveram queda nos rendimentos. O benefício será pago durante três meses. Podem receber hoje os que tiverem conta na Caixa ou no Banco do Brasil e estejam registrados no chamado CadÚnico, que registra famílias de baixa renda. Depois, quem não era correntista mas estava no CadÚnico receberá até 14 de abril, e os beneficiários do Bolsa Família, em 16 de abril. Para quem não estava no cadastro, o governo liberou um site e aplicativo, e tenta minimizar as idas a bancos e lotéricas em meio ao distanciamento social. A promessa é receber em até três dias úteis depois de se cadastrar. O auxílio deve ser pago a até 70 milhões de trabalhadores, segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. 
5 - CORONAVÍRUS E O IPCA
Os efeitos da pandemia nos preços ao consumidor devem começar a aparecer com mais força. O IBGE divulga nesta quinta-feira, 9, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, e o mês refletirá o começo das políticas de distanciamento social, que já atingem metade da população. A projeção é que o IPCA fique em 0,14% em março ante 0,25% registrado em fevereiro, mês em que os preços costumam subir com matrículas e material escolar. Henrique Meirelles, secretário de Fazenda e do Planejamento de São Paulo, disse à BBC que a hora é propícia até para imprimir dinheiro, atitude impensável no mundo todo até pouco tempo atrás. A impressão da moeda poderia ajudar o governo ampliar seus programas de auxílio. Por outro lado, faria o endividamento saltar. Para Meirelles, no entanto, esse é o melhor caminho. “A alternativa é um colapso econômico", diz o ex-ministro. 
Sobre o que as pessoas estão falando entre reuniões
300 ALTAS NA PREVENT SENIOR
A operadora de saúde para idosos está obtendo sucesso com uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes em fase inicial da covid-19. Das 500 pessoas no tratamento (feito mediante consentimento), 300 receberam alta. Um estudo será publicado com os resultados. 
ONDE O DESAFIO É MAIOR
A consultoria Macroplan listou as cem cidades brasileiras com o maior número de idosos e mortes por doenças crônicas — grupo de risco para a covid-19. A cidade com mais idosos é Santos, e o estado do Rio de Janeiro tem a maior taxa de doenças crônicas. Veja a lista completa de cidades
CORRENTE PELOS RESPIRADORES
O governo federal anunciou a compra de 6.500 respiradores da fabricante brasileira Magnamed. Ajudarão na produção empresas como Suzano, Klabin, Fiat, Positivo e Flextronics. A fabricação local é crucial para lidar com a falta do equipamento no mercado global
AIRBNB: NÃO SÓ TURISMO
Com reservas caindo mais de 70% diante do coronavírus, a empresa de aluguel temporário Airbnb passará a mirar também estadias de longo prazo, como para estudantes e trabalhadores. Após aporte de 1 bilhão de dólares, novas opções foram adicionadas na plataforma nesta quarta-feira, 8. 
VALE A PENA VER DE NOVO
O SporTV reprisa nesta quinta-feira, 9, o jogo entre Brasil e Nova Zelândia na Copa do Mundo de 1982. No domingo de Páscoa, será a vez da final de 2002 com a Alemanha. Em meio à suspensão de torneios de futebol, as televisões têm mostrado uma série de jogos históricos. Veja a agenda dos próximos jogos no site da EXAME.

1,5 milhão 

Número do dia - O número de casos de coronavírus chegou a este patamar na quarta-feira, 8. A marca de 1 milhão de casos havia sido atingida somente seis dias antes, em 2 de abril. Nesta manhã, a contagem passa de 1.513.000 casos. No Brasil, que chegou a 15.927 casos, a expansão foi de 8% para 16%. Especialistas estimam que, com a falta de testes, o número pode ser ainda maior. Veja na EXAME mapa com os casos no Brasil e no mundo.  
exame.talks

Às 12h - Mariana Perroni, médica intensivista do Hospital Samaritano e ex-conselheira do IBM Watson Health, e Ricardo Cappra, cientista-chefe do Cappra Institute for Data Science
Tecnologia, saúde pública e dados no combate à pandemia

Às 15h - Cauã Reymond, ator da Globo
O entretenimento nos tempos de quarentena

Às 18h - Mariano Gomide de Faria, fundador e presidente da VTEX
Vendas pela internet: uma oportunidade na pandemia?

Nos horários acima, assista às transmissões ao vivo na página inicial do site e em nosso canal no YouTube

Depois de quase três meses em quarentena total, os moradores de Wuhan, onde a pandemia de coronavírus começou na China, estavam ansiosos para voltar à vida normal. Além das imagens de ruas cheias, o ânimo foi tanto que levou o principal aplicativo de namoro da região a travar temporariamente nesta quarta-feira, 8, primeiro dia pós-quarentena. A informação foi divulgada pela própria fabricante, a Alipay, da gigante de tecnologia Alibaba. O app teve alta de 300% nos acessos. Mas nem só de amor vivem os chineses: o número de pedidos de divórcio bateu recorde durante o confinamento. 
Casal na China, em janeiro: amor desafiado na quarentena | Kevin Frayer/Getty Images
ERRAMOS: O aporte recebido pela Petlove e liderado pelo Softbank foi de 250 milhões de dólares, e não de 250 bilhões, como informou a edição de 8 de abril. 






Porto Alegre registra 27 novos casos e supera 100 recuperados da Covid-19

Capital teve alta mais intensa da doença nesta quarta-feira, atingindo um total de 292 registros da doença

Capital segue o país na tentativa de testar maior número de pessoas


Boletim da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, publicado na noite desta quarta-feira, eleva para 292 os casos confirmados de coronavírus na Capital. São 27 registros a mais do que na noite anterior.
A escalada é bem maior que a evolução anterior, que em 24 horas tinha identificado seis novos pacientes de Covid-19. São 105 os infectados que se recuperaram e receberam alta da doença, conforme o mesmo boletim.
Outros 229 casos seguem em investigação e 627 tiveram resultados negativos. São seis os mortos na Capital desde o começo da pandemia.
Em todo o Rio Grande do Sul, são 581 casos segundo o último boletim, com 11 mortes. O governo estadual conta oito novos casos em Porto Alegre, além de  Santa Maria (6), São Leopoldo (5), Arroio dos Ratos, Caxias do Sul, Harmonia, Passo Fundo, Sapucaia do Sul, Santa Rosa e Vacaria.

Correio do Povo

Afastamentos atingem pelo menos 1,44 mil profissionais da saúde no RS

Levantamento feito pelo Correio do Povo aponta mais do dobro em relação à semana passada

Entre os profissionais estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais funcionários dos setores administrativos das unidades de saúde

Pelo menos 1,44 mil profissionais da saúde estão afastados dos postos de trabalho no Rio Grande do Sul por conta da pandemia do novo coronavírus. Uma profissional da área faleceu na noite de terça-feira. As causas dos afastamentos são diversas, entre elas a suspeita ou a confirmação da doença, além dos afastamentos preventivos de funcionários que pertencem a grupos de risco ou que apresentaram sintomas gripais.
Conforme o primeiro levantamento feito pelo Correio do Povo, mais do que duplicaram da semana passada para cá, quando eram 700 profissionais afastados no Estado. Até o momento, uma profissional da saúde faleceu.
Entre os profissionais estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais funcionários dos setores administrativos das unidades de saúde. Até o momento, entre as 19 cidades pesquisadas, com as cidades de Novo Hamburgo, São Leopoldo e Cachoeirinha, não incluídas no último levantamento, o número chega a um total de 1.449 afastamentos computados.
Porto Alegre é a que apresenta o maior número de afastamentos, e também o maior número de confirmados do novo coronavírus, conforme levantamento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), chegando a pelo menos 260 casos. Na rede municipal, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), são pelo menos 45 afastamentos. No Grupo Hospitalar Conceição (GHC) são 422 afastados, dos 9,1 mil no total, entre eles 279 por questões de saúde, 75 gestantes e 69 funcionários acima de 75 anos. No Hospital de Clínicas, por enquanto, 56 funcionários foram afastados, destes, 27 aguardam o resultado do exame da Covid-19 e 29, que tiveram resultado positivo, aguardam o término do período de transmissão do vírus, de 14 dias, para retornar ao trabalho. No total, são 524 profissionais.
Conforme o diretor administrativo e financeiro do GHC, Cláudio Oliveira, os 280 afastados apresentaram sintomas gripais. Além destes, outros 187 que estavam afastados anteriormente, já retornaram ao trabalho, pois não se tratava da Covid-19. “Se são suspeitos da Covid-19 eu não tenho essa informação. Dois funcionários foram casos confirmados, um médico, de 62 anos, que está em isolamento domiciliar, não houve necessidade de internação”, explicou. O segundo caso confirmado no GHC foi da técnica de enfermagem Mara Rúbia, de 44 anos, que faleceu na noite de terça-feira.
Com relação ao número de afastamentos, Oliveira destacou que o GHC solicitou ao Ministério da Economia a permissão para contratações temporárias durante este período. “Mandamos um estudo dizendo que, nesse ritmo, não teríamos como suportar passar por essa pandemia, porque nós podemos ter mais servidores afastados, ou que precisarão se afastar”, enfatizou. Segundo ele, conforme o estudo realizado pela área técnica do GHC, o reforço precisaria chegar a 1,5 mil profissionais. “Pedimos um aval do Ministério da Saúde e a portaria já foi publicada no Diário Oficial da União, autorizando o GHC a contratar 1,5 mil temporários até 28 de fevereiro de 2021”, declarou. Até o momento não há previsão de quando estas contratações devem ocorrer.
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, afirmou que a entidade está fazendo campanha para que médicos que tenham fatores de risco sejam afastados. “Aqueles que estão na faixa etária mais alta, ou que tenham as principais doenças vinculadas a risco, principalmente doenças cardíacas, associadas à maior mortalidade, mas também diabetes e outras, pedimos que esses profissionais sejam afastados preventivamente, justamente para evitar o aumento de mortalidade que aconteceu em outros países”, destacou.
Segundo ele, o Simers sempre lutou pela questão do Equipamento de Proteção Individual (EPI). “Temos participado de todos os debates, inclusive orientando os próprios médicos, mas também precisamos proteger todas as equipes de saúde, por isso estamos defendendo a saída dos profissionais que sejam dos grupos de risco, pelo menos da linha de frente, para que não tenhamos uma mortalidade aumentada na categoria médica”, afirmou.
Depois de Porto Alegre, no segundo lugar com maior número de afastamentos na área da Saúde está Canoas, com 127 e, em terceiro lugar, Novo Hamburgo, com 120 profissionais afastados. As duas cidades estão em sexto e quarto lugares, respectivamente, no número de casos confirmados da Covid-19 no Estado, conforme levantamento da SES.
A segunda cidade com maior número de casos confirmados é Caxias do Sul, na Serra, com 31 casos. Em Caxias, pelo menos 110 profissionais da saúde foram afastados. E, em terceiro, está Bagé, na região da Campanha. Por lá, conforme o secretário da Saúde do município, Mário Kalil, pelo menos 50 profissionais foram afastados, a maioria por questões preventivas. No município de São Leopoldo, no Vale do Sinos, conforme a Secretaria da Saúde da cidade, 117 profissionais estão afastados, sendo 53 da rede municipal (entre eles seis médicos, um enfermeiro e 11 técnicos em enfermagem). Os outros 64 profissionais afastados são da Fundação Hospital Centenário, sendo destes uma médica, duas enfermeiras e nove técnicos em enfermagem. “Estes profissionais estão afastados com atestados em sua maioria por sintomas gripais, alguns com coletas realizadas e enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (LACEN/RS), que tem demorado em torno de sete dias o retorno. Encontram-se em isolamento domiciliar, nenhum com confirmação para Covid-19”, reforçou a Secretaria da Saúde de São Leopoldo.
Confira a lista de afastamentos dos profissionais de saúde em cada cidade:
Porto Alegre - 524
Canoas - 127
Novo Hamburgo - 120
São Leopoldo - 117
Caxias do Sul - 110
Sapucaia do Sul - 98
Santa Cruz do Sul - 85
Bagé - 50
Esteio - 47
Alvorada - 34
Bento Gonçalves - 34
Pelotas - 28
Cachoeirinha- 22
Viamão - 16
Farroupilha - 12
Rio Grande - 8
Canguçu - 7
Gravataí - 7
Guaíba- 3
TOTAL: 1.449

Técnica de enfermagem é a primeira vítima fatal da Covid-19 entre profissionais da saúde no Estado

A despedida foi marcada por uma salva de palmas registrada em um vídeo pelos colegas do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Aos 44 anos, a técnica de enfermagem Mara Rúbia Silva Cáceres, que residia no município de Alvorada e trabalhava na Capital, foi a primeira vítima fatal da Covid-19 entre profissionais da Saúde no Rio Grande do Sul. Ainda na noite de terça-feira, quando a morte foi confirmada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o marido de Mara, Juan Cáceres, fez uma publicação em uma rede social falando sobre o falecimento da esposa.
“É com muito pesar que comunico a todos que essa noite perdi minha companheira que me acompanhou 21 anos entre alegrias e tristezas, mas sempre ao meu lado. Sempre iluminando meus dias com seu sorriso e companheirismo. Mais que do tudo minha amiga em todas as horas. Que Deus ilumine tua chegada aos céus”, consta na publicação de Juan. Além do marido, diversas colegas da Enfermagem também publicaram homenagens para Mara, sempre destacando a alegria da colega e a disposição dela para ajudar a todos.
A enteada de Mara, Bruna Cáceres, também escreveu uma publicação para se despedir da madrasta. “É com imensa tristeza que anuncio o falecimento da minha Madrasta! Faleceu fazendo o que amava, salvando vidas, trabalhava no Grupo Hospitalar Conceição, desde domingo passado estava internada com Covid-19, infelizmente não resistiu, essa é a prova que esse vírus não é brincadeira, se cuidem, cuidem de quem vocês amam”.
Uma das colegas de Mara, Susi Costa, que também trabalha no Conceição, publicou na rede social que nunca menosprezou o vírus. “Pelo contrário, sou ativa no combate e cuidado, mas também não imaginei que o próximo rosto perdido, seria tão próximo a mim. Uma guria batalhadora, que cuidava do pai doente, que sempre nos estendia a mão e nos fazia rir. Não menospreze, não se descuide, se puder fique em casa. Cuide de quem tu ama, lave as mãos, não sabemos nada do amanhã. Mara, que tua passagem seja em paz. Que a fé que tu tinhas em vida, te conduza com leveza, a dor acabou minha amiga. Obrigada por ter dividido momentos da tua vida conosco”, foi o relato de Susi em homenagem à colega e amiga.

Correio do Povo

DAVID UIP DIZ QUE ACIONARÁ JUSTIÇA CONTRA VAZAMENTO DE RECEITA MÉDICA



David Uip afirmou nesta quarta-feira (8) que tomará as “providências legais” contra quem invadiu a privacidade de sua clínica e pacientes.
O infectologista se referia ao vazamento de uma receita médica que circula pelas redes sociais com prescrição da cloroquina e assinatura dele.
“A minha privacidade foi invadida. A privacidade da minha clínica, que lida com clientes com sigilo absoluto, foi invadida. Tomarei as providências legais adequadas para a minha invasão de privacidade e de meus pacientes.”
Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, Uip disse que sua clínica não compra a cloroquina em farmácia, mas, sim, na versão manipulada. E fez questão de pontuar que a receita que vazou tem a data de 13 de março, ou seja, 10 dias antes de seu diagnóstico.
Leia também:

David Uip: “Não tenho nada contra o uso de cloroquina”
DAVID UIP DIZ QUE ACIONARÁ JUSTIÇA CONTRA VAZAMENTO DE RECEITA MÉDICA
O Antagonista

Dólar fecha abaixo de R$ 5,15 pela primeira vez em quase duas semanas

Bolsa de valores registra alta pelo terceiro dia seguido

Dólar comercial encerrou a quarta-feira vendido a R$ 5,143, com recuo de R$ 0,085

Em mais um dia de alívio, os mercados globais refletiram a desaceleração de casos do novo coronavírus registrada em diversos países da Europa e em alguns estados norte-americanos. O dólar caiu para o menor nível em 12 dias, e a bolsa de valores subiu pela terceira sessão seguida.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira vendido a R$ 5,143, com recuo de R$ 0,085 (-1,63%). A divisa chegou a operar em alta pela manhã, mas reverteu a tendência no início da tarde até fechar na mínima do dia. A cotação está no menor nível desde 27 de março, quando tinha fechado a R$ 5,107.
O Banco Central (BC) interveio no mercado. A autoridade monetária não vendeu dólares das reservas internacionais hoje, mas leiloou US$ 296,5 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Em 2020, o dólar comercial acumula alta de 28,17%.
O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), que tinha caído para abaixo dos 70 mil pontos no fim da semana passada, continua se recuperando. O indicador fechou o dia aos 78.625 pontos, com alta de 2,97%, seguindo s bolsas no exterior. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, encerrou o dia com alta de 3,44%, tendo acelerado a subida após a desistência do pré-candidato democrata Bernie Sanders de disputar as eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Há várias semanas, os mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia de coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades.

Petróleo

A guerra de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia deu sinais de trégua. Os dois países estão aumentando a produção de petróleo, o que tem provocado queda mundial nos preços. A convocação de uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para amanhã (9), pode indicar um acordo, mas uma alta sustentada nos preços só será possível se os Estados Unidos precisariam cortar a produção de petróleo ou de gás betuminoso.
A cotação do barril do tipo Brent, que na semana passada atingiu o menor nível em 18 anos, estava em US$ 33,66 por volta das 18h30, com alta de 5,62%. As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, subiram hoje. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) valorizaram-se 5,68% nesta quarta. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) tiveram alta de 5,61%.

Agência Brasil e Correio do Povo